Os sindicatos e as Associações profissionais, começam a movimentar-se para dar a conhecer as propostas do ME e ouvir a opinião dos professores.
Ficam aqui dois exemplos…
(clicar nas imagens)
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9 comentários
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DOCENTES DOS QUADROS DAS ILHAS VERGONHOSAMENTE DESCRIMINADOS
Venho expor uma situação muito gravosa que não pode ser deixada passar na proposta de novo regulamento dos concursos dos professores e para a qual peço a vossa melhor intervenção. Passo a expor:
O Governo de Portugal apresentou há dias aos sindicatos uma proposta de regulamento dos concursos do pessoal docente para o próximo ano, na qual mostra a sua determinação e arbitrariedade em discriminar os docentes dos quadros dos Açores e da Madeira, já que os mesmos são impedidos de concorrerem na 1ª prioridade do concurso, a par dos docentes dos quadros do continente, remetendo-os para uma 4ª prioridade, o que na prática significa qualquer impossibilidade de obter qualquer colocação.
Ao arrepio da Constituição portuguesa e dos direitos dos cidadãos europeus, o Ministério da Educação restringe o direito de mobilidade dos trabalhadores portugueses e discrimina os docentes que vivem nas ilhas e que um dia, por razões familiares, precisam, a meio ou perto do final da carreira, de se mudar para uma outra escola no mesmo país! Se um docente açoriano necessitar de apoiar um filho a estudar na universidade de Évora, não o pode fazer porque lhe é vedada a mobilidade. Já um docente de Vila Real pode mudar-se para Faro, Ponta Delgada ou Funchal! Haja bom senso!
Temos em Portugal cidadãos de primeira e de segunda? Que princípios são estes que regem o Governo eleito por todos os portugueses – incluindo os das ilhas? Que motivos presidem a este preconceito, quando sabemos que o número de docentes das ilhas que pretendem concorrer para o continente é residual?! Não são admitidos nas carreiras do estado trabalhadores de outros países? Não têm os hospitais, por exemplo, nos seus quadros, médicos, espanhóis, cubanos e oriundos dos países lusófonos! Não tem o Ensino Superior docentes estrangeiros nos seus quadros? Então porque marginalizar os docentes dos quadros das ilhas! Não abriu o país as portas aos refugiados? E é legítimo destratar os professores só porque são dos quadros das ilhas do mesmo país? Haja decoro e sensatez! Só se vislumbra nesta proposta do Governo de Portugal prepotência, demagogia e inconstitucionalidade!
Creio que o vosso sindicato saberá intervir e legitimar os direitos dos cidadãos portugueses em todo o território português. Não acredito que seja aceite esta discriminação e inconstitucionalidade que este diploma prevê.
Augusto Fernando Silva Oliveira
(Docente dos quadros da RAA)
Optaram por vincular na ilhas por isso NUNCA devem passar a frente nem concorrer em igual circunstâncias com os que cá estão no continente!
E se me disserem que somos todos portugueses…somos mas com concursos diferentes e por isso terão de assumir e responsabilizarem-se pelas escolhas feitas…as ilhas!
Concordo com a Clara.
O que mais se vê por aqui é pessoal a dizer que é discriminado.
Se os concursos são diferentes, com critérios diferentes de colocação, porque é que agora exigem igualdade? As pessoas quando concorreram já sabiam desse risco. O mesmo acontece com os docentes do privado quando reivindicam igualdade.
Voce vive numa regiao administrativa,fiscal e juridicamente autónoma,portanto com regras proprias a nivel de gestão de recursos humanos .Senao tambem diria: uma vez colocado e desistir da colocaçao nos Açores dá penalizaçao de 3 anos..o que me diz desta insconstitucionalidade?discriminaçao? mas que prepotencia do governo regional!
Queria dizer DISCRIMINADOS, é claro!
“vem contribuir com as tuas ideias”, a conclusão a que chego pelo que se vê por aqui é que as ideias que vão ser levadas são as que convêm aos candidatos. Ou seja, não vai haver ideias que sirvam minimamente para desbloquear este imbróglio. Vão ainda criar mais confusão! Será que os sindicatos nos seus planos de ação (nos concursos) não tinham já definido os pontos que queriam atingir? Vão consultar os sócios, mas os que tiverem mais peso levarão a medalha…. (e as propostas que os sirvam individualmente a bom porto).
Estratégia é necessária, se o que pretendem é que no futuro os docentes no público não estejam eternamente contratados, sigam as linhas de orientação previamente definidas e se acharem útil alterem só o que está a prejudicar os candidatos que lecionam no público. Como referi, os 730 dias acho boa ideia, mas num prazo de 6/7 anos, ou exigir que se tenha 3 anos de serviço no público. (é a minha opinião pessoal). Façam o que for melhor, e não o que sirva meia dúzia e o resto continuar como está, e que vá de encontro à lei geral do trabalho em funções públicas.
Uma sugestão para a mobilidade interna: A nível informático, não seria possível colocar os qzp e os qa/qe na mesma prioridade, cativando os lugares para os qzp e os horários zero. Por exemplo, se no QZP 4 há 100 vagas num determinado grupo e há 50 pofessores qzp (do qzp4) e 5 professores do qe com horário zero (do mesmo qzp4), não seria mais justo seguir a lista graduada, cativando 55 lugares para esses professores qzp e de horário zero (respeitando a graduação). Assim pelo menos 45 vagas seriam para os professores que há anos não conseguem aproximar-se de casa, muitos dos quais centenas de lugares acima na lista graduada de professores de outros qzps que têm concorrido numa prioridade mais favorável. Os professores de outros qzps poderiam concorrer mas numa prioridade inferior.
A nossa opção não foi vincular nas ihas: não tivemos foi outra alternativa para vincular há 20 anos atrás, o que é bem diferente. Claro que os”pobres coitados” que dão aulas há 20 anos ao pé de casa e nunca vincularam é que têm que ser atendidos de imediato neste concurso. Chega a ser comovente!
Quando concorri para os Açores os concursos eram feitos em pé de igualdade e assim decorreram durante mais de 12 anos. Essa premissa do que “já sabia com o que contava” é falsa. Além disso, o número de docentes a concorrer para o continente é residual, basta ver as listas dos últimos concursos. Talvez até concorram até mais docentes do continente par as ilhas.
Concordo que deveriam igualmente ser criadas condições idênticas para os candidatos que do continente concorrem para as ilhas. A liberdade de circulação não é um dos princípios consignados pela União Europeia? Que diabo!
Agora o que lamento é que as respostas aqui dadas pelos “colegas” sejam do maior egoísmo possível: de quem só olha para o seu umbigo. É aliás o que prevalece na nossa sociedade. Basta ver por algumas conversas deste fórum para perceber que de formação cívica temos aqui pouca.
Independentemente da vossa posição, estarei sempre também na defesa dos interesses legítimos de todos os professores. Boa sorte para os colegas no próximo concurso.
É preciso sensibilizar quem tem algum poder decisório sobre os efeitos
da mudança. Enviei email para deputados da Comissão parlamentar de
Educação, grupos e líderes parlamentares, líderes partidários, ministro,
secretária de estado, enfim… Começam a chegar respostas (com o BE à
cabeça) que dão um pouco de esperança de que haja uma revisão séria da
proposta. Insistamos.