A equipa escolhida pelo Governo para avaliar o regime de acesso ao ensino superior defende o fim dos exames nacionais de ingresso para os alunos dos cursos profissionais, que deveriam antes fazer provas especificas de acesso aos politécnicos.
arlindovsky
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Os exames devem incidir sobre o que os alunos aprenderam durante os anos do secundário, como está não faz qualquer sentido: os alunos dos profissionais têm de realizar exames de programas pelos quais não estudaram.
Maria Isabel Dias Correia on 4 de Novembro de 2016 at 19:01
Será que transformar as escolas secundárias em campo de treinos para os exames faz assim tanto sentido?.
Pela minha experiência, como professora, o que me incomoda é sentir o ensino secundário obsoleto, expositivo, extremamente desgastante e pouco motivador para alunos com algum pensamento divergente (o tal espírito crítico que é suposto desenvolver e que é morto pela uniformização de tudo definida pelos vários departamentos ,preocupados não com o crescimento pessoal dos alunos-não os deixam- mas sim, com o desempenho destes nos exames), e para professores que constatam todos os dias o espartilho dos programas e a “ameaça” da avaliação externa.
O certo é que em países como o Reino Unido, os alunos ingressam em universidades públicas, como é o caso do meu filho que frequentou um Curso Profissional de Design Gráfico e entrou em Design de Som e Tecnologias na Universidade de Hertfordshire no presente ano letivo, assim como, outro aluno que conheço, e que ingressou no ano letivo passado em Física, na mesma universidade e já concluiu o primeiro ano da licenciatura. O crivo, na minha prespetiva deve ser realizado na frequência do curso, talvez assim muitos talentos não se perdessem porque não atingiram a média exigida.
2 comentários
Os exames devem incidir sobre o que os alunos aprenderam durante os anos do secundário, como está não faz qualquer sentido: os alunos dos profissionais têm de realizar exames de programas pelos quais não estudaram.
Será que transformar as escolas secundárias em campo de treinos para os exames faz assim tanto sentido?.
Pela minha experiência, como professora, o que me incomoda é sentir o ensino secundário obsoleto, expositivo, extremamente desgastante e pouco motivador para alunos com algum pensamento divergente (o tal espírito crítico que é suposto desenvolver e que é morto pela uniformização de tudo definida pelos vários departamentos ,preocupados não com o crescimento pessoal dos alunos-não os deixam- mas sim, com o desempenho destes nos exames), e para professores que constatam todos os dias o espartilho dos programas e a “ameaça” da avaliação externa.
O certo é que em países como o Reino Unido, os alunos ingressam em universidades públicas, como é o caso do meu filho que frequentou um Curso Profissional de Design Gráfico e entrou em Design de Som e Tecnologias na Universidade de Hertfordshire no presente ano letivo, assim como, outro aluno que conheço, e que ingressou no ano letivo passado em Física, na mesma universidade e já concluiu o primeiro ano da licenciatura. O crivo, na minha prespetiva deve ser realizado na frequência do curso, talvez assim muitos talentos não se perdessem porque não atingiram a média exigida.