Muitos colegas viram as suas esperanças crescerem sobre um regime de aposentação especial nos últimos tempos.
Isso deve-se a noticias “espalhadas” pelos jornais e pelas redes sociais. Dão conta de uma petição que recomenda o seguinte:
- Pré-aposentação aos 55 anos de idade ou 32 anos de serviço.
- Aposentação por inteiro aos 36 anos de serviço, independentemente da idade.
Esta iniciativa é de louvar. O sindicato que a protagonizou está a fazer o seu trabalho na defesa dos docentes. Mas uma coisa são as “petições” e as intenções de uma organização sindical, outra é a realidade em que vivemos.
O que veio lançar a confusão foi uma noticia, baseada num comunicado, que referia o seguinte:
Os Partidos com representação na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência manifestaram a sua tendencial concordância com os princípios e o conjunto de motivos elencado pelo XXXX, em sede da Audição realizada hoje, dia 9 de junho, na Assembleia da República, no âmbito da Petição nº 521/XII/4ª, que fundamentaram as razões primordiais pelas quais os peticionários apresentaram a reivindicação de um regime especial de aposentação para a classe docente ao Parlamento.
Tenho que referir o seguinte, que vai ser um banho de água fria para muitos colegas. Uma coisa é o que os senhores deputados dizem, outra é aquilo que eles fazem. Em junho estávamos em período pré-eleitoral, declarações como esta interessavam a qualquer partido. Além do mais, aquele “tendencial”, diz muita coisa…
Não li, não ouvi nenhum dos partidos referir esta situação durante a campanha eleitoral. Não li em nenhum programa eleitoral, fosse o que fosse, sobre isto! Por tudo isto resta esperar, com muita, mas mesmo muita, pouca esperança que isto se venha a tornar realidade.
“De boas intenções, está o inferno cheio”…
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Mesmo, o PSD sim nada disse, sim disse sobre a taxa mas após as eleições já vem com tretas, ainda há colegas que votem PSD, continuem vou gostar de vos ver!!!!! No entanto vamos acreditar e de louvar que algum sindicato esteja preocupado e a lutar por isto, ja agora, ONDE ESTIVERAM OS SINDICATOS DURANTE O PERIODO ELEITORAL? Ah! Esses lugares não são partidários????? So os bons a que não são nomeados para cargos desses, ainda agora foram uma centena. Por hoje fico…
A maioria da assembleia não é do PSD, é de esquerda e até que haja novas eleições, quer seja este governo ou o de esquerda, a maioria mantém-se. Ora, parece-me que se os partidos de esquerda e os sindicatos criticaram esta situação, assim como outras, o que deveriam fazer agora era revertê-la, porque têm hipótese de o fazer.
Além disso, não sei se haverá muitos docentes que tenham 36 anos de serviço, a nível nacional. A maioria dos colegas (que têm 60 anos ou mais) pediu a reforma antecipada. No meu agrupamento com mais de 100 docentes, apenas há 3 nesta situação. O Arlindo que é o homem dos números terá estes dados?
Pensemos também que quase todos estes docentes têm redução de 8 horas, ou seja por cada dois que saíssem seria apenas um que entrava (quase) e com vencimento muito inferior.
Esperemos que TODOS os sindicatos lutem por esta causa . O ensino teria muito a ganhar com sangue novo no corpo docente.
Um docente com 60 anos ou mais ter turmas de 30 alunos, nos dias de hoje, só em casos raros, dignifica a educação.
E se há carreiras com regime excepcional, onde se aposentam muito mais cedo, como a GNR ou a PSP, como não se justifica na nossa?
Há, ainda, muitos colegas com 36 e mais anos de serviço, principalmente no grupo 100 e 110.Com a nova legislação muitos de nós não conseguiram a reforma. Eu, se chegar até lá, sairei com 45 anos de serviço!
Não consigo compreender como é que os sindicatos (salvo raras exceções) se mantêm tão impávidos perante esta situação. Se a reforma se verificasse mais cedo seria bom para os mais velhos e para os mais novos…A ver vamos.
A colega tem muita razão, eu faço em 2016, 40 anos de serviço, só me poderei aposentar com 46 anos de serviço, claro que não vou aguentar, estou com uma depressão e dificilmente irei conseguir enfrentar uma turma de 30 alunos, com comportamentos incorrectos. Poderemos não ser muitos nesta situação a nivel Nacional, mas conheço ainda bastantes colegas em situações semelhantes. Pela minha parte e por todos os outros colegas, era excelente que houvesse alguém que pensasse em nós, pois o que nos estão a fazer é uma tortura desumana, para quem começou a sus vida profissionsl aos 18 anos. Fiz todas as acções de formação que me exigiram, mas como nunca conseguiz sassiar o desejo de saber mais, fiz a licenciatura, mestrado e doutoramento. Agora sinto que já não consigo dar mais ao sistema, não vejo uma luz que me ilumine uma saida digna! Peço qud haja união para que seja dada uma solução. Obrigado
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