está de volta, ainda se lembram da coisa? Não?
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Out 21 2015
Os danos colaterais de se enveredar pela profissão de docente… são as suas famílias…
Mas quem olha pelas famílias dos professores quando estes estão deslocados? Quem olha pelos professores quando estes se encontram a centenas de quilómetros de casa? O estado? Não, ninguém o faz, ninguém quer saber. Minha Mãe diz, que herdei a vida de meu pai, sempre fora de casa, eu digo que fui iludido pelo destino e não previ, na minha inocência, o futuro. Mas eu não sou de “Fafe”!… Como podia eu fazê-lo?…
Dos filhos já eu falei, mas também existem os cônjuges e os pais. Qual o apoio que um professor deslocado ano após ano pode dar a uma família? É-se marido ou esposa, de fim de semana, filho de mês a mês. Perde-se a infância dos filhos, não se dá apoio aos pais. Como pode um professor exercer a profissão, na sua plenitude, sem ter a mente sossegada em relação aos seus? Se ter saudade daqueles que a natureza lhe impôs e que escolheu para seu lado “é uma constante da vida”? Além disso, temos um inverno frio no Norte, e ninguém que nos aqueça e aconchegue durante a noite. Ninguém com quem nos sentar à mesa. Ninguém que nos acalme os receios, que nos dê força para o dia seguinte…
Não se tem a vida com que se sonhou. Esta não é uma profissão de sonho… Muitos pensam em desistir, deixar toda uma vida profissional para trás, e…
Vivemos num país que não é para professores! Vivemos num país em que, os pais não aconselham os filhos a ser professores! Um país em que os cônjuges dos professores são heróis. Suportam aquilo que qualquer casal suporta, mas sozinhos, sem o apoio físico de um companheiro ou companheira, que sai de casa em busca de um futuro melhor, esse futuro que tarda em vir… Por vezes penso que nunca virá. Mas tenta-se, continua-se, na esperança de um dia poder abraçar os filhos ao deitar e de passar a noite, aconchegado…
E há tantos por esse país fora a querer “voltar para os braços de minha mãe”…
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Out 21 2015
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