Só duas novas docentes neste ano letivo
Este ano só duas professoras em todo o País começam a dar aulas pela primeira vez.
Foram colocadas nos agrupamentos de Alcochete e Loures as duas únicas professoras do País que este ano começam a dar aulas pela primeira vez nas escolas públicas. São docentes de Inglês de 1º ciclo e de Espanhol e ficaram com horários de 8 horas/semana.
“Nunca pensei que fosse colocado alguém com zero dias de serviço. Conseguiram-no duas professoras, uma num grupo novo e outra no de Espanhol, que tem algumas carências, e só em horários incompletos”, afirmou ao CM Arlindo Ferreira, docente especialista em concursos que revelou a situação no seu blog. Depois de em 2014 se terem aposentado 1400 docentes, o facto de entrarem para a profissão só duas docentes saídas dos bancos das faculdades mostra que a renovação da classe não está a acontecer.
Formam-se por ano um milhar de professores, mas não conseguem exercer, o que aliás explica a sucessiva redução de vagas nos cursos de ensino. Dos 3782 professores a contrato que foram colocados no final de agosto, o tempo médio de serviço é de 13 anos. E na Bolsa de Contratação dificilmente serão colocados mais estreantes, diz Arlindo Ferreira.
6 comentários
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Muito provavelmente, o primeiro e o último.
Mas não era preciso 1 ano de experiencia em inglês no 1º ciclo para poder concorrer ao 120?? Ou isso foi só para alguns?
Muito bem observado, quem não estiver por dentro do 1º ciclo nem se apercebe destas minúcias…
Uma pessoa nem imagina a quantidade de fraudes que há pelas escolas do país, supostamente nem havia de haver ninguém com 0 dias de serviço na lista do 120… E muito menos em 2a prioridade. Como estas coisas são possíveis é que eu gostava de saber… Quantos honestos não são prejudicados por gente desonesta neste pais!
Não, se a colega colocada possuir Mestrado não necessita de experiência.
Devem estar a brincar. Tenho 6 anos de Ensino de inglês no 1º ciclo, fora o meu tempo de serviço noutros grupos, não fui colocada, nem eu nem outras colegas nas mesmas situações, e vem falar de uma recém licenciada colocada. Por acaso, já se lembraram daqueles e daquelas que tiveram de prestar prova para poderem dar aulas. Realmente, somos uma classe a parte. Se houvesse uma Ordem dos professores, talvez houvesse mais transparência. Temos sindicatos mais preocupados com os seus fins do mês do que pôr fim a esta república das bananas. Afinal de contas, nem é só no governo que há corruptos.