E já sabem que podem procurar, possivelmente só amanhã, nos sites das escolas essas listas de ordenação.
Podem nos comentários deste artigo ir deixando os links para essas listas.
Para saberem os sites das escolas TEIP e/ou com Autonomia já sabem que podem utilizar o mapa que elaborei que tem os sites de todos os Agrupamentos/Escolas Não Agrupadas.
As escolas com listas de BCE estão facilmente identificáveis no mapa porque são as escolas identificadas com estrelas vermelhas (TEIP) ou laranjas (TEIP com Autonomia) e em círculos verdes (Autonomia).
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) anunciou hoje que enviou as listas dos candidatos aos 7.573 concursos da Bolsa de Contratação de Escola (BCE) para estabelecimentos de ensino TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária).
Em comunicado enviado à agência Lusa, o ministério afirmou que começa na quarta-feira “a seleção dos candidatos pelos diretores das respetivas escolas, a contratar para os grupos de recrutamento”.
O MEC adiantou que os procedimentos são feitos por cada uma das 303 escolas TEIP que tenha contrato de autonomia, para cada grupo de recrutamento com horários por preencher.
Cada um destes horários é um concurso autónomo e cada candidato pode concorrer a cada um dos concursos e a todos os lugares disponibilizados para os grupos de recrutamento, desde que possua qualificação profissional, referiu.
O MEC sublinhou que esta “é mais uma etapa de colocação de docentes, após a divulgação das listas definitivas dos professores colocados nos concursos de mobilidade interna e dos candidatos colocados em contratação inicial, tendo por objetivo colmatar todas as necessidades temporárias de pessoal docente de Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas”.
Num total de 13.130 docentes de carreira que entraram no concurso da mobilidade interna, foram colocados 11.936.
Em 25.296 candidatos a contratação inicial, foram colocados 2.833 professores em vagas consideradas necessidades transitórias das escolas.
Houve ainda 1.434 candidatos a renovação do contrato, dos quais 949 conseguiram manter o vínculo.
No âmbito das chamadas necessidades transitórias das escolas foram, assim, colocados 3.782 docentes a contrato.
Por se tratar de ano de concurso interno e externo, todos os professores dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) tiveram de concorrer, o que se refletiu num número mais elevado de horários pedidos pelas escolas, aumento que o ministério atribui também à diversificação das ofertas educativas.
Os diretores escolares pediram o preenchimento de 17.850 horários, ficando agora resolvida a situação de 15.718 horários.
Os restantes serão quase todos absorvidos por procedimentos concursais como a BCE, mantendo o MEC duas reservas de recrutamento para situações que surgem no início do ano letivo, resultantes da substituição de docentes por doença ou maternidade.
Se é que é possível criar alguma regra que faça isto funcionar em condições.
Porque o que diz antes do quadro dos limites da acumulação de horários vai permitir acontecer o que disse ontem ao Correio da Manhã.
O docente pode sempre ser selecionado, independentemente de já estar colocado. Cabe ao mesmo gerir as suas colocações podendo inclusivamente, caso seja autorizado, entrar em acumulação.
A aceitação faz-se com base nos limites da acumulação, independentemente de outros concursos em que o docente obtenha colocação:
Julgava ser impossível alguém ser colocado sem qualquer tempo de serviço, mas afinal aconteceu.
Os dois casos aconteceram no grupo 120 e no 350 e em ambos os casos estes docentes foram colocados concorrendo na 3ª prioridade.
Existem 3 docentes colocados com menos de 1 ano de serviço e o terceiro, para além dos dois anteriores, tem apenas 10 dias de serviço.
É escusado dizer quem são, basta apenas deixar aqui esta informação.
Os arredondamentos para a elaboração do quadro seguinte estão feitos à unidade mais próxima, assim, tanto considerei um ano de serviço quem tem 365 dias como quem tem 450 dias.
A moda de todas as colocações situa-se nos 12 anos de serviço, como tem acontecido em anos e estudos anteriores.
Para se ficar a conhecer o tempo de serviço que os docentes colocados na passada sexta-feira têm fica aqui este quadro.
Como devem saber, sou do grupo 240 sem componente lectiva na minha escola há já alguns anos, apesar de completar precisamente hoje 22 anos de serviço.
Sou interessado por números e estando obrigado a concorrer a todo o meu concelho procurei antecipadamente saber o panorama por aqui e em alguns concelhos vizinhos.
Algo a que estou habituado fazer e então quando as cidades não são muito grandes mais fácil é ter conhecimento do que se passa em redor.
No último dia do ICL2, aceitei ser retirado para atribuição de componente lectiva no grupo 110, por conhecer o panorama existente à minha volta.
Mas se não tivesse sido retirado tinha sido colocado numa escola do meu concelho, no meu grupo de recrutamento e num horário de 22 horas.
Quantos e quantos casos destes não devem ter acontecido pelo pais?
O que gostava de saber é como uma escola que indica dois docentes do grupo 240 para ausência da componente lectiva no início de Agosto consegue passados poucos dias repescar esses dois e ainda ir buscar mais um horário completo sem que ninguém desse grupo tenha saído da escola.
Será por coisas destas que escolas como esta entram no ranking das escolas mais discrepantes em relação às avaliações interna e externas e ao mesmo tempo ganham créditos por eficiência da gestão?
Como disse no título, mas valia não conhecer a realidade e manter a ignorância.
Nos seguintes quadros compara-se a idade e o tempo de serviço entre os professores colocados na CI e aqueles que viram o seu contrato renovado.
Os valores que aparecem no quadro apresentam já a diferença entre Renovações e Contratação Inicial (quando é possível estabelecer essa comparação) e estão num gradiente de cores, para facilitar a perceção:
A vermelhoquando os professores que renovaram apresentam menos idade ou anos de serviço do que os que foram contratados na CI;
A verde quando os professores que renovaram apresentam mais idade ou tempo de serviço do que os que foram contratados na CI.
Claro que a mancha predominante é a vermelha…
Se clicarem nas imagens abaixo terão acesso aos documentos completos em formato pdf:
A tutela deve repensar seriamente e alterar muitas das artimanhas que foram implementadas nos concursos, nomeadamente:
a forma como os docentes dos quadros são ordenados nas diferentes prioridades, criando injustiças incompreensíveis;
A BCE, um concurso burocrático e anedótico, com falhas sistémicas que nunca serão ultrapassadas;
A questão da norma-travão, que deixa a entrada para os quadros dependente da lotaria das colocações;
E, relacionada com a anterior, a questão das renovações: 4 anos é muito tempo e perpetua injustiças que nunca mais poderão ser corrigidas!
E a solução para isto tudo já existe: GRADUAÇÃO PROFISSIONAL!
Dando continuidade à análise iniciada neste post , apresento agora o tempo de serviço médio (em anos) dos docentes colocados em horário completo.
A média ronda os 13 anos de serviço no entanto em vários grupos de recrutamento esse valor ultrapassa os 18 anos.
Claro que há ainda professores com muito mais tempo de serviço que se encontram por colocar…
A análise completa no quadro abaixo.
Mais uma vez, os professores que viram o seu contrato renovado, não entram nesta estatística.
A idade média global (na Contratação Inicial) dos candidatos que ficaram em horários completos, ronda os 40 anos, no entanto há grupos onde a média é de 50 anos.
Houve demasiadas “piruetas” e “normas-travão” a trocarem as voltas a estes professores, senão de certeza que já teriam há muito um lugar no quadro.
Segue o quadro completo por QZP e Grupo de recrutamento.
No apuramento destes dados não foram tidas em conta as renovações.
A cada ano que passa há docentes que em vez de se aproximarem da sua residência cada vez se afastam mais. Este é mais um caso como tantos outros desse afastamento e seria bom que o MEC apressasse o pedido de permuta e a disponibilizasse ao maior número possível de docentes.
Neste caso a docente já conseguiu um permutante, mas como não obteve colocação pela segunda prioridade poderá ver-se impedida de permutar se as regras de 2014 forem seguidas. E se o MEC impedir estes docentes de permutar estará a impedir essa aproximação que por concurso não aconteceu.
Também deve ser revisto para o futuro o que geralmente acontece todos os anos, os docentes não conseguindo uma colocação próxima da sua residência na mobilidade interna vão ver surgir horários para os quais tinham interesse em ser colocados. Se as colocações fossem apenas por um ano era um mal menor, mas neste caso é para dois e em 2017 poderá ser para quatro anos.
Sou professora com 18 anos de serviço e de QA há 10 anos. Sempre consegui destacamento à residência. Pela primeira vez na minha vida eu e muitos colegas como eu (alguns até com mais tempo de serviço!) não conseguimos aproximar. Andamos “de cavalo para burro”. Somos do grupo 220 e, de repente, não se sabe bem o que aconteceu com este grupo….conhecemos a realidade de algumas escolas e sabemos muito bem quantos são os efetivos e quantos são precisos ao todo. Analisam-se as listas e verifica-se que em algumas escolas os que ficaram agora lá colocados, somados aos efetivos não vão chegar,…vão ser precisos mais professores….e então? Quem são eles? Porque não ficamos nós?! Serão lugares a ser guardados para contratados?!Porquê?!Tenho falado com muita gente e, perante o que tenho ouvido, posso afirmar que para este grupo é o pior ano de concurso de que há memória…uma vergonha!
Começa o desespero, mudanças de vida, orçamento de família em risco…fica a esperança de uma permuta…oxalá haja bom senso deste governo para que se concretizem essas permutas o mais cedo possível e entre os dois quadros…oxalá!!!