Terminou a BCE

Terminou às 18 horas em ponto a candidatura à BCE.

A partir deste momento quem não submeteu a candidatura está impedido de ser colocado em 303 Escolas/Agrupamentos ao longo do ano lectivo 2015/2016, este número representa mais de um terço dos agrupamentos do MEC.

Este terá sido, sem sombra de dúvidas, o concurso mais complexo alguma vez feito. Lembro-me de um parecido na sua complexidade que foi o concurso de acesso a professor titular.

Se este último concurso acabou por desaparecer, resta a esperança que em 2016 a BCE tenha passado à história.

Não se justifica a complexidade de um concurso destes se nem lugares pode haver para contratação em muitos grupos de recrutamento e escolas para as quais se andou agora a perder tempo.

Não me lembro de ver professores desesperados a fazer um concurso a acabar por desistir dele por não saber onde enquadrar as respostas aos parâmetros. Tudo isto é insano.

E se houver seriedade na análise das respostas acredito que a maioria dos candidatos que sejam colocados vão acabar por ver o seu contrato anulado por prestação de falsas declarações. Mas como as colocações vão ser feitas em altura de eleições, quase aposto que tudo será abafado.

Veremos.

 

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20 comentários

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    • Pedro Xavier on 27 de Julho de 2015 at 19:02
    • Responder

    Não percam logo à noite o sr. ministro – ou o seu lacaio secretário – gabar a antecipação do concurso, de setembro para julho (inéditos 3 dias e tal “úteis”), enquanto dão vivas à sapiência, normalidade e tranquilidade com que tudo aconteceu… E depois lembrem-se do que vós, nós – todos os que nos rodeiam – passaram durante estes dias.
    Sobrevivência a quanto obrigas…
    Para todos os efeitos nada se passou, nem se passará, está tudo bem, ainda esta semana aconteceram medidas espectaculares e serão anunciadas medidas ainda melhores.
    A propaganda a que estamos sujeitos faz com tenhamos atravessado um período, de quase uma semana, numa espécie de realidade “virtual”. E pior: a angústia que se segue, férias, setembro e…

      • Pedro COsta on 27 de Julho de 2015 at 19:16
      • Responder

      É inacreditável… Como é que aquelas pessoas conseguem mentir sem qualquer pudor. Ou vivem tanto na mentira que já acreditam ser realidade, ou então é mesmo uma propaganda típica de tempos idos em que pregava os três F… E o que mais assusta é ver a impavidez e serenidade de todos. Parece estar tudo bem… Vamos em frente! Cumpriram, não prometeram, tribunal. Uma, duas, três, mil, dez mil ações em tribunal e alguma coisa tem que ser feita… Agora resignação é que não! Recuso-me!!

    • Marmelo on 27 de Julho de 2015 at 19:10
    • Responder

    Pelo que está no diploma dos concurso, a BCE para as TEIP termina em 2016/2017. Só é pena não ser mais cedo… Mas até lá “inventam” outra “autonomia” qualquer ou passam todas as escolas para autonomia ou para os municípios:

    “O disposto no (…) do artigo 40.º (BCE) do Decreto -Lei n.º 132/2012 (…) é igualmente aplicado, até ao ano escolar 2016/2017 , aos territórios educativos de intervenção prioritária (…)”

    • Tiago on 27 de Julho de 2015 at 19:11
    • Responder

    É necessário impugnar judicialmente esta BCE e fazer o concurso nacional com nova manifestação de preferências para estas escolas.
    Em bom nome da Escolas, dos Docentes dos alunos.
    sindicatos onde estão?


  1. Acho que não vai haver muitas colocações anuladas simplesmente porque a grande maioria das escolas não estão para isso, e aceitam as confirmações que os professores lhes derem, até porque, há muitos critérios em que é muito difíceis de entender o que é que se enquadra nele, eu tive dúvidas em alguns, num deles temo ter interpretado mal a pergunta, mas como resolvi submeter a candidatura logo no sábado de manhã, já não fui a tempo de mudar a resposta. Mas pergunto se é sensato anular o contrato de um professor que respondeu de uma forma correta segundo uma interpretação aceitável que fez da pergunta?! Enfim, mesmo assim a maioria das 36 perguntas a que respondi foi com um “sem experiência”, mesmo descobrindo que, em alguns casos até tinha experiência, ou que tinha mais do que aquilo que coloquei. Outro problema tem a ver com a capacidade das escolas em atestar os dados. Como é que uma escola vai atestar algo que se passou há 10, 15 ou até 20 anos?! Eu fiz dois pedidos a uma escola na qual leccionei em 1994/95, um deles (diretor de turma) até julgo que está no meu processo, mas o outro não está e tenho dúvidas que a escola tenha capacidade de atestar isso, ou talvez tenha… mas, se não tiver, o que é que acontece?! Enfim, estas BCE não lembram a ninguém…


    1. Não sou professora contratada mas acho desumano aquilo porque tem de passar um contratado neste país. Vi critérios absurdos nestas BCEs como por exemplo na escola de Cinfães pedirem experiência na coordenação do secretariado de exames para o grupo 910 sendo que os alunos da educação especial não realizam exames nacionais…qual é a lógica? Será que na coordenação do secretariado de exames dessa escola se encontra um/uma professora(o) contratada e do grupo 910?

        • Ana Cristina on 27 de Julho de 2015 at 23:08
        • Responder

        Posso-lhe garantir que sim. Quem está no 910 é coordenadora do secretariado de exames. Se no ano passado os critérios encaixavam 99% nas meninas, este ano encaixam a 100%. Isto é uma pouca vergonha e então nessa escola é à descarada!

      • Alexandre André on 27 de Julho de 2015 at 20:50
      • Responder

      Provavlemente, mais de 40 das perguntas que respondi, das 69!!!, foi sem experiência (afinal não são só 11 parâmetros!!!). Mesmo assim, na parte das formações, tenho algumas dúvidas! Todas as outras dúvidas que tenho são, apenas, por ter respondido por baixo!!!

      A verdade é que, nesta altura, começo a pensar que mentir, é a melhor forma de andarmos para a frente!!!

      Já era altura de todos nós nos unirmos para uma lista única baseada na graduação profissional!!!

      Já era altura de ir contra os três de sempre (ps/psd/cds)!!!!


      1. Os sindicatos têm de movimentar esta luta e nós professores do quadro e contratados teremos de nos unir pois as ultrapassagens por não ser unicamente respeitada a graduação está a afetar profs do quadro e contratados.

    • Daniel on 27 de Julho de 2015 at 21:07
    • Responder

    Isto é uma bandalheira!!!!! Esclarecimentos a duas horas do fim da candidatura?


    1. Realmente…


  2. Vergonha e muita tristeza disto TUDO. Boa sorte a todos e claro BOAS FÉRIAS!

    • Fafe on 27 de Julho de 2015 at 22:00
    • Responder

    BCE parece apelido de doença crónica de âmbito veterinário,

    • Do Contra on 27 de Julho de 2015 at 22:04
    • Responder

    Arlindo, eu, que costumo vir aqui mandar uns “bitaites”, queria aqui deixar publicamente um agradecimento por todo o trabalho e toda a ajuda durante estes processos concursais. Poupou-me (e a muito boa gente) muito trabalho, assim como vimos muitas dúvidas serem dissipadas. Obrigado! Obrigado! Obrigado!

      • revoltaaaaaaaada on 28 de Julho de 2015 at 19:55
      • Responder

      Conseguiu tirar as suas dúvidas?! Quem as tirou? Teve sorte…

    • A precisar de descanso on 27 de Julho de 2015 at 22:38
    • Responder

    Submeti a minha candidatura com uma relutância até agora não sentida. Na manhã de hoje, dia 27, achei que deveria eliminar algumas escolas e corrigir alguns parâmetros, mas o sistema não me autorizou…
    SUBMETI……
    Não percorri todos os agrupamentos por onde lecionei a pedir minutas. Apenas, pedi duas a uma escola em que trabalhei 5 anos consecutivos. Deixei o resto à (des)consideração do agrupamento que, provavelmente, ficarei colocada. Afinal no meu
    processo constam todos os relatórios feitos – antes e depois da ADD…
    CHEGA!!!!!!!…..
    Por que será a classe docente tão (des)prestigiada em relação a qualquer funcionário público, concernente a CONCURSOS?
    Quantos funcionários públicos concorrem ano após ano com modalidade concursal do político que a inventou?
    Concordo com o Arlindo: «Não se justifica a complexidade de um concurso destes se nem lugares pode haver para contratação em muitos grupos de recrutamento e escolas para as quais se andou agora a perder tempo».
    Nunca desesperei tanto num concurso, mas não desisti e fui até ao fim …
    DESEJO A TODOS DESCANSO E RECUPERAÇÂO DE ENERGIAS.
    BOAS FÉRIAS!!!!


  3. Não se esqueçam agora de pedir apoio aos contratados com menos de 5 anos para vos apoiar na ‘vossa’ luta… Não se esqueçam de vir com o argumento de que todos devem estar unidos… Não se esqueçam…quando ignoraram quem teve de fazer a PACC e ainda se riram da ‘má sorte’ de quem a fez… Não se esqueçam disso! E boas férias!


    1. Tens razão Sa, a classe está mais dividida do que alguma vez esteve, cada um olha para si… salve-se quem puder! É assim que eles vão batendo nuns e noutros, contratados, QZP’s, QA’s, varrem tudo… uns perdem emprego, outros têm muito mais dificuldade em conseguir uma colocação, e outros trabalham a dobrar por um salário mais reduzido…

    • revoltaaaaaaaada on 28 de Julho de 2015 at 12:31
    • Responder

    Isso de considerar as respostas dadas como “falsas declarações” é muito relativo. Vejamos se nos perguntam o tempo de serviço e nós apresentamos um n.º de dias errado, se nos perguntam a experiencia nos famosos projetos TEIP, Fenix, turma mais, projeto de solidariedade, Financeiro e o Elabab (Ou coisa do género) e nós dizemos que temos sem ter, isso sim é considerado “Falsas Declarações”. Mas devia ser corrupção e tentativa de fraude, não por parte dos candidatos mas dos diretores que se atrevem a estas exigências quando o que pretendem é um professor Licenciado para trabalhar com os seus alunos, NORMALMENTE COMO NAS OUTRAS ESCOLAS. Em relação às Ações de formação, eram interpretativas, duvidosas, todas pareciam enquadrar-se num plano relacionado com a docência, prática pedagógica, tudo na mesma direção. Não podem considerar como “falsas declarações”. Fossem objetivos e claros. Ainda podem é ser processados por tentativa de manipulação ou de guardar as vagas para afilhados.
    COLEGAS, SOMOS CONTRATADOS, NÃO SOMOS PARVOS, NEM CÃES ESFOMEADOS. HÁ QUE ENFRENTAR ESTAS FERAS E DAR-LHES UMA LIÇÃO. E REPITO: PARA O CONCURSO INTERNO CONCORREMOS E NINGUÉM NOS EXIGIU TANTA RESPOSTA, ALIÁS SÓ NOS FOI EXIGIDA A JUSTA GRADUAÇÃO. ISTO É DISCRIMINAÇÃO NA PRAÇA PÚBLICA E NINGUÉM FAZ NADA. os sindicatos em vez de nos ajudar, assustam-nos, cuidado com as falsas declarações…MENOS!


  4. No parâmetro «outra formação relevante», um Curso de

    Especialização em Ensino de uma determinada disciplina que conferiu habilitação
    profissional para o 3º ciclo e Secundário não pode ser considerado formação
    relevante, certo? Mas será que esse Curso de Especialização não poderá ser
    relevante para a lecionação dessa mesma disciplina no 2º ciclo? Eu penso que
    deveria contar, mas coloca-se uma questão: as opções sugeridas na aplicação
    referem-se a Pós-Graduação e a Curso de Especialização igual ou superior a 250
    horas acreditado pelo C.C.P.F.C. . O que fazer? No Certificado não é referida a
    menção Pós-Graduação, mas sim Curso de Especialização em Ensino de …!!! Tendo
    sido essa especialização obtida numa instituição de ensino pública de
    referência, com 60 ects, tem que estar acreditada pelo C.C.P.F.C.?! Como não está acreditada por aquela entidade
    (pelo menos tal não é referido no certificado), deve ser esquecida como
    formação relevante por não encontrar enquadramento nos parâmetros da BCE! Como
    proceder? Assinalar que não se é possuidor de formação relevante com os
    prejuízos daí inerentes?

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