Destacamentos de professores por doença indignam colegas
A chegada às escolas, em Junho, de professores que pediram destacamento por razões de saúde está a causar indignação entre docentes que também são do quadro e que temem ser atirados para estabelecimentos a centenas de quilómetros, por falta de turmas a que dar aulas. Em Coimbra e em Bragança, grupos diferentes de professores reclamam que o MEC sujeite a juntas médicas aqueles que viram os pedidos aprovados e um dirigente escolar de Macedo de Cavaleiros diz, mesmo, ter conhecimento “de situações muito duvidosas”.
De acordo com José Ricardo, da direcção da Federação Nacional de Educação (FNE), a novidade, este ano, resulta da antecipação dos vários concursos de colocação de professores e, em concreto, do que permite a deslocação por condições específicas, nomeadamente as de saúde, seja do próprio, seja do cônjuge, de ascendentes ou de descendentes.
Se normalmente estes professores chegavam às escolas em fins de Agosto ou durante o mês Setembro, quando o ano lectivo já estava a decorrer e os colegas se encontravam colocados, este ano surgiram a tempo de lhes ser distribuído serviço lectivo e tornaram-se, por isso, visíveis”, avalia o dirigente sindical.
…
Só em quatro agrupamentos do distrito de Bragança já foram colocados por esse motivo 260 professores. E aos estabelecimentos de ensino da cidade de Coimbra chegou cerca de uma centena, segundo Ana Paula Neves, umas das docentes que lançaram uma petição exigindo que os professores em mobilidade por doença sejam submetidos a junta médica para comprovação das declarações prestadas, uma possibilidade prevista na lei.
108 comentários
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É o cabaret da coxa a funcionar com todo o seu esplendor. Cada qual tenta safar-se como pode, independentemente de ter de passar por cima dos direitos dos outros!!!
Os senhores professores da petição por acaso não pertencem ao QZP? Se sim quer dizer que pertencem a uma Zona Pedagógica, logo estão sujeitos a ocupar vagas por toda a zona. E alguns destes senhores professores não teriam hipótese de ter ficado em Quadro de Escola de Mirandela, por exemplo? Será que concorreram aos Quadros de escola? Não se deixaram ultrapassar por colegas mais novos? E agora andam com petições?
O senhor deve ser um dos pseudodoentes?
Será que lhe “acertaram na ferida”?
Vai à junta médica, curar a ferida.
Se és quadro de Agrupamento, pertences a um Agrupamento, ou não?
O que está aqui em causa não é a lei, são as trafulhices que se fazem, é difícil compreender isto???? É óbvio que uma pessoa doente deve ter o apoio necessário, qualquer um de nós pode estar doente amanha. E já agora os QZP’S só são obrigados a concorrer ao todo QZP depois de colocarem em primeiro lugar as escolas perto de casa que lhe dão mais jeito.
Também há professores que moram em Mirandela que estão sujeitos a ficar prejudicados devido a estes chicos espertos. Ou então, imagine agora que alguém com mais graduação que a sua faz o mesmo sem estar doente e vai fazer que você não consiga os seus objetivos. Se você está mesmo doente e ele não como se sentiria? O que realmente tem de haver aqui é uma inspeção médica rigorosa e rever a lei.
Não estou a ver como podem ficar prejudicados. Se são do QA/QE os DCE não lhes tiram o horário. Se são QZPs sabem desde logo que podem ir para longe de casa. Será que têm concorrido sempre aos QA/QE a todo o país?
Mas os QZPs a não concorrerem para QA/QE a todo o país estão a cometer alguma ilegalidade? É que é disso que se está aqui a falar.
Não há nenhuma ilegalidade. Acontece que ser QZP não é sinónimo de escola garantida perto de casa. Pode ficar em qualquer escola desse mesmo QZP. Não percebo porque estão contra os colegas de DCE.
Caso ainda não tenha reparado só se está contra os chicos espertos. Aliás pela afluencia de comentadores dá bem para ter uma ideia de quantos estarão com o rabo preso.
Se conhece algum caso só tem de ir para tribunal. Está à espera de quê?
Estava mesmo à espera do seu comentário para avançar. (not)
Obrigado pela preciosa ajuda. (not)
Acha que 260 num grupo, 110, num distrito e ninguém do QZP ser colocado uma normalidade?
Mas a Zona 2 (QZP) não vai até Montalegre e Cinfães? É evidente que terá de ser distribuído serviço letivo, se existir, aos professores em DCE. Isso é boa gestão. Se pertence à Zona 2 poderá ficar em qualquer vaga dessa mesma zona.
Sou qa e estes falsos DCE retiram-me lugar sim senhor, quero aproximar-me de casa já não bastava ter os qzp à frente e agora ainda tenho estes falsos doentes que presumo sejam Qa e qzp. Tudo à junta médica.
ninguém está contra os DCE, apenas contra quem se faz passar por doente…
“Não estou a ver como podem ficar prejudicados.”
Requalificação?!
Isto só prova que os agrupamentos estão a gerir bem os recursos humanos. Os docentes dos QZPs têm que concorrer ao respetivo QZP. Não entendo o alarido. Injusto tem sido docentes de QZP ficarem perto de casa e colegas com 20 e 30 anos de serviço não se conseguirem aproximar.
Se és quadro de Agrupamento, pertences a um Agrupamento, ou não?
Não és Quadro de Agrupamento, então fica na tua escola!
Também és um pseudodoente, tens medo da junta médica, porque te dói um dente?
Quem não deve não teme.
Os docentes do QZP têm de concorre a todo o QZP e mais nada. Se tem provas de alguma ilegalidade só tem de fazer queixa no sítio certo. Falam, falam mas queixa não fazem.
Já apresentei, cuida-te.
Então lá nos veremos se é dos que tem coragem de dar a cara.
Será parva ou não. Há 11 anos, aconteceu o mesmo abuso, depois vieram as juntas médicas e as doenças reduziram-se no ano seguinte de forma drástica. Infelizmente existem pessoas doentes ou com familiares doentes e outras que se aproveitam da legislação para arranjar uma doença, é para estas pessoas que eu me insurjo. Percebeste ou faço-te um desenho?
Penso que jp não terá razão neste ponto. As doenças “reduziram-se” porque, mesmo que se confirma-se a doença, de seguida teriam de concorrer mas só seriam destacados se existisse vaga. Como os professores, à partida, saberiam que não tinham vagas já não concorriam ou nem pediam DCE ou concorriam mas não apanhavam vaga. Foi com este governo que foras todos destacados mesmo sem vaga desde que se confirmasse a doença. Peço desculpa se me enganei no que escrevi.
Foi sempre assim, exceto nas colocações, que eram mais tarde.
Não foi sempre assim. No governo anterior só eram destacados se houvesse vaga.
Exatamente, Gica. Aí está o principal motivo.
Exatamente e nessa altura todos tinham muita pena e eram muito solidários com os DCE, claro desde que não lhes tirassem o lugar próximo dos centros urbanos!!!!!! Cambada, haviam de ter cancro na língua.
E os Qzps também deviam ficar no seu QZP, ponto final!
O senhor deve ser daqueles que se mantem em QZP para poder passar à frente dos mais graduados e focar perto de casa. arrisque e passe para o QA e fique por la. Mas se quiser eu dou-lhe de bom grado as minhas doenças.
O jp deve ser daqueles colegas de QZP que têm ficado sempre perto de casa e nunca quis concorrer a nível nacional. Que tudo lhe corra bem MFL.
E você deve ser dos que entraram para um Qa no qual nunca trabalharam porque está sempre com MPD/DCE !
E você deve ser dos que entraram para um QA no qual nunca trabalharam porque está sempre com MPD/DCE !
Já concorreu para todas as escolas da Zona 2? Não deixe expirar o prazo.
Ora, aí está! Sou QA, tenho doença oncológica e se os QZPs não estivessem continuamente a passar à frente, e com os anos de serviço que já tenho, não precisaria de me andar a chatear com relatórios para trás e para a frente…O problema destes QZPs é que viram a mama por este ano acabada, é que isto em Coimbra tem sido demais! Porque é que não foram obrigados, como eu, fui a concorrer ao seu QZP? Se conhecem situações fraudulentas denunciem-nas, agora comecem com muito alarido que depois acabam com tudo e quem precisa é que se trama. Eu também pensava que nunca viria a precisar! Cuspam para o ar que pode ser que vos caia na fronha, cambada de chupistas, e quem é essa fulana para EXIGIR a fiscalização? Pode pedir, solicitar, agora exigir? Troco o meu cancro de mama com qualquer “vítima”,
tenho 20 anos de serviço e sou QZP. Em todos os concursos concorro a todas as escolas do meu QZP e não só… queres trocar? este ano tiveste oportunidade de passar para QZP. tentaste? Pois é…
Pois tentei mas não consegui.
É notório a ignorância de alguns colegas que se dizem professores, pois há muitos professores QZP também com 20 ou mais anos de serviço.
Já agora, se é QA/QE e pretende aproximar-se porque não mudar para QZP no CI já que vê tantas vantagens para estes colegas?
Ainda ontem na reportagem da SIC a maior parte dos colegas que pertencem ao movimento “transparência professores colocados por doença” são QA/QE com muitos anos de serviço.
“…ignorância de alguns colegas que se dizem professores…”
Como professor(a) não acha que devia saber pontuar o seu comentário?
O dirigente escolar de Macedo de Cavaleiros tem provas do que está a afirmar? Se tem provas porque não faz queixa no lugar certo?
Não percebo a seguinte frase do artigo: “A chegada às escolas, em Junho, de professores que pediram destacamento por razões de saúde está a causar indignação entre docentes que também são do quadro e que temem ser atirados para estabelecimentos a centenas de quilómetros, por falta de turmas a que dar aulas. ” Alguma coisa deve estar mal pois o Despacho n.º 4773/2015 refere o seguinte: “8 — A mobilidade dos docentes ao abrigo do presente despacho não
pode originar insuficiência ou inexistência de componente letiva dos
docentes do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada onde
seja efetuada a colocação”
Olá Hélder, penso não estar a entender…O problema coloca-se para os professores de quadro de agrupamento a quem não foi possível atribuir pelo menos 6 horas letivas, pelo que terão de concorrer à mobilidade interna. Ora vejamos, se os colegas que foram colocados por mobilidade por doença numa escola e essa escola tiver horas sobrantes, após terem sido atribuídas a todos os professores do quadro, então essas horas que deveriam ir a concurso para a mobilidade interna não vão, sendo menos horários para os professores com horário zero, sejam de quadro de escola ou QZP. Não me parece correto os colegas com mobilidade por doença( atenção nada contra esta possibilidade que considero mais do que necessária para quem precisa) retirem possíveis horários. O MEC deveria assegurar horário a estes colegas sem prejudicar quem eventualmente é mais graduado.
Boa tarde Graça. Os colegas em DCE nunca tiram horários aos colegas do Agrupamento de escolas/Quadro de Escola porque só terão horário se sobrarem. Se algum colega do QA/QE for para horário zero então nenhum colega em DCE nesse Agrupamento/Escola terá horário. Ficam sem componente letiva. O que vai acontecer é que a vaga deixada por professores em DCE irá ser ocupada por colegas de QZP ou em mobilidade por horário zero.
Vai então tu para esses lugares deixados por esses colegas em MPD ! Eu queria as vagas do QZP2 a que pertenço que é bem grande e mesmo assim com os muitos anos de serviço que tenho posso não ser colocado.
Também pode concorrer a outros.
És burr ….
Ah, este(a) é dos tais! Deus não dorme!!! Sempre ao pé de casa, não é? E os QA que se danem, hum!!! Aqui a justiça já é diferente!
Peço desculpa Tiagu, mas os colegas tiram sim os horários uma vez que, como já havia referido, as horas que sobram após atribuição de componente letiva aos professores de quadro daquela escola, é-lhes atribuídas as horas sobrantes caso existam, impedindo dessa forma que sejam enviadas a concurso para quem se encontra em mobilidade interna. É verdade que em muitos casos os colegas de mobilidade interna libertam os seus horários, mas também é verdade que isso não acontece em todos os grupos de recrutamento como todos sabem. Muitos professores se não fossem colocados em mobilidade interna correriam o risco de irem parar à mobilidade especial…ou então teriam que ficar muito mais longe. E atenção que muitos colegas colocados por mobilidade por doença são contra a atribuição de componente letiva antes de todos os outros professores obrigados a concorrer em mobilidade interna. Eu tenho uma amiga que é desta opinião e foi colocada em mobilidade por doença.
Reitero mais uma vez que deverá existir esta possibilidade para os professores que se encontram doentes, mas nunca prejudicando outros professores que não têm culpa de nada!!!
Peço desculpa Tiagu, mas enganei-me ao escrever “em muitos
casos os colegas de mobilidade por doença” e não mobilidade interna e ainda “Muitos professores se não fossem colocados em mobilidade por doença” e não interna.
Colega a escola tem sempre que assegurar horário aos professores do seu quadro nem que para isso os colegas colocados em DCE tenham de ficar nos apoios. Penso que a questão vai ser resolvida pois estes vão ter de concorrer à mobilidade interna e penso que o ministério vai dar a volta à questão, pois só ficará realmente destacado quem tiver vaga. Por outro lado penso que a verdadeira questão no ano passado e este ano foi a de que o ME deu destacamentos independentemente das vagas e infelizmente quem não tem um familiar com um temor maligno? os professores estão apenas a usar a legislação para tentarem aproximar-se das suas famílias. Os professores deviam lutar e serem mais unidos, daí estas más condições de trabalho que levam as pessoas a pensar em tudo. Eu sou QA e não tenho horário, vou concorrer à mobilidade interna e não sei o que me espera, contudo, não posso revoltar-me contra colegas que certamente necessitaram de o fazer!
A revolta é conta aquele que usufruem desta mobilidade injustamente. No distrito de Bragança é um abuso. Muitos colegas pedem mobilidade pelos pais ou até pelos avós e estes não estão ao seu encargo. E há aqueles que não estão assim tão doente que tenham de estar à beira de casa. Aliás muitos destes colegas em anos que não conseguiram a mobilidade faziam mais de 200 km diários para virem para casa. Quem consegue fazer isto um ano inteiro estar assim tão doente? Não me parece. A mobilidade tal como está é um injustiça. Eu concorri no ano passado, porque tenho uma doença degenerativa da coluna. Devido a isso fui operada duas vez e preparo-me para a terceira. No entanto foi-me recusada porque a minha doença não está contemplada no dito despacho. Acham justo? Eu não.
Se conhece casos que estão a usufruir injustamente e ilegalmente desta mobilidade, faça queixa a quem de direito.
Não acho justo, mas conheço casos em que as doenças não são as contempladas e que são igualmente graves e tem sido concedido. Olhe eu se não me aproximassem teria de o fazer, ia enquanto pudesse depois logo se via, mas os professores que têm muito tempo de atestado médico também não ficam em bons lençóis!
É isso mesmo:
Aproximação à residência por «dependência de familiares»? Tenho informações (sei nomes e escolas mas não divulgo, como é óbvio) de que na mesma escola uma professora foi colocada no centro de Lisboa, vinda da província para cuidar de uma tia, como já referi, e que uma professora já colocada na escola da província pôs atestado médico para cuidar do pai, libertando, e não ocupando, um lugar. Sei de uma professora com doença oncológica e que está de atestado médico: para que lhe serviria aproximação à residência se nem pode dar aulas? Para que servem estas aproximações por doença? Apenas em casos muito delimitados de doenças, como a dos que precisam de fazer hemodiálise.
Deixo aqui a denuncia efetuada no ano anterior ao MEC, IGE, PGR, SEE e Comunicação social.
Desculpem a desformatação…
Exmo. Sr. Ministro da Educação
Venho por esse meio denunciar uma prática fraudulenta que nos últimos anos
se tem verificado recorrentemente no distrito de Bragança, com especial relevância na cidade de Bragança. Esta prática prende-se com a mobilidade por doença consagrada no despacho n.º 6969/2014 no qual se refere:
“… o Ministério da Educação e Ciência,reconhecendo a necessidade de proteção e apoio aos docentes na doença, quer pessoal, quer do cônjuge ou da pessoa que com aquele viva em condições análogas à dos cônjuges, descendente ou ascendente que estejam a seu cargo, estabelece um regime específico de mobilidade ao abrigo do artigo 68.º do ECD. A formalização do pedido de mobilidade por doença[1] é efetuada exclusivamente através de formulário eletrónico, a disponibilizar pela Direção Geral da Administração Escolar, instruída com os seguintes documentos a importar por “upload”
informático:
a) Relatório médico, em modelo da Direção -Geral da Administração Escolar, que ateste e comprove a situação de doença nos termos do Despacho Conjunto A -179/89 –XI, de 12 de setembro e a necessidade de deslocação para outro concelho nos termos do ponto1 do presente despacho;
b) Documento comprovativo da relação familiar ou da qualidade de parceiro na união de facto;
c) Declaração emitida pela junta de freguesia que ateste a relação de dependência exclusiva do ascendente que coabite com o docente;
d) Declaração emitida pelos serviços da Autoridade Tributária que ateste que o docente e ascendente residem no mesmo domicílio fiscal…”
“…Os docentes de carreira dos estabelecimentos de ensino da rede pública de Portugal Continental e das Regiões Autónomas podem requerer mobilidade por motivo de doença ao abrigo da alínea o) do artigo 68.ºdo ECD aprovado pelo Decreto -Lei n.º 139-A/90, de 28 de abril, na sua redação atual, para agrupamento de escolas ou escola não agrupada situado em concelho diverso daquele em que se encontram providos ou colocados, desde que sejam portadores de doença incapacitante nos termos do despacho conjunto A -179/89 -XI, de 12 de setembro, publicado no Diário da República, 2.a série, n.º 219, de 22 de setembro de 1989,ou tenham a seu cargo cônjuge, pessoa com quemvivam em união de facto, ascendente ou descendente a cargo nas mesmas condições e a deslocação se mostre necessária para assegurar a prestação dos cuidados médicos de que carecem…
Quero desde já referir que é de salientar positivamente
esta postura por parte do Ministério da Educação que permitindo aos docentes
usufruir deste tipo de mobilidade responde assim a situações pessoais que
mereciam especial atenção social e humana, com a qual concordo e considero
essencial para casos de docentes que se enquadram nas situações previstas no despacho conjunto A -179/89 -XI, de 12 de Setembro.
A denúncia que aqui faço não se prende com a utilização mobilidade por doença por parte dos
docentes que efetivamente dela necessitam mas com a utilização fraudulenta
desta forma de mobilidade por parte de muitos docentes do quadro residentes na
cidade de Bragança, apenas com o único intuito de ficarem colocados numa das
escolas desta cidade, evitando assim terem de se deslocar para as suas escolas
de provimento localizadas nos diferentes concelhos do distrito ou nos
diferentes distritos do País.
Todos os professores que moram em Bragança e lecionam
nos outros concelhos do distrito sabem o quanto custa viajar pelas suas estradas,
em especial no Inverno onde as más condições climatéricas são uma constante e
todos os professores que lecionam longe do seu local de residência, noutros
distritos, sabem o quanto custa estar longe daqueles que são os seus entes mais
queridos.
No entanto, e no meu entender, isso não pode ser
razão para os docentes usarem um mecanismo que o Ministério da Educação coloca
ao dispor dos docentes que se encontram nas situações descritas pelo despacho n.º 6969/2014,
de forma fraudulenta, conseguindo deste modo serem colocados na escola que
querem (note-se que os docentes escolhem apenas um agrupamento de escolas e se
o seu pedido de mobilidade por doença for deferido ficam colocados nessa
escola).
Tal prática é
levada a cabo por vários docentes moradores na cidade de Bragança que se
encontram providos de um lugar de quadro fora da cidade, nos concelhos vizinhos
ou noutros distritos do País e que não tem qualquer tipo de escrúpulos em
mentir sobre o seu estado de saúde nem daqueles que lhes são próximos para
assim terem um dia a dia melhor do ponto de vista familiar e financeiro,
evitando as deslocações no distrito e fora dele, mesmo que para isso “tenham de
ficar” numa escola um ano inteiro sem terem qualquer tipo de tarefa atribuída,
limitando-se a assinar um livro de ponto posto a circular na sala dos
professores pelas direções.
Não me estou
a referir a um ou dois casos pontuais de fraude, mas sim um esquema de fraude
generalizada, em os docentes que nele entram não se coíbem de falar sobre isso
chegando ao cúmulo de afirmarem que isso não traz qualquer tipo de
consequências para eles nem para as suas carreiras, pois o Ministério da
Educação não investiga nenhum dos docentes colocados ao abrigo desta forma de
mobilidade e despacha quase tacitamente os pedidos formulados pelos docentes.
A denúncia
destes casos de mobilidade por doença fraudulenta é sustentada pelos seguintes
factos que Vexa no uso das suas competências poderá averiguar e comprovar:- No
ano letivo de 2013/2014 dos cerca de 1600 docentes colocados a
nível nacional ao abrigo da mobilidade por doença foram colocados cerca de 130
professores nos três agrupamentos de escolas da cidade de Bragança, tendo
sido colocados num desses agrupamentos, o Agrupamento de Escolas Emídio
Garcia, cerca 70 docentes. No ano letivo de 2014/2015 dos 2104
docentes colocados a nível nacional ao abrigo da mobilidade por doença foram
colocados cerca de 200 professores nos três agrupamentos de escolas da
cidade de Bragança, tendo sido colocados num desses agrupamentos, o Agrupamento
de Escolas Emídio Garcia (o mesmo de 2013/2014) cerca 100 docentes. Este
elevado número de docentes colocados ao abrigo desta forma de mobilidade
indicia no meu entender o uso fraudulento desta forma de mobilidade por parte
de muitos destes docentes. Veja-se que se o número de docentes colocados ao
abrigo da mobilidade por doença nas restantes escolas do País fosse nesta ordem
de grandeza estaríamos a falar de quase metade dos docentes do quadro a
nível nacional colocados ao abrigo desta forma de mobilidade. É de
notar que estes docentes representam quase um terço dos professores
colocados nas escolas de uma pequena cidade do interior e cerca de 10% dos
docentes colocados ao abrigo desta forma de mobilidade a nível nacional. É de
notar ainda que estes docentes custam ao erário público perto de 5
milhões de euros por ano, pois são colocados numa escola onde não tem
nada que fazer e nos seus lugares de provimento são colocados outros docentes. Para
conseguirem cumprir os requisitos mais importantes impostos pelo despacho n.º 6969/2014
para a formalização do pedido de mobilidade por doença e que dependem de
terceiros os docentes que entram neste esquema fraudulento procedem da seguinte
forma:
Para
cumprirem o requisito imposto pela alínea a) do despacho supracitado
recorrem a médicos que são coniventes com este esquema fraudulento e estão
dispostos a atestar que os docentes ou os seus descendentes/ascendentes com os
quais supostamente coabitam padecem das patologias elencadas no despacho conjunto A -179/89 -XI, de 12 de
setembro. De forma a ilustrar aquilo de que falo refiro o caso de uma
médica, que não sendo a única, passou dezenas de atestados médicos aos docentes
ou a pedido destes para os seus descendentes/ascendentes. Há quem afirme que
foram mais de 50, a maioria
no seu consultório privado.
Para
cumprirem o requisito imposto pela alínea d) estes docentes recorrem a
uma repartição de finanças e de forma expedita
requerem a mudança do seu domicílio fiscal ou do domicílio fiscal dos
ascendentes e em poucos dias docente e ascendente supostamente doente passam a residir no mesmo domicílio
fiscal, obtendo assim uma declaração da autoridade tributária a atestar que ambos
têm o mesmo domicílio fiscal.
Para
cumprirem o requisito imposto pela alínea c) recorrem ao Presidente da
junta de freguesia que com a maior das naturalidades atesta que o ascendente
coabita com o docente e depende exclusivamente deste sabendo que tal não
corresponde á verdade. Arrisco a dizer que uma grande parte dos docentes que
formula o pedido de mobilidade por doença para dar assistência aos seus
ascendentes não só não coabitam com os seus ascendentes como estes não dependem
exclusivamente deles. Há casos de docentes que tem os seus ascendentes em lares
da terceira idade, outros que tem os seus ascendentes a viverem sozinhos e
autonomamente nas suas casas, outros que tem os seus ascendentes a morar em
concelhos diferentes da escola onde ficaram colocados ao abrigo desta forma de
mobilidade, etc.
O perfil dos
docentes que enveredam por este tipo de esquema é muito variado, sendo de
salientar os seguintes
– Docentes que há vários anos se encontram colocados
na escola que pretendem na cidade de Bragança ao abrigo da mobilidade por
doença sendo a sua escola de provimento nos concelhos vizinhos.
– Docentes
cuja escola de provimento se encontra noutros
distritos e que há vários anos se encontram colocados na escola que
pretendem na cidade de Bragança ao abrigo da mobilidade por doença.
Os Sindicatos
de professores de Bragança não só são coniventes com este esquema
fraudulento como o fomentam incitando
os docentes deslocados a enveredarem por esta fraude prestando
assessoria e explicando como estes devem proceder para contornarem os
requisitos legais, a que devem obedecer para estarem em condições de
usufruir da mobilidade por doença a que atrás já fiz referência. A este
respeito é de salientar a afluência desmesurada de docentes aos sindicatos
durante o período de abertura da mobilidade por doença de forma a serem devidamente
informados de como proceder para conseguirem obter os requisitos necessários
para estarem em condições de usufruir desta forma de mobilidade.
É normal e perfeitamente compreensível que os
docentes que se encontram a lecionar longe do seu local de residência queiram
ficar colocados o mais próximo possível das suas casas, no entanto é do meu
ponto de vista de todo inqualificável, eticamente e moralmente inaceitável que
o façam recorrendo a um mecanismo que o Ministério da Educação coloca ao dispor
dos docentes que devido ao seu estado de saúde ou do estado de saúde dos seus
ascendentes/descendentes necessitam de estar próximos do seu local de
residência para realizarem os tratamentos que necessitam ou para acompanhar os
seus pais ou filhos nas mesmas circunstâncias.
Estes docentes, do ponto de vista ético, moral e
acima de tudo do ponto de vista da sua profissionalidade, dão um péssimo
exemplo daquilo que deve ser a profissão docente orientada por valores. Estes
docentes encaram esta forma de mobilidade como se fosse um processo concursal,
em que os docentes concorrem na esperança de serem colocados nas escolas que
desejam. De forma a ilustrar aquilo que afirmo refiro uma pergunta que alguns
docentes efetivos na cidade fazem a outros docentes que concorrem à mobilidade
interna: “ Não conseguiste ficar colocado na cidade? Nem por condições específicas
(mobilidade por doença)? Olha que todos fazem isso …”. Ora, isto só denota que
tal prática é comum e reconhecidamente aceite pelos pares.
Estes docentes colocados nas escolas da cidade ao
abrigo desta forma de mobilidade prejudicam ainda os colegas que concorrem à
mobilidade interna na esperança de ficarem colocados na cidade de Bragança uma
fez que se existirem vagas/horários nas escolas da cidade estes são atribuídos
aos docentes “doentes” não sendo colocados a concurso.
Existem muitas injustiças e arbitrariedades nos
concursos de professores, no entanto, no meu entender, este ato perpetrado por
estes docentes em nada dignifica a classe como prejudica vários colegas de
profissão que respeitam a formas legais de mobilidade postas ao seu dispor.
Perante uma
situação destas quem governa tem uma obrigação moral de averiguar a veracidade
dos pedidos de mobilidade por doença formulados por estes docentes sob pena de
um fenómeno que se circunscreve a uma localidade passe a ser generalizado a
nível nacional. É em nome dos docentes que estando colocados a dezenas e
por vezes a centenas de quilómetros da sua residência na cidade de Bragança e
que tendo conhecimento deste esquema ignóbil e fraudulento perpetrado por
muitos colegas de profissão se recusam a enveredar pelo mesmo caminho que faço
esta denuncia e lhe peço que no uso das competências desenvolva os mecanismos
que terá certamente ao seu dispor para por cobro a esta situação inaceitável do
ponto de vista moral e ético, sem
prejuízo dos docentes que cumprem de forma real e inequívoca com todos os
requisitos do despacho n.º 6969/2014, referente á mobilidade por doença.
[1]
São consideradas
doenças incapacitantes para efeitos do nº 1 do artigo 48º do Decreto-Lei nº
497/88, de 30 de Dezembro, as seguintes: Sarcoidose. Doença de Hansen. Tumores
malignos. Hemopatias graves. Doenças graves e invalidantes do sistema nervoso
central e periférico e dos órgãos dos sentidos. Cardiopatias reumatismais
crónicas graves. Hipertensão arterial maligna. Cardiopatias isquémicas graves.
Coração pulmonar crónico. Cardiomiopatias graves. Acidentes vasculares
cerebrais com acentuadas limitações. Vasculopatias periféricas graves. Doença
pulmonar crónica obstrutiva grave. Hepatopatias graves. Nefropatias crónicas
graves. Doenças difusas do tecido conect
Se as entidades competentes investigaram e não detetaram nada de ilegal qual o objetivo de voltar “à carga”? Se tem provas vá para tribunal (Mas terá de se identificar não é?) E depois se não tiver razão?
Não investigaram!
Caro colega, tudo isso aqui para o Nuno Crato ler ??? Deixe de ser ingénuo. … Este tipo de gente(MEC e diretores de Escola) só em tribunal!! e com excelentes advogados!!! Boa sorte, “amigo”! Mim em vias de emigrar, rumo à felicidade;)))) Vergonha de país!! Gente pequena e miserável!!!!
Correto. Verídico. Eu vejo nesta denuncia a pura das realidades. Isto é o que está a acontecer no distrito de Bragança. Estou à vontade para ajudar nesta causa.
Somos mesmo os piores inimigos de nós próprios. Que vergonha. Que gente tão pequenina, tão mesquinha. São de facto um nojo. E não, não concorri por doença e não,não estou ao pé de casa.
parabéns. Plenamente de acordo.
Quem tem responsabilidades sobre isso deve estar com muita atenção para que ninguém passe à frente de ninguém, indevidamente. Não podemos concordar com injustiças, sejam lá elas quais forem, beneficiem lá quem beneficiarem. Não somos um País de terceiro mundo.
Realmente deve haver muitas situações ilegais que ao prejudicam aqueles que, como eu, tem realmente doenças (sim no plural porque não tenho uma mas sim duas doenças crónicas). Juntas médicas acho muito bem desde que mao sejam iguais aquelas que mandam trabalhar professores com cancro como já aconteceu. De qualquer maneira agora levanto a questão da justiça de um professor de QZP conseguir um lugar mais perto de casa do que eu que até sou mais graduada mas sou QA. Se não tivesse duas doenças isso seria o que acontecia!! Infelizmente justiça é o que não há!!!
Olá colega MFL. Tudo de bom para si. Não ligue. Por alguma razão somos uma classe desunida. Diz-se por aí que há colegas do QZP de Bragança que não quiseram concorrer para Quadro de Agrupamento de Mirandela sendo ultrapassados por colegas mais novos que ficaram lá efetivos. Também se diz que alguns desses colegas são os mesmos que agora andam com exposições. Muitos desses colegas já poderiam estar nos QA/QE se tivessem concorrido a nível nacional mas não quiseram. É o que se diz mas será fácil verificar as anteriores listas de ordenação e as colocações deste ano para ver se há fundamento.
Isso é aldrabice!
Vá consultar as listas de graduação do 1º ciclo e as listas de colocação.
Não é aldrabice não, e você sabe bem disso, não quer é dar o braço a torcer pois deve ser um deles…Existem colegas que entraram em QA com 6 anos de serviço e foram parar a cascos de rolha e outros com 20 anos não entraram, porque? Não precisa responder porque sabe o motivo, so concorreram para o QA de Bragança. Agora é que são obrigados a concorrer a duas zonas, e essa outra zona que escolhem não tem vagas tal como Bragança que é Vila Real…
Boa noite Ana. É evidente que não é aldrabice. Em Mirandela ficaram colocados no Quadro de Agrupamento colegas mais novos porque os que estavam (e continuam) nos primeiros lugares do QZP não quiseram concorrer para lá. Agora, diz-se, que andam com exposições para as diferentes entidades. Basta consultar as listas de colocação e compara-las com as listas graduadas.
Tem razão, concordo consigo! Pois existem colegas de Bragança que agora se lamentam não ter concorrido pois estão com receio de ficar sem componente letiva…
Tem toda a razão, Conheço imensos casos de pessoas que já podiam estar em QA mas não quiseram sair do distrito de Bragança! E agora essas pessoas estão ofendidas devido aos DCE. Cada um que olhe para si…
Neste último concurso, os primeiros do QZP, não ficaram no QA de Mirandela porque não quiseram concorrer para lá pois ultimamente têm apanhado escolas em Bragança. Resultado: Foram ultrapassados por colegas mais novos. Agora deitam as culpas para os DCE. Esquecem-se qual o significado de QZP.
Nem todos as doenças crónicas estão previstas na lei para destacamento por doença…atenção às doenças que alegaram pois a legislação foi alterada há alguns anos e não é da responsabilidade do médico conhecer a legislação dos nossos concursos mas sim atestar as doenças que os seus pacientes têm.
Realmente seremos eternamente um grupo dividido… Seremos eternamente rivais de nós próprios. Sim, concorri à mobilidade por doença, e sim fiquei colocado ao pé de casa. Mas troco com qualquer um de vocês, a minha doença, assim vocês ficam perto de casa e eu vou para longe, ou não, mas fico livre de algo que me incapacita. Que me impede de fazer muitas das coisas que sempre fiz, que sempre me fez feliz. Sim, posso sair do País sem qualquer reserva, sem precisar saber se para onde vou tem um serviço médico avançado, se não existem muitas infeções, se os cuidados de higiene são exemplares, e mais importante que tudo isso, não preciso esperar mais de 1 ano para poder ser pai, não preciso fazer exames atrás de exames, não preciso sujeitar a minha esposa à dor, à tristeza, à revolta, de fazermos os tratamentos e no final ouvir dos médicos, que não se pode continuar porque todos os embriões têm a doença. ENFIM, a todos vocês que criticam, pensem bem no que professores como vocês, passam, como vivem o dia a dia, como a família dos mesmos vive o dia a dia, antes de colocarem tudo em causa. Em relação à junta médica, ela tem de lá estar para podermos concorrer. Chama-se atestado multi-usos. Fiquem bem.
Entenda que estas crítica não são para os que, como o colega, infelizmente necessitam desta mobilidade. O problema é que muitos colegas estão colocado por mobilidade e não necessitam. Pior, ainda, muitos pediram pelos pais e até pelos avós e estes não estão ao seu encargo. São estas situações que revoltam. Fala no atestado multi-usos e muito bem mas acontece que se pode concorrer sem esse atestado. A verdade é que o processo tal como está não é justo.Eu senti isso na pele no ano passado. Tenho uma doença degenerativa da coluna e por isso já fui operada duas vezes nos últimos três anos e terei de ser novamente operada ainda este ano. o ano passado fiz o pedido de mobilidade que me veio indeferido porque a minha doença, apesar de bastante incapacitante e se agravar com as deslocações de carro que todos os dias tenho de fazer não está contemplada no dito despacho.
A mobilidade por doença não se pode pedir por avós.
Leia todos os posts com a devida atenção e há-de chegar à conclusão que ninguém aqui está contra casos como o seu. O problema são aqueles que se aproveitam ilegalmente da lei para poder ficar mais perto de casa, isto não é divisão nenhuma, será que é difícil compreender?
As criticas não serão certamente particularizadas.
Acho que o desagrado é pela banalização dos DCE e por aqueles que infelizmente necessitam delas. O facto de o número pedidos para destacamento ter crescido tanto de um ano para o outro é preocupante.
Eu não sou DCE, no entanto, respeito aqueles que infelizmente terão de o ser.
Boa sorte, Lascas! Também espero um dia ainda vir a conseguir a ser mãe. Num barco idêntico. 😉
Muito bem dito.
Acima de tudo, as suas melhoras dentro do possível.
Caro colega, tudo isso aqui para o Nuno Crato ler ??? Deixe de ser
ingénuo. … ;)) Este tipo de gente (MEC e alguns(as) diretores(as) “vulgo carrascos;)))) só em tribunal!!! Nota – deve ter um bom advogado;)))
O problema é que TODOS apenas olham para os seus umbigos:
– Os QZPs acham correcto concorrerem na 1ª prioridade na mobilidade, mesmo para quadros diferentes do que estão, muitas vezes ultrapassando QE ou QA com muitos mais anos de serviço que cada vez ficam mais longe de casa. E esses QA/QE não puderam concorrer às vagas todas de QZP. Só no meu grupo passam-me agora à frente 139! A resposta é a que dá jeito: eu já tenho escola! Treta. Se eu libertar a minha vaga na mobilidade (100km de minha casa) pode um QZP ir para lá. Lista de graduação é o justo!!!
– Os falsos doentes deveriam ser investigados e BANIDOS da profissão.
…
O resto é encher pneus e cada um por si. É a nossa classe no seu melhor! Somos uma vergonha.
Eu assino: Tiago Soares Carneiro
Assino por baixo
É muito fácil investigar:
– há dois anos eram 400 com mobilidade por doença.
– agora são mais de 1600.
Esses novos doentes adoeceram de repente? Investigue-se.
Está a por em causa a idoneidade dos médicos?
Os médicos podem-se enganar nos diagnósticos…
Há muito FDP com atestado médico que anda por aí a passear.
Eu conheço um FDP de um “professor primário” do Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – Porto que está há mais de um ano de atestado médico (que até tem barco na marina da Afurada e está muito moreno devido à pesca). A este se lhe dessem com um sarrafo nos cornos é que faziam bem.
Isto é a função pública no seu melhor.
O colega com toda a certeza saberá que, nestes dois anos que entretanto passaram, muitas são as pessoas que, já tendo direito à MPD, nem sequer sabiam que podiam usufruir dela! Os tempos são difíceis e as pessoas têm de se fazer valer dos seus direitos.
Excluindo, obviamente, as situações fraudulentas, a sociedade devia entender que quem mete MPD, tem motivos para isso. E olhe que haverá muitos que, reunindo condições para MPD, desconhecem esse benefício… de tão complicada que é a vida e aceitar determinadas situações a que ela nos expõe… às vezes todos devíamos fazer o pequenino exercício de nos colocarmos no lugar dos outros. Se todos tivéssemos, verdadeiramente, essa capacidade, pensávamos 2, 3,4 vezes antes de falar!!
Já em cima referi “excluindo as situações fraudulentas”…
Se reparar eu só falei dos FALSOS doentes!
Quem infelizmente é doente tem todo o direito. Mas todos sabemos que há muita fraude!
O que está a dizer relativamente ao QZP2, graduação, não se aplica pelo menos no grupo 110, pois é fácil de constatar na lista graduada!
O que não se aplica?
Quando estive na tropa, havia uma manual clandestino que ensinava dezenas de maneiras de iludir um médico, simulando uma doença. http://oduilio.wordpress.com
O que está em causa não são os verdadeiros doentes mas os trafulhas que se aproveitam destas situações. Há muito professor primo do Sócrates. tenham vergonha. Gente miserável e vermes. Se tivessemos políticos sérios esta gente fraudulenta era banida do ensino.
Daqui, de Coimbra, eu tenho uma coisa para dizer ; Conheço Colegas que deixaram as suas casas, os seus filhos, o seus maridos, etc. e, com uma mala de cartão, andaram por esse País fora em horários incompletos a trabalhar para o Ministério da Educação. Sujeitaram-se a tudo. Outros colegas ficaram por aqui , ao abrigo do conhecimento no ensino particular, a fazer não sei do quê mais, muitos com nota mais baixa à dos colegas que vaguearam pelo País. No ensino privado ocuparam horários completos e logo que tiveram oportunidade ocuparam os lugares do Ministério da Educação , porque os colegas que se sujeitaram a horários incompletos, a trabalhar no Ministério da Educação, anos e anos consecutivos, perderam tempo de serviço, logo valores na colocação, logo vantagem. Agora, eu pergunto : quem tem mais direito aos horários do ME ?
Quem não tem uma tia avó a cair de podre, ou um amigalhaço médico?
Tia avó?!!!! Quanta ignorância, a MPD só é permitida para dar assistência, ascendentes diretos (Pais, entenda-se)!! Grande classe, esta dos docentes!
rsrsrsrsrsrsrsrs… Então!? Não subestime a sua sensatez.
Só há uma forma de acabar com isto: Cada um que vá para a “sua” escola, deixar os professores dos QA/QE concorrer à aproximação à residência e os professores dos QZPs que concorram aos lugares deixados “provisoriamente” por aqueles. Os QZPs são para suprir faltas temporárias de docentes.
Golpe de génio do mec ao colocar este profs mais cedo nas escolas. Havia profs que não sendo prejudicados em anos anteriores compactuavam com estas mentiras, Agora como lhe tiram o lugar já não é bem assim.
è isso mesmo!!!
https://oduilio.wordpress.com/2015/07/27/opiniao-fernando-fernandes-e-pedro-danunciacao/#respond
O que vai por aqui…
? Na minha terra diz-se que “casa onde não há pão, todos berram e ninguém tem razão”…
Uma vez mais, a comunicação social em sintonia com o Bravio. 😉
http://diogodaveigabravio.blogspot.pt/2015/07/chupa-chupas.html.
Estou destacado por mobilidade por doença, faço hemodiálise três vezes por semana, numa clínica em Coimbra e confesso começar a estar farto do permanente «manto de suspeição» que se lança sobre os professores que usam esta mobilidade para poderem continuar a trabalhar… SE SABEM DE POSSÍVEIS FRAUDES, DENUNCIEM À IGEC. Estão previstos procedimentos disciplinares por falsas declarações… Por favor não continuem a tratar todos como vigaristas, pois há muita gente, como eu, que só está a trabalhar graças a este mecanismo legal… Bem hajam…
Plenamente, de acordo. Denunciem os casos que conhecem. Denunciar todos é por em causa a única forma de muitos poderem subsistirem (todos aqueles que, realmente, têm uma daquelas doenças do despacho). O estado, por norma, quando se denuncia de forma não nominativa, acaba com os direitos de todos.