500 alunos começam a aprender mandarim nas escolas

Negociação com autoridades chinesas prevê criar 20 turmas do secundário em setembro. Será disciplina obrigatória para os alunos de humanidades e opcional para os restantes, a partir do 10º ano
A presença de Nuno Crato na inauguração do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro na semana passada – o terceiro a abrir portas no nosso país depois das unidades nas universidades do Minho e de Lisboa – não se ficou a dever apenas a uma visita de cortesia. A nova unidade foi criada com a missão específica de contribuir para a implementação do mandarim – o principal idioma da China – no ensino secundário português. E, ao que o DN soube, esse objetivo está muito próximo de ser concretizado: já em setembro, 20 turmas, com capacidade para um máximo de 500 alunos, deverão reforçar os projetos já existentes, um no ensino público e outro no privado.A confirmação das negociações em curso foi dada ao DN por Teresa Cid, presidente do Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa (ULisboa): ” O ministério está a trabalhar num novo projeto-piloto, apoiado pelo Hanban [o equivalente chinês ao Instituto Camões], em que haverá um número limitado de ofertas de chinês mandarim em várias escolas do país”, contou, esclarecendo depois que “a hipótese que está a ser posta, ainda em reuniões de trabalho, aponta para uma média de 20 escolas, com uma turma em cada”. Uma “oferta de secundário”, a começar no 10.º ano de escolaridade, que será “uma disciplina curricular no caso das Humanidades”, podendo também ser escolhida como opção pelos alunos de outras áreas
8 comentários
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Arlindo, só aí na sua terra e na terra vizinha deverão existir este numero de alunos… 🙂
Sim, já tive alguns alunos chineses. Mas o que eles precisavam era de reforço no Português Língua não materna e eu no mandarim. 😉
É uma decisão acertada. Para o “nosso” ministério a Educação parece chinês (ou mandarim).
As voltas que o Mundo dá!
No meu tempo era Portugal que tinha uma colónia na China.
Agora parece que é a China que tem uma colónia na Europa…
Valha-nos ConfúZion!
O ministério paga ao Hanban para que o impluda!
Com 3 anos não dá nem para saudar um chinês. Mas alguém acha que saber uns rudimentos desta língua vai ajudar a ter emprego? Nem aqui nem na china, já diz o ditado. Seria muito mais útil que aprendessem melhor o inglês porque é nesta língua que os empresários chineses comunicam. Isto deve ser mais um lobby para alimentar as Universidades… que ministram mais uns cursinhos… bem caros
Que despropositada, e pouco habitual neste desgoverno, tamanha falta de ambição!
isto em gente que supostamente gosta de estabilidade e consolidação… em gente com capacidades de visão e abrangência extraordinárias… em gente com conhecimento profundo dos sistemas e finalidades e planificação exemplares…
– Deveria ser introduzida no 1.º ciclo… afinal até às 20 h ainda restam muitas horas para ocupar aos putos…
– Qual opção (isto das opções no secundário não serem curriculares… “taditos”), dizia eu, qual opção qual quê… obrigatória para todos!!!! – podem sempre eliminar o português … que com o mandarim e o inglês já podem integrar-se no mundo globalizado e ser mão-de-obra baratinha por esse planeta fora… (e mais “nadinha” – que isto de ter gente instruída e crítica é perigoso)
O quê? Como? Terão dito que não há professores para tanta ambição? – Resolve-se rapidamente e de forma nada estranha: Formação de umas horitas a 1 professor por agrupamento, cada um desses professores replica a formação que teve a todos os colegas do agrupamento e já está! É só competência em mandarim!
Como??? Alguns problemitas de execução??? Serão sempre casos pontuais e de resolução simples:
Por exemplo:
Nas planificações basta colocar: 規劃
Nos critérios de avaliação coloca-se: 知道名字 – 百%
Nos relatórios indica-se: 普通話 – 絕對的成功
… …
(Também se pode legislar, pura e simplesmente, que os prof. de línguas (que não as da boca) passam a ser competentes para leccionar mandarim e… mais nada! )
Ainda os tentei mandar para o tal sítio mas o tradutor teve manifestas dificuldades.