Comunicado da FENPROF Sobre a Lista de Ordenação Provisória

Listas provisórias dos concursos de professores confirmam gravíssima injustiça

 

Repare-se no exemplo:

– M.S. é candidata ao concurso externo, tem 11.998 dias de serviço (quase 33 anos de serviço) e uma graduação profissional de 48,671 – está na segunda prioridade do concurso externo, o que significa que não foi abrangido pela designada “norma-travão”, podendo ou não vincular.

– T.C. está na primeira prioridade do concurso externo, o que significa que é abrangida pela “norma-travão” e, portanto, irá vincular ao MEC. Tempo de serviço: 2.288 dias (pouco mais de 6 anos de serviço). Graduação Profissional: 21,268, ou seja, menos de metade da candidata anterior que está atrás de si.

Esta situação corresponde a um dos grupos de recrutamento em que a injustiça decorrente da norma imposta pelo MEC, à qual a FENPROF se opôs, fica bem expressa. E é apenas um dos 20.417 casos de candidatos ordenados em segunda prioridade que são mais graduados que o último da primeira. E a diferença entre ambos é que, ao menos graduado é garantido o ingresso em quadro, o que não acontece em relação ao primeiro da prioridade seguinte.

Olhemos para alguns dos grupos em que a injustiça tem uma expressão mais gritante:

  • Grupo 110 – 1.º Ciclo do Ensino Básico

Candidatos em 1.ª prioridade (ingresso nos QZP): 47

Candidatos em 2.ª prioridade: 8.576, sendo que 5.737 são mais graduados que o último candidato da 1.ª prioridade.

Número de candidatos da 1.ª prioridade que vinculariam, caso fosse observada a graduação profissional: 1!

Vagas colocadas a concurso: 190. Se 47 destas vagas forem ocupadas pelos candidatos da 1.ª prioridade e as restantes 143 preenchidas por candidatos da 2.ª, isto significa que 5.594 dos que ficarão excluídos da vinculação são mais graduados que o(s) último(s) dos abrangidos pela “norma-travão”.

Foi precisamente para evitar que esta injustiça acontecesse que a FENPROF propôs ao MEC, em sede de negociação que, independentemente do tempo de serviço a considerar para efeitos de vinculação, deveria o MEC vincular todos os que, não satisfazendo esse requisito temporal, tivessem uma graduação profissional superior à do último abrangido.

Este problema que está criado acontece porque o MEC decidiu retirar do concurso nacional as escolas TEIP e com contrato de autonomia, permitindo que as mesmas recrutassem docentes com pouco ou mesmo nenhum tempo de serviço em oferta de escola. Tendo obtido renovação do seu contrato durante 5 anos, estes professores ultrapassaram os seus colegas que, com 20 ou mais anos de serviço, iam sendo colocados em concurso nacional, onde, por razões alheias à sua vontade, deixaram de ter horário completo e anual. Ao longo das negociações, a FENPROF não se cansou de alertar para este efeito que agora se torna visível, mas que o MEC sempre desvalorizou.

O caso do 1.º Ciclo do Ensino Básico, sendo o mais expressivo, está longe de ser único, senão vejamos só os exemplos em que mais de um milhar de docentes são ultrapassados:

  • Grupo 910 – Educação Especial

Candidatos em 1.ª prioridade (ingresso nos QZP): 230

Candidatos em 2.ª prioridade: 4.953, sendo que 3.513 são mais graduados que o último candidato da 1.ª prioridade.

Número de candidatos da 1.ª prioridade que vinculariam, caso fosse observada a graduação profissional: 83!

  • Grupo 500 – Matemática, Ensino Secundário

Candidatos em 1.ª prioridade (ingresso nos QZP): 41

Candidatos em 2.ª prioridade: 2.176, sendo que 1.953 são mais graduados que o último candidato da 1.ª prioridade.

Número de candidatos da 1.ª prioridade que vinculariam, caso fosse observada a graduação profissional: 4!

  • Grupo 100 – Educação Pré-Escolar

Candidatos em 1.ª prioridade (ingresso nos QZP): 71

Candidatos em 2.ª prioridade: 1.578, sendo que 1.392 são mais graduados que o último candidato da 1.ª prioridade.

Número de candidatos da 1.ª prioridade que vinculariam, caso fosse observada a graduação profissional: 21!

  • Grupo 620 – Educação Física, Ensino Secundário

Candidatos em 1.ª prioridade (ingresso nos QZP): 127

Candidatos em 2.ª prioridade: 1.752, sendo que 1.128 são mais graduados que o último candidato da 1.ª prioridade.

Número de candidatos da 1.ª prioridade que vinculariam, caso fosse observada a graduação profissional: 58!

  • Grupo 230 – Matemática e Ciências, 2.º Ciclo do Ensino Básico

Candidatos em 1.ª prioridade (ingresso nos QZP): 19

Candidatos em 2.ª prioridade: 1.720, sendo que 1.070 são mais graduados que o último candidato da 1.ª prioridade.

Número de candidatos da 1.ª prioridade que vincularia, caso fosse observada a graduação profissional: 2!
Fica assim ilustrada uma situação que se repete por praticamente todos os grupos de recrutamento, alguns, ainda que com números de menor valor absoluto, têm uma dimensão relativa mais forte.

Face a este quadro de injustiças criado pelo MEC, a FENPROF já solicitou uma reunião ao Ministro Nuno Crato, a realizar com a máxima urgência, no sentido de encontrar uma solução para este problema que, necessariamente, passa por adotar uma solução como a que a FENPROF vem propondo.

Simultaneamente, será reforçada a denúncia, com estes números, junto da Comissão Europeia (delegação em Lisboa, com quem a FENPROF, a este propósito, reuniu há poucas semanas), quanto à forma como o MEC quis transpor a diretiva 1999/70/CE, sobre limites da contratação a termo. Para além de não ter garantido a aplicação dos princípios do não abuso e da não discriminação no recurso à contratação a termo, a “norma-travão” imposta pelo ministério, resulta em atropelos e injustiças intoleráveis. A FENPROF irá ainda recorrer, de novo, ao Provedor de Justiça e aos grupos parlamentares.

Entretanto, a FENPROF suscitou já junto do seu gabinete jurídico a apreciação do caso para um eventual recurso aos tribunais.

Por último, a FENPROF irá ainda apelar aos professores para que participem nos protestos que, contra este problema que ganha agora enorme visibilidade, venham a ser convocados.

O Secretariado Nacional da FENPROF
21/04/2015 

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41 comentários

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    • gaivota on 21 de Abril de 2015 at 19:47
    • Responder

    isto é tudo uma grande trapalhada.
    em que escolas andaram a trabalhar estes colegas contratados durante tantos anos? há colegas a concorrer com 45 valores de graduação. têm a certeza que são colegas contratados e “usados pelo mec como apregoam? aos 60 anos de idade ainda são contratados? país de gentinha espertalhona!!!
    estes colegas na sua maioria andaram a trabalhar em colégios privados, uma vez no desemprego, movimentaram-se e agora estão a ultrapassar os colegas da escola pública. nós que andamos a fazer quilómetros pelo país.

      • Jotaa on 21 de Abril de 2015 at 21:24
      • Responder

      concordo colega.
      É uma vergonha. Tenho quase 2 décadas de serviço público e sou sempre ultrapassado todos os anos por “gente” com graduações elevadíssimas. Tenho ficado sempre a poucos lugares de entrar no quadro por causa desses “indivíduos”. Se não fossem eles eu e outros contratados já estariam no quadro. Muitos professores do privado já vincularam nos CEE anteriores e outros vão agora vincular. E quem, como eu, espera TODOS os anos pela merecida vinculação vai para substituições (na melhor das hipóteses) ou para o desemprego.
      UMA VERGONHA.

        • A culpa está em NÓSsos gestos on 21 de Abril de 2015 at 22:33
        • Responder

        Impressionante como se fala por aqui (e noutros locais) dos “indivíduos” que estiveram no ensino privado.

        Indivíduos é a forma como alguns tratam o que outros chamam de colegas.

        Só falta a presentar a solução: fechar todas as escolas privadas pois,
        segundo parece, o que lá se faz é tudo menos dar aulas, e portanto pouco digno de ser relevado como tempo de serviço contabilizado. E porque não fazer o mesmo nas outras profissões??’ DO género um médico, advogado, enfermeiro, canalizador, agricultor que trabalhe por conta de outrem nunca mais deverá ter esse tempo/experiência/curriculum contabilizado para efeitos de contratação num sector público! Já agora…..Será que lhes devíamos dar a respetiva reforma???? Que ignorância…Não confundamos as coisas, não misturemos as lutas, e tenhamos a ousadia de vermos que somo todos Professores.

        bem mas….há certas coisas que só podem ser explicadas a quem já tenha mínima noção delas. Desculpem a tentativa

    • paula on 21 de Abril de 2015 at 20:00
    • Responder

    No meu grupo a última da 1ª prioridade tem 24 e tal de graduação (365+2690) a 1º pessoa da 2ª prioridade tem 45 (3288+9496)!!!!

    • Indignado on 21 de Abril de 2015 at 20:10
    • Responder

    Mas como é que é possível vincular todos os que tiverem graduação superior à do último da 1ª prioridade??? E no concurso interno ninguém fala??? Há vagas para vincular novos contratados quando existem imensas vagas negativas e zero de QZP?? A norma-travão deve ser impugnada, assim como o externo, pois essas vagas não são disponibilizadas ao pessoal do quadro.

      • Castle on 21 de Abril de 2015 at 22:47
      • Responder

      Essa é que é a verdade! !!

      • Rosário Almeida on 23 de Abril de 2015 at 7:12
      • Responder

      Verdade! E há professores do quadro que ainda acham que é este ano que vão poder sair da colocação em que se encontram há anos, a centenas de quilómetros de casa, situação imposta pelas normas de concurso na altura.
      Só têm saído de lá em anos em q o destacamento é concedido. Estranho nunca haver vagas para a sua mobilidade. Mas continuam a colocar qzp em quafros cheios e com vagas negativas… e que, mais uma vez, estarão numa prioridade superior, na fase seguinte, em relação aos colegas que esperam destacamento…
      Não sou QE/QA, mas esta injustiça é gritante e dura há duas décadas!!!!!

    • Ana Bazan on 21 de Abril de 2015 at 20:33
    • Responder

    É revoltante verificar o quanto desci na graduação, fui obrigada a mudar de grupo de recrutamento, OBRIGADA! Assim como muitos colegas meus, que estão a trabalhar no grupo 110 com menos de 3 anos de serviço, precisamente desde a passagem de 2 para 1 professor no grupo 240. Não tive escolha, tive de mudar de grupo e lá se foram as reconduções! Tenho 5508 dias de tempo de serviço no ensino público e sou descaradamente ultrapassada! Muito injusto.
    Que tal levarem este exemplo?!

    • tseucram on 21 de Abril de 2015 at 20:53
    • Responder

    Boa noite, onde podemos reclamar de colegas que nos ultrapassaram, porque num ano letivo, lhes foram contabilizados quase 650 dias, e a escola validou os mesmos?
    Nesta fase de reclamação só é permitido reclamar, sobre nós próprios e não de outros, certo?
    Desde já, muito obrigada.

      • Maria Sobral on 21 de Abril de 2015 at 22:03
      • Responder

      Colega
      Pode reclamar para dsci@dgae.mec.pt endereçado ao secretário de estado.

    • maria on 21 de Abril de 2015 at 21:44
    • Responder

    Uma trapalhada que arruina a vida pessoal de muitos professores. Se houvesse união nesta classe e união entre sindicatos, independentemente de credos políticos, nunca se chegaria a estas situações tão injustas e ao colapso em que se está a tornar o ensino deste país.

      • TáBonitoTá on 22 de Abril de 2015 at 21:53
      • Responder

      Faço minhas as suas palavras acrescentando apenas “… união e competência entre sindicatos”

    • alexa910 on 21 de Abril de 2015 at 21:48
    • Responder

    e se na educação especial se acabasse com o despacho 866, se a nota da pós graduação (sim muitos nem têm os 5 anos de experiência) não contasse? E se contasse apenas o tempo EFETIVO de docência no grupo? E se retirássemos das listas os colgas que estão ou estiveram no privado?….

      • burrito on 21 de Abril de 2015 at 22:02
      • Responder

      conheço que tenha entrado no CEE com 0 dias de experiência na ed. especial… e teve muitos aos num colégio perto de casa… Analisem o tempo de serviço efetivo e as notas de génios que alguns tiram na formação especializada (18, 19 e 20)!

        • Assim não vamos lá on 21 de Abril de 2015 at 22:23
        • Responder

        Impressionante como se fala por aqui (e noutros locais) dos “indivíduos” que estiveram no ensino privado.

        Indivíduos é a forma como alguns tratam o que outros chamam de colegas.

        Só falta a presentar a solução: fechar todas as escolas privadas pois, segundo parece, o que lá se faz é tudo menos dar aulas, e portanto pouco digno de ser relevado como tempo de serviço contabilizado. E porque não fazer o mesmo nas outras profissões??’ DO género um médico, advogado, enfermeiro, canalizador, agricultor que trabalhe por conta de outrem nunca mais deverá ter esse tempo/experiência/curriculum contabilizado para efeitos de contratação num sector público! Já agora…..Será que lhes devíamos dar a respetiva reforma???? Que ignorância…Não confundamos as coisas, não misturemos as lutas, e tenhamos a ousadia de vermos que somo todos Professores.

        bem mas….há certas coisas que só podem ser explicadas a quem já tenha mínima noção delas. Desculpem a tentativa

          • Teca on 21 de Abril de 2015 at 23:49

          Colega não precisa de estar sempre a dizer o mesmo, somos todos professores sim mas uns andaram a percorrer o país e outros, mais espertos e oportunistas serviram-se do “sistema” para saírem dos colégios para onde entraram pelo factor C quando conseguiram ficar perto de casa! Outros ainda voltaram a usar o tal factor C para serem reconduzidos numa escola perto de si e lá entraram no concurso externo!

          • Rosa on 22 de Abril de 2015 at 8:08

          O problema é que uns sujeitaram-se a correr pelo país, outros, melhor graduados queriam ficar perto de casa… uns têm os 5 anos consecutivos, outros OPTARAM por privilegiar a família! Foi o meu caso! E estive no privado 18 anos consecutivos e desde que voltei para o público tem sido um inferno!

          • Rosário Almeida on 23 de Abril de 2015 at 7:17

          Todos nós temos família a privilegiar… e uma das formas é pôr pão na mesa!

          • SOMOS TODOS PROFESSORES on 22 de Abril de 2015 at 23:48

          A minha indignação não pára de crescer…..”mais espertos e oportunistas” ??!!! “Serviram-se do sistema????!!!!” “Entraram pelo factor C”????!!! Fala com um desconhecimento de causa profundo que chega a ser assustador supondo que seja docente! Já agora…Se percorrer o País é um Sacrifício que merece ser compensado, o que devemos fazer para valorizar quem sai do País para dar aulas?? não se esqueça que se sacrificaram mais do que quem, “oportunamente”, por cá ficou….e deve tb reflectir acerca desses “oportunistas” do privado com “altas graduações” que, certamente, a seu tempo, decidiram optar por uma escola mais pelo projecto e estabilidade pessoal, do que propriamente pelo facto de não terem colocação no estatal em muitos casos não muito longe de casa. Sou o que sou e valho o que valho mas…….reflexão é reflexão…..considerações rodeadas de ódio em função de colegas de trabalho que suam (no publico e privado) todos os dias a camisola só alimentam a mediocridade da classe. Gostava de terminar com uma questão no ar para a qual solicito a maior das humildades…Reagiríamos nós da mesma forma, diríamos as mesmas palavras se para todos nós houvesse trabalho??? Claro que não. Implicação imediata: Só nos preocupamos com o sistema quando ele não responde às nossas (pessoais) necessidades.

          À parte destas palavras até viro as balas para outro tema: Ainda há pouco tempo (penso que neste blog) li alguém dizer que o tempo de serviço NÃO deveria ser “prevalecedor” em função dos contratos sucessivos (em nome do esforço e sacrifício). Ora bolas….Se me esforcei aos 23 anos e trabalhei sempre seguidamente até aos 35 mas se nos últimos 5 (35-40 anos) não tive horários completos pois entretanto casei e tive filhos, devo ser ultrapassado por alguém que trabalho nos últimos porque se esforçou e esteve longe de casa (terá feito o mesmo que eu no início da minha carreira)??. Mas mais….Serei eu livre de poder escolher trabalhar a meio tempo e ter horários incompletos porque assim me apetece??? e se o tivesse feito durante 30 anos será justo alguém que optou/escolheu/decidiu/conseguiu 5 horários completos/anuais/consecutivos ficar em melhor posição na lista? É que nesta guerra do não haver eu já começo a achar que isto é um “vale tudo” desde que “eu” esteja bem….
          É este comportamento que acho lamentável.

          Talvez se nos juntássemos e disséssemos que:
          – não é possível dar aulas a turmas de 25- 30 alunos (não com qualidade e não na forma como estamos socialmente organizados);
          – os professores não têm dias livres (uma expressão cruelmente usada)…têm momentos para preparação de trabalho lectivo que se quer organizado, actualizado, tratado, reavaliado;
          – a culpa da precariedade e do desemprego na nossa classe não reside nos professores do publico/privado mas na fornalha consecutiva de professores desnecessariamente formados;
          – o papel dos sindicatos na defesa do professor/ensino é medíocre e, por isso, já são instituições desacreditadas (em particular os que alimentam as guerrilhas entre professores publico/privado – aquilo que deveria ser combatido é, ao invés, alimentado;
          – —……..

          • Teacher330 on 23 de Abril de 2015 at 11:54

          há incongruências no seu pensamento… se não lhe apetece horários completo então apetece-lhe entrada em quadro?…. entre outras… e o Fator C não existe??? hello, estamos a falar da Finlândia ou de Portugal? Percorrer o país também inclui os arquipélagos portugueses!…

        • lamparina19 on 22 de Abril de 2015 at 8:11
        • Responder

        são só génios! hehehehe
        E qual é o problema, eu acabei com 18 valores mas merecia mais!

      • especializada on 22 de Abril de 2015 at 8:26
      • Responder

      Acha que a Fenprof se preocupa com isso? a Ed. Especial é o único grupo em que a classificação da formação inicial não serve para nada! Aliás as ULTRAPASSAGENS começaram aí com a aprovação das leis e despacho 866! Acrescento, nos CEE entraram na ed. especial colegas com pouca ou nenhuma experiência no grupo e no sistema público de ensino… e a FENPROF não se queixou! A regra do acesso às especializações- 5 anos de experiência (1825 dias) também caiu por terra quando o 910 ainda era um grupo carenciado (2009…). Das classificações dos colegas da especial nem se fala: muitos na formação inicial obtiveram de 18! E ainda se fala em justiça?

    • Pois on 21 de Abril de 2015 at 22:08
    • Responder

    Isto vai durar até alguém se passar da cabeça, procurar um ministro e fazer uma asneira!

    • Pavlovsky on 21 de Abril de 2015 at 23:03
    • Responder

    Que raio de profissão onde as pessoas andam às voltas com números e fórmulas e se ignoram currículos, competência adquiridas, entrevistas de trabalho, soft skills… A função pública portuguesa é mesmo diferente do resto do mundo.

      • Zé Manel on 22 de Abril de 2015 at 10:05
      • Responder

      “soft skills” fica bem a qualquer ignorante…


      1. Já as hard skills não são para todos, a saber: saber do que se ensina e conseguir levar aulas e gente a bom porto todos os dias!

    • ze de beja on 22 de Abril de 2015 at 0:15
    • Responder

    e triste perceber que há tanta inveja…. não somos todos professores…. trabalhei no ensino publico…. seguiu se o ensino privado e mais tarde novamente o ensino publico… e agora…. vou vincularhehhehhheehhe


  1. Só agora é que deram conta das ultrapassagens que a norma travão ia gerar. O problema não é só a diferença entre o ultimo da 1a prioridade e o 1o da 2a. O problema é a ultrapassagem de todos os que estão no meio dos dois. O grande problema está nessas centenas de ultrapassados em cada um dos grupos o que dá milhares. Porquê os sindicatos nada fizeram até agora? Estavam a ver se ninguém dava conta? Estavam à espera que milhares de candidatos não se apercebecem? A norma travão é um cavalo de tróia para por nas escolas e mais importante para pôr nos quadros do MEC boys e girls do PS e do PSD. Ora procurem lá de escolas vem estes colegas. De onde vem a maior parte dos ultimos candifatos da 1a prioridade? Ja descobriram? Ja? Porque acham que uma lei como a norma travão passou?

    • Pavlovsky on 22 de Abril de 2015 at 10:18
    • Responder

    A democracia deste Arlindo a apagar comentários que não lhe interessam. Tb deve estar em campanha eleitoral.


    1. O que é que eu apaguei?

        • gatopavlov on 22 de Abril de 2015 at 11:59
        • Responder

        Arlindo, deve ter sido a campainha, assim o cão do Pavlov não poderia salivar…

    • Frankie on 22 de Abril de 2015 at 10:21
    • Responder

    Mas já ponderou a hipótese de M.S. ter passado 33 anos a dar aulas num colégio particular, onde estava sabe-se lá como, e que T.C. tenha estado 6 anos no ensino público, onde realmente faz falta?

    E também já ponderou a hipótese de M.S. estar num colégio pertinho de casa, com as despesas diminuídas, colocada 33 anos sem concurso apenas porque sim e que T.S. tenha concorrido 6 anos e ter sido colocadas em escolas longe de casa, com as despesas muito mais elevadas que a M.S.

    Desculpe-me que lhe diga mas tudo isto é demagogia.

    Devia centrar-se mais em explicar como é possível haver docentes no grupo 910 com mais de 26 anos de serviço APÓS ESPECIALIZAÇÃO. A mim faz-me um pouco de confusão.

    Ou como aparecem docentes com mais de 20 anos de serviço APÓS PROFISSIONALIZAÇÃO num grupo (120) em que ainda quase ninguém tem habilitações profissionais para a docência?


  2. “a FENPROF suscitou já junto do seu gabinete jurídico a apreciação do caso para um eventual recurso aos tribunais.”

    “EVENTUAL”?

    Qual é mesmo a dúvida?!….


  3. “…a contratação a partir de uma lista nacional em que os candidatos são ordenados pela sua graduação profissional é a mais justa…” – Plataforma
    de Sindicatos de Professores.

      • gfhfgh on 22 de Abril de 2015 at 23:52
      • Responder

      Alguém que em poucas palavras diz a VERDADE única e incontestável…….até já foi assim e funcionou…PARABÉNS

    • Falta de Ordem on 22 de Abril de 2015 at 11:51
    • Responder

    A FENPROF no seu melhor! Cada vez penso que estão mesmo a fazer um serviço público de qualidade!

    Vejamos o seguinte exemplo:

    grupo 100 –

    último candidato da 2ª prioridade: graduação 11.416 com 517 dias de tempo de serviço.

    1ª candidata da 3ª prioridade: graduação 50.855 com 13087 dias de tempo de serviço…
    Posso fazer o mesmo tipo de análise em (quase) todos os grupos de recrutamento! E isto prova o que mesmo?
    Mais: e na RAM a prioridade para os que lecionaram no ano letivo anterior em relação aos candidatos que não cumpram esse requisito? Alguém fez alguma coisa para mudar isso?
    Querem mais? E a pouca vergonha das graduações absurdas da Ed. Especial já aqui afloradas? Desde quando a formação especializada ou uma pós-graduação sobrepõe-se à uma licenciatura, com estágio do ramo educacional??? E na especial até são aceites mestrados a sobreporem-se como habilitação profissional??? Profissional sem estágio? sem provas dadas? sem prática pedagógica?
    E o fim arbitrário do par pedagógico de EVT? E do mesmo destino da Área de Projeto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica? Está tudo bem não é…?
    Que belo este país este, em que se discute a maçã e se esquece o pomar! Sem ter nada contra o pensamento de Edgar Morin, não se deveria pensar mais adiante… nomeadamente na questão do pessoal do quadro e dos cortes contínuos e cegos que têm sido realizados contra a qualidade do ensino… parece que regressamos a 1928 quando Salazar era ministro das finanças…! Tenho dito!

      • Frankie on 22 de Abril de 2015 at 15:30
      • Responder

      Por acaso leu o aviso de abertura?
      Se tivesse lido teria percebido que quem foi para a 3ª prioridade foi quem não teve 365 dias ( ensino publico) ou 2 anos completos (privado) nos ultimos 6 anos no ensino privado.

      As pessoas quando concorreram sabiam as regras. Se não concordam, não concorrem.

      Só há palhaçadas destas nos concurso dos docentes. Todos os outros são pacíficos.

        • ai ai on 22 de Abril de 2015 at 22:37
        • Responder

        Parece que o colega é que não é funcional na leitura dos documentos. Transcrevo aqui para dar uma 2ª leitura dos mesmos…

        para a 2.ª prioridade ficam os seguintes colegas:
        – candidatos que prestaram funções docentes em pelo menos 365 dias nos últimos seis anos escolares, nos seguintes estabelecimentos de educação ou de ensino: a) Estabelecimentos integrados na rede pública do Ministério da Educação e Ciência; b) Estabelecimentos integrados na rede pública das Regiões Autónomas; c) Estabelecimentos do ensino superior público; d) Estabelecimentos ou instituições de ensino dependentes ou sob a tutela de outros ministérios que tenham protocolo com o Ministério da Educação e Ciência; e) Estabelecimentos do ensino português no estrangeiro, incluindo, ainda o exercício de funções como agentes da cooperação portuguesa nos termos do correspondente estatuto jurídico.
        – candidatos dos estabelecimentos particulares com contrato de associação, desde que tenham sido opositores aos concurso de contratação inicial, no ano imediatamente anterior ao da realização do concurso externo e tenham lecionado num horário anual não inferior a 365 dias em dois dos seis anos letivos imediatamente anteriores ao da data de abertura do concurso, em estabelecimentos particulares com contratos de associação e ou em estabelecimentos integrados na rede pública do Ministério da Educação e Ciência.

        Para 3.ª prioridade ficam os candidatos qualificados profissionalmente para o grupo de recrutamento a que se candidatam.

          • corrupção on 22 de Abril de 2015 at 22:43

          Esses colegas PARA O ANO estarão no topo da lista! da 3ª prioridade para o topo… O comentário da falta de ordem foi muito pertinente.
          E já agora, no 910, já alguém comparou a nota obtida na especialização dos génios de 17, 18, 19, 20 com a obtida na formação inicial? Eu já e revela muito do que é a formação especializada hoje: VENDA de NOTAS GRAÚDAS!

    • TáBonitoTá on 22 de Abril de 2015 at 21:39
    • Responder

    Só uma pergunta: a FENPROF andou a dormir este tempo todo? Foi preciso saírem as listas para perceberem que tudo isto ia dar barraca? Até um analfabeto entenderia. Já não estou em Portugal e uma das coisas que me deixam satisfeito foi nunca ter sido sindicalizado, os sindicatos só servem para defender os interesses de alguns.

    • Tiago Soares Carneiro on 22 de Abril de 2015 at 22:13
    • Responder

    E ainda há outra vergonha nisto tudo!
    Por que razão eu sendo quadro de escola não posso concorrer para as novas 139 vagas de qzp que há no meu grupo.
    Em Agosto serão mais 139 colegas (quase todos menos graduados que eu) que me passarão à frente.
    Ao fim destes anos todos fico cada vez mais longe de casa?
    500.000km para dar aulas não chega? Já os fiz!
    Justiça? GRADUAÇÃO!!!

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