Passou a ser mania do MEC considerar como não solicitados os pareceres que sejam contra as suas políticas.
Primeiro foi o parecer do Conselho Consultivo do IAVE e agora é a vez do parecer do Conselho das Escolas, outro órgão consultivo do MEC.
Notícia do Público clicando na imagem.
Parecer do Conselho das Escolas.
Nota Informativa N.º 9
O Conselho das Escolas reuniu ontem, segunda-feira, dia 16/02/2015, no Centro de Caparide, S. Domingos de Rana.
Nessa reunião, entre outros assuntos e por iniciativa do Conselho, foi discutido e aprovado o Parecer n.º 01/2015, relativo ao programa “Aproximar Educação” e aos Contratos de Educação e Formação Municipal, entretanto remetido ao Sr. Ministro da Educação e Ciência.
…
José Eduardo Lemos, PCE, 17/02/2015
1 comentário
E, pronto, a “reforma” está concluída! Fala-se de autonomia, mas essa acabará por morrer. Aprovam-se as coisas e não se percebe quem foram os parceiros do diálogo do Poiares Maduro, já que o Crato optou por se anular nesta discussão sobre aquilo que também é da sua competência. Para muitos lobbies locais é uma oportunidade de encher o sistema de boys! É também a oportunidade de muitos pais irem tirar satisfações com os presidentes das autarquias que, ansiosos de poder, receberão um presente envenenado. É também um puxão de orelhas a muitos directores que utilizaram a autonomia da pior maneira, uma forma de exibição do poder e de despotismo, de tal forma que considero um dos graves problemas do actual sistema. Mas pronto, a Educação é uma gordura estatal, sem interesse estratégico para o futuro do país e, como tal, todos se estão a borrifar para o impacto do que vai acontecer. Até um dia vir o choque com a realidade, como aconteceu na Suécia.
Além disso, passou a ser linguagem do MEC e do IAVE rotular de “parecer não solicitado” tudo aquilo que vier contra a sua visão linha de acção (recuso a palavra estratégia, uma vez que tal é coisa que não existe na cabeça de Crato, Poiares e cambada que os rodeia).
Quanto ao futuro, espero que o próximo governo, tudo leva a crer de outra cor política, deite esta pseudo-reforma para o caixote do lixo.