O Número Em Causa

… são as “mudanças de cadeira” dos docentes dos quadros mais os recolhidos pelo DN sobre as mudanças da primeira BCE.

E a maior parte deles por não terem componente letiva na sua escola de colocação.

 

Mais de cinco mil professores já entraram na dança das cadeiras

 

Erros na bolsa de contratação e mudanças obrigatórias por falta de turmas já totalizam mais de cinco mil mexidas, que só prejudicam os alunos, dizem pais e diretores.

Desde que as aulas começaram, pelo menos 5140 professores já mudaram de escola. E a dança das cadeiras parece estar longe do fim: ainda está a decorrer o prazo de 30 dias em que os últimos contratados podem rescindir e mudar de sítio e também já começou a fase das permutas entre docentes. Uma rotatividade que, dizem os pais e diretores, não traz estabilidade às escolas e prejudica os alunos.

A maior parte dos professores que já tiveram de mudar de lugar (4360, segundo as contas feitas pelo professor Arlindo Ferreira, do blog Arlindovsky) são do quadro e ficaram sem turmas na escola onde estavam colocados, tendo que concorrer a outras escolas, ou então queriam mudar para ficar mais perto de casa. Os restantes 780 são aqueles docentes que segundo o Ministério da Educação e Ciência (MEC) estavam colocados na primeira Bolsa de Contratação de Escola, perderam o lugar e mais tarde acabaram colocados noutro local.

A Associação Nacional dos Professores Contratados (ANVPC) admite que os números não são claros: “Nem sei dizer quantos professores foram colocados”, aponta o presidente, César Israel Paulo. Mas uma coisa é certa, “quase todos os dias há professores a mudar de escola”.

Esta mobilidade constante ao longo do ano letivo não agrada nem a pais nem a diretores, que pedem alterações na legislação. “Não conheço outra carreira da função pública onde os profissionais possam andar sempre à procura da oferta que mais lhes interessa”, aponta o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap). Jorge Ascenção critica o modelo atual por “permitir a instabilidade nas colocações, que não é nada boa nem para as escolas, nem para os professores e muito menos para as crianças”.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2014/11/o-numero-em-causa/

3 comentários

    • Rua que já se faz tarde on 2 de Novembro de 2014 at 12:37
    • Responder

    “Não conheço outra carreira da função pública onde os profissionais possam andar sempre à procura da oferta que mais lhes interessa”, aponta o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap). Jorge Ascenção critica o modelo atual por “permitir a instabilidade nas colocações, que não é nada boa nem para as escolas, nem para os professores e muito menos para as crianças”.

    Ora aqui está a melhor ideia deste MEC para destruir, destabilizar, desacreditar, desmotivar, desorganizar, para depois … descentralizar de vez!!!

    • Dona Inércia on 2 de Novembro de 2014 at 14:03
    • Responder

    E a SOLUÇÃO é CENTRALIZAR de novo TODAS as colocações num concurso único com uma LISTA GRADUADA. Rápido e transparente –> Um professor é colocado apenas num horário (dentro dos intervalos para onde concorreu)… As reservas de recrutamento (paRa todos, incluindo TEIP e autonomia) serão mais rápidas e eficazes, porque serão definitivas e não permitirão dança de cadeiras… Os QZP e QE/QA também não andam a saltar de colocações…

    • Luísa Novo on 2 de Novembro de 2014 at 15:17
    • Responder

    Não conhece e não pergunta porquê? Mas eu respondo: mais nenhuma carreira da função pública tem horários incompletos, com 5, 6, 9, 12 horas. Desculpem, afinal há outra: as tarefeiras. Mas mesmo essas têm no mínimo meio horário.

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