O Jogo de Forças Entre MEC e Professores

Se a média de provas por escola se situa nas 44 pouco sentido faz esta atuação por parte do MEC, já que bastarão 4 ou 6 professores disponíveis em cada uma das escolas para que a PACC seja realizada amanhã.

Se alguém acredita que a totalidade dos professores irá estar presente nos plenários marcados para amanhã é porque não conhece minimamente como as escolas são e se o MEC impede desta forma a realização dos plenários é porque também desconhece esta realidade.

O dia de amanhã vai ficar na história negra da educação que tem como único objetivo mostrar quem é que manda nas escolas. Neste momento acho que a PACC já pouco importa para o MEC a não ser para fazer essa demonstração de poder.

Temo que com estes jogos de poder a imagem dos professores ao fim do dia de amanhã possa ficar pior, mesmo que esse dia possa servir para colocar um ponto final em Nuno Crato.

 
 

Ministério proíbe plenários nas escolas no dia da prova

 

 

O Ministério da Educação deu instruções aos diretores das escolas para restringir o “acesso às instalações onde se realiza a prova” de avaliação dos professores, o que, na prática, inviabiliza os plenários convocados pelos sindicatos.

 

 

Em comunicado, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) informa que a realização da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) é considerada “um serviço de natureza urgente e essencial”. Assim, entre “a abertura do estabelecimento escolar e as 14h, o acesso às instalações onde se realiza a prova deverá ser restrito às pessoas envolvidas no serviço de natureza urgente e essencial”.

As orientações já foram transmitidas às 90 escolas em que se realiza a PACC, pela Direção Geral de Estabelecimentos Escolares.

O comunicado diz ainda que, “no estrito cumprimento da lei, devem ser desenvolvidas todas as diligências necessárias e adequadas a garantir que no dia 22 de julho se encontram ao serviço todas as pessoas que assegurem o normal funcionamento desse serviço de natureza urgente e essencial”.

Fonte do MEC explica que poderá haver plenários em escolas do mesmo agrupamento, mas não nas escolas onde se realiza a PACC, e que os professores podem participar nas reuniões desde que a prova esteja assegurada.

Os plenários tinham sido convocados pelos sindicatos para dar aos professores chamados a vigiar os colegas a possibilidade de faltarem, uma vez que não possível marcar greve – a realização da PACC foi anunciada na quinta-feira, não dando tempo às organizações sindicais para agendar a paralisação.

Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), considera que estas orientações são “muito estranhas, aliás, como todo este processo”. “É a primeira vez, em muitos anos de profissão, que se recebe uma nota a proibir a entrada de professores nas escolas. É uma falta de respeito pelas escolas e pelos professores“, diz o diretor.

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17 comentários

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    • Diogo on 21 de Julho de 2014 at 16:55
    • Responder

    Há pouco mais de um século um Professor saiu de manhã de sua casa e com dois tiros certeiros mudou o país. Também levou um balázio na tola, mas morreu com a garantia de que a ele ninguém o vergava. Grande Buiça. Um Professor com “P” Maiúsculo.

      • Portugal sempre on 21 de Julho de 2014 at 17:41
      • Responder

      Então porque não muda Vª Exª o país. Só tem gar…a. Só conversa.

        • Diogo on 23 de Julho de 2014 at 21:46
        • Responder

        Para quê mudar o país? Com carneirinhos como você que vão alegremente fazer a prova da vergonha temos o país que todos merecemos. Prefiro continuar na miséria a ser enrabado pelo Crato.

    1. Por acaso esse professor mudou-o para pior. A primeira república foi um verdadeiro caos. O que se seguiu também não foi melhor…

    • THIS MORTAL COIL on 21 de Julho de 2014 at 17:32
    • Responder

    Nuno Crato fica para a história como o pior ministro da educação. É o fim estipulado pelo destino e cegueira bem como a prepotência de um poder nunca visto…morte anunciada de tal poder. A democracia está de luto com a falta de valores Éticos.

    1. Nuno Crato fica para a história como o melhor ministro da educação. Não se deixa intimidar por quem só quer acabar com a escola pública. Força Crato,

        • THIS MORTAL COIL on 21 de Julho de 2014 at 18:13
        • Responder

        O seu amor por Nuno Crato é surreal……Ditadura não figura no meu pensamento,mas está presente neste Portugal.Tenho pena de tanta cegueira ou miopia que alguns seres evidenciam porque os seus óculos são inconscientes da Realidade.Uma sugestão para si, veja um filme de David Lynch e oiça Dead Can Dance.

        • KOMUNISTA on 21 de Julho de 2014 at 20:32
        • Responder

        ó Piu, falas muito mas não vales nada.

        • mestrejorge on 21 de Julho de 2014 at 21:24
        • Responder

        PIU deves ser um coitadinho (a), nao mereces mais palavras seu ou sua ordinaria

          • Crtoéomaior on 21 de Julho de 2014 at 23:01

          Crato é o maior. Põe esta gente na ordem. O mestrejorge deve estar a referir-se a alguém muito chegado.

  1. o rato é um bom sucessor deste..quiçá familiar..Durante o Estado Novo, o analfabetismo era bem visto pelo Estado, pois desta forma contribuía para manter intactas as tradições e os costumes do povo português;
    Durante o Estado Novo, o ministro da Educação, Eusébio Tamagnini, numa entrevista dada ao jornal “Diário de Notícias”, publicada no dia 21 de Novembro de 1934, explicava como se iria extinguir o analfabetismo, apesar de não ter verbas suficientes para atender a todos os casos de adultos e crianças que não sabiam ler nem escrever. Para ser resolvido, afirmou que o problema teria de ser simplificado, de acordo com as modernas descobertas pedagógicas, dividindo a população portuguesa em cinco grupos, a saber: 1.º Ineducáveis, que correspondia a 8%; 2.º Normais estúpidos – 15%; 3.º Inteligência média – 60%; 4.º Inteligência Superior – 15%; 5.º Notáveis – 2%; http://www.correiodominho.com/cronicas.php?id=5854

    • Isabel on 21 de Julho de 2014 at 19:15
    • Responder

    na escola onde vou fazer a prova (no porto) estão marcadas 3 salas com 15 pessoas.Será que vai haver policia de choque para controlar estes “bandidos”?

  2. Há alguma escola em Portimão com exames?

  3. Já vi que não centralizaram tudo em Faro obrigando os professores a deslocações e melhorando as possibilidades de controle policial.

    • duilios on 21 de Julho de 2014 at 20:04
    • Responder

    Não se pode governar de forma tão nítida contra os governados!
    O plano inclinado tornou-se num plano superior onde o falta de contacto com a realidade é uma ameaça ao normal funcionamento do sistema.
    A desmotivação dos professores tem consequências que deixarão marcas em futuras gerações. Ou então isto é um plano ideológico que é mesmo para ser assim.

    • roberta on 21 de Julho de 2014 at 20:28
    • Responder

    só tem esta atitude para, mais uma vez, demonstrar à opinião pública que tem os professores (classe) completamente subjugados……e TEM!!!!!! dexámos de ser respeitados mais por culpa própria, esta parece-me ser a dura verdade que a muitos custa ouvir e interiorizar. dificilmente vai mudar este espirito de jugo que pesa sobre a nossa classe. Era necessário alterar muita coisa a começar por nós próprios, e por aqueles que se dizem nossos representantes (sindicatos e afins….) etc, etc. boas férias a todos!

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