No apogeu do malogrado socratismo, assisti atónito a uma deriva totalitária explicita, num regime que se pensava democrático: desde policias a entrar em sedes de sindicatos a solicitar listas nominais dos participantes em manifestações, passando por policias de trânsito a desviar autocarros carregados de manifestantes e a impedi-los de prossegir viagem, até aos casos desumanos de juntas médicas negarem a trabalhadores com diagnóstico de cancro a incapacidade temporária, obrigando-os a trabalhar (onde pontuaram exemplos de uma professora com cancro na lingua a lecionar…). Essa deriva desvaneceu-se mediaticamente, mas continuou subrepticiamente em ação através da produção legislativa. Assisti agora a vários casos de colegas de trabalho que continuam a exercer funções em condições de saúde precárias, nomeadamente afónicas ou com infeções debilitantes; quando, na minha ingénua humanidade, as repreendi por estarem naquelas condições a trabalhar, elas perspicazmente alertaram que atualmente são descontados no salário e na totalidade os 3 primeiros dias de ausência por doença, o que nas circunstâncias conhecidas é um desconto significativo para muitos com salários ainda mais reduzidos. Esta alienação a que nos sujeitamos para manter uma certa sanidade mental, afasta-nos psicologicamente de uma realidade darwiniana criada por uma elite abjeta, e confronta-nos com a desagradável conclusão de uma classe populacional ter sido liminarmente derrotada na guerra social que ocorreu.
A ANVPC – Associação Nacional dos Professores Contratados, pretende apresentar ao Ministério da Educação e Ciência, na reunião que está calendarizada para a próxima 2ª feira, dia 3 de fevereiro, uma proposta de diploma que venha regulamentar o próximo concurso para vinculação extraordinária.
Deste modo, solicitamos que nos envie as suas propostas, colocando-as no documento disponível AQUI, até ao próximo dia 1 de fevereiro, remetendo-o devidamente preenchido para o seguinte endereço eletrónico: vinculo2014@anvpc.org