Carta Aberta de Célia Mestre ao Ministro da Educação

Amigos
Cumpre-me hoje apresentar-vos a Carta Aberta que redigi para o Ministro da Educação e Ciência, Prof. Dr. Nuno Crato. Julgo que a escrevi um pouco por mim mas muito por todos nós, portugueses. Por isso, partilho-a convosco.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação
Professor Doutor Nuno Crato

Beja, 13 de Setembro de 2013

ASSUNTO: Carta aberta de uma cidadã portuguesa.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação e Ciência

O meu nome é Célia Mestre e resido na cidade de Beja.
Após ter tomado conhecimento que o meu filho de 6 anos estaria inserido numa das turmas que integram diferentes níveis de escolaridade, dirigi-me à escola em questão com o objectivo de me inteirar das motivações que justificavam esta decisão (refiro aqui que se trata de um Centro Escolar e não de uma escola rural, situação em que ficaria justificada a opção). A carta de reclamação que apresentei na escola, e para a qual peço a atenção de V. Exa., encontra-se transcrita abaixo.

Exm.ª Sr.ª Presidente da CAP
Agrupamento de Escolas n.º X de Beja

Beja, 10 de Setembro de 2013

ASSUNTO: Reclamação Turma X 1.º/4.º Anos

Exm.ª Sr.ª Presidente da CAP

Venho por este meio expressar o meu desagrado para com a decisão tomada (ou implementada) pela V/ equipa de organização escolar de integrar na mesma turma, alunos de dois anos de escolaridade diferentes (1.º e 4.º anos do 1.º CEB).
Esta situação seria perfeitamente admissível se acaso não nos encontrássemos num contexto em que os recursos disponíveis e as necessidades da comunidade escolar se encontram em convergência. Ou seja, temos recursos físicos (centros escolares novos com todas as condições), temos recursos humanos (docentes e não-docentes) e temos alunos para usufruir desses recursos.
Alunos do 1.º ano e do 4.º ano estão em níveis de desenvolvimento diferente e têm necessidades pedagógicas específicas distintas. Para não falar que os alunos do 4.º ano se estarão a preparar durante o ano para as Provas Nacionais. Qual o acompanhamento possível para alunos em duas fases tão distintas e, em simultâneo, tão prementes? Como pode um professor acompanhar uma turma nestas condições? Aparentemente ao contrário do próprio sistema educativo e do Ministério da Educação e Ciência, tenho um profundo respeito pela classe docente e julgo que estas não são, certamente, condições que contribuam para a motivação profissional de ninguém.
Após anos de investimento na formação de professores (que se encontram tristemente no desemprego), após números inquantificáveis investidos nos Centros Escolares (ainda por cima após os gastos com as reformas das escolas que os precederam), por acaso será suposto assistirmos placidamente a este retrocesso veloz nas condições do nosso sistema de ensino? Estará alguém à espera que eu aceite que a bem de umas desculpas esfarrapadas de cortes na despesa pública, o meu filho – agora a iniciar o ensino básico – o faça em condições que não são aquelas que conquistámos enquanto país?
Vejo duas alternativas para assinalar a minha mais completa repudia por estas políticas pacóvias e mesquinhas (perdoe os termos): ou peço transferência do meu filho para outra escola da cidade ou candidato-me ao cheque-ensino destinado ao acesso ao ensino privado porque, para aí sim, já aparecem umas “patacas” dos contribuintes para gastar. Lamento mas o MEC não vai com certeza poupar dinheiro tratando os meus filhos como números num qualquer balancete.
Estou consciente que estas decisões não são talhadas pelas pessoas que todos os dias, – e acredito plenamente nisso – lutam por uma escola melhor. Sei que estas decisões descem de outras instâncias e entram pelos V/ gabinetes adentro. Ainda assim, permita-me deixar uma questão: enquanto estruturas da sociedade e das comunidades em que se integram, estarão as escolas a debater-se o suficiente e o possível contra esta opressão e esta asfixia a que estão sujeitas?

É possível, e desejo que entenda que não o faço com leviandade, que esta se torne uma carta aberta ainda que sem revelar a escola à qual a endereço. Faço-o porque enquanto cidadã, considero que, no panorama actual, as tomadas de posição individuais poderão constituir interesse para os meus demais concidadãos.

Agradeço desde já a atenção dispensada.

Com elevada consideração.

Célia Mestre

Carta entregue, ficavam-me no entanto palavras por dizer que não posso calar mais. Por isso me dirijo a V. Exa. Desejo honestamente que não veja nas minhas palavras uma afronta ou desrespeito, pois não são essas as minhas intenções.
Coloco-lhe uma pergunta retórica: numa escala de 0 a 20 valores como auto-avalia V. Exa. o seu desempenho enquanto Ministro da Educação e Ciência? A sua auto-avaliação provavelmente situar-se-á acima dos 14 valores. Estou certa que sim.
A questão que se impõe a seguir será, naturalmente, que classificação atribuiriam os portugueses à avaliação do desempenho do Senhor Ministro?
Este assunto de avaliações de profissionais qualificados para as funções que exercem é sensível, com certeza concordará comigo. Não tenho conhecimento que o Senhor Ministro nem os seus pares tenham sido submetidos a uma prova de avaliação de competências prévia à entrada no actual Governo do Estado Português e repare V. Exa., estamos a falar do Governo do Estado Português. Porque será que não é exigida uma avaliação de competências prévia neste caso? Respondo-lhe: porque não é necessária. Não é necessária porque há uma credibilidade associada ao histórico académico e profissional de V. Exa. e dos seus pares que não cabe pôr em questão. Certíssimo.
Então porque não gozam os restantes cidadãos – neste caso particular, a classe docente – da mesma credibilidade (não me refiro a avaliações de desempenho que considero ter um enquadramento completamente diferente, refiro-me apenas à Prova de Avaliação de Competências e Conhecimentos para ingresso na carreira docente)? Se acaso é uma ofensiva ao Ensino Superior português – responsável pela formação inicial de professores – então temos um problema grave. E é um problema de monta porque o país tem realizado um investimento incomensurável atendendo à sua própria escala no Ensino Superior, investimento que tem resultado num output muito considerável de académicos, investigadores, técnicos e profissionais liberais. Mas agora V. Exa. diz-nos que não. V. Exa. passa, veementemente e sem assombro nenhum, um atestado de incapacidade ao Ensino Superior português. É caso para dizer que o ataque vem de dentro. Se são identificadas lacunas no Ensino Superior estas devem com toda a certeza ser alvo imediato das revisões e alterações necessárias mas penso que os professores deveriam ser encaminhados para uma dinâmica de reciclagem e de actualização em paralelo com as alterações no Ensino Superior. E, concordando apenas aqui com V. Exa., com o foco nas áreas científicas de cada grupo de recrutamento. O pensamento deveria ser investir numa lógica de continuidade e não de ruptura, que é o que o Senhor Ministro está a fazer.
Fica-se também com a ideia que, agora que estamos com um excedente financeiro notável (?), vamos aplicá-lo (para não dizer esbanjá-lo) em exames (não de desempenho – atenção – mas como prova de aquisição das competências para a profissão) e em equipas para redigi-los, equipas para vigiá-los, equipas para corrigi-los. Bem feitas as coisas, estas equipas até poderiam ser fornecidas a partir de estruturas privadas, perdoe-me a ironia.
Não julgue V. Exa. que me aflige toda e qualquer ligação à oferta privada mas convenhamos que há decisões inconvenientes e inoportunas – mais ainda considerando o quadro actual – e como exemplo refiro o cheque-ensino. Já agora, como exemplo também, refiro os intermediários que se mantêm ano lectivo após ano lectivo entre o MEC e os docentes das Actividades Extra-Curriculares do 1.º Ciclo. Escuso-me a tecer comentários acerca dos exemplos referidos porque já muito foi dito sobre ambos.
Voltando ao início, V. Exa. deixe-me aflorar a verdadeira razão pela qual nem o senhor nem os seus pares estariam sujeitos a um exame prévio semelhante ao agora exigido aos docentes e outros profissionais: confiança. Só. Confiança em si e nos seus pares depositada pelos portugueses nas urnas de voto. Sabe que o que nos fere a nós portugueses, mas fere a sério, é esta sensação quotidiana de que em nós ninguém confia. Nem sei como os senhores o fazem mas fazem-no muito bem: quebram-nos pelos joelhos. Convenhamos V. Exa., confesse, não valemos nada! É assim, ou não é? Porque digo-lho e digo-lho com um nó na garganta, é assim que muitos portugueses se sentem. Mas não é só hoje, ou durante uma semana que correu pior… é sempre!
Pedem-me, pede-me o Senhor Ministro, que aceite então que o meu filho a iniciar o 1.º CEB tenha as suas aulas com os colegas que estão a terminar o mesmo ciclo. E pede então e da mesma forma aos pais dos alunos do 4.º ano tenham as suas aulas com os alunos de 6 anos. A sala ficará repleta de alunos de 5 e 6 anos e de alunos de 10 e 11 anos. Uns a iniciarem a leitura e os outros a prepararem-se para a Prova Nacional. V. Exa. considera realmente que esta modalidade é aceitável quando já ultrapassámos a primeira década do século XXI? Talvez porque considera que esta situação se encontra em linha de convergência com os modelos educativos a que aspiramos enquanto nação e para os quais temos lutado durante décadas? Não teria portanto qualquer dúvida ou questão em proporcionar este tipo de gestão de sala de aula a um seu filho, neto ou encaminhar um amigo chegado para uma solução deste género, com toda a certeza? É que no que toca aos direitos dos meus filhos, Senhor Ministro, não aceito uma vírgula menos do que V. Exa. aceitaria para os seus.
À semelhança de outros países, eu consideraria aceitar a situação que me impõem se esta fosse o resultado de estudos aturados sobre as vantagens pedagógicas de um modelo desta natureza. Se fosse uma mudança assumida como declaradamente vantajosa para o aluno e restante comunidade educativa e portanto, se desse lugar a um processo competente de implementação. Se fosse um passo para a frente em vez das passadas largas para trás que parecem ser.
Ontem, na entrevista que deu à jornalista Clara de Sousa, referiu que em 2010/2011 o número de turmas mistas no 1.º CEB era muito superior ao número actual. Não se lembrou foi de referir que esses números estão em grande parte relacionados com o fecho das escolas rurais que teve lugar – massivamente – até essa data. Falou na baixa natalidade mas esqueceu-se de falar na emigração que tem levado milhares de famílias portuguesas a abandonar o país. E quanto aos números da emigração, Senhor Ministro, digo apenas que deve considerá-los como resultado da avaliação de desempenho do seu Governo.
Seria de esperar que no contexto actual se valorizasse o investimento feito anteriormente, se valorizasse o capital humano do país, se tentasse que o barco passasse, com a pouca estabilidade possível, entre os recifes. Mas não, o Senhor Ministro acha que agora é a melhor altura para agitar as águas e deitar a tripulação borda fora.
Portugal está sempre a começar de novo. Porque os senhores acham que sabem sempre muito mais do que o governo precedente e então toca de baralhar e voltar a dar.
Escrevo-lhe hoje, a duas semanas de sair do meu país com a minha família. Vou contrariada, revoltada e com um pesar imenso. Porque, Senhor Ministro, a mágoa que carrego hoje, leva-me a dizer bem alto que este País é mais meu do que vosso, seu e dos seus pares que parecem pensar que Portugal, sem os portugueses, estaria bem melhor. Não aceito.
Considere esta a minha avaliação de desempenho do actual Governo do Estado Português.
Cabe-me dar conhecimento a Vossa Excelência que esta carta se tornará pública e, como referi anteriormente, não o faço levianamente. Estou certa de que entenderá os meus motivos.

Com os meus respeitosos cumprimentos
Atentamente,
Célia Mestre

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2013/09/carta-aberta-de-celia-mestre-ao-ministro-da-educacao/

31 comentários

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    • Ana Silva on 14 de Setembro de 2013 at 12:29
    • Responder

    Célia Mestre, congratulo-a pela importantíssima carta que escreveu. Muito bem redigida e põe o dedo em muitas feridas que se assomam no nosso país. Muitos dos meus familiares, amigos e conhecidos já emigraram ou estão prestes a fazê-lo. Depois do investimento estatal na formação destas pessoas (quase todos licenciados) deixam-nos ir embora com a mesma leveza com que se atrevem a respirar! É mesmo muito triste! Boa sorte na sua nova etapa.

    • Jonas on 14 de Setembro de 2013 at 12:37
    • Responder

    Célia Mestre tem toda a razão para se indignar.

    Ó Arlindo, então agora o exame do 9º ano de Inglês é feito pelo Cambridge? Mas onde está a APPI para contestar isto? Onde estão os professores de Inglês deste país? Alguém que se manifeste, por amor de Deus!

      • :( on 14 de Setembro de 2013 at 13:04
      • Responder

      A APPI está feliz! Leva o seu “quinhão”!

    • JCC on 14 de Setembro de 2013 at 12:49
    • Responder

    Concordo plenamente com a revolta desta cidadã. Está na altura de se acabar de vez com turmas com dois níveis no 1º ciclo e como é referido isto não se passa numa escola rural, mas sim num centro escolar, o que agrava ainda mais a situação. Há aspetos que não se pode cortar cegamente, e mais tarde vamos pagar a fatura destas medidas economocistas. Para já, e como é referido, a paga é o aumento desmesurado que estamos a ter com a emigração, e a senhora que pelo que diz também vai sair do país. Isso é a melhor notícia que este governo pode ter, pois assim, é mais uma família que não vota na oposição.

    • Lia on 14 de Setembro de 2013 at 13:21
    • Responder

    Bravo, Célia Mestre!

    • sandra s. on 14 de Setembro de 2013 at 13:27
    • Responder

    Confesso que esta carta me tocou bastante. Quantos neste país estão nesta situação? Acredito que milhares… muitos já saíram e outros tantos em vias de deixar também o país. O ministro não falou nisto. Só diz que há menos alunos, mas não diz que esta redução não se deve só à baixa natalidade, mas à saída das famílias que não encontraram no seu país a solução para os seus problemas. Por que não fala das medidas políticas que têm “expulsado” inúmeras famílias ?
    Como portuguesa sinto-me envergonhada por viver num país em que os governantes e as suas políticas incentivam a emigração. Nunca esperei ver, na segunda metade do séc XXI,,um nº de emigrantes superior ao nº de emigrantes dos anos 60 do século XX em plena ditadura.

    Célia Mestre desejo-lhe muita sorte para a sua nova vida. Não se esqueça que Portugal não é feito APENAS por gente desta.


  1. Excelente carta, Carla. Só tenho pena que o Ministro talvez nunca a chegue a ler, ou mesmo que o faça ainda se rirá da cara de todos nós… ele está bem o resto que se lixe. Este governo ao contrário, um pouco, do que se tem visto até hoje, parece estar contra o país e logicamente contra o povo. Nada os demove, cada vez que falam com tanta indiferença e arrogância… fico com medo, pois dá-me a sensação que querem rebentar com Portugal e não num sentido metafórico. Obrigada Carla pelas suas palavras, deveríamos fazer todos o mesmo e encher todos os Ministérios de cartas.

    • Arnesto on 14 de Setembro de 2013 at 13:34
    • Responder

    Carta aberta? Eu pago um tubo de cola, dos grandes!

    • Pois on 14 de Setembro de 2013 at 13:48
    • Responder

    Carta aberta… LOL Que efeito isto tem? ainda se riem disto… para quando uma iniciativa ao estilo mexicano: http://www.youtube.com/watch?v=mFBes0gGMDs

    Isso sim.

      • Maria S. on 17 de Setembro de 2013 at 9:47
      • Responder

      E você, o quem feito exatamente?

    • pams on 14 de Setembro de 2013 at 14:09
    • Responder

    Divulgue-se nos blogues e em toda a comunicação social.


    1. Boa ideia!
      Irei deixar o link remetendo para este post do Arlindo nos meus blogues e redes sociais.

    • Maria on 14 de Setembro de 2013 at 14:53
    • Responder

    Célia,
    divulgue nos blogues e em toda a comunicação social. Era importante criar uma petição. Este é o momento para debater esta assunto da maior importância. Estão a ser tomadas medidas sem serem testada, avaliada… diariamente são criadas despachos do Minsitérios… nenhum tipo de ensino consegue aguentar com imensas alterações

    • nita on 14 de Setembro de 2013 at 15:23
    • Responder

    Fantástica

    • elly on 14 de Setembro de 2013 at 15:43
    • Responder

    Parabéns, Célia! Realmente o povo português não merece estes ignorantes que nos governam ao sabor dos momentos… o ministro Crato tornou-se a maior desilusão… de pensar que desperdicei algumas preciosas horas da minha vida a ouvi-lo e a concordar com os suas teorias em relação à educação… apetece-me dizer “volta Sócrates, estás perdoado! pelo menos tu lutas pelas escola pública, embora esbanjes o dinheiro de todos nós na requalificação das escolas, pelos menos fizeste alguma coisa pela escola pública! estes só a destroem… e ainda se riem na nossa cara!!! parvos somos todos nós e todos aqueles que ainda tiverem coragem de votar neles! Boa sorte Célia na nova etapa!


  2. Subscrevo inteiramente, é este o rigor que o senhor ministro apregoa, realmente haverá muito rigor no ensino com turmas mistas, com turmas de 30 alunos, e com professores a lecionarem áreas que não são as da sua formação profissional. Se soubéssemos que os professores eram em excesso em situações aceitáveis, ninguém contestaria. Custa muito ao estado ter turmas de 1.º ciclo com dez alunos? Pois assim não haveria desculpa para não existir rigor! Assim haveria sucesso escolar! Não é o que quer o MEC?

    É que o mérito e a excelência premiados é são só para alguns. Damos o litro nas escolas, fazemos a diferença, trabalhamos até cair, para nos darem um pontapé no rabo e nos colocarem uma etiqueta de inúteis. Como quer o senhor que os portugueses tenham filhos. É que ter filhos é um luxo capitalista, seus capitalistas! O puto do dinheiro é sempre o que conta! Adorai o bezerro de ouro que haveis de ir longe! Basta não ter caráter, nem escrúpulos, nem princípios, nem espinha vertebral, basta ser verme para se viver feliz neste país.


  3. A propósito da prova de acesso para professores, o MEC pode e deve estendê-la ao ensino superior. Ou os docentes do ensino superior não carecem de conhecimentos pedagógicos para lecionarem? Quem o frequentou sabe bem a quantidade de incompetentes que por lá se arrasta. É que um doutoramento não garante um bom docente e há muitos professores do ensino básico e secundário doutorados!

      • Ana on 14 de Setembro de 2013 at 18:31
      • Responder

      Afinal concorda ou não com a prova? Se concorda, fará sentido que queira abranger mais pessoas. Se não concorda, o que deveria defender é que ela não se realizasse por ser desnecessária. Fiquei sem perceber muito bem, mas depreendo das suas palavras que é adepto(a) da mesma. Assim sendo, a lógica do ministério faz sentido para si. Começa por aplicar a um grupo de pessoas e depois deverá estendê-la às restantes.
      Eu não partilho dessa opinião. Acho que a aplicação da prova, não afere absolutamente nada. E também não percebo a sua lógica… então um doutoramento não garante um bom docente (até concordo) e uma prova escrita garante???

    • Indignado on 14 de Setembro de 2013 at 17:31
    • Responder

    Sim, é mesmo com cartas abertas e petições que vão lá 🙂 O Crato até se ri!

      • Pois on 14 de Setembro de 2013 at 17:33
      • Responder

      Concordo, enquanto perdemos tempo com estas coisas, as medidas vão avançando. Teve muito mais efeito a manifestação daquela colega ontem a meio do discurso do crato que estas palhaçadas de cartas e petições todas…

    • Rosária on 14 de Setembro de 2013 at 17:45
    • Responder

    Excelente carta. Os pais devem seguir este exemplo !

    • Rui on 14 de Setembro de 2013 at 19:16
    • Responder

    Quando nos incentivam a emigrar só me ocorre um pensamento, na linha de raciocínio do governo, exportar estes (des)governantes. Certamente que o país tinha muito a ganhar, ou no mínimo a não perder.
    A carta deveria chegar aos meios de comunicação social, pois expressa muito do que nos vai na alma. Estou convicto que a elevada participação neste blogue terá um peso considerável. Também podemos colaborar, citando-a em comentários nos jornais.

    • Fernandovsky on 14 de Setembro de 2013 at 20:51
    • Responder

    Célia, perdemos uma batalha mas a guerra contra estes judas continua.
    O bom senso, a justiça e a razão vencerão mais cedo ou mais tarde.

    • a n cristiano on 14 de Setembro de 2013 at 21:24
    • Responder

    Vamos la a pensar serenamente: Vocês acham que para uma comissão liquidatária do país eles estão a trabalhar mal?


  4. Célia, tocou-me imenso a sua carta…
    Parabéns pela coragem e sabedoria com que abordou tantos pontos. Desejo-lhe muita sorte.

    • ana on 14 de Setembro de 2013 at 23:57
    • Responder

    Célia, gostei do que li…e acredite que eu estou na mesma situação com o meu filho…andei quase um mês com o stress e tentar mudá-lo de escola…com muito esforço consegui, mas para uma “mega” escola e “mega” turma…e tudo se passou dentro da cidade, mas com toda esta minha azafama descobri o que eu pensava não existir no séc.XXI…De tantos investigadores em ensino portugueses ou estrangeiros, nunca li nenhuma estudo que retrate o que se está e vai passar em Portugal…Este governo quis e quer acabar com os docentes contratados, mas esquecem-se que nós também temos famílias e se adquirimos o nosso estatuto foi por nosso mérito e não por andarmos na política ou sermos “amigos de X”…e o nosso Exmº Sr. Ministro de Educação já se deve ter esquecido de como era ser docente…e eu gostaria de o ver a dar aulas de matemática e 30 alunos e todos terem sucesso!? Congratulo-a pela sua coragem,

    • rainha on 15 de Setembro de 2013 at 0:05
    • Responder

    Uma carta contundente! Os pais deviam manifestar-se junto das escolas contra as turmas de mais de um nível e nº de alunos em cada uma.

    • mario on 15 de Setembro de 2013 at 0:13
    • Responder

    Quem será a exª srª presidente da cap a quem é dirigida esta carta? Se é para uma mulher só pode ser a presidente do agrupamento nº . . .de Beja

    • Miguel Teixeira on 15 de Setembro de 2013 at 1:33
    • Responder

    Célia parabéns! Bem aja!

    • filotnip on 15 de Setembro de 2013 at 20:37
    • Responder

    Está na aaltura de convocar por sms uma grandiosa manifestação de docentes …. que revele toda a indignação que está carta tb traduz

    • José Bernardo on 23 de Julho de 2016 at 19:36
    • Responder

    …Levante-se o réu! – Culpado!


  1. […] Carta Aberta de Célia Mestre ao MEC […]


  2. […] Amigos Cumpre-me hoje apresentar-vos a Carta Aberta que redigi para o Ministro da Educação e Ciência, Prof. Dr. Nuno Crato. Julgo que a escrevi um pouco por mim mas muito por todos nós, portugueses. Por isso, partilho-a convosco.  […]

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