Fica este quadro para perceberem de onde são os 6915 docentes de quadro de agrupamento/escola que foram obrigados a concorrer por não ser possível atribuir pelo menos 6 horas letivas em final de Julho. Entretanto, muitos deles já foram retirados desta lista no dia 14 de Agosto.
Como já aconteceu o ano passado, a zona norte é a mais fustigada com os horários zero. Na ICL 1 havia só na zona 1 quase tantos docentes sem componente letiva como na soma das zonas 6, 7, 8, 9 e 10, 1854 contra 2024.
A zona 1, 2 e 3 no total têm 3775 docentes QA/QE sem componente letiva enquanto que as restantes zonas (4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10) têm apenas 3140 docentes nas mesmas condições.
O quadro seguinte distribui os docentes dos quadros de zona pedagógica pelo seu grupo de recrutamento e QZP.
A última coluna que tem um docentes do grupo 400 sem QZP não é erro meu, mas sim das listas da DGAE logo na primeira página desse grupo. Agora compreendo porque a diferença dos meus números de docentes de QZP nesta lista (11413) diferem dos números do MEC (11412). Os meus estão certos e o MEC não contabilizou este docente. 😀
Depois de ler os comentários neste post não posso deixar de escrever algumas coisas.
A ordenação das prioridades em que os QZP surgem com colocação antes dos quadros de agrupamento nas colocações de final de Agosto é antiga e tem grande consequência para os professores dos quadros que pretendem mudar para mais perto de casa.
Enquanto havia concursos anuais e as vagas do concurso interno chegavam aos 4 dígitos não se sentia tanto esta questão, no entanto já existia o problema dos professores “desterrados”.
Acresce agora também o elevado número de professores dos quadros de agrupamento que são obrigados a concorrer por ausência da componente letiva.
Aos quadros de agrupamento/escola que mantêm a componente letiva na sua escola de origem e pretendem aproximar-se da sua residência têm neste momento duas opções:
No caso de haver docentes sem componente letiva no seu grupo de recrutamento e no seu agrupamento, proporem-se como voluntários para ficarem sem componente letiva (tendo os mais graduados preferência nessa escolha).
Concorrer em 2ª prioridade para mudança de escola.
Se a primeira opção acarreta algum risco, tendo em conta que em Fevereiro de 2015 pode entrar em vigor a requalificação, a segunda opção não deixa grande margem para essa aproximação.
Neste momento só vejo uma solução para resolver esta questão e já a disse por algumas vezes:
Abrir em 2014 um concurso interno extraordinário, a vigorar para o triénio 2014/2017, com a abertura de todas as vagas declaradas pelas escolas.
Neste concurso interno seriam obrigatoriamente opositores todos os docentes dos quadros de zona pedagógica em pé de igualdade com todos os docentes dos quadros de agrupamento (com ou sem horário zero).
Aqui pouco importa dizer que os que não têm horário na sua escola seriam obrigados a concorrer já que no ano seguinte está previsto entrar o processo de requalificação e cada um deve ser inteligente o suficiente para saber se deve concorrer ou não.
Antes de fazerem petições a lançar QA/QE contra QZP ou vice versa, deviam seguir antes o caminho de exigir esse concurso para 2014 de forma a tentar acabar com os QZP e manter os docentes nas suas escolas de preferência de acordo com a sua graduação.
E como os QA/QE em caso de ausência de horário podem vir a ser colocados num raio de 60 KM da sua escola de origem, já pouco sentido faz existirem QZP. No fundo os quadros de agrupamento também já não existem, ou melhor, existem, mas podem a partir de agora ser chamados de QA60/QE60.