10 de Agosto de 2013 archive

Mais uma História do Interior

Caro Arlindo, Ultrapassado (ou não completamente…) o susto de 26 de Julho, com o desbaste brutal nas turmas da rede em tantas escolas do interior, e efeitos que se conhecem no aumento dos denominados professores a mais, eis que esta semana as mesmas escolas foram brindadas com mais uma investida cirúrgica do nosso ME – desta vez a acção punitiva (chamam-lhe eficiência e poupanças) foi sobre as idades dos alunos que ingressavam no primeiro ano, com instruções aos Agrupamentos para retirar todos aqueles que não perfizessem os 6 anos até 15 de Setembro. Estranha e ilegal exigência esta, absurda, descabida, injusta e estúpida com toda a certeza. O critério da idade, que a lei enquadra de forma adequada mencionando os 6 anos até 31 de Dezembro, e não como exigência cinequanon a 15 de Setembro, constitui apenas um dos elementos de todo um processo, muito mais importante, que contempla a avaliação pedagógica e maturidade dos alunos (por parte dos educadores que acompanharam as crianças bem como a avaliação dos respectivos EE) que, no seu conjunto e no final do ano lectivo (durante o Mês de Junho) sustentam o pedido de matrícula que segue para o agrupamento. Os órgãos competentes (director), perante este pedido, verifica se tem vaga e determina a aceitação da matrícula. Acresce a isto o facto dos alunos em causa (e famílias) sentirem que se completou uma etapa, que o jardim de origem assinalou com “festa de finalistas”, apresentada a nova escola / turma, e que a cerca de 20 dias do início desta nova vida, tudo volta para trás….Para os 18 alunos (a quem o ME recusa a inscrição no 1º ano numa das escolas do Concelho) – que faziam os 6 anos a 16, 17 de Setembro, durante Outubro e até Dezembro, sugerem que estes retornem aos jardins de origem, mesmo que privados como acontece com alguns. Ou seja, retorne-se à estaca zero, voltem a inscrever os meninos nos seus locais de origem e continuem a pagar as respectivas mensalidades pois, desta forma, com a fusão de turmas agora amputadas, se alcançará a poupança de uma/duas turmas….

Identificamos aqui em mais esta investida a tal tranquilidade (e confiança nas instituições) que o nosso ministro Crato tanto apregoa e invoca para as escolas? Esta foi mais uma história bem real, infelizmente bem comum no país…esta, e para que conste, foi no Concelho de Seia…Esta semana foram as idades, para a semana, quem sabe…..

Abr, Paulo Barata

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