Tempo de Trabalho no 1º Ciclo

O Despacho normativo n.º 7/2013, de 11 de Junho, define no artigo 2º os termos: “ano escolar”, “ano letivo”, “hora” e “tempo letivo”

 

a) “Ano escolar” e “ano letivo” — os espaços temporais definidos nos diplomas que estabelecem a organização e a gestão dos currículos dos ensinos básico e secundário;

b) “Hora” — o período de tempo de 60 minutos, no caso da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, e o período de 50 minutos, nos restantes níveis e ciclos de ensino.

c) “Tempo letivo” — a duração do período de tempo que cada escola define como unidade letiva, em função da carga horária semanal prevista nas matrizes curriculares.

 

Não são definições por nós desconhecidas, no entanto, existe uma alteração de pormenor no despacho normativo nº 7/2013 quanto ao tempo de trabalho dos docentes do 1º ciclo  que remete para a componente não letiva destes docentes o acompanhamento dos alunos nos intervalos (a questão da Direção de Turma, apesar de também ser nova, já foi resolvida).

Na generalidade das escolas esse tempo estava englobado no horário letivo do docente e bem, mas de acordo com o nº 4 do artigo 9º, “o diretor deverá ter em consideração, para efeitos da elaboração dos horários, o tempo necessário para as atividades de acompanhamento e de vigilância dos alunos do 1.º ciclo durante os intervalos entre as atividades letivas, com exceção do período de almoço, ao abrigo da alínea l) do n.º 3 do artigo 82.º do ECD, assim como o atendimento aos encarregados de educação.”

Os docentes do 1º ciclo viram assim agravado o seu tempo de trabalho semanal em duas horas e meia e poucos ainda deram conta disso.

A acrescer às 25 horas de trabalho letivo com a turma (1500 minutos) ainda são acrescentados mais 150 minutos de trabalho letivo para assegurarem a:

  1. Implementação de medidas de promoção do sucesso escolar;
  2. Dinamização de Atividades de Enriquecimento Curricular no 1.º ciclo do ensino básico;
  3. Coadjuvação, quando necessária, em disciplinas estruturantes no 1.º ciclo do ensino básico.

Se contabilizarmos mais os 150 minutos semanais de intervalo diário (30 minutos x 5) o período de almoço que em muitos casos os docentes permanecem na sua escola (450 minutos semanais), a componente não letiva de estabelecimento ou o tempo de espera para que terminem as atividades de enriquecimento curricular, os docentes do 1º ciclo fazem já um horário aproximado às 40 horas semanais no local de trabalho.

Não sendo eu deste nível de ensino reconheço que o tempo de trabalho do docente neste nível de ensino é imenso e muitas vezes não é dada a devida importância a este nível de ensino na discussão do tempo de trabalho docente.

E para quem não tem redução por idade ou já não tem qualquer regime especial de aposentação algo devia ser feito para compensar este tempo de trabalho.

Pensar novamente num regime especial de aposentação tendo em conta todos estes fatores não deveria ser estranho. Ou então, como já disse, acabar com a monodocência.

 

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82 comentários

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    • Sandra Marmelo on 26 de Junho de 2013 at 17:34
    • Responder

    Obrigado Arlindo por referir, num sitio como o seu blog, o trabalho que os docentes de 1.º ciclo fazem.
    E se a tudo o que referiu incluirmos 2,3 ou 4 níveis de escolaridade dentro da sala de aula (para os quais é necessário planificar, elaborar materiais, “inventar” formas de chegar aqueles alunos que não querem saber da escola, etc), alunos com NEE com apoio indireto (ou seja sem apoio de espécie alguma), mais coordenação de estabelecimento, atividades de articulação com o pré-escolar (muito frequentes em escolas pequenas) e tudo o resto que é solicitado (projetos com o centro de saúde, com a biblioteca escolar, com a câmara municipal, e com tudo o que é organismo e que quer solicitar esta colaboração), resta-nos muito pouco tempo para nós, para a familia, para tudo….
    E quem está longe de casa e faz 300 km por dia, podem contar com pelo menos mais quatro horas diárias dentro de um carro.
    E acreditem que tudo isto é possível e é feito, falando eu por experiência própria ….. :´)

      • Manuela Lourenço on 26 de Junho de 2013 at 19:42
      • Responder

      Pois é tudo verdadinha… somem-lhe fazer mapas do leite, da fruta,… receber o dinheiro dos almoços, do transporte, escrever notícias para o jornal (evidências), atender telefone, organizar festas fora das horas letivas para os pais poderem irem, limpar vomitado (pq a assistente operacional não está lá sempre),… e poderia continuar uma lista sem fim de tarefas que nos incumbem… com tudo isto temos metas para alcançar, do agrupamento, do ministério, … e depois vem a ADD dizer-te que afinal só és “bom” por falta de quotas!!! Pois estou no 1º ciclo e dou todos os dias o meu melhor aos alunos. Quem acha que estou a exagerar devia passar 1 ano neste nível de ensino…

        • Paulo Pereira on 27 de Junho de 2013 at 0:46
        • Responder

        «escrever notícias para o jornal (evidências), (..), organizar festas fora das horas letivas para os pais poderem ir»
        Primeiro até fiquei a pensar que estas duas coisas eram só no primeiro ciclo. Depois acordei!
        A colega não acha que já tem muitas coisa de que se queixar para meter no meio outras sem sentido e que só diminuem a sua argumentação?!

          • Laura Santos on 27 de Junho de 2013 at 8:31

          Sr Paulo Pereira:
          Não sei se sabe, mas no1º ciclo somos obrigados a fazer festinhas (pelo Natal, pelo Carnaval, no final de cada período…), porque constam nos PAA e PE das escolas, para agradar a gregos, troianos e encarregados de educação que ,no final do ano, depois de tanto trabalho, nem têm uma palavra de agradecimento. O jornal escolar também é utilizado em muitas escolas… Mas provavelmente o sr. não conhece essa realidade…

    • 110ya on 26 de Junho de 2013 at 17:39
    • Responder

    Infelizmente eu não estava errada.
    A ver se com este post alguns colegas “acordam”, muitos parecem não querer acordar para o pesadelo que os espera.

    • roma maria on 26 de Junho de 2013 at 17:42
    • Responder

    Obrigada Arlindo pelas tuas palavras de apreço. Infelizmente os sindicatos(e não só) andam um pouco esquecidos da carga de trabalho a que estamos sujeitos. Mesmo os colegas mais novos já se queixam que é demais…

    • Silva on 26 de Junho de 2013 at 17:47
    • Responder

    Obrigado Arlindo pelo alerta. Com tanta gente no sindicato não houve ninguém que se lembrasse destes “promaiores”. É que grande parte dos professores do 1.º ciclo tb são sindicalizados….


    1. O Arlindo é da FNE podia ter lembrado o seu representante


    2. O entendimento diz que 13 horas são para trabalho individual. Resta saber como dar a volta ao despacho.

        • Carlos on 26 de Junho de 2013 at 21:28
        • Responder

        Bastará o intervalo da manhã regressar à CL

        • José Ferreira on 26 de Junho de 2013 at 21:45
        • Responder

        40 horas menos 13 dá 27. Não há volta a dar! Quem será o diretor de turma no 1º CEB?

    • Maria Mendes on 26 de Junho de 2013 at 17:53
    • Responder

    Obrigada Arlindo; por chamar a atenção para o 1.º Ciclo, um dos alicerces da educação e que é sempre considerado o “parente pobre”

      • professora de 2º on 26 de Junho de 2013 at 20:59
      • Responder

      Não, o verdadeiro parente pobre é o pré-escolar! Ou acha que alguém está minimamente interessado, preocupado com o que se passa neste nível de ensino?

    • DuarteF on 26 de Junho de 2013 at 18:06
    • Responder

    Devo referir que foi dos poucos que realmente se “quis” aperceber que o 1º ciclo continua a ser prejudicado. Obrigado.
    Também faço 200km e tenho 24 anos de serviço no meu (anterior) QZP, agora alargado QZP2.

    • José Ferreira on 26 de Junho de 2013 at 18:23
    • Responder

    Em tempo oportuno alertei para o facto neste sítio. É hilariante que, depois de assinado o acordo, alguém tenha despertado para esta realidade. Parece-me que as consciências não ficaram em paz. Não houve um único sindicato ou sindicalista que tenha lido o Despacho? Todos leram, mas não valia a pena levantar o “véu”. Até sou levado a pensar que nas ditas negociações esta situação serviu como moeda de troca.

    • maria on 26 de Junho de 2013 at 18:33
    • Responder

    FINALMENTE!

    Dai a minha raiva ao ler a ata de negociação. Afinal “quase tudo” se resume ao tempo da DT…
    Creio que foi a última vez que fiz greve!

    Obrigada, Arlindo!


    1. Faz mal Maria pois assim é que não vamos lá

    • Luísa Santos on 26 de Junho de 2013 at 19:13
    • Responder

    Mas há mais só que já cansei de alertar. Instalou-se o conceito que os profs do 1º ciclo com muito tempo de serviço estavam seguros, poucos leram estas propostas, isto é o véu, quando começarem a ser suspensos lugares que eram os “seus até à reforma” estou para ver o bonito. Por isso lutei, por isso estou de luto pela carreira, pelo ensino e por mim que, com 32 anos de serviço não sei o dia de amanhã.

    • nuno on 26 de Junho de 2013 at 19:58
    • Responder

    Como fica agora?
    com esta negociação, todos os docentes do 1º Ciclo têm 13 de trabalho individual 40-13=27 horas de trabalho na escola, 25 letivas, apenas sobram 2 não letivas!!
    2 horas não letivas servem para:
    -Vigiar os intervalos (30 minutos dia)
    – reuniões;
    – Atendimento
    -Super visão pedagógica,
    – Apoio ao estudo!

    • Alexandra on 26 de Junho de 2013 at 20:05
    • Responder

    Não digo que seja bem feito, pois houve muitos colegas do 1ºciclo a fazerem greve, mas se não fossem eles a furar a greve nas sedes de agrupamento teria havido muito mais alunos a não fazerem exame de português no dia 17.


    1. Concordo com a Alexanfra pois sei do que falo se estavam assim tão descontentes a ideia que deram para os outros colegas foi que eram capazes de os substituir em greve para quem estava a lutar por menos horas não tomaram a posição correta e que me desculpem os professores do 1ºciclo que não se portaram assim mas de todas as escolas que conheço foi uma vergonha a prestação dos colegas do 1ºciclo. Cà se fazem cá se pagam.

        • Manuela Lourenço on 26 de Junho de 2013 at 21:42
        • Responder

        Colega, não ganhamos NADA com estas acusações… não tomem a parte pelo todo… Agora mais do que nunca devíamos estar unidos…

          • tigrado on 26 de Junho de 2013 at 22:29

          Lamento Manuela mas ouvindo os queixumes só me vem à cabeça o que vi no dia 17 e vejo aqui comentários que são de total desunião parece que ninguem se lembrou dos colegas do 1ºciclo nem eles mesmos

      • Maria on 26 de Junho de 2013 at 21:32
      • Responder

      Por acaso, leio estes queixumes e também só me ocorre o 1º ciclo a aparecer em peso no dia da greve para vigiar os exames e assim fazer a vontade ao sô ministro, demonstrando uma falta de unidade e solidariedade para com a classe vergonhosa.
      Depois queixam-se de serem o parente esquecido – pelos vistos, são mesmo vocês que se comportam como uma casta à parte.
      É pena terem-se apercebido só agora que o sinal que deram ao sô Crato foi “faz de nós o que quiseres”. Parece que não perceberam ainda a laia da gente que nos (des)governa.

        • helena on 26 de Junho de 2013 at 21:35
        • Responder

        O ressabiamento é prejudicial à saúde, principalmente quando se mente descaradamente…

        • isabel herói on 27 de Junho de 2013 at 15:00
        • Responder

        É então está visto, a culpa é dos professores do 1.º ciclo. Os do 2.º, do 3.º e do secundário fizeram todos greve, são o suprassumo da classe. Sendo assim acabem com os professores do 1.º ciclo e ponham os dos outros ciclos a trabalhar para verem o que é bom.

      • DuarteF on 26 de Junho de 2013 at 21:44
      • Responder

      Não esteja a generalizar pois é vergonhosa a sua atitude. Não foi por alguns docentes do 1º ciclo que não fizeram greve que conseguiram realizar exames mais de 55000 alunos. Isso roça a leviandade. Eu fiz greve e protestei no meu sindicato. Para mim voltamos aos professores de 1ª e professores de 2ª. Confesso que se soubesse que o resultado era este, dificilmente teria feito greve…Os do QZP e principalmente o grupo 110 ficou com umas migalhas que caíram da mesa das negociações.


      1. por atitudes como a sua é que existe desunião

          • DuarteF on 27 de Junho de 2013 at 14:49

          A desunião está clara no que fizeram os sindicatos …habitualmente ficavam para trás os contratados e agora juntaram ao pacote o 1º ciclo.

        • isabel herói on 27 de Junho de 2013 at 15:12
        • Responder

        Sim é verdade, mas permita que discorde, leviano, desonesto e com falta de capacidade para entender o que se passa no 1.º ciclo é o senhor. Não é com greves que vamos resolver a situação em que nos encontramos. É nas urnas quando houver eleições; É ter brio na profissão que se escolheu.
        E mais não digo porque tive nestes breves instantes de conversa a prova provada de que a desunião é e será o mote entre os professores. Cada ciclo que avança considera-se com mais aptidões.
        Bem haja aquele que lutando pela classe a dignifica e não a desilude.

      • Belita on 26 de Junho de 2013 at 23:10
      • Responder

      A conversa já cheira mal……

      o que é um facto é que no meu agrupamento os exames do dia 17 se realizaram, não pelos tontos fura greves do 1º ciclo mas pelos colegas fura greves do 2º ciclo!!!!

      • João Pires on 27 de Junho de 2013 at 11:11
      • Responder

      Por favor deixem-se disto. No meu Agrupamento não foi pelos professores do 1.ºciclo que os exames se realizaram.
      Mas também é verdade que os colegas dos outros ciclos só se lembraram que existiam os professores do 1.ºciclo quando se aperceberam que eles podiam vigiar exames. Nunca vi tanta atenção com o 1.ºciclo como a seguir ao dia em que o ministro obrigou os diretores a convocar todos os colegas. Deixem-se de ser hipócritas porque a grande maioria dos professores dos outros ciclos estiveram-se sempre marimbando para o 1.ºciclo. Mas agora dava-lhes jeito… Assim como lhes vai dar muito jeito ir para o 1.ºciclo fazer a coadjuvação, que remédio… e agora as AEC também já interessam… Mas se julgam que o acordo assinado é uma grande vitória enganem-se que não é vitória nenhuma, depois me dirão.
      Relativamente a muitas interpretações que aqui estão a ser dadas aos 150m tanto disparate junto enfim….

        • sopeira on 27 de Junho de 2013 at 14:57
        • Responder

        Os sindicatos só querem saber dos profs do 1º ciclo e dos educadores para lhes pagarem as quotas…
        Só se lembraram deles no dia 17.
        Logo de seguida é isto… mais trabalho para os mesmos de sempre e continuam os privilégios para os do costume. Haja vergonha

    • gloria on 26 de Junho de 2013 at 20:31
    • Responder

    Os sindicatos revelaram um profundo desprezo pelos seus associados do 1.º Ciclo. Foram negligentes e incompetentes. Já não bastava o conceito de tempo letivo ter a duração, no 1.º Ciclo, de 60 min (ao contrário dos 50 min nos ciclos seguintes) – a que se soma todo o trabalho que outros designam de direção de turma mas sem direito a qualquer redução – permitiu-se esta habilidade que faz com que os docentes do 1.º Ciclo sejam aqueles que mais tempo passarão na escola. O 1.º ciclo, para os sindicatos que subscreveram a ata, tem estatuto de menoridade, comparado a uma qualquer ciência do oculto.
    Ainda hoje formalizei a minha desvinculação da FENPROF. Convido os colegas a fazer o mesmo. Voltarei a ser sindicalizada quando existir um sindicato que trate todos col igual respeito e atenção.

      • Maria on 26 de Junho de 2013 at 20:37
      • Responder

      Deixe lá Glória, durante muitos anos preocuparam-se só com os colegas do 1.º Ciclo: reformas antecipadas, horário de trabalho, licenciaturas em um ano a martelo para quem tinha o 11.º ano… Os mais novos já não viveram esse paraíso, e também por isso e pelas ótimas reformas que hoje recebem e para as quais nunca pagaram o suficiente é que nós vamos amargá-las. TODOS!


      1. Maria concordo consigo até porque sei do que falo, tenho familiares muito próximos que usufruiram do que fala, a minha mãe

        • Pedro on 26 de Junho de 2013 at 20:52
        • Responder

        Que o MEC, no meio de tanto perito e especialista, desconheça a realidade do 1.º Ciclo ainda concedo. Mas os sindicatos agirem desta forma diz bem do tipo de representantes que lá se escondem. Garotada.

        • José Ferreira on 26 de Junho de 2013 at 22:23
        • Responder

        Maria, tem razão. Esqueceu-se de mencionar que docentes de EVT também utilizaram, na sua opinião, esse ” expediente”, utilizando para tal, a componente letiva.
        Deixemos o passado para falarmos dos professores no ativo – com licenciaturas e mestrado – que se vão reformar aos 65 e que, para já, vão ter mais 150 minutos com alunos. Não me parece justo. Não deitemos foguetes antes de conhecer as novas tabelas salariais . Só nessa altura poderemos (ou não) dizer : VENCEMOS!

    • fernando on 26 de Junho de 2013 at 21:07
    • Responder

    Contactei sobre este assunto do 1.º Ciclo um representante do secretariado da fenprof que disse estar “confuso”. Estava a gaguejar por todos os lados para no fim dizer “temos de ver isso”. Ao que isto chegou! Coitados de nós! Esta gente não sabe simplesmente o que assinou. Não sabem explicar porque… não entenderam 🙂

    • maria on 26 de Junho de 2013 at 21:19
    • Responder

    Aos indignados com o 1º ciclo, direi que no meu agrupamento, de 38 prof do 1º ciclo, apenas 1 foi trabalhar. Todos os exames foram realizados pelos senhores professores do secundário…

      • DuarteF on 26 de Junho de 2013 at 21:46
      • Responder

      No meu também ninguém do 1º ciclo foi vigiar chegaram os Doutores!


      1. pois no meu agrupamento das 15 salas foram precisos 30 professores, 28 foram do 1ºciclo das escolas do agrupamento, que todos lampeiro foram à secundária substituir colegas em greve, será que foram instrumentalizados por alguém?

        • Paulo Pereira on 27 de Junho de 2013 at 0:51
        • Responder

        Depois não se queixe que a tratam de forma diferente… afinal os outros é que são os doutores!


  1. Não esquecer que João Grancho foi professor do 1º ciclo!!! e como tal conhece bem o funcionamento da coisa. Não me espanta que esta ideia seja dele! a de aumentar a permanencia dos professores nas escolas, assegurando o horário até às 16:30h, utilizando as duas horas e meia dos recreios, até agora letivas. Garanto que não ficarei nem mais um minuto dentro da sala de aula a acompanhar alunos com mais dificuldades.
    confirmar aqui:
    http://www.diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=632253

    http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-educacao-e-ciencia/conheca-a-equipa/secretarios-de-estado/joao-grancho.aspx

    espantada estava eu por os sindicatos (e professores comentadores) só estarem aflitos com a direção de turma nos outros ciclo.


    1. nem mais um minuto… durante o intervalo. Nem a corrigir ou a preparar materiais!!!

      • Paulo Pereira on 27 de Junho de 2013 at 0:53
      • Responder

      e quando é que os professores do 1º ciclo se tornam comentadores regulares (e não só quando acontecem problemas para o seu lado)?
      Se não têm poder reivindicativo é altura de o começarem a arranjar. Vai um blogue?!

        • DuarteF on 27 de Junho de 2013 at 14:53
        • Responder

        Este é o exemplo da UNIÃO!!Não é um blogue que vai resolver nada…Este deveria ser um espaço de debate. Os sindicatos é que nos traíram.

    • sgtavares on 26 de Junho de 2013 at 22:02
    • Responder

    Não sei se já perceberam mas estão a conseguir pôr-nos uns contra os outros. Aqui não há professores do 1º ciclo, 2º iclo ou wherever … Somos todos professores, lutamos todos pelo o mesmo, cada um à sua maneira. Alexandra, as pessoas têm o direito ou não a fazer greve.. não devem ser cruxificadas por estarem preocupadas com a sua situação e a dos colegas e por, acima de tudo, pensarem na família que têm para sustentar! Não quer dizer com isso que quiseram boicotar a greve. Não quer dizer que não estejam a lutar para que isto melhore… Malta vamos lá remar todos para o mesmo lado, porque já há muita gente a boicotar-nos para agora boicotarmo-nos uns aos outros!

    • Dilar Neves on 26 de Junho de 2013 at 22:04
    • Responder

    Por causa de cada um olhar para o seu umbigo é que estamos como estamos! Todos somos importantes nas várias fases dos nossos alunos. A luta tem que ser em união pela defesa do ensino público e contra a politiquice desonesta que vamos ouvindo. Não podemos fechar as nossas portas e só reagirmos quando nos toca a nós! Não sou sindicalizada porque considero os sindicatos demasiado politizados e não em defesa dos seus associados (estejam onde estiverem). Tanta luta que ficou por fazer Há anos pela nossa falta de união! Enfim ….não gosto de ver colegas a mandarem as culpas de uns para os outros, considero que isso prejudica muio a nossa imagem. A união fez e fará sempre a força necessária para as boas mudanças. Bem haja colegas

      • Manuela Lourenço on 26 de Junho de 2013 at 22:24
      • Responder

      TOTALMENTE DE ACORDO!!!!

      • pirolita on 8 de Julho de 2013 at 10:32
      • Responder

      Concordo plenamente. Excelente comentário.

    • lili on 26 de Junho de 2013 at 23:14
    • Responder

    Cada vez estou mais confusa . Sou docente do 1ºciclo e desde que implementaram as AECS nas escolas do 1ºciclo sempre trabalhei 27 horas letivas (25 letivas+2 que diziam ser de estudo acompanhado, mas que na pratica era a continuação da atividade letiva pois sempre tive a turma toda a meu cargo para estudo acompanhado) . Quantas horas irei trabalhar agora ? Infelizmente trabalhamos muito mais que 27 horas pois somos diretores de turma, apoio, dinamizadores de projetos (varios) , vigilantes de recreios , vigilantes de lanches , corretores de provas e exames nacionais (1ºciclo 4ºano) e ainda mais ? quantas horas mais irei trabalhar ? o que e estranho e que sempre trabalhei 27 horas desde a implementacao das AECs e no meu recibo de vencimento sempre apareceu 25 horas !

    • Belita on 26 de Junho de 2013 at 23:17
    • Responder

    Sou do 110 e desde sempre, por todas as escolas onde trabalhei, somos escalonados para vigiar os intervalos… pelo menos na minha zona é assim.
    Pelo que, para mim, este anúncio, não é propriamente uma novidade…

    • Fátima Ventura Brás on 26 de Junho de 2013 at 23:21
    • Responder

    “” a) Aos docentes do 1.º ciclo do ensino básico, podem ser atribuídos até 150 minutos DA COMPONENTE LETIVA, podendo, inclusive, substituir a lecionação do Apoio ao Estudo ou da Oferta Complementar desde que estas componentes do currículo sejam lecionadas por OUTROS docentes disponíveis na escola, do mesmo ou de outro ciclo ou nível de ensino, para assegurarem a:
    i) Implementação de medidas de promoção do sucesso escolar;
    ii) Dinamização de Atividades de Enriquecimento Curricular no
    1.º ciclo do ensino básico;
    iii) Coadjuvação, quando necessária, em disciplinas estruturantes no 1.º ciclo do ensino básico.

    CADA TITULAR DE TURMA SÓ PODE TER 25 HORAS DE COMPONENTE LETIVA. O apoio ao Estudo, nunca pode ser considerado componente não letiva INDIVIDUAL (como era) PORQUE esta está definida como:
    – Preparação de aulas;
    – Avaliação de alunos;
    – Investigação.
    Só pode ser considerado componente não letiva de estabelecimento( a Provedoria de Justiça já o disse inequivocamente), e, ao sê-lo vai obrigar a trabalho extraordinário. O Diretor do Agrupamento onde trabalho respondeu com ‘inverdades’ à Provedoria, que ALEGOU QUE NÃO TINHA MOTIVOS para não acreditar no Senhor Diretor….

    EXTRATO DA RESPOSTA:

    “…6. Neste contexto, o Agrupamento de Escolas informou que as reuniões periódicas
    não incluídas no horário semanal do pessoal docente “decorrem na sua maioria em
    períodos de interrupção letiva e em períodos em que não se registam atividades no
    âmbito da componente letiva.

    Estes momentos (…) coincidem com a preparação do ano letivo (altura em que os docentes se encontram ao serviço, mas sem atividade letiva; nas interrupções do Natal, Carnaval, Páscoa) em que os alunos não têm atividade letiva e no final do ano em que já terminaram as atividades
    letivas mas os docentes ainda se encontram ao serviço”. Mais é salientado que”mesmo em situações de reuniões ocasionais observa-se uma flexibilidade na sua calendarização que se encontra legitimada e compensada pelos dias já referidos relativos às interrupções letivas”.

    Assim, conclui o Agrupamento, “a gestão das reuniões previstas e as ocasionais são ajustadas sempre que possível nas datas referidas, coincidindo com períodos de interrupção letiva e em situações pontuais, quando tal não é possível, os docentes não se encontram prejudicados pois
    relativamente aos dias referidos das interrupções após a realização das reuniões, acrescem vários dias em que os docentes se podem dedicar ao trabalho individual…….. ”

    ISTO É ASSIM EM ALGUM AGRUPAMENTO DO PAÍS???
    E a mentirosa sou eu….

      • Paulo Pereira on 27 de Junho de 2013 at 0:58
      • Responder

      Na componente individual podem sair da escola. Usem-na na totalidade.
      Quanto a reuniões não devia ter sido misturada na questão. Aí nunca se safam nas argumentações.
      Se o que queriam era tratar do assunto “O apoio ao Estudo” não deviam ter misturado mais nada na argumentação.
      (isto a concluir pela argumentação da direção que só se refere a reuniões)
      E que tal mandar esse parecer ao Arlindo?

    • Fátima on 27 de Junho de 2013 at 0:08
    • Responder

    1º – Na minha opinião não é necessário tantos sindicatos.
    2º – A maioria dos representantes dos sindicatos não sabem o que estão a dizer.
    3º – A luta dos sindicatos começa primeiro por garantir os seus postos de trabalho.
    4º – Não conhecem a realidade do trabalho dos professores.
    5º – Assim não vamos a lado nenhum.

    Quanto aos nossos governantes também só falam, falam, mas o que importa é um tacho para eles e para os seus amigos. O País que se lixe…

    Sou educadora e também já fiz greves. Agora não faço porque não fazemos parte da classe docente.
    Vou dormir que amanhã tenho atividade letiva. Estive até agora a fazer as avaliações dos meus alunos. Amanhã há mais papelada para fazer.


    1. não faça mais greves que se vão lembrar de si


  2. A solução apontada por alguns diretores é acabar com a monodocência.
    Acham que podem obrigar os professores a aceitar a partilha de 2 ou 3 turmas e cada um dá uma área: português ou matemática e os colegas do 2º ciclo dão as expressões.
    Espero bem que ninguém aceite isto. Ficam demasiadas portas abertas para…”outras coisas”… que só vão benefiaciar alguns. E não serão os alunos e muito menos os colegas do 1º ciclo.

      • Paulo Pereira on 27 de Junho de 2013 at 1:00
      • Responder

      Isto está mesmo no horizonte e será uma grande alteração nos horários do 1º ciclo.
      Para já vais ser em regime de autonomia!

    • Rui Barroso on 27 de Junho de 2013 at 1:02
    • Responder

    Andam todos agora na “caça às bruxas”! O acordo é claro, logo o despacho terá que ser alterado. Depois do esforço feito por tantos (não digo todos pois há alguns que gostam de ser masoquistas) agora lembraram-se de um aspeto, que ficou salvaguardado, para começar a deitar as culpas em tudo e em todos. É dos sindicatos e dos sindicalistas pois só querem os tachos e nem sabem o que se passa nas escolas. É os dos 1º ciclo a queixarem-se dos dos “doutores”. Os do 2,3 e secundário a queixarem-se do do 1º ciclo que permitiram a realização de alguns exames. Os do pré-.escolar que não são lembrados… etc. Faço parte de um sindicato e avisei dessa situação e de muitas outras. A luta não foi fácil mas com a união de todos conseguimos. Ficou escrito que não podiam ter mais que as 27 horas de componente letiva + trabalho individual de estabelecimento (ou seja, 25h + 120m) e 13 horas de trabalho individual para o PRÉ-ESCOLAR E 1.º CICLO. Arlindo, desculpa, mas este poste não era necessário. Depois do que conseguimos, com a união de todos os sindicatos e da grande maioria dos docentes deste país, o mesmo não pode ser destruído agora. As vezes apetece desistir e voltar para o meu lugar na escola. Estive em todas greves, manifestações, plenários, reuniões, etc. Quem, dos que aqui comenta, pode dizer o mesmo… Fiquem bem.


    1. O post acaba por concluir que o entendimento foi bom para o 1º ciclo, caso contrário tudo o descrito de início seria uma realidade em 2013/2014 (é que muitos já diziam que de nada serviu o entendimento para este nível de ensino).


      1. Esta adenda não faz sentido, no meu ponto de vista. O DOAL 13/14 apenas vem esclarecer que o tempo das 10:30h às 11h deixa de contar para as 25h letivas. Com um bocadinho de sorte, o 1º ciclo dará 150min de manhã e 150 min de tarde, Com um intervalo tb de jeito e já está preenchida a 1ª hora das AEC. Na prática, não aumenta o tempo letivo, mas aumenta a mancha horária de permanência na escola de mais ih por dia. Ora atendendo a que já ficávamos 2 dias até às 16:30, acabamos por ficar tb os restantes. A vigilância dos intervalos passsa a CNL.
        Isto não é chocante. O que é chocante é que só falaram no tempo dos DT nos outros ciclos!!!

        • DuarteF on 27 de Junho de 2013 at 21:36
        • Responder

        Migalhas das quais não há certezas…e só por um ano.

      • Teresa on 27 de Junho de 2013 at 9:06
      • Responder

      Rui Barroso: »O acordo é claro, logo o despacho terá que ser alterado.» É uma manifestação de fé ou uma garantia assumida pelo MEC durante as negociações? É que se não passar de uma manifestação de fé, o tempo passará e as alterações jamais conhecerão a luz do dia. Na verdade, confirma-se que os pré-escolar e o 1.º Ciclo não têm uma representação capaz nos sindicatos. Deixaram estes docentes fragilizados para todo o tipo de atropelos e interpretações abusivas. Lá no fundo, quando os dirigentes sindicais se referem a “professores”, as pessoas devem ter em consideração que, no seu íntimo, estão a excluir os profissionais do pré-escolar e do 1.º Ciclo.
      Em todo o caso, aguardemos pela alteração do despacho de OAL. Se não for feita, para os que tiverem consciência, só resta agirem em conformidade de quem retira as consequências na sua negligência na representação dos seus associados.

    • Um diretor de escola on 27 de Junho de 2013 at 10:08
    • Responder

    Comparem os resultados do 1° ciclo (aval externa) com os restantes, ponham a mão na consciência e depois falem e critiquem! Não falem do que não conhecem! Já corri todos os ciclos de ensino e posso afirmar que nenhum é mais exigente que o 1° ciclo. Passem bem!


  3. Laura Santos, não sei em que escola ensina , mas adorava tê-la como colega , é que por todas as escolas onde passo quem organiza e trata tudo relacionado com as festas de Natal e não só somos nós professores AEC. Os professores titulares não mexem uma palha. É engraçado mas só se lembram de nós na altura das festas ou exposições de alguma coisa e ainda assim ninguém valoriza o trabalho AEC… ENFIM…

    • João Pires on 27 de Junho de 2013 at 11:20
    • Responder

    Colegas do 1.ºCiclo
    Deixem sair o novo documento e a nova matriz curricular e depois falaremos. Muitas das atividades de que aqui se fala irão ser atribuídas aos colegas do 2.º e 3.ºciclo com horários zero ou para completar horários, portanto nada de alarmes. Os 150 m da componente letiva poderão ser usados ou não depende … vamos ver o sai no novo documento. Vão também existir alterações às AEC calma…

    • Sara on 27 de Junho de 2013 at 11:23
    • Responder

    Pode ser que quem é a favor disto vá parar ao 1º Ciclo primeiro do que imagina. Fica muito mal a pessoas que fazem parte de sindicatos depois de decisões tomadas virem armados e bonzinhos. Bem era os professores do 1º Ciclo deixarem encher os bolsos aos sindicato. O 1º Ciclo está muito pior do que o pré-escolar pois para lá não vão os do 2º Ciclo tirar-lhes os lugres e ainda por cima com as tretas das coadjuvações que són servem para dar ludar aos do 2º Ciclo

      • João Pires on 27 de Junho de 2013 at 14:18
      • Responder

      Mas eu espero que eles vão mesmo coadjuvar o 1.ºciclo pois, assim verão o que é trabalhar no 1.ºciclo. Espero também que a coadjuvação não seja só para tapar alguns buracos que têm no horário e aos dias a que lhes dá jeito, mas sim quando efetivamente são precisos…

    • vitor on 27 de Junho de 2013 at 13:09
    • Responder

    Para já, os professores do 1.º Ciclo devem deixar de dar dinheiro (e não é tão pouco como isso!) a estes sindicatos que se revelam tão distantes dos seus problemas e anseios. Esperemos que seja criada um sindicato ou equivalente para passarmos a colocar os nossos problemas junto da tutela. Como está – provou-se uma vez mais – isto só piora. Os sindicatos existentes são uma miséria em matérias do 1.º Ciclo e té do Pré-escolar.

    • Filipa on 27 de Junho de 2013 at 17:27
    • Responder

    Depois de lidos todos os comentários questiono-me colegas, de que forma algum dia poderemos sobrepor-nos à tutela?
    Infelizmente, não me parece. União na classe fará algum sentido para alguns de vós?

    • Rogério Trindade on 28 de Junho de 2013 at 1:20
    • Responder

    Irão continuar a haver AECs ou não?

    • Rogério on 28 de Junho de 2013 at 12:44
    • Responder

    Sou Engenheiro e trabalho 40 horas semanais, mais a hora de almoço que vocês estão a contabilizar a mais. Nós e outro qualquer tipo de trabalho “privado”, recebe mensalmente metade do que vocês recebem, podem ser destacados para onde são necessários, fica-se a trabalhar até mais tarde sem receber horas extraordinárias para que os problemas fiquem resolvidos e temos a responsabilidade de manter os clientes satisfeitos e corresponder com metas que nem sempre são possíveis cumprir.
    Não desvalorizando o vosso trabalho, que é importante para o futuro do país, preocupem-se é em desempenhar um bom trabalho para o manterem! É assim que funciona com todos os restantes empregos.
    Além do mais, quando os vossos alunos estão de férias, não me venham dizer que TODO esse tempo têm de ficar a corrigir testes e a preparar as próximas aulas.

    A meu ver os professores deveriam receber como os médicos mas também têm de perceber que há menos alunos, logo menos vagas e que o vosso desempenho deverá ser avaliado para vos impor rigor e afinco nas vossas funções, como nós, que estamos em constante avaliação!

      • Sónia on 29 de Junho de 2013 at 2:56
      • Responder

      Você só recebe 450E? E horas extraordinárias, acha que recebemos? E quando os nossos alunos estão de férias, nós temos um inúmero monte de tarefas que nem lhe passa pela cabeça. Por isso é que eu não faço comentários sobre o que desconheço! Sei lá o que poderia dizer aqui de engenheiros!

    • Helena on 28 de Junho de 2013 at 13:53
    • Responder

    O Rogério é um bom companheiro, o Rogério é um bom companheeeiro!!!!

    • Matilde on 28 de Junho de 2013 at 18:53
    • Responder

    Basta! Basta! Basta!
    http://alho_politicamente_incorrecto.blogs.sapo.pt/950617.html

    • Helena on 29 de Junho de 2013 at 10:56
    • Responder

    Consultar documento em anexo (Formato pdf)

    Face a dúvidas existentes quanto ao esclarecimento constante no número 6 do documento divulgado “Informação aos Professores 1.º CEB”, reformulou-se o documento que se encontra, agora, em versão final.

    1. Qual o número de horas letivas atribuídas a um docente do 1.º Ciclo do Ensino Básico?

    25 horas letivas por semana, de acordo com o estabelecido no artigo 77.º do Estatuto da Carreira Docente.

    2. Há algum número de horas fixado para a componente individual?

    Sim. São 8 enquanto o horário de trabalho for de 35 horas. Caso esse horário de trabalho venha a aumentar para as 40 horas, conforme intenção do governo, este, através do MEC, em 25 de junho de 2013, assumiu o seguinte compromisso em ata negocial assinada com as organizações sindicais: “é fixado um número mínimo de horas da componente não letiva que não são registadas no horário de trabalho dos professores e que integram a sua componente individual de trabalho”, que são “Na Educação Pré-Escolar e 1.º CEB, 13 horas”

    3. Há também um número de horas adstritas à componente de estabelecimento?

    Sim. São no máximo 2. Repare-se, enquanto se mantiver o horário de trabalho de 35 horas, sendo o horário letivo de 25 e a componente individual 8, ficarão 2 horas para a componente de estabelecimento. Caso o horário global venha a aumentar para 40 horas, como a componente individual incluirá as 5 a mais, manter-se-ão as mesmas 2 horas para o trabalho de estabelecimento.

    4. Como podem ser atribuídos até 150 minutos da componente letiva aos docentes para assegurarem atividades como a descritas na alínea a) do número 2 do artigo 8.º do Despacho n.º 7/2013, sobre a organização do próximo ano letivo?

    Apenas nos casos em que, havendo outro docente que desenvolve atividade letiva com a turma de que o professor é titular (por exemplo, por docente da mesma escola, designadamente no âmbito da coadjuvação), o titular de turma é dispensado de permanecer com os seus alunos e, então, esse tempo letivo (até 150 minutos, não mais) poderá ser utilizado para aquele efeito.

    5. Refere ainda o despacho n.º 7/2013 no número 2 do artigo 9.º, que o diretor estabelece o tempo mínimo a incluir na componente não letiva de estabelecimento de cada docente de todos os níveis de educação e ensino, desde que não ultrapasse 150 minutos semanais. Para os docentes do 1.º Ciclo qual será o tempo máximo que poderá ser aqui estabelecido?

    Apenas, no máximo, 120 minutos, ou seja, as 2 horas referentes à componente não letiva de estabelecimento dos docentes do 1.º Ciclo.

    6. Refere o número 4 deste artigo 9.º que o diretor deverá ter em consideração, para efeitos da elaboração dos horários, o tempo necessário para as atividades de acompanhamento e vigilância dos alunos durante os intervalos entre as atividades letivas. É obrigatório que assim seja?

    A pausa a que o professor tem direito entre atividades letivas, integra a própria atividade letiva, ou seja, faz parte das 5 horas letivas diárias.
    Ora, como tal, os professores não poderiam, nesse tempo, ser obrigados a fazer o acompanhamento e vigilância nos intervalos. Assim, através do despacho 7/2013, as escolas ficam a saber que, a atribuírem essa atividade aos docentes, terão de o fazer nas 2 horas da componente não letiva de estabelecimento, isto é, a descontar nas que deverão destinar-se a outras atividades, tais como o apoio ao estudo, supervisão pedagógica ou atendimento aos pais.
    Se essas 2 horas forem utilizadas nestas atividades já não pode ser atribuída qualquer outra, designadamente a de acompanhamento e vigilância durante os intervalos.

    7. Então e se o tempo da componente de estabelecimento não der para tudo o que parece ser necessário?

    Esse não é um problema que compete ao docente resolver. Os tempos das suas diversas componentes do horário estão legalmente fixados, pelo que têm de ser respeitados.

    8. Que fazer caso o horário não respeite esses limites?

    Em primeiro lugar, falar com o coordenador do conselho de docentes e/ou o diretor. Caso o problema não seja resolvido, dirigir-se ao seu Sindicato.


  4. Colega Helena:

    O Apoio ao Estudo não é (nem nunca foi )”componente não letiva individual”

    Foi aí que se basearam os “Órgãos de Gestão”, incluindo Direções Regionais e IGEC para sobrecarregar os docentes do 1.º Ciclo. Tomem atenção, colegas, à noção de componente individual!!!

    O Apoio ao Estudo pertence à COMPONENTE NÃO LETIVA DE ESTABELECIMENTO e tinha a duração semanal de 120 minutos e não 90 minutos, porque no 1.º Ciclo os tempos são de 60 minutos e não 45.

    https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/p480x480/1010501_622173991138201_1835665050_n.jpg


  5. http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheAudicao.aspx?BID=92162

    Se conseguirem “abrir” os links, verão que não é a lei que está errada é a forma como a aplicam.
    A imagem do comentário anterior mostra como éramos orientados a fazer os nossos horários, com as reuniões a SER EMPURRADAS para a componente não letiva INDIVIDUAL.

    Não. Só uma reunião extraordinária pode ser considerada componente individual- Artigo 76.º do ECD:

    “…O horário semanal dos docentes integra uma componente lectiva e uma componente não lectiva e desenvolve-se em cinco dias de trabalho.
    3 — No horário de trabalho do docente é obrigatoriamente registada a totalidade das horas correspondentes à duração da respectiva prestação semanal de trabalho, com
    excepção da componente não lectiva destinada a trabalho individual e da participação em reuniões de natureza pedagógica, convocadas nos termos legais, que decorram de necessidades ocasionais e que não possam ser realizadas nos termos da alínea c) do n.º 3 do artigo 82.º.

    Ou seja, as horas de Cñletiva de estabelecimento são para serem gastas no atendimento aos encarregados de educação, reuniões mensais, supervisão das AEC… E não chegam.

    • Carlos on 2 de Julho de 2013 at 15:55
    • Responder

    Então e Agora há ou não professores para fazer o apoio sócio educativo nas escolas do 1º Ciclo???
    Como é calculado esse número de docentes???


  6. O despacho mantém ainda o mesmo número de horas de componente letiva relativamente ao despacho do ano letivo anterior, fixando em 25 horas semanais de trabalho com alunos a componente letiva dos professores do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico e em 22 horas semanais a componente letiva dos docentes dos restantes ciclos de ensino básico e secundário, incluindo a educação especial.

    • António on 7 de Julho de 2013 at 4:16
    • Responder

    Então não é que foram os docentes do 1º e 2º ciclo que garantiram os exames na última greve na minha escola!!! Eles estavam muito em sintonia com este governo, agora, que toca a alguns deles, não serei eu a mexer uma palha… A verdade é esta, custe o que custar a quem a lê. Até me dá vontade de rir!

    Enquanto não formos unidos não vamos lá, em sei, mas não serei eu agora a dar o passo, porque eles perderam a oportunidade de o fazer antes.


  1. […] E como se continua a fazer mais com menos com uma simples alteração no despacho de organização do ano letivo e que já tinha escrito aqui. […]


  2. […] Aguardemos… mas o LAL de 2016/2017 vai ser difícil de organizar… e que não dê origem a outro post, de má memória, como este, http://www.arlindovsky.net/2013/06/tempo-de-trabalho-no-1o-ciclo/ […]


  3. […] Publicado em 13 de Setembro de 2016 por coeh Tempo de Trabalho no 1º Ciclo […]

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