Mas mais alguém ainda vai ser admitido na carreira docente?
Se o próximo concurso de ingresso é em 2017 não vejo a pressa de aprovar uma coisa deste género nesta altura.
Ou ainda vão mandar os da vinculação extraordinária prestar provas?
Ministro da Educação falará ainda esta quarta-feira sobre exames de Matemática
No Conselho de Ministros desta quarta-feira foi aprovado aquilo a que Nuno Crato chamou “a desgovernamentalização do Gabinete de Avaliação Educativa (Gave), que deixa a administração directa da tutela e passa a instituto público, ganhando “uma grande independência do poder político”, disse o ministro. O objectivo mantém-se: produzir “exames e outras provas fiáveis e estáveis”, entre as quais, adiantou Crato, “as provas de admissão à carreira docente, que estão previstas no programa de Governo”.
O ministro especificou que o GAVE será um instituto público de regime especial, com autonomia administrativa e financeira e que o MEC terá apenas três representantes entre as 12 pessoas que vão constituir o Conselho Geral, que por sua vez nomeará as personalidades que poderão integrar o conselho directivo (e que terão de ser confirmadas pelo Conselho de Ministros). Está também previsto um conselho científico, constituído por sociedades científicas e associações de professores, disse o ministro, já existe informalmente, mas “passa a ter uma maior projecção dentro do instituto”.
20 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
não sei se é para rir ou chorar….
Se passar é para rir, se chumbar será para chorar.
É o governo de olhos postos no pós-troika! hihihi
Enquanto o regime de adminisração e gestão das Escolas for o que é bem poderá o Estado gastar dinheiro em provas fiáveis. O que conta é o voto, o que conta é contar os votos e não perder.
Diz-se por aí que os primeiros a fazer provas vão ser os trevistas.
Retaliação ao género do menino que amuou esta semana?…
Como diria uma certa senhora, isto foi uma festa na educação. Durante décadas profissionalizou-se a pontapé e a cuspo. Gente que não conhece um autor, uma obra de educação que seja, não investiga e não se atualiza. Agora, além de exigirem um mestrado para lecionar, ainda querem criar provas. Vergonha! A prova deveria ser realizada de anos em anos e não só para os desgraçados do costume, ou seja, os contratados que são avaliados e jogados de escola em escola. A nova geração de profs está bem preparada para lecionar.
Em relação a isto os sindicatos já não falam. Como diz respeito aos contratados, já não é preciso unidade entre docentes, mas para fazer número nas greves já servem.
Em última instância, o ministério é o responsável se houver profs mal preparados, pois os cursos de formação de profs são homologados por eles. Inspecionem! Ou na defesa das dissertações coloquem lá alguém do GAVE a avaliar no juri. A prova é ridícula, simplesmente… É mais um atestado de incompetência para o ministério.
Mais um instituto? Então, já não chegam os que estão??!!! Mais uma comissão, grupo de trabalho, sei lá?
Se tiver de ser, que venham os exames, mas isto só mostra retaliações e muito mau perder…
;-/
Já vem da legislação do tempo da lurdinha. Não percebo a admiração. Nessa altura quem se manifestou? Não me recordo, talvez precise de memofante…
Tem razão Fernando. Na altura não houve greves.
Só vejo uma razão para isto aparecer agora: dar trabalho e GARANTIR OS LUGARES DOS DOCENTES DOS CURSOS SUPERIORES QUE ESTÃO PREVISTOS FECHAR ainda este ano.
E agora, ninguém pergunta quanto vai custar ao país este investimento?
Pois eu farei como São Tomé (acho que é deste o “ver para crer”) pois não sei se estas provas não serão, por exemplo, para dar ao “chefe de serviço” – director – mais um argumento que possa contrariar o da graduação profissional na escolha dos professores a “mobilizar”…
O que eu vejo é mais uma prova da sacanagem de quem está no ministério da educação e também, já agora, uma forma de nos entreter e desviar do que é essencial – a luta contra o pacote de despedimento que querem (estão) a criar. Posto isto, são mais uns boys para uns jobs, talvez mais uns jotas que vão ser promovidos a acessores e ganhar aí uns cinco mil euritos! E nós continuamos a pagar!
O exame já estava previsto no governo anterior.
Verdade.
A minha concordância em relação à existência deste exame está dependente ao momento da sua realização, que, na minha opinião, deveria ser antes do ingresso ao curso que confere uma profissionalização do ensino, seja ele Mestrado ou profissionalizações em serviço.
Mas, estou a falar de memoria, mas só faria a prova quem teria menos de 5 anos de serviço.
Já agora façam um exame de ingresso ao Primeiro Ministro que começou a trabalhar aos 37 anos!
E ao anterior não acha?
Eu gostaria de lembrar que, contra o modelo de avaliação e a prova de ingresso na carreira também a “lurdinhas” teve os professores unidos em greves e nas maiores manifestações realizadas até hoje. E a prova até foi ficando na gaveta…