A Derrota do Esforço 2

A Derrota do Esforço 2

 

 

No concurso extraordinário de docentes da RAM, os defensores de que seja considerado para ordenação dos candidatos unicamente o tempo de serviço, têm argumentado que tal se deve ao facto de se tratar de um concurso extraordinário que visa combater a injustiça de existirem vários contratados há 9, 10, 11 e 12 anos, não se cumprindo assim a lei geral do trabalho que determina que após 3 anos de contrato ininterrupto, o contratado passe a vincular.

Os seus argumentos para que não seja utilizado o critério mais justo, o de ordenar todos os contratados com mais de 3 anos, todos os que se encontram em situação igualmente ilegal, pela graduação profissional, que combina com equilíbrio a nota de final de curso com o tempo de serviço, são estes: de que se trata de um concurso único e que pretende efetivar os professores que estão contratados há mais anos (9,10,11 e 12 anos de serviço).

Estes argumentos caem por terra de uma forma tão simples, que passarei a explicar, que é quase incompreensível o facto de, pelo menos, os sindicatos não terem sido  capazes de ver o óbvio.

Se queremos promover a justiça, analisemos com calma.

Afirmam que este concurso é especial por ser único. Mas, então, daqui a 4 anos, não estarão os professores que agora têm 8, 9 e 10 anos de serviço e que irão continuar contratados com, nessa altura, 12, 13 e 14 anos de serviço e, ainda, contratados. Nessa altura não se sentirão eles com o legítimo direito de exigir igual tratamento? Não se sentirão com a legitimidade de exigir, com os mesmos argumentos, outro concurso extraordinário?

É aqui que surge o grande problema, que implode, de forma automática, com a legitimidade deste concurso.

É que nessa altura, se a Secretária Regional da Educação e dos Recursos Humanos (SRERH) disser que não, não permitindo novo concurso extraordinário, então estará a perpetrar uma autêntica injustiça, pois também esses contratados serão de longa duração e também esses contratados estarão há 12, 13 e 14 anos ilegais.

Por outro lado, se disser que sim, aí, meus caros amigos, a injustiça será ainda muito maior, pois o que na realidade passará a acontecer será o de que, na Madeira, serão mudados de forma permanente os critérios no acesso à carreira docente. Pois, afinal, o concurso extraordinário não foi único. Isto levará a que, na Madeira, o acesso à carreira docente não se proceda mais com base na graduação profissional, que inclui a nota de fim de curso com o tempo de serviço, mas apenas com o tempo de serviço. Eu não sei se já pensaram nas repercussões tamanhas que isto irá trazer.

Em primeiro lugar, os cursos via ensino passam a ser meras fantochadas onde acabar com 10 ou 19 passa a ser exatamente igual. Duvido que se possa sequer pensar em pactuar com isto. Os alunos dos cursos via ensino deixarão de se preocupar com os seus processos de formação, tentando a todo o custo conseguirem uns diazitos de serviço seja lá de que forma for. Em segundo lugar, a SRERH jamais poderá proclamar aos alunos da região que procurem a excelência e mérito no ensino, quando transmite esta mensagem de que não quer saber para nada das notas de fim de curso dos professores que vinculam na região. Ou seja, proclama que é necessário esforço, mas depois marimba-se para o esforço dos que concorrem aos seus quadros. Em terceiro lugar, tal será a descredibilização completa da classe, pois, ao contrário de todas as outras classes onde se contabiliza, como é lógico, a nota de fim de curso na graduação profissional, na nossa, ao contrário de todas as outras, o mérito académico passa a ser uma miragem. Que engraçado seria, ser exatamente na classe dos docentes em que as notas aferidas afinal não contam para nada.

Todas estas consequências levariam a outras, num processo constante de repercussões extremamente nefastas para toda a classe docente. Seria, por completo, a promoção da mediocridade e não da excelência. Seria, de facto, uma vergonha e desgraça para toda a classe.

 

Com os melhores Cumprimentos,

David Fazendeiro

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22 comentários

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    • Madeirense on 27 de Abril de 2013 at 10:54
    • Responder

    Em primeiro lugar admiro muito a tua coragem e têm sido os teus posts a despertar alguma indignação. Eu acho que as pessoas não têm bem a noção do que se está a passar na Madeira.
    Já agora queria acrescentar que também me foi dito que se o concurso extraordinário fosse pela graduação profissional então era externo normal, ora isto é atirar arei para os olhos! Pelo que consegui saber os docentes que entrarem nesta vinculação não irão nem para quadro de zona nem de escola (gostei da parte salvaguardar os docentes do quadro… hipócritas!! Então e salvaguardar os mais graduados!!??) mas sim para uma espécie de quadro regional, ora este facto por si só é suficiente para o concurso extraordinário ser pela graduação.

    • Inês on 27 de Abril de 2013 at 11:23
    • Responder

    Parabéns ao autor!
    Todos nós deveríamos lutar de alguma forma contra este tipo de injustiça.
    Os sindicatos são uma vergonha!! Espero que o SPLIU, único que não concordou com as medidas, promova ações de protesto.

    • João Mestre on 27 de Abril de 2013 at 11:35
    • Responder

    Meus amigos

    Isto já está a ser cozinhado à muito aqui na Madeira e basta ver as intervenções do SPM para perceber que com a mudança de direção deixou de haver sindicatos na oposição. O outro nem falo pois é incrível um secretário ter um sindicato. Tudo cozinhado, os sindicatos assinam e servem bem frio para quem quer…. quem não quer vá embora.

    • trill on 27 de Abril de 2013 at 11:48
    • Responder

    Para começar, de imediato, os sindicatos deveriam exigir a redução dos alunos por turma nas escolas onde há vagas negativas no sentido de todos os profs do quadro serem absorvidos.

    • trill on 27 de Abril de 2013 at 11:49
    • Responder

    o grupo GPS , os Mello, etc, são os interessados em colocar em mobilidade “especial” os profs dos futuros horários zero. Isso é meio caminho para o governo concessionar aos privados os mega e “giga” agrupamentos (as tais PPP do ensino), onde poderão optimizar ao máximo uma mão de obra domesticada e amedrontada pelo exemplo dos outros postos em “mobilidade”.

    • Cristiana on 27 de Abril de 2013 at 13:41
    • Responder

    DAVID FAZENDEIRO, como ja alguem disse acima, é admiravel a tua forca se contestacao sem medos. Apoio e procuro, entre os meus contactos, passar a palavra e dar a perceber a tamanha injustica que se avizinha. Infelizmente e como acontece sempre com a classe docente, so qd se sentem as repurcussoes na pele é que se acorda! Fico triste com a ignorancia de tantos… Sei de fonte segura que ha interesse no diario em publicar algo, apenas necessitam de alguem a quem entrevistar cujas medidas novas venham prejudicar e que possua a capacidade e conhecimento que tu tens vindo a demostrar. Tens interesse nisso?

      • David Fazendeiro on 27 de Abril de 2013 at 13:52
      • Responder

      Cara amiga,
      Não procuro qualquer tipo de protagonismo, apenas acho que devemos defender aquilo que acreditamos ser justo. Sinceramente acho que ninguém deve ter receios. Seria estupido e cobarde. Toda a gente tem direito à sua opinião e, como tal, apenas manifesto a minha.
      Não teria qualquer problema em falar para o Diário, aliás, já foi publicado o texto “ A derrota do esforço” nas cartas de leitor do referido jornal. No entanto, creio que, no momento, o essencial é criar um movimento coordenado de professores que, sem sindicatos e sem partidos, e não de forma individual, possa lutar pelo que é justo. Neste momento estou a procurar encetar contactos com outros colegas por forma a podermos abranger todos os que se sentem injustiçados e a coordenar as nossas ações, que isoladas nenhum valor teriam.
      Peço-lhe que aguarde. Se este movimento for para a frente, teremos muitas oportunidades de falar com toda a comunicação social.
      Cumprimentos,
      David Fazendeiro


      1. Oh David Fazendeiro … ando por aqui há quase tanto tempo como tu, e só te digo: meu amigo, estamos bem lixados!!!!!! Este absurdo vai mesmo para a frente e não vai haver maneira de lutar contra esta ILEGALIDADE.. como tu bem sabes! Nesta ilha tudo é possível, e o impensável vai mais uma vez acontecer …


  1. Graduação + 3600 dias » era a proposta inicial e a mais correta para um concurso extraordinário de vinculação para contratados de longa duração.

    • Márcio on 27 de Abril de 2013 at 19:19
    • Responder

    Olá colega Arlindo,

    Partilho toda a sua indignação relativamente a este concurso que, a fazer sentido, deveria ser depois do ordinário e nunca ao contrário. Alias este concurso, meses antes do interno e externo que aí vem, não tem qualquer razão de ser. Uma farsa, uma vergonha.
    Sou muito lesado com este critério, desço uns 15 lugares, isto sem contar com outras surpresas que, de certo, surgirão.

    Devíamos bater em primeiro lugar, às portas dos sindicatos que assinaram esta fraude …
    Depois à SRERH

    Cumprimentos cordiais colega, pelas suas palavras

    • Rui Macedo on 27 de Abril de 2013 at 21:08
    • Responder

    É vergonhoso o que os sindicatos fizeram.
    Os professores deveriam entregar os seus cartões de sindicato e anular as transferências de dinheiro.
    Os sindicatos só mostraram o que realmente são: corporatividades que serve para albergar pessoas que fogem ao exercício da docência ou que se querem auto-promover e que só defendem verdadeiramente os docentes do quadro.
    Se quisessem realmente defender a classe docente, deveriam auxiliar todos os docentes e pugnar pela independência em relação aos partidos políticos e por direitos que lhes são negados:
    1 – compensação financeira (indemnização) por caducidade de contrato;
    2 – seguro de trabalho;
    3 – avaliação de desempenho justas e sem quotas para as classificações de “muito bom” e “excelente”.
    Refletindo bem no desempenho dos sindicatos dos professores, não vale a pena ser sindicalizado.

    • Madeira Livre on 28 de Abril de 2013 at 1:12
    • Responder

    Vamos lá ver se entendemos a confusão existente em torno do concurso de vinculação extraordinário da RAM!…
    Permita-nos uma primeira nota: na RAM existem muito poucos recém-licenciados.
    Haverá na RAM tantos professores que tenham estado a lecionar nas escolas do território que possuam tanto tempo de serviço? Na RAM, ao contrário do que sucede no continente, tem-se analisado as necessidades do sistema de ensino e vinculado periodicamente professores nos quadros da função pública, com o argumento meritório e louvável da estabilidade do corpo docente. Se analisarmos bem quem são as pessoas que possuem um grande número de dias de serviço chegaremos às seguintes conclusões: pessoas que vieram do continente para a RAM (porque consideraram ser mais fácil vincular aqui, visto a média de tempo de serviço ser relativamente mais baixa) ou então um vastíssimo número de pessoas que se formaram em cursos de professores, que muito cedo foram trabalhar para a Secretaria Regional da Educação (entre outros organismos públicos do sistema regional) e que protelaram durante muito tempo a profissionalização, deixando-se ficar nos serviços que ocupavam a desempenhar funções administrativas; por força de uma reestruturação dos recursos humanos em vários departamentos, há cerca de dois/três anos atrás resolveram tirar a profissionalização docente. Realmente possuem muitos anos de tempo de serviço, mas não foi desempenhado em funções docentes, mas sim administrativas.
    O atual Diretor Regional da Educação desempenhou funções administrativas, durante muito tempo, na Secretaria Regional da Educação (instalada no designado Edifício Oudinot – Funchal). Conhecendo bem as pessoas que trabalharam ao seu lado e realizaram a profissionalização em serviço e que se propuseram enveredar pela função docente, sentindo-se na qualidade de “protetor” destas mesmas pessoas, resolveu alterar as regras previamente estabelecidas e comummente aceites por todos, por serem mais justas (da ordenação dos docentes se efetuar pela graduação profissional) e optar pela ordenação dos candidatos opositores a este concurso segundo o número de dias de serviço. Estas pessoas, que desempenharam funções administrativas, consideram-se no direito de subverter todos estes princípios elementares e justos (pois trata-se da conjugação de dois critérios: média da profissionalização + tempo de serviço = graduação profissional) e ultrapassarem quem realmente tem mais graduação profissional e experiência no ensino (como docente). Este é o procedimento mais justo e aceitável. Não podemos concordar com o facto de, excecionalmente, se esquecer a graduação profissional, fator que procede, em todos os procedimentos concursais, à ordenação dos candidatos, nomeadamente o concurso de vinculação extraordinária do continente.
    Para optarem por este critério, as pessoas que têm por função definir os pressupostos do concurso extraordinário de vinculação na RAM têm apresentado várias justificações:
    a) o concurso pretende cumprir a diretiva comunitária que obriga a vincular ao quadro docentes com mais de três anos de serviço, tal como sucede no setor privado. O critério do tempo de serviço seria, assim, o único relevante.
    b) uma vez que o Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal decretou que era obrigatório a inclusão dos professores associados do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) no concurso de vinculação extraordinária do continente (http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=73281), pois haveria docentes que possuíam o número de dias de serviço necessários para vincularem, tomaram este critério (número de dias de serviço) como o único válido para o concurso docente.
    c) declarações como: “estas são as regras e as regras são para serem cumpridas”.
    Outras justificações poderão ainda ser apresentadas, pois a mente humana é muito profícua quando se trata de exercitar a criatividade. Tamanha dispersão de justificações só prova que existe um objetivo menos correto e justo para apresentar este critério.
    Uma vez que por parte da tutela não existe vontade para repor a legalidade, os docentes lesados deveriam unir-se para definir que medidas poderão realizar para que o critério da graduação profissional seja um dos que orientem este (último!…) concurso de vinculação, ponderando seriamente um processo em tribunal.

    • Cristiana on 28 de Abril de 2013 at 11:48
    • Responder

    Será que isto vai mesmo para a frente?!!! Parece mentira! O que se poderia fazer para travar isto? Não sou sindicalizada e nem conheço ninguém com “voz” a quem possa recorrer. Mas os colegas que são sindicalizados, vão bater à porta dos vossos sindicatos e mostrem revolta e indignação! Não podemos tolerar isto! Será uma bola de neve… Não sabemos quantas vagas abrirão agora, mas podem colocar muita gente e não deixar quaisquer vagas para o concurso externo, fazendo com que os primeiros das listas há tanto tempo não vinculem nem agora nem nunca! Para além disso, se isto agora acontece e nós permitirmos, há legitimidade para que se repita num próximo concurso extraordinário que venha salvar mais uns quantos que estão no fim das listas, ou, quiçá até passe a ser norma nos concursos de contratação!

    • Carlos Oliveira on 28 de Abril de 2013 at 22:00
    • Responder

    Boa noite.
    Realmente é um escândalo o que está acontecer. Mais uma vez alteram-se as regras de um jogo, que já vai a meio, sem qualquer justificação plausível.
    Hoje falei com uma colega da direção do SPM que também não concorda com o que está a acontecer e que não estava a visualizar a gravidade de tudo isto. Garantiu-me que nada está assinado, e que amanhã iria falar com a presidente. Mas, ao que li por aqui, isto está tudo cozinhado. Só há uma forma. A via legal. É uma medida, como diz o David Fazendeiro e outros colegas, que vem adulterar todo o sistema de concurso docente.
    Alguém com mais conhecimentos legais que eu que coloque por aqui o que se pode fazer. Às vezes os pequenos movimentos, chamados os pica miolos, acabam por sortir efeito. Não podemos desistir, pois ainda nada está decidido.
    Por curiosidade informo que sou um dos prejudicados. No meu caso desço 75 lugares. Em princípio neste concurso entraria no quadro. E para aqueles colegas que, nem consigo entender como, concordam com esta medida digo o seguinte: no último concurso efetivaram colegas com menos tempo de serviço que eu. Eram as regras ( com as quais concordo). Claro que há Universidades que inflacionam, que arredondam, etc. Mas tem de se dar o mérito a quem se esforçou, não passou as noites todas na boémia, que tem MÉRITO! Como está no título é mesmo a DERROTA DO ESFORÇO!!
    Carlos Oliveira

    • Alves on 28 de Abril de 2013 at 23:08
    • Responder

    Antes de começar gostaria de dizer que provavelmente para mim o concurso será duplamente penalizador, pelo motivo de contar só tempo de serviço, mas, principalmente, por não puder sequer concorrer pois os últimos 10 anos aqui leccionei no privado.
    Dito isto sinto-me à vontade para dizer que, apesar da frustração de não puder concorrer, acho que somos um grupo extremamente egoísta que cada vez demonstra menos empatia por quem connosco trabalha. Interessa somente que o nosso lugar não seja de mais ninguém, nem que para isso tenhamos de ver só aquilo que nos interessa.
    Estamos sempre a lamentar-nos dizendo que a carreira docente deveria imitar um pouco mais o que acontece no setor privado, setor esse onde quem trabalha à mais tempo para a empresa tem mais regalias e, por lei, é mais protegido. Agora nada disso importa. Acham mais justo enviar para casa alguém que serviu o sistema mais 5 anos só porque teve a nota 5 valores abaixo.
    Segunda, e aquela que mais me irrita, são estas deduções brilhantes de que quem sai com pior nota da Universidade é menos competente. Primeiro, eu como profissional, acho que estas conclusões são completamente atrozes, e perfeitamente desajustadas. Numa profissão como a nossa, penso que quase tão importante como o conhecimento científico é o saber estar na sala, saber dialogar, saber motivar, entre outros valores. E penso que isso não é mensurável numa nota de saída da Universidade.
    Terceira, só os funcionários públicos são escalonados de acordo com a média de curso, sendo esse um fator decisivo. Não interessa onde tirou o curso, qual o currículo, qual a média de conclusão desse curso nessa universidade, se era pública ou privada, a média de entrada, até parece, neste caso, que a qualidade de todas as instituições de ensino público em Portugal é mesma. E andamos irritados pelas escolas serem classificadas pelas notas dos alunos, sem que se preocupem com mais nenhum fator que pode direta ou indiretamente influenciar os resultados dos mesmos. Eu entrei com média bem superior aquela com que concluí o meu curso, vi no ano que entrei e durante mais 2 anos muitos colegas a entrarem com médias inferiores, ou mesmo negativa, e a sairem com média de 18 ou mais, curiosamente nenhum entrou na minha universidade.
    Mas nada disso importa, são muitas destas pessoas, que tiveram este tipo de percursos que incutem aos nosso alunos que não vale a pena o esforço porque se forem espertos tudo se resolve na mesma.
    Acho que se devem tratar todos com respeito e evitar títulos e frases de propaganda pouco sérios e verdadeiros, que nada de bom trazem.
    Dito isto, não acho correta a alteração das regras a meio do jogo, e penso que esta é razão suficiente para todos se queixarem, mas mais do que isso é exagero e muitas vezes desrespeito.
    Boa noite.

      • Carlos Oliveira on 28 de Abril de 2013 at 23:31
      • Responder

      É verdade, somos um grupo egoísta, aliás vivemos numa sociedade cada vez mais egoísta. Concordo que o critério de média final de curso não seja o mais correto. Mais uma vez, e só por curiosidade, até aí fui prejudicado, pois também vi muitos colegas, na universidade privada que ficava ali ao lado, a sair com médias bem superiores e a pagar melhorias de nota. Mas este é um problema de base, que não se combate com esta forma de concurso. Não se trata de mandar embora quem trabalha há 10 anos e fica quem trabalha há 5. Os primeiros lugares de cada grupo de recrutamento são ocupados por docentes com experiência de 10/15 anos, ou mais. Que, de uma hora para a outra, passam vários lugares para trás. E sejamos honestos connosco. Sei que isto é um “pau de 2 bicos” e que aqueles que neste momento estão ser beneficiados pensam de maneira diferente da minha, mas este concurso não trata de premiar os colegas com mais anos de serviço… estou ansioso por saber o número de vagas e em que grupos. A Secretaria teima em não as divulgar (segundo fonte do SPM)!
      Não pudemos é deixar que continuem a fazer aquilo que mais lhes convém em determinados momentos!

      Carlos Oliveira

        • Alves on 29 de Abril de 2013 at 0:07
        • Responder

        Claro que este concurso é uma fantochada, estão a deixar toda a gente maluca, a inflamar toda uma classe já de si cansada de tanto lutar, para depois ter meia dúzia de vagas.
        Alves.


    1. A mim tanto me faz já q de 1 forma ou de outra fico praticamente na mesma, no meu grupo so 2 ou 3 é q sofrem maior alteração na graduação.
      Os professores do privados na Madeira tb concorrem no concurso publico, mas não existe nada nas listas q indique quem trabalha ou não no privado e concorrem na mesma prioridade. Afinal os do privado não podem concorrer neste concurso? Essa não sabia.


      1. Agora aqui a pensar… será q esses com nota mais alta não serão os do privado (como acontece no continente?), e assim as listas serão totalmente diferente do q nos andamos aqui a imaginar? E não haverá ultrapassagens de 50/100 lugares, pois esses seriam os do privado? Ou na Madeira as notas do privado não são tão altas?

    • Carlos Oliveira on 30 de Abril de 2013 at 18:35
    • Responder

    Amanhã, um movimento intitulado no facebook ” professores envergonhados” marcou um encontro às 16h30m no parque desportivo de Água de Pena. Não fiquemos em casa à espera que o milagre aconteça. Ou vamos à luta, ou perdemos a causa…

    • Carla de Jesus on 30 de Abril de 2013 at 23:50
    • Responder

    Primeiro de tudo quero dar os parabéns ao David Fazendeiro pela coragem e palavras acertadas que escreve. Depois e para todos os colegas isto é mesmo vergonhoso e inacreditável, custa-me acreditar em tal disparate…
    Como é que é possível os sindicatos terem assinado tal disparate? Sempre fui sindicalizada mas neste momento apetece-me deixá-lo de o ser e será uma medida que irei posteriormente tomar porque preciso de um sindicato que defenda os meus direitos e não que vá pelo interesse de certas pessoas, sim porque eu acho que este concurso é para agradar alguém…

    Amanhã lá estarei em Água de Pena. Colegas temos de lutar pelos nossos direitos e mostrar que não podem brincar assim com o nosso futuro.
    Até amanhã!


  2. “presença dos docentes no 1.º de Maio (no Funchal tem lugar pelas 17h30, junto da Assembleia Legislativa da Madeira)” SPM
    Uns em agua de pena outros no Funchal, vão é ficar espalhados e parecer poukinhos em protesto.

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