A próxima tabela apresenta o número de horários máximo possível de ter sido atribuído no ano letivo 2011/2012 por grupo de recrutamento nas várias fases de concurso sem considerar possíveis recursos hierárquicos das diversas listas que ainda permitiram alguns candidatos ficarem colocados administrativamente.
Na tabela não estão considerados os horários em escolas artísticas, desenvolvimento de projetos (1308) e técnicos especializados (3239).
De todos os horários em contratação de escola cerca de 7% dos mesmos não foram concluídos por algum motivo, o principal deveu-se ao facto do docente se apresentar antes de estar concluído o processo de contratação.
No conjunto das renovações, necessidades transitórias e nas 13 bolsas de recrutamento existiram 16425 colocações anuais, das quais 11384 foram em horários completos.
Não sendo possível prever a duração média das colocações em contratação de escola elaborei esta sondagem que permitiu verificar que a larga maioria que ficou colocado apenas num contrato temporário ficou nesse horário por mais de 9 meses. Nesse mesmo inquérito havia um conjunto de 16,13% que tinha assinado dois contratos, 4,93% assinou 3 contratos e apenas 2% assinaram 4 ou mais contratos. O universo total foi de 750 respostas.
Com estes dados é bastante provável que das 11947 colocações em contratação de escola metade delas tenham sido efetuadas para um período superior a 9 meses, ou seja, 6000 colocações.
Com estas contas quase afirmo com uma margem de erro muito baixa que existem 20000 docentes contratados em 2011/2012 com horário anual, sendo cerca de 15000 em horário anual e completo.
É com estes números que qualquer debate tem de ser feito para dar resposta a cerca de 10000 docentes que têm mais de 10 anos de serviço e perto de 20000 com um tempo de serviço entre 5 e 9 anos.
Tenho alguma ideias e desenvolverei mais para a frente. No entanto que quiserem sugerir algumas estejam à vontade, mas por favor não me peçam para divulgar ações que impliquem a greve aos exames, porque esse foi o mesmo caminho que se iniciou em 2005.
E como se viu só serviu para afundar ainda mais a classe dos professores.
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Propostas ? Sejam “justos” nas avaliações e verificam que as taxas de reprovação aumentam! Claro que me dizem de seguida- “Dá imenso trabalho, temoss de fazer muitos relatórios e o diretor não deixa por causa das percentagens. bla bla ” pensem no assunto!
Parece-me que este números são reveladores da necessidade de vinculação de pelo menos dos professores com 10 anos de serviço
Estes números são já fruto dos cortes realizados no ano anterior senão os .valores seriam muito superiores.
É com cortes artificiais que se fizeram e vão fazer que estes números poderão diminuir, mas as necessidades reais de professores estão à vista,. Se queremos uma escola pública a funcionar bem e com capacidade para responder aos desafios educativos, não podemos cortar nos recursos humanos da forma como se tem feito.
Posso dizer que no próximo ano será uma hecatombe nas vagas do grupo 110… ( aumento número de alunos, professores a regressar devido ao aumento de 150 para 250 alunos que dão direito um lugar, professores a regressar devido ao megas e por fim a redução de professores a pedirem a reforma)
Curioso é verificar que concorrendo eu ao país todo no 620, o número de renovações ficaria 10 “lugares” acima da minha posição no ano passado, e tive desempregado até meados de Abril…
Estes números deitam por terra todas as previsões feitas no passado Verão pela Fenprof. Não foi um erro de 1000 ou 2000, foi um erro de dezenas de milhar e aposto que este ano será igual, se não existir contenção(o que duvido) por parte da referida instituição. Também concordo consigo na questão da greve aos exames. Não nos vai levar a lado nenhum e, a ser feita, deitaria ainda mais por terra, a nossa imagem junto da opinião pública. Uma medida que todos deviamos ter tomado há muito tempo, mas que só teria algum efeito se fosse concertada e adotada por muitos milhares de professores era só trabalharmos com material fornecido pelo ministério, como se passa em todos os outros setores da função pública. O professor compra canetas, papel, cadernos, lápis, corretor e muitos outros tipos de materiais essenciais para trabalhar, pagando-os do seu bolso.Se só aceitasse-mos trabalhar quando o MEC nos facultasse estes materiais, imagine-se o impacto junto da opinião pública. Já alguém viu médicos, juizes, funcionários das finanças ou da segurança social levar material de casa? E já não falo em material informático e o que os professores de EV e EVT pagam do seu próprio bolso. Se todos os professores só corrigissem testes quando lhes fosse dada uma caneta vermelha ou só fizessem o sumário no livro de ponto quando lhes fosse dado uma azul, ou preta, tudo isto multiplicado por dezenas de milhares de professores, tinha pelo menos o condão de revelar como se trabalha nas escolas e mostrar à sociedade que os professores pagam para trabalhar.
É possível conhecer os dados relativos a este quadro nas escolas TEIP? Os valores ainda crescerão…
Obrigado.
Os valores das escolas TEIP estão incluídos na coluna das contratações de escola.
Os que renovaram também do ano letivo 2010-2011 para este? Parece-me baixo o número na coluna das contratações de escola. Obrigado.
Não falha um unico
caros colegas, então as medidas essenciais para mostrar o mal que o Mec tem feito aos professores é pedir umas canetas, uns lápis e uma borracha.Era isto que tinha impacto na opinião pública? Deixem de ser ingénuos e de ter ideias ridiculas.Por questões menos graves,120 mil foram a lisboa,agora que estão a destruir empregos, estão parados e anestesiados. Greves não, Manifestações também não,e pronto.O Crato ainda vai dar uma esfregona a cada prof,para limpar a salinha de aula.E vai haver gente que diz que sim,e assim poupa-se nos auxiliares.Também se pode fazer uma perninha no bar dos alunos,e na cantina.Os professores perderam há muito a capacidade de mostrar o que valem.
Falo com conhecimento de causa, pois já leccionei nos Açores, Madeira e Continente.
Os métodos de recrutamento de docentes contratados no continente são uma das maiores VERGONHAS que reinam em Portugal.
– Horários anuais que são solicitados como se fossem temporários;
– Ofertas de escola que promovem a CUNHA, nua, crua, descarada, à vista de todos, promovida e aplaudida pelo ministério;
– Avaliações docentes absolutamente VICIADAS, nas quais muitos docentes do quadro, espezinham e abusam de coitados contratados que, chegam a saber mais e a trabalhar melhor que os próprios avaliadores….!;
– E esta última cena de não avaliar quem não realizou os 180 dias…..??? NEM TENHO PALAVRAS para descrever o nojo da situação!!! Este ano fui colocado em Fevereiro, seleccionaram-me para aplicar provas de aferição, seleccionaram-me para corrigir provas de aferição, fui pau para toda a obra, mas………….., como não realizei 180 dias, cospem-me na cara e dizem-me que nem uma avaliação mereço…….., que é isto??? Milhares de docentes são utéis para tapar buracos no sistema, trabalhos precários de duração temporária, onde muitas vezes os directores sem piedade lhes carregam trabalho em cima até não poder mais…………….. e depois, nem uma avaliação merecem??? E por consequente, no ano seguinte ficam para tr+as na lista, sem bonificação……………………………………… mau demais para ser verdade. Usam a banana e deitam fora a casca…..!!!
E que dizer da vergonha das durações contratuais??? Uns, colocados na bolsa, recebem ordenado e tempo de serviço até agosto. Outros, a FAZER O MESMO TIPO DE TRABALHO, colocados por oferta de escola, no principio de julho recebem um pontapé no cú………….. e são enviados para casa…..!!! Onde está a igualdade de direitos??? Onde está a imparcialidade???
E que dizer da merda das provas de aferição. Vou pegar no caso da de lingua portuguesa. Na composição (criação de texto), pede-se ao aluno que construa um texto sobre um determinado tema. Mas………….. imaginem, o aluno, manda à merda a pergunta e fala de outra cena qualquer, com o minimo de lógica. Desde que o texto esteja minimamente aceitável, é contabilizado a favor do aluno!!!!!!!!!!!!!!!!!!! QUE É ISTO?????? Que país é este????????? Exemplo: Na pergunta pedem que o aluno fale de uma ida à praia. E o aluno fala de plantação de couves e cebolas. Ou de acasalamento de coelhos. Desd que esteja perceptível a linguagem, é contabilizado a favor do aluno!!!!!!!!!!! E ninguém denuncia estas palhaçadas??? Ninguém tem tomates para o fazer????
Portugal tem sido sucessivamente governado por PIRATAS. Autênticos bandidos da pior espécie. Gentalha reles e mediocre.
Cada dia que passa, tenho mais vergonha de ser português, um povo extremamente egoísta, sem noção da justiça social, manso até ao limiar da burrice.
E o maior erro da minha vida foi ter escolhido a docência, onde nos anos 80 e 90 havia emprego para todos e para mais alguns. Onde cabiam 7 lugares de quadro, eles espetaram 13 ou 14……. e agora, nos dias de hoje, só consegue progredir na docência quem tiver CUNHA, numa Teip, num Privado ou numa Câmara. Pois, os que acreditam que fazendo sucessivamente milhares de quilómetros por ano (para somar tempo de serviço) progridem na profissão, estão completamente ENGANADOS.
Portugal. O reino da vergonha. Fedorenta. Nojenta. E descarada.
Cara colega Ana Pinto, respeito a sua opinião, mas onde nos levaram a greve aos exames e a famosa manifestação dos 120.000 ? Ao ” Excelente ” memorando de entendimento assinado pela então ministra Maria de Lurdes Rodrigues e o Dr Nogueira(isto no caso da manif)? Por mais ridiculo que lhe pareça, a maior parte das pessoas desconhece que os professores pagam o seu material de trabalho, mas sabem que os polícias compram as fardas. Não gostava de ver um titular da pasta da educação ser confrontado com esta situação? As últimas greves e manifestações tiveram que resultados práticos? Temos duas federações de sindicatos em Portugal com a importância que sabemos. Uma, a FNE, esforça-se por ter uma postura construtiva e responsável, mesmo não estando de acordo com o MEC em muitas matérias, outra, a Fenprof, faz um sindicalismo de destruição e alarmismo e não arrisca uma manifestação neste momento, pois nem 20.000 professores consegue juntar nos tempos que correm. Digo-lhe isto não sendo sindicalizado e nem nunca o serei.
Colega Agostinho vamos por partes.Eu não lhe perguntei se era sindicalizado ou não.Tem o livre arbitrio de escolher, por isso, pode perfeitamente pensar que a Fne é muito construtiva e a Fenprof muito alarmista.Pode gostar mais da careca do João Proença e detestar o bigode do Nogueira.A questão é outra.Qualquer titular da educação se está a borrifar se os profs compram lápis ou canetas.Se você pensa que mobiliza professores por questões dessas, respondem-lhe que as editoras ainda oferecem o livro ao professor desde que adoptado pelo grupo.Neste momento era importante que todos mas todos os sindicatos falassem a uma só voz, dado que trata-se da destruição de empregos, de encher salas de aula, de megas, de redução de salário, eliminação de subsídio de férias e de natal, de redução de horas nas revisão curricular, e por fim,despedimento.Sem as estruturas sindicais não há capacidade de mobilizar uma classe tão díspar, tão cristalizada, e que pensam sempre que o problema é do colega do lado.
Penso que as manifestações e a greve, além de serem direitos muito importantes, podem surtir efeitos.Cada um por si, é exactamente o que convém ao Crato, que é tutelado pelo Gaspar, e portanto a ordem é cortar.Se não existir uma tomada de posição colectiva, sem medo do que a opinião pública pensa, cada vez seremos mais material descartável.Talvez por andar no ensino há mais de 20 anos, aquilo que sinto hoje, é que os professores são um grupo desmotivado, com pouca capacidade crítica, e o ensino que já foi estimulante, hoje é o arrastar de uns frágeis, que engolem todos os sapos.Vamos ficar de braços cruzados?Ainda tinha alguma esperança nas gerações mais novas, mas por aquilo que se lê nos blogues dos professores, só com uns milagres, para azar meu não sou crente.
Cara colega Ana Pinto, obrigado por me responder. Antes de tudo o resto,devo dizer-lhe que a comparação que fez entre os sindicatos, seria entre Nogueira/Dias da Silva ou Arménio Carlos/ João Proença e não como escreveu. Em segundo lugar, não aprecio bigodes e carecas, a minha inclinação prende-se mais com o género feminino, embora, no referido género também existam exemplares com essas carateristicas. Acho curioso neste que existaapeloà união dos professores. Sabe, nós professores contratados, já vimos este filme. Em determinadas alturas críticas, todos apelam à união, mas infelizmente, só se lembram de nós quando as medidas tocam o universo da docência. O autor deste blog, e certamente a colega,serão algumas honradas exceções, mas é engraçado de verificar o que afirmo. Os seus mais de 20 anos de ensino dão-lhe toda a solidez para defender as suas posições, mas os meus 16 anos de serviço também não me envergonham. Quanto aos sindicatos falarem a uma só voz, tal é impossivel, quando a Fenrof tem a postura radical e totalitária que demonstradesde sempre. Pergunte aos professores contratados se querem servir novamente de “carne para canhão”. Bem haja e felicidades para si!
Pois… Falta saber dos que têm mais de 10 anos de serviço, quantos deles correspondem a tempo prestado em escolas privadas. Sim, porque as escolas públicas não podem servir de despejo aos professores “cotas”, que os privados não querem.
Bem, bem, ao que chegamos na descida do comentário ao chinelo!… Então agora os professores que estiveram num privado durante um X período de tempo doram despejados como diz o Daniel por serem cotas?!…è mesmo não ter a mais pequena noção do que está a dizer!….
Cara Ana Pinto, concordo plenamente com as tuas palavras. Mas penso também que a união de todos os professores professores contratados nesta altura é fundamental para forçar TODOS os sindicatos a apoiar a nossa luta; há que mostrar força e esta não pode ficar simplesmente no mundo da blogosfera ou do facebook. O nosso colega Arlindo a quem todos devemos agradecer este espaço de opinião, pede sugestões. Parece-me que a primeira seria atacar a rua e a comunicação social procurando nesta acção o apoio dos sindicatos!! Já o escrevi antes, sem eles não há organização que resulte com a eficácia desejada!! Parece-me que o recente MVPC seria o núcleo desta mobilização.
Já agora, quem não tem facebook por razões de vida alternativa… como estabelecer contacto com o Movimento de que pretende fazer parte e colaborar?….
Isabel Fonseca
[…] não gosto de números lançados para o ar ao acaso fica aqui o quadro que elaborei para este post onde também estão incluídas as renovações para o ano letivo 2011/2012. Não são 12000, mas […]
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[…] Em 2013/2014 estiveram em concurso para os diferentes grupos de recrutamento – 7761 horários, em 2012/2013 – 7569 horários e em 2011/2012 – 11947 horários. […]