Nem Tudo É Mau no DOAL

Apesar de ser algo menor não deixo de considerar positivo o pré-anúncio do fim da monodocência no 1º ciclo.

Se bem que considere que esta alteração deveria ser em conjunto com a alteração da matriz do 1º ciclo é já um passo em frente que as escolas possam permutar a lecionação das áreas curriculares de Matemática e ou Língua Portuguesa, do 1.º ciclo, entre pares de professores do mesmo estabelecimento de ensino, nas situações em que tal se adeque ao perfil dos respetivos docentes.

No meu ponto de vista a monodocência deveria terminar oficialmente deixando ao critério dos docentes uma área específica para a lecionação aumentando a carga curricular do 1º ciclo para os 30 tempos letivos e agregando as atividades de enriquecimento curricular no currículo do 1º ciclo.

Traria inúmeras vantagens que existissem duas grandes áreas curriculares no 1º ciclo com as seguintes cargas horárias e que cada uma das áreas fossem lecionadas por um docente com formação no 1º ciclo em função do seu interesse ou da sua maior vocação.

Área 1 – Português, Língua estrangeira e Estudo do Meio com 12 tempos letivos

Área 2 – Matemática e Ciências com 12 tempos letivos

Expressões Artísticas e Físico Motoras com 6 tempos letivos

O restante tempo que precisasse de ser ocupado pelos alunos deveria ter a comparticipação financeira dos pais em articulação com a autarquia/agrupamentos como em tempos se organizava pelas associações de pais.

 

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57 comentários

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    • Mau_Maria on 6 de Junho de 2012 at 15:12
    • Responder

    A minha questão é o que acontece aos professores do ensino básico 1º ciclo ( cuja formação só permite o 1º ciclo: do 1º ao 4º ano de escolaridade)?


    1. levamos um pontapé no rabo para dar lugar aos outros!


    2. Não necessariamente. Em vez de um professor do 1º ciclo dar as 25 horas a toda a turma daria 12 tempos letivos a duas turmas dentro de uma área específica.
      Há professores do 1º ciclo que gostam mais da área das ciências enquanto outros preferem a área do “português”

        • Mau_Maria on 6 de Junho de 2012 at 15:30
        • Responder

        E assim acaba uma das melhores relações do ensino que é aquela que existe entre uma turma e um professor do 1º ciclo.


      1. A ser assim não discordo. Mas, não me parece que é o que irá acontecer dado os professores de quadro que têm de
        sobra.

        • ANABELA on 6 de Junho de 2012 at 23:10
        • Responder

        Agora que o fogo chegou aos 2º e 3º ciclos, anda toda a gente a querer ateá-lo em seara alheia! Fim da monodocência no 1º Ciclo? Só mesmo quem não faz a míninma ideia da organização desse nível de ensino é que pode disparar tanta asneira. Até digo mais: a tendência será, futuramente, estender o conceito de monodocência ao 2º ciclo, atrav+és da criação da figura do professor generalista. Enfim, enquanto massacraram o 1º ciclo (fecho indescriminado de escolas, aumenta da carga horária com o apoio ao estudo, dilaceração dos horários dos titulares de turma…), ninguém se mexeu. Agora, a bola está do outro
        lado…cemeçou a dança.


  1. Para mim, isso da coadjuvação é uma forma de colocar no 110 quem não tem colocação no 2º Ciclo. As hipóteses que o Arlindo está a colocar acho super injustas. Estão a arranjar maneira de dar um pontapé no rabo a quem andou a tirar uma Licenciatura só para a a monodocência para dar lugar a quem não o tem no 2º Ciclo.

    Então que se começasse por inserir também essas áreas na pré.

    Quase toda a gente sabe como funcionam as Aecs e que os miúdos ficam saturados de estar nas aulas tantas horas.

      • maria on 6 de Junho de 2012 at 23:07
      • Responder

      Exatamente o que estão a fazer com EVT, colega!!! Tb tirei uma licenciatura e já trabalhei no 1.º e no 2.º ciclos…agora acabaram com EVT! E nós temos de nos adaptar.Tenho pena mas estamos todos graduados e todos somos licenciados.

    • Mau_Maria on 6 de Junho de 2012 at 15:16
    • Responder

    Portanto…o grupo110 poderá ter os dias contados!


    1. Eu acho que o facto
      “possam permutar a lecionação das áreas curriculares de Matemática e ou Língua Portuguesa, do 1.º ciclo, entre pares de professores do mesmo estabelecimento de ensino, nas situações em que tal se adeque ao perfil dos respetivos docentes.”

      traz água no bico…

        • Mau_Maria on 6 de Junho de 2012 at 15:32
        • Responder

        Concordo!


  2. A minha questão é: o meu contrato coletivo de trabalho refere que tenho 25 horas de trabalho letivo e 10 de trabalho não letivo (hoje em dia digam o que digam são 27h/ 8h), dar-me-ão mais 5 horas, muito bem, restarão 5 horas para preparar mais 5 horas de trabalho como os alunos, reuniões, atendimento aos EE. Será que me vão mudar o contrato? Será que me vão pagar horas extra? Ou será que alguém vai preparar as minhas aulas e escrever as minhas atas?Porque temos semanas que só em reuniões as 5h somem-se…

    • prof 110 on 6 de Junho de 2012 at 17:04
    • Responder

    não concordo, pois como alguns colegas disseram, o grupo 110 pode terminar e quem tem o curso só para este grupo e é contratado é que se “lixa” (peço desculpa pela expressão)!!!!!! Vão existir muitas sobras e o mais fácil será a colocação no 1º ciclo… esta coadjuvação traz “água no bico”… por isso é que começam pelas expressões. Tenho pena de colegas de EVT que vão ficar de fora, mas não me descartem porque tenho apenas o curso para o 1º ciclo, para o qual estudei e que tenho muito gosto em lecionar!

    • jmrcardoso on 6 de Junho de 2012 at 17:59
    • Responder

    Relativamente ao considerar esta notícia com algo positiva, permita-me discordar. não vejo nada de positivo em um docente lecionar a meio tempo em mais do que uma turma. Só que não está ligado ao primeiro ciclo é que pode ter essa opinião.
    O primeiro ciclo caracteriza-se pela monodocência. Agora se me dizer que as políticas implementadas nas últimas décadas conduziram a um reduzir de exigência dos conteúdos trabalhados nos diversos ciclos, assim concordo consigo. E, como tal os professores foram e , serão sempre os culpados pelo desconhecimento da realidade escolar.
    Com a entrada deste ministro tem-se visto trapalhadas atrás de trapalhadas… se calhar deveria fazer uma “limpeza” na sua equipa e mudar a sua mentalidade pois, o ensino universitário não tem nada a ver com os outros graus de ensino.
    É incrível como em Portugal os ministros e os secretários de estado são do mais versátil que à, saem de um ministério para outro apesar de não conhecerem a realidade sobre a qual têm que atuar e, o que acontece?
    Políticas desajustadas e os professores são sempre os culpados… pois, infelizmente, ainda não criaram um sentido de unidade como os médicos ou outras classes em que as políticas que não sejam do seu acordo são prontamente adaptadas.

      • Cristina Gomes on 9 de Junho de 2012 at 13:05
      • Responder

      Espero que não lecione em nenhum sítio…até pode ser um excelente profissional, no entanto com os erros que dá não sei se será boa ideia … ” Agora se me dizer…” E, como tal os professores foram e , serão sempre…”, “É incrível como em Portugal os ministros e os secretários de estado são do mais versátil que à…” Enfim, não será um professor cuja área é matemática? Se calhar não será a melhor opção para lecionar Língua Portuguesa… Não que me aflija mas que preocupa, preocupa… Há que ser responsável e ter consciência que o professor é um exemplo ao mais alto nível, um professor que dê sistematicamente erros ortográficos não é um bom professor, pelo menos na forma como ensina a escrever… E a escrita é fundamental para qualquer patamar de ensino que o aluno siga!

    • Agrupado on 6 de Junho de 2012 at 18:12
    • Responder

    Desculpa lá arlindo mas o que dizes é absolutamente patético e diz bem do desconhecimento que revelas pela realidade chamada 1º ciclo!
    Os pais pagarem?! O quê?!
    Valha-me são crisóstomo…


    1. O exemplo que tenho no “PRÈ-ESCOLAR” onde o meu mais pequeno anda faz-me pensar que tenho razão. Existem atividades extras de dança, música e inglês em que quase a totalidade dos alunos participam com pagamento dessas atividades. Não vejo qual o problema nisso e conheço a realidade de muitas escolas do 1º ciclo que antes das AEC funcionavam com essas atividades e pagas pelos EE.

      • Cristina Gomes on 9 de Junho de 2012 at 13:07
      • Responder

      É verdade sim, os pais pagavam para que os filhos tivessem atividades extras… ATL e Ass. de Pais não lhe diz nada? Enfim, valha-nos todos os santinhos 🙂

    • Agrupado on 6 de Junho de 2012 at 18:50
    • Responder

    Arlindo “atividades” dessa natureza devem ser ofercidas fora da escola pública! Estamos a falar da 4ª classe! do velho das botas! Ainda não há alternativa à monodocência e é preciso ter muito cuidado com experimentalismos neste ciclo..A monodocência, embora seja muito exigente para os professores, não pode deixar de se manter…deveria era ser estendida ao 2º ciclo.
    arlindo, nada pessoal, de resto respeito muito o teu trabalho, mas parece-me que devias refletir melhor sobre este assunto que é muito melindroso. Vários professores no 1º ciclo criaria falta de articulação e perda na qualidade atualmente existente. Os professores do 1º ciclo têm as competências mais que necessárias para lecionar todas as áreas curriculares. Se colocarmos isso em dúvida teríamos que o fazer em relação a todos os outros docentes do sistema…público e privado.


    1. E já temos o exemplo da introdução das Aecs que na maior parte dos sítios é só para inglês ver e para “saturar” os miúdos com tantas horas que estão na escola.


    2. Não digo que seja estranho pensar no fim da monodocência, se é que ela efetivamente ainda existe. Admito que possa ser melhor a presença de um único professor na sala de aula em todo o percurso do 1º ciclo, no entanto essa realidade desapareceu há já alguns anos. É muito normal um aluno de um determinado ano de escolaridade ter 6, 7 ou 8 professores (incluindo as AEC) ao longo de um ano letivo.
      O trabalho precário de quem está nas aec deveria ser substituído por uma oferta curricular integrada no 1º ciclo que permitisse acrescer o número de horas da componente letiva dos alunos (30 tempos letivos ainda permitem que as atividades fossem num único turno).
      Discordo que as escolas públicas não tenham possibilidade de fazer uma oferta complementar comparticipada pela famílias. Se em contexto urbano essa oferta existe no privado o mesmo não acontece em meios rurais. Não encontro qualquer problema para as famílias comparticiparem uma parte de uma educação complementar.

      • Eumesma on 9 de Junho de 2012 at 18:05
      • Responder

      Monodocência…..deveria era ser estendida 2º ciclo??? sem comentários….

    • Prof110 on 6 de Junho de 2012 at 19:43
    • Responder

    Os colegas têm razão, a monodocência é exigente para o professor, pois é… mas os professores do 1º ciclo sempre deram conta do recado e muito bem! ! são criativos e nada lhes mete medo; as AEC é que não costumam funcionar bem, talvez porque as criançãs já estão cansadas no final do dia.
    Elas precisam é de brincar porque a brincadeira é também uma forma de aprendizagem

    • Daniel on 6 de Junho de 2012 at 21:27
    • Responder

    Os melhores sistemas educativos têm monodocência no 1.º ciclo/Escola Primária.

    É o mais eficaz. No dia em os “pequenos” tiverem 2 ou 3 professores, dispara a indisciplina, logo no 1.º ano de escolaridade.

    Os professores do 1.º ciclo não tem de gostar mais disto ou daquilo. Têm de gostar de tudo.

    Fechem sim, os cursos nas más ESE´s. E bloqueiem a entrada de professores mal preparados.


    1. Desculpe-me discordar, mas “ninguém” gosta de tudo… Desculpem-me discordar, mas concordo com o arlindo e com o fim da monodocência. Seria benéfico, principalmente para os professores do 1º ciclo, que até passam a vida a lamentar-se pq trabalham mais horas que os outros, porque têm que preparar não sei quantas áreas, porque… Atenção: eu sou professora de 1º ciclo (embora esteja destacada no 910), mas conheço bem a realidade. Quanto às aec´s? Bem, isso é outro assunto. Os alunos não as veêm como disciplinas, nem os colegas como professores…


  3. Proposta interessante, mas nem queiras saber a confusão que armavas…
    🙂

    • jmrcardoso on 6 de Junho de 2012 at 22:09
    • Responder

    Sim… ora se nas escolas hà crianças que apenas têm a refeição que comem na escola, como é que os pais vão conseguir contribuir para as AECS. Aqui em Sintra existe alguns casos…


    1. Há uns que podem e outros que não, encontre-se uma solução.


      1. Só se for com os escalões como para os manuais!


  4. Caso não surgissem as AEC os alunos chegariam ao 2º ciclo quase sem conhecimento de Educação Física, Música e por exemplo Inglês.

    Quantos de vós vêm os titulares no pátio a lecionar Atividade Física? Com instrumentos de Música nas aulas? A ensinar inglês?

    Onde as AEC são levadas a sério (e são em muitos locais do pais ao contrário de outros que têm pessoas sem licenciatura por exemplo – normalmente associações de pais e empresas), procurem saber junto dos professores do 2º ciclo as competências que as crianças trazem hoje do 1º nas disciplinas da AEC (atividade física, música, inglês…).

    Procurem saber quem prepara a larga maioria das atividades (por exemplo festas de natal, de final de ano, etc.) no 1º ciclo…procurem saber as disciplinas de que mais gostam os alunos…

    Obrigado.


    1. É preciso ter prioridades. Se o aluno chega ao 2º Ciclo a tocar flauta mas não sabe ler, interpretar, redigir, raciocinar,… é bem mais grave!
      E as Provas de Aferição, que vão passar a contar, para o aluno reprovar ou não não aferem conhecimentos dessa natureza de que fala.


      1. Carríssima,

        Estamos a tocar na ferida…algo vai mal se isso acontece quando se tem 8 h semanais para o português e 7 para a matemática.

        Se entre outras coisas tocam flauta, se transportam consigo hábitos de atividade física (sem estes a vida futura torna-se uma incógnita com as efermidades da obesidade, diabetes, etc. – abaixo link…) e um conjunto de competências ao nível de diversos conteúdos da Educação Física (que anteriormente não acontecia, chegavam ao 2º ciclo a começar literalmente do zero), se têm bases de inglês, é porque são bem preparados nas AEC onde a carga horário é muito reduzida em relação ao portugês e matemática.

        http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/231804/madeira/231837-educacao-fisica-deve-ser-disciplina-prioritaria

        Uma sugestão Arlindo, formação dos professores de AEC, conheço muitos com mestrado e até doutoramento…dá que pensar.

        Obrigado.

          • Sara on 9 de Junho de 2012 at 13:15

          Que adianta terem Mestrado e Doutoramento, se as Aecs são muitíssimo mal remuneradas e percorrem várias escolas? Acham que alguém está nas Aecs por amor à camisola? Só lá estão porque não têm mais para onde ir o que leva a que não estejam para se cansar nem chatear muito.

    • jmrcardoso on 6 de Junho de 2012 at 23:06
    • Responder

    Se é para trabalhar com AECS então tomem o exemplo da Madeira onde esse trabalho é levado muito a sério e é feito um concurso a nível nacional.
    Se os titulares não vêm para o recreio se calhar é porque o ministério lhes pede um inúmero número de burocracia que não lembra a ninguém.

    • Monodocente on 6 de Junho de 2012 at 23:30
    • Responder

    Até poderia ser interessante. Mas… para enriquecer a reflexão e a discussão, deixo aqui algumas notas.
    Tempos letivos rígidos?! Não.
    Na matriz curricular que ainda vigora, das 25 horas letivas semanais, no mínimo, oito eram destinadas a Português, sete a Matemática e cinco a Estudo do Meio; as restantes cinco eram para expressões (Físico motora, Musical, Dramática e Plástica) mais as ACND (a trapalhada que só atrapalha: Formação Cívica, Estudo Acompanhado e Área de Projeto). Claro que nestas 25 horas também cabem os intervalos…
    Com a nova matriz, como a monodocência não acresce mais horários nem despesas, a trapalhada que atrapalhou ainda atrapalhará (Estudo Acompanhado, Área de Projeto, Educação para a Cidadania). Os tempos mínimos são apenas indicados para a Matemática, que mantém a carga horária, e para o Português que perdeu uma hora.
    Todos nós sabemos que os programas são extensos e que colocar alunos a ler, interpretar e escrever corretamente não se faz com sete horas semanais! Que os novos programas são mais exigentes e que a Matemática é, cada vez mais, leitura… leitura… interpretação… interpretação… raciocínio… comunicação… (analisem-se os testes intermédios do 2º ano!!!! Como se pode exigir, por lei, que os alunos transitem todos para o 2º ano, mesmo que não saibam ler e escrever… e que no fim do 2º ano, quando alguns alunos apenas dominam a técnica da leitura e escrita, lhes chapem com testes intermédios deste calibre!?)
    Só quem não leciona ou nunca lecionou no 1ºCEB imagina que o Português ou a Matemática se cumpre com sete horas por semana. Por alguma razão, os tempos são indicativos e mínimos… o que quer dizer que o professor terá de ajustar ao longo da semana e do ano letivo estes tempos, consoante os alunos vão progredindo ou apresentando dificuldades.
    No 1º CEB não se pode avançar com os programas sem que as aprendizagens fiquem consolidadas.
    No 1º CEB, não há rigidez de tempos… há os que realizam as aprendizagens nos tempos estipulados e mais outras de desenvolvimento e há os que precisam de mais tempo para realizar atividades mínimas.


    1. E turmas com NEE

    • Monodocente on 6 de Junho de 2012 at 23:33
    • Responder

    Por outro lado, as turmas do 1º ciclo são, cada vez mais, turmas com alunos de mais de um ano de escolaridade. Se um aluno é retido no 2º ano, normalmente fica na turma até ao fim do ciclo. Na mesma turma podem coabitar alunos do 1º ano com alunos do 4º ano… ou outros.
    Recordam-se das escolas “P3”? Eram escolas com salas amplas (três salas com divisórias mínimas, onde estavam três turmas os três professores da turma iam passando pelos grupos e iam dando as aulas… anos oitenta! O que aconteceu a essas salas? Construíram as paredes que faltavam! O modelo não surtiu efeito…

    • Monodocente on 6 de Junho de 2012 at 23:37
    • Responder

    Só mais uma nota. O Estudo do Meio também é “Ciências”, das quais, 2 horas e meia devem ser “experimentais”.
    O Estudo do Meio é tudo: história, geografia, ciencias, saúde, …


    1. Isso eu sei. 😀
      A única distribuição equitativa seria transferir parte do programa de estudo do meio para uma área mais ligada às ciências naturais em conjugação com a matemática.

    • Monodocente on 6 de Junho de 2012 at 23:48
    • Responder

    Também percebi que era essa a ideia. Fazia sentido uma “limpeza” séria ao curriculo do 1º CEB, concordo. A nova matriz é uma treta.

    • jmrcardoso on 7 de Junho de 2012 at 0:09
    • Responder

    As P3 foram uma experiência mal sucessida, era interessante ouvir os colegas da sala ao lado e os miúdos distraiam-se com tudo. No 1.º ciclo e nos restantes baixou-se o grau de exigência para se conseguir atingir as metas de aprendizagem. Acho estranho que dê mais trabalho reprovar um aluno do que justificar a sua transição.


    1. Daí mt gente n se dar ao trabalho!!!!!!!!


  5. Ser professor do 1º ciclo não é para todos. Só o professor do 1º Ciclo pode ser chamado de professor. Só ele domina todas as matérias dos seus alunos. Imitações de profesores há muitas, mas não passam disso mesmo.
    Arlindo… não fales do que não sabes. Dedica-te às estatísticas. Com elas sempre vais prestando alguns esclarecimentos. Ainda bem que só com o consentimento dos professores isso será possível. A pedagogia não está ao alcance de todos e ser professor na verdadeira acepção da palavra também não.


    1. Desculpe que lhe diga, mas a sua arrogância supera qualquer pedagogia…

    • Adozinda on 7 de Junho de 2012 at 13:04
    • Responder

    Proposta interessante com a qual não discordo na generalidade, no entanto, na minha modesta opinião, muito pouco viavel. Passo a referir algumas considerações:

    – 30 tempos letivos é um absurdo, quer para o docente do 1ºCiclo em que 1 tempo=60m, quer para os alunos( não esquecer o fator idade, maturidade e tempos de concentração;
    – As expressões artistícas e as físico motoras dariam mais um bloco de 3h cada a acrescentar ao que consideras área 1 e área 2? à escolha do freguês? (já vamos em 27horas para o docente)
    – Esqueceste ainda o Apoio ao Estudo ou Estudo Acompanhado, como queiram, que eram dois blocos de 45m (na minha escola), e continua previsto na nova matriz.

    Estes são só alguns aspetos em termos de operacionalização. Para que a monodocencia possa terminar haveria ainda que repensar a estrutura curricular e os programas.
    E para finalizar, se a monodocencia terminar efetivamente, espero que não aconteça o mesmo que tem acontecido no meu agrupamento de escolas, onde os mesmos alunos têm bons resultados nas provas de aferição do 1º ciclo e o mesmo já não acontece quando as realizam no fim do 2º ciclo.


    1. Declaração: Considero nesta proposta o tempo letivo do 1º ciclo idêntico ao dos restantes níveis de ensino. 1 tempo = 45 ou 50 minutos


  6. Que me recorde, é a primeira vez que discordo com o Arlindo. O colega mostra que não percebe nada do que é uma sala do 1.º ciclo.
    Com isto, infelizmente, até se poderá abrir a porta da extinção da monodocência, o que, na mesma linha, poderá levar a que, no futuro, um professor de Matemática, que goste mais de dar Números e Operações do que Geometria, possa dar apenas Números e Operações às suas turmas, tendo que vir outro para dar a Geometria.
    Faltou dizer que a monodocência é muito mais decisiva no combate ao insucesso do que a mera figura do director de turma.

    • julio ferreira on 8 de Junho de 2012 at 22:33
    • Responder

    Vai acontecer ao 1º ciclo o que acontece atualmente no 2ºciclo, dispersão das responsabilidades.


  7. Arlindo, tem a certeza que quer isso para o seu filhote quando se tratar de um clima harmónico de concentração, compreensão e aplicação de conhecimentos, na escrita, no conhecimento matemático e ciêntífico/histórico/social, bem como ao nível das atitudes e socialização, do seu pequenote? Há que manter um clima de aprendizagem e não “cliques”, com ajustamentos emocionais a cada professor que entrar em sala. E a dissolução de responsabilidades no acompanhamento diário?! Tudo a juntar ao efeito dos Megasagrupamentos e representantes de executivos… ou então estará a falar de pequenas ou privadas escolas …


    1. Não queria entrar muito em contradição com as vossas opiniões, porque as respeito. No entanto não posso deixar de dizer que o mais “velhote” ao longo do 1º ciclo teve cerca de 15 professores, incluíndo os das AEC, e que agora no 7º ano continua com a normalidade dos níveis 5.
      O “pequenote” com 3 anos no pré-escolar “público” mantém contacto semanal com professor de música, de dança, de inglês além do contacto diário com a educadora e com a auxiliar que os acompanha em transporte público da junta de freguesia para os recolher e trazer à porta de casa. Se isto é luxo? Acho que não.

    • Elias on 9 de Junho de 2012 at 14:25
    • Responder

    Bem vistas as coisas, depois de tudo o que já aqui vi escrito, resta-me uma pergunta/desabafo: colegas dos outros ciclos de ensino porque não vão procurar emprego noutro lugar em vez de andarem a querer estragar o que está bem?!
    No primeiro ciclo ninguém precisa de apoios e coadjuvações. Somos professores generalistas há séculos e dámo-nos bem com isso e as crianças também. Por isso, vão mas é chatear o preto pah!!!!!!!!!
    Saudações
    Elias

      • Professora on 23 de Julho de 2012 at 1:03
      • Responder

      Que falta de respeito pelos colegas!!! Pessoas como o senhor, mereciam também uma Reforma Curricular para os colocar no olho da rua! Que culpa temos nós, professores do 2ºciclo, das aberrações que o governo resolve fazer?!!! Não o vou mandar “chatear o preto” porque, como professora consciênte que sou, respeito todas as pessoas, brancos, pretos, amarelos… mando-o sim ir bater com a cabeça na parede.

    • Prof110 on 9 de Junho de 2012 at 14:27
    • Responder

    Sara: os alunos adoram as AEC 🙂 talvez porque estão «livres» de fazerem o que quiserem e por nem sempre haver tantas regras como ao longo do dia! Mas adoram! Caso contrário nem todos as tinham!

    • Prof110 on 9 de Junho de 2012 at 14:28
    • Responder

    E ainda digo mais: 30% ou mais dos profs que estão no 1º ciclo são professores de variante, por isso de certezam concordam com esta proposta!

    • Prof110 on 9 de Junho de 2012 at 14:41
    • Responder

    Eu escolho a área 1 Arlindo! 🙂


  8. Sou professora do 1º ciclo (nunca fui colocada) e leciono aec’s há 4 anos, sempre fui tratada como professora, quer pelos alunos, quer pelos colegas e encarregados de educação. Muito do que li está incorreto, nós temos um plano a cumprir, conteúdos a lecionar e os alunos têm que chegar ao final do ano com as competências trabalhadas. Como podem dizer que só está nas aec quem não tem mais nada que fazer? Quem me dera ter colocação, ter uma turma… Falam de “barriga cheia”, estou nas aec porque acalento a esperança de que um dia (com o pouco tempo de serviço que vou ganhando) ser colocada e poder pôr em prática aquilo que estudei durante 4 anos. Acabar com a monodocência no 1º ciclo é um erro crasso, vai acabar com a ligação que só um professor de 1º ciclo cria com a sua turma. Não culpem o 1º ciclo pelos erros do governo ou pelo desemprego que vai surgir no 2º ciclo.
    Ah! A grande maioria dos professores das aec são professores do 1º ciclo que não conseguem colocação, imaginem o desemprego que vai surgir se os do 2º ciclo usurparem os nossos lugares. Onde vou eu trabalhar?


    1. Usurpar, bem que palavra feia! Mas diga-me, nas aec lecciona que área?


  1. […] de comentar porque já o fiz aqui, para desagrado de alguns. Sei que este tema é complexo e cria reações desagradáveis e […]

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