20% de Contratados Com Mais de 10 Anos de Carreira

É o título de notícia de uma página inteira no DN de hoje com a utilização destes dados.

É sempre bom que se conheça a realidade e se trabalhe com números reais e que de alguma forma se tente que o apoio do Provedor de Justiça possa ter algum efeito para a vinculação de professores nos quadros

 

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23 comentários

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    • Inês on 9 de Junho de 2012 at 13:42
    • Responder

    Parabéns pelo impacto que o seu blog tem:)
    Fico contente que tenham percebido a realidade, se bem que não acredite que vá adiantar.

      • Zé Lima on 10 de Junho de 2012 at 12:52
      • Responder

      Caros colegas
      A boa notícia é que já corre no Tribunal Europeu uma queixa contra o Estado Português pela existência de professores contratados com mais de 4 anos a contrato, tendo sido bem vincada a situação dos que estão há cerca de duas décadas a lecionar sem entrada nos quadros.além do mais é pedida uma indemnização para todos os professores por cada ano que estiveram sem entrar nos quadros depois de 1999, quando a Diretiva Europeia entrou em vigor. Portanto esta situação está nas mãos do Tribunal Europeu, e se o Estado Português não vincular estes professores contratados, vai ver-se na eminência de pagar altas indemnizações pelo número de professores contratados que se encontram nesta situação injusta, alguns há cerca de 20 anos.

      O autor desta queixa ao Tribunal Europeu já fez as devidas petições quer à Assembleia da Republica quer ao Parlamento Europeu, e apesar das recomendações destes órgãos os governos recusaram-se a avançar para a correção desta injustiça. Aliás foi por sugestão do Parlamento Europeu que o professor avançou para uma queixa ao Tribunal Europeu. Isto vai ficar caro a todos aqueles que se recusaram a vincular os professores contratados.
      Arlindo, fala-te um professor que geograficamente está próximo de ti, mais propriamente na Trofa. Caso pretendas mais informações acerca deste processo contacta-me. Obrigado pelo apoio.
      Zé Lima

  1. É bom não esquecer que uma grande maioria destes professores não estão efetivos porque nunca quiseram concorrer para sítios longe das suas zonas. Sei que não são todos mas são uma grande maioria.

      • Petess on 9 de Junho de 2012 at 14:41
      • Responder

      João… esse é um mito que já há muitos anos que não é verdade! Isso acontecia há 10, 9 ou 8 anos… Eu tenho 12 anos de serviço… sempre horários completos (nestes anos todos, estive apenas em 4 escolas)… e entrada nos quadros nada! O número de vagas a concurso há muito que são manifestamente insuficientes (nem vamos falar no último concurso)

      1. Não é um mito.
        Não quero ofender ninguém.
        1º Há grupos e grupos.

        Eu tb tenho 12 anos de serviço (não é uma comparação porque há grupos e grupos) efetivei em qzp com 5 anos de serviço e andei 6 anos a tentar aproximação até que no ultimo concurso consegui.
        Fui à luta, mas claro que também (como em tudo tive sorte-mais um ano e secalhar não entrava).
        Mas durante estes 6 anos amigos meus (do meu grupo) estiveram perto de casa(a contrato é certo) com horario completo e eu percorria 150 km.
        Sou a favor da vinculação dos docentes com vários anos de serviço- resta saber quantos aceitavam a efetivação se não ficassem nas escolas da sua zona.

          • António on 9 de Junho de 2012 at 16:37

          Já estou no meu 21 contrato, sempre anuais e com horário completo, sempre concorri a nível nacional e nunca consegui lugar nos quadros. Nos últimos 10 anos, no meu grupo, não houve mais de 20 vagas.

          • joao on 9 de Junho de 2012 at 16:48

          Por isso é que disse que há grupos e grupos.

          O seu caso deve ser de um grupo inexistente em muitas escolas.

      • maria on 9 de Junho de 2012 at 23:41
      • Responder

      E porque é que temos de trabalhar longe de casa? Você tem família? Tem filhos? Cada um é que sabe onde se sente bem a trabalhar. Esta discussão nem deveria existir. A gente que efetivou longe (no tempo das vacas gordas), sujeitou-se porque saiu com a média baixa.

        • joao on 10 de Junho de 2012 at 17:23
        • Responder

        Sim. Tinha e ainda tenho familia….
        Foram tempos duros…
        E está muito iludida… nunca houve tempo de vacas gordas.
        Ah e isso de afirmar de que quem vai para longe é porque tem média baixa é de total falta de ética. Provavelmente a minha média é superior à sua.
        Existiu um tempo em que havia falta de professores, e nesses tempos (e com toda a justiça) muitos colegas meus ficaram perto de casa (mesmo os que não eram profissionalizados). E volto a dizer para todos estes com muita justiça.
        Eu tive de ficar longe para conseguir efetivar- não me estou a queixar, valeu a pena pois já voltei para a minha zona.
        Na vida temos de fazer escolhas. Cada um sabe de si- não vale a pena é estarmos sempre a dizer que somos uns desgraçados.Isso em nada abona a favor da nossa profissão.

  2. Por acaso tenho 14 anos de serviço.

    • Francisco on 9 de Junho de 2012 at 16:30
    • Responder

    O que vai ser necessário fazer é colocar o MEC em tribunal para criar um mecanismo de vinculação dos professores contratados

  3. Fogos fátuos

    Inflamam-se certas almas com um ofício (recomendação/parecer) da Provedoria de Justiça (PJ) orgão sem poderes vinculativos e meramente consultivos, sabendo todos nós como os úlimos governos lidam com estas “recomendações”, venham elas da PJ, da AR ou de outros órgãos constitucionais.
    Esta será mais uma recomendação para o cesto dos papéis – com a agravante de ter havido aquele conhecidíssimo precedente da acção que uma auxiliar educativa intentou contra a Administração e o Estado Português, que não obteve provimento pelo facto, invocado na altura pelo Tribunal superior, da especificidade dos contratos administrativos e da sua descontinuidade, que obstava à aplicação da Lei Geral do Trabalho a esses mesmos contratos.

    Bom, dir-me-ão, mas hoje, sobre a “descontinuidade”, está criada uma situação nova, a dos “reconduzidos”…
    Pois está, e está somente porque as cúpulas das organizações sindicais docentes meterem na gaveta resoluções de assembleias gerais e congressos contra as reconduções, permitindo, por omissão, que esse monstro socretino crescesse e ganhasse vida própria.
    Dividir para reinar foi, desde que me conheço, a máxima maior da 5 de Outubro para derrotar os professores. Tantos anos depois não deixa de ser espantoso que essa gente continue fiel à sua cartilha de décadas, criando, já no estertor do consulado socretino, duvidosa legislação produtora de uma “elite reconduzida” que lhes permitisse golpear os princípios constitucionais da universalidade e igualdade do concurso anual da contratação. O que – diga-se com amargura – conseguiram.
    Agora – basta ver o ofício da PJ para traduzir “multiplos e sucessivos contratos” por “reconduções” – pretendem ir ainda mais longe, utilizando novamente essa “elite” como ariete para golpear a universalidade e princípio de igualdade da vinculação.

    Sendo este conceito de vinculação que nos é negado – o mesmo que vigora no mundo laboral privado – o único que tem unido os docentes contratados desde sempre. Esta é a única vinculação que a ninguém discrimina, justa e eticamente defensável. E a única que, por isso, tem sido desde sempre aprovada por Assembleias Gerais e Congressos, quer dos nossos sindicatos, quer da nossa Federação, a recordar, VINCULAÇÃO DINÂMICA PARA TODOS SEGUNDO A LEI GERAL DO TRABALHO.

    Tirar essas Resoluções de uma vez da gaveta e levá-las à prática, no calor da unidade e da luta firme, participada e combativa, é a única saída real para a estabilidade de contratados e desempregados. Será tarde? Sim. Mas nunca o é para recuperar tempo perdido, lutando a sério por uma causa nobre e justa, aliás a mãe de todas as causas da Contratação Docente.
    Esta é a única saída real e não mais uma miragem narcotizante – estéreis “recomendações” ou “ofícios” consultivos, tenham vindo eles da AR, venham agora da PJ ou passem a vir de outra origem análoga.

    IPO, 9 de Junho de 2012
    Paulo Ambrósio

    • Daniel on 9 de Junho de 2012 at 19:06
    • Responder

    Uma dúvida, desses quantos acumularam parte ou a quase totalidade do tempo de serviço no privado?

  4. Até que enfim, porra!

    Preparem-se, agora, os contratados, para os boicotes dissimulados dos sindicatos às suas legítimas pretensões.

    Reparem bem no silêncio dessas sangessugas síndicas… e pensem.

  5. Juntem-se, reúnam um grupo de professores contratados, arranjem um bom advogado em administrativo e avancem com uma acção em tribunal. Só podem ganhar!

    Ignorem os velhos síndicos do restelo. Afinal, ninguém gosta de perder moeda!

    • sandra s. on 9 de Junho de 2012 at 21:37
    • Responder

    Concordo totalmente com o tt.
    Podem ter a certeza que vou preparar-me para levar o ministério a tribunal.
    Alguém disse por aqui que teríamos a resposta do tribunal daqui a 10 anos. Paciência. É preferível ter 1 vínculo daqui a dez anos do que nunca o vir a ter e continuar contratado (na melhor das hipóteses) ou estar no desemprego.

  6. Organizemo-nos, então. presssionemos os sindicatos. estes que parem por instantes de se preocuparem com os efetivos, com os escalões, com a idade de reforma… se há situação de injustiça social e profissional extrema é a dos professores contratados. batalho nisto há muito. eu sempre disse que se tivesse dinheiro, contrataria o Garcia Pereira e meteria o Estado em tribunal. infelizmente, não creio que este despacho do provedor de justiça venha a alterar alguma coisa. a classe é medíocre. vivemos num tempo em que o pensamento docente se baseia no seguinte: pelo menos temos emprego (professores do quadro), ou então: eu quero é ficar com um horário para o próximo ano (professores contratados). acresce a isto, grassa nas escolas uma espécie de subcategoria de professores: os conratados lambe-botas. eles pulam, cantam, dançam, sorriem por tudo e por nada, inventores de atividades folclóricas de primeira grandeza. só de olhar para a energia destes rapazes e raparigas, cansa…

    ps. repito a minha primeira premissa: organizemo-nos. eu estou disposto!

    um abraço,

    j.r.

  7. Um grande trabalho altruísta de um professor do quadro!!!
    Parabéns Arlindo.

    Um abraço.

    • Velha on 10 de Junho de 2012 at 10:44
    • Responder

    Para a Maria e outros como ela…

    Aconselhava quem escreveu este comentário a ter um certo cuidado com as afirmações que faz. Licenciei-me em 1980 com média de 17 valores e efetivei em Izeda, Trás-os-Montes. Andei sete anos pelo país até ficar onde queria. Em 2009 por circunstâncias que tanto valoriza, como a família, concorri para outro local do país ao fim de 29 anos. Vou perfazer 33 anos de serviço e pela frente tenho dacl ou ainda pior. E mesmo que queira abdicar de parte do meu rendimento para que a menina possa cuidar da sua família não posso… É por afirmações gratuitas como a sua que provocam reações estéreis como a minha que nos esquecemos que somos um corpo profissional básico para a sustentabildade deste país…
    E para terminar de acordo com os enredos do “desgraçadinho” mais uma pérola – se me safar estou muito bem e os outos? Problema deles… É assim? Deve ser assim? Tenho medo…

    • Aurea on 10 de Junho de 2012 at 11:26
    • Responder

    Eu já assinei 18 contratos, durante 18 anos seguidos servi o MEC, recebo sempre o mesmo salário, trabalho mais horas que os efetivos da minha idade e todos os dias 31 de agosto desde 1995 sou metida no olho da rua.
    Será que eu e os meus colegas na mesma situação somos pessoas de segunda? Será que temos servido para formar cidadãos de primeira e somos tratados como cidadãos de segunda?
    Já ajudei a formar alguns políticos, médicos, engenheiros, mecânicos, professores, dentistas, serralheiros, pedreiros, carpinteiros, diplomatas, etc..etc. mas o meu país não me reconhece o direito a ter direitos.
    Por tudo o que referi anteriormente, começo a ter vergonha deste país e de quem o tem governado nas últimas décadas, independentemente da cor politica.

    • Zé Lima on 10 de Junho de 2012 at 12:55
    • Responder

    Amigos contratados

    A boa notícia é que já corre no Tribunal Europeu uma queixa contra o Estado Português pela existência de professores contratados com mais de 4 anos a contrato, tendo sido bem vincada a situação dos que estão há cerca de duas décadas a lecionar sem entrada nos quadros.além do mais é pedida uma indemnização para todos os professores por cada ano que estiveram sem entrar nos quadros depois de 1999, quando a Diretiva Europeia entrou em vigor. Portanto esta situação está nas mãos do Tribunal Europeu, e se o Estado Português não vincular estes professores contratados, vai ver-se na eminência de pagar altas indemnizações pelo número de professores contratados que se encontram nesta situação injusta, alguns há cerca de 20 anos.

    O autor desta queixa ao Tribunal Europeu já fez as devidas petições quer à Assembleia da Republica quer ao Parlamento Europeu, e apesar das recomendações destes órgãos os governos recusaram-se a avançar para a correção desta injustiça. Aliás foi por sugestão do Parlamento Europeu que o professor avançou para uma queixa ao Tribunal Europeu. Isto vai ficar caro a todos aqueles que se recusaram a vincular os professores contratados.
    Arlindo, fala-te um professor que geograficamente está próximo de ti, mais propriamente na Trofa. Caso pretendas mais informações acerca deste processo contacta-me. Obrigado pelo apoio.
    Zé Lima

  8. Desculpem o cepticismo mas, com toda a verdade plasmada na argumentação, ninguém acredita que qualquer governo vá vincular os milhares de contratados com 3 anos de serviço, pois não?
    Isto é para ver se vinculam ao menos os que têm 10 anos.. ou.. ou…?
    Mas acho q sim. Não estarei é a ver bem a coisa.
    Eu acho que vai haver vinculações CIRÚRGICAS no próximo ano. Cirúrgicas e microscópicas. Mas vai. E que vai ser anunciada uma ” grande vitória” da FENPROF e, convenhamos, tb da FNE .

    • Ana Sofia on 11 de Junho de 2012 at 19:43
    • Responder

    Jake,
    É isso mesmo!
    Vão haver umas vinculações (uma mão cheia) para cantarem vitória, apenas e só!

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