Pessoalmente, considero que, à luz do que se cultivou nos últimos 6/7 anos, este teste intermédio (Matemática), vai retumbar num imenso BUM de insucesso. Existirão muitos comentários de “alguéns” muito chocados e etc.. A culpa será dos mesmos e a absolvição será compaginada no exame do final de ano. É um teste ao raciocínio para além do conhecimento profundo da teoria. A mecanização passa para 2.º plano e surge em cálculos simples (tirando a equação do 2.º grau). No que respeita à questão 4 – sequências – considero-a desadequada e que compreende uma estrutura lógica “mais à frente”. Os alunos de hoje não podem, nem devem ser menos cultos que aqueles de há 30 anos atrás em que lhes faltava (maioritariamente) acesso fácil à informação, metodologias de ensino diversificadas quer no conteúdo, quer na variedade de materiais. Não se percebe que, após 3 décadas de liberdade o que se aprendeu foi a viver a partir do facilitismo em todos os pólos sociais. Se a vida melhorou, porque não se vêem essa evolução de forma mais proporcional no que respeita ao efetivo sucesso escolar… não aquele que surge divulgado em números, mas no que se traduz no conhecimento e no saber fazer, aplicando os saberes a situações concretas.
A mim, por aquilo que vi, parece-me que as questões de resposta direta desapareceram… todas apelam ao raciocínio… Quanto ao 9º… exatamente a mesma coisa! O nível aumentou…. vamos ver por quanto tempo se mantém!
Sou professor de Matemática. Devo dizer que é a primeira prova “inteligente” que vejo desde que foram criadas as provas aferidas. Coloca novos desafios aos alunos e aos professores.
Não sei o tempo que dura esta razoável subida de exigência, mas espero que perdure. Assim, urge que alterem as coisas para que os professores possam exigir dos alunos mais trabalho, e das suas famílias mais acompanhamento e apoio ao trabalho da escola. Estou farto de ver neurónios sem uso nas crianças, estão a ganhar “teias de aranha”. Os neurónios são como os músculos, usados desenvolvem-se, não usados, definham.
Mas colocar provas destas nas mãos dos alunos, e exigir ao professor que os prepare melhor, não terá qualquer efeito se os professores tiverem de continuar a gastar metade do seu tempo de aula a resolver situações disciplinares/maus comportamentoe e ainda tiverem de lutar quase diáriamente contra os pais que não concordam com isto ou com aquilo.
Esta poderá bem ser a primeira mas também a última prova com mais exigência.
*Portanto, deixem trabalhar, ponham as coisas e as pessoas nos seus lugares. Não façam mais uma vez a casa pelo telhado.
A prova é inteligente, porque apela ao raciocínio de forma variada e equilibrada, pela primeira vez é uma boa prova para aferir conhecimentos.
O que não quer dizer que o Dr. Crato esteja a fazer um trabalho bem feito, pois muitos alunos foram impedidos de mostrar que atingiriam um nível mais elevado nesta prova, por motivos que passam pela tutela mais do que pelos alunos e professores.
É isto a “casa pelo telhado” a que me refiro.
LOL
Fiquei chocada por não ser uma prova para todos, não relevando os alunos com necessidades educativas especiais, principalmente com deficiências no dominio cognitivo, com compromissos no raciocinio lógico e atenção. Assim, considero esta prova um atentado à escola inclusiva e espero sinceramente que seja apenas pontual e não permanente!
Contudo, a Prova foi adequada para bons alunos, com ambientes faciliatadores em termos de ensino e familia.
A prova realmente foi pensada para bons alunos, aqueles que estudam, que se esforçam, estão interessados nas aulas e questionando alguns conteúdos menos claros (ainda há destes alunos); não foi pensada para alunos com ambientes facilitadores (de ensino) como os das salas de aula de Portugal, mas para ambientes de rigor extremo em questões disciplinares como nos países de leste e na china (questionem os alunos destes países, cujos pais mandam vir manuais dos seus países por considerarem que em Portugal a “matemática é fraca”) e, finalmente, o ambiente facilitador da família em que a teoria do “menino bem” é que é bom, já foi chão que deu uvas. Quanto maior for o laxismo e permissividade, qualquer analfabeto sabe que não leva a nada. Está escrito na sabedoria popular, entre outros, “de pequenino se torce o pepino”.
8 comentários
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Há alguém por ai que tenha opiniao a deixar sobre os intermedios de nono de ontem??
Pessoalmente, considero que, à luz do que se cultivou nos últimos 6/7 anos, este teste intermédio (Matemática), vai retumbar num imenso BUM de insucesso. Existirão muitos comentários de “alguéns” muito chocados e etc.. A culpa será dos mesmos e a absolvição será compaginada no exame do final de ano. É um teste ao raciocínio para além do conhecimento profundo da teoria. A mecanização passa para 2.º plano e surge em cálculos simples (tirando a equação do 2.º grau). No que respeita à questão 4 – sequências – considero-a desadequada e que compreende uma estrutura lógica “mais à frente”. Os alunos de hoje não podem, nem devem ser menos cultos que aqueles de há 30 anos atrás em que lhes faltava (maioritariamente) acesso fácil à informação, metodologias de ensino diversificadas quer no conteúdo, quer na variedade de materiais. Não se percebe que, após 3 décadas de liberdade o que se aprendeu foi a viver a partir do facilitismo em todos os pólos sociais. Se a vida melhorou, porque não se vêem essa evolução de forma mais proporcional no que respeita ao efetivo sucesso escolar… não aquele que surge divulgado em números, mas no que se traduz no conhecimento e no saber fazer, aplicando os saberes a situações concretas.
A mim, por aquilo que vi, parece-me que as questões de resposta direta desapareceram… todas apelam ao raciocínio… Quanto ao 9º… exatamente a mesma coisa! O nível aumentou…. vamos ver por quanto tempo se mantém!
Sou professor de Matemática. Devo dizer que é a primeira prova “inteligente” que vejo desde que foram criadas as provas aferidas. Coloca novos desafios aos alunos e aos professores.
Não sei o tempo que dura esta razoável subida de exigência, mas espero que perdure. Assim, urge que alterem as coisas para que os professores possam exigir dos alunos mais trabalho, e das suas famílias mais acompanhamento e apoio ao trabalho da escola. Estou farto de ver neurónios sem uso nas crianças, estão a ganhar “teias de aranha”. Os neurónios são como os músculos, usados desenvolvem-se, não usados, definham.
Mas colocar provas destas nas mãos dos alunos, e exigir ao professor que os prepare melhor, não terá qualquer efeito se os professores tiverem de continuar a gastar metade do seu tempo de aula a resolver situações disciplinares/maus comportamentoe e ainda tiverem de lutar quase diáriamente contra os pais que não concordam com isto ou com aquilo.
Esta poderá bem ser a primeira mas também a última prova com mais exigência.
*Portanto, deixem trabalhar, ponham as coisas e as pessoas nos seus lugares. Não façam mais uma vez a casa pelo telhado.
diz que : Não façam mais uma vez a casa pelo telhado
e depois diz que esta prova é inteligente!!
LOL
A prova é inteligente, porque apela ao raciocínio de forma variada e equilibrada, pela primeira vez é uma boa prova para aferir conhecimentos.
O que não quer dizer que o Dr. Crato esteja a fazer um trabalho bem feito, pois muitos alunos foram impedidos de mostrar que atingiriam um nível mais elevado nesta prova, por motivos que passam pela tutela mais do que pelos alunos e professores.
É isto a “casa pelo telhado” a que me refiro.
LOL
Fiquei chocada por não ser uma prova para todos, não relevando os alunos com necessidades educativas especiais, principalmente com deficiências no dominio cognitivo, com compromissos no raciocinio lógico e atenção. Assim, considero esta prova um atentado à escola inclusiva e espero sinceramente que seja apenas pontual e não permanente!
Contudo, a Prova foi adequada para bons alunos, com ambientes faciliatadores em termos de ensino e familia.
A prova realmente foi pensada para bons alunos, aqueles que estudam, que se esforçam, estão interessados nas aulas e questionando alguns conteúdos menos claros (ainda há destes alunos); não foi pensada para alunos com ambientes facilitadores (de ensino) como os das salas de aula de Portugal, mas para ambientes de rigor extremo em questões disciplinares como nos países de leste e na china (questionem os alunos destes países, cujos pais mandam vir manuais dos seus países por considerarem que em Portugal a “matemática é fraca”) e, finalmente, o ambiente facilitador da família em que a teoria do “menino bem” é que é bom, já foi chão que deu uvas. Quanto maior for o laxismo e permissividade, qualquer analfabeto sabe que não leva a nada. Está escrito na sabedoria popular, entre outros, “de pequenino se torce o pepino”.