É Uma Questão de Fé e de Justiça

Mas ainda acredito que seja possível criar uma disposição transitória no diploma de concursos que permita que quem ainda não tem os 365 dias de serviço nos últimos 6 anos e estava em condições de beneficiar da 1ª prioridade por ter trabalhado num dos últimos dois anos no ensino público possa excepcionalmente neste concurso e no concurso de ingresso na carreira em 2013/2014 ser enquadrado na 1ª prioridade de forma a evitar situações como a que me chegou por mail.

A esta pergunta o Professor Marcelo não respondeu mas vejo fortes possibilidades que a Constituição Portuguesa proteja situações deste género e que impeça a “despromoção” destes docentes a uma prioridade diferente da que adquiriram com uma lei em vigor.

Sou docente com qualificação profissional para os grupos de recrutamento 110 e 910 e tenho neste momento um total de dias de serviço de 2181 dias, dos quais 1851 foram obtidos numa instituição particular e cooperativa com contrato simples e os restantes 330 foram obtidos no ensino público no ano lectivo 2010/2011.

Se as regras do concurso não mudassem com este acordo, no concurso deste ano eu concorreria em 1ª prioridade, uma vez que trabalhei no ensino público num dos dois anos anteriores. No entanto, dado que propuseram alterar essa situação exigindo no mínimo 365 dias de trabalho no ensino público, vejo-me na situação de por apenas 35 dias de serviço que me faltam para completar essa condição, ter de concorrer novamente em 2ª prioridade.

Assim, serão colocados docentes com muito menos dias de serviço à minha frente apenas por terem trabalhado os 365 dias no ensino público.

Durante os últimos anos, tomei opções de vida de acordo com as regras dos concursos para  que neste obtivesse a 1ª prioridade. Acho muito injusto perder esse direito por tão poucos dias, dado que se assim for, verei muitos colegas menos graduados passarem à minha frente e será quase impossível obter colocação. Com a totalidade dos dias de serviço que possuo e caso possa concorrer em 1ª prioridade ficarei numa posição justa na lista de ordenação e penso que conseguirei obter colocação no próximo ano lectivo.

Agradeço a sua atenção e espero que a possa partilhar no seu blog por forma a ser conhecida e discutida.

Atentamente,

Patrícia Magalhães.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2012/03/e-uma-questao-de-fe-e-de-justica/

44 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • Laura on 13 de Março de 2012 at 13:16
    • Responder

    Eu até agora, também achava injusto que com apenas 1 dia de serviço no público, colegas que sempre estiveram em privados, me ultrapassassem.
    Nesse aspecto, esta nova proposta é bem mais justa e no meu ver, até deveriam ser mais dias (720 dias no Ensino Público nos últimos 4 anos, seria o ideal para, de facto, se fazer uma triagem).

      • Laura on 13 de Março de 2012 at 13:31
      • Responder

      Eu queria dizer 730 dias no Ensino Público 🙂 A tecla até foi simpática para os que estão continuamente em Escolas privadas ao lado de casa, à custa da cunha mais forte.
      Conheço “colegas do privado” que tiveram 1 dia ou 2 de tempo de serviço em Escolas Públicas (alguns em interrupções lectivas) e que só por causa desse facto, me ultrapassaram na lista. Isso era justo??!
      Até agora sim, esta história das prioridades era de uma enorme injustiça!
      Até acho que deveriam ser mais dias em menos anos… mas pronto, mesmo assim, é mais justo do que antes.

      PS.: Não me apetece usar o novo acordo que afinal se calhar não o vai ser…
      E assim vai o mundo…

    • Anónimo on 13 de Março de 2012 at 14:02
    • Responder

    Temos pena! Fosse trabalhar logo para o público, mesmo que para isso tivesse a 400km de casa com filhos para criar, como eu. Chorei muita lágrima, com saudades dos meus filhos. Temos que lutar é para ninguém ter direito 1ª prioridade sem ter no mínimo 730 dias de serviço no público, somente, público. É uma injustiça que estão a cometer, esta dos professores das escolas com contrato de associação puderem concorrer na 1ª prioridade. VERGONHOSOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!

    • Manuel on 13 de Março de 2012 at 14:20
    • Responder

    O MARCELO tem a mania que sabe. Tem a mania que o povo se cola ao ecran ansioso por o ouvir falar de tudo o que lhe apetece. Mas só é cego quem quer. O Marcelo (sim, foi de propósito a letra inicial minúscula) deu a volta aos professores. Desprezou habilmente. Porque não lhe convinha falar daquilo que todos sabem mas poucos possuem coragem de reconhecer em voz alta. A CUNHA…!!!! Não falou porque ele, certamente, também chegou lá acima por esse meio. Ou duvidam? Penso que dali não vai sair nenhum comentário IMPARCIAL que todos ansiamos ouvir, no entanto, julgo que não devíamos baixar os braços e assumirmos a derrota. Nada disso! Acho que devíamos bombardear aquele indivíduo com esta questão: SE ACHA CORRECTO QUE OS DOCENTES DO PRIVADO CONCORRAM NAS ESCOLAS PUBLICAS NA PRIMEIRA PRIORIDADE (COMO OS DO PUBLICO), ENTAO NÃO LHE PARECE JUSTO QUE NOS CONCURSOS PARA O PRIVADO, OS DOCENTES DO PUBLICO TAMBEM POSSAM CONCORRER EM PRIMEIRA PRIORIDADE?????

    Isso sim. Queria ver a coragem dele…

    • Elisabete on 13 de Março de 2012 at 15:07
    • Responder

    Mas a colega saiu completamente do privado?

    Isto porque, no diploma que foi aprovado diz: b) São igualmente ordenados na 1ª prioridade os docentes de estabelecimentos particulares com contrato de associação, desde que tenham sido opositores aos concursos previstos na alíneas b) do n.º 2 do artigo 6.º, no ano imediatamente anterior ao da realização do concurso externo e tenham lecionado num horário anual não inferior a 365 dias em dois dos seis anos letivos imediatamente anteriores ao da data de abertura do concurso em estabelecimentos particulares com contratos de associação e/ou em estabelecimentos integrados na rede do Ministério da Educação e Ciência;

    Se não tivesse saído, ficaria na primeira prioridade, o que acharia injusto…

    Eu continuo a achar que as prioridades estão injustas! Na minha opinião, esta alínea b) não deveria existir, apenas a alínea a) ou então, devia ter ficado como estava no diploma em vigor nos anos passados.

    • Sebastiao Faneca on 13 de Março de 2012 at 15:09
    • Responder

    Concordo plenamente com o colega Mnauel. Gostaria de colocar uma questao ao colega ARLINDO, por favor responda.

    Neste novo diploma de concursos, nunca se refere o nome das TEIP nas ofertas de escola. Portanto, tudo continua na mesma???? Continuam a fazer o que lhes apetece??? Relembro que elas eram regidas por um decreto lei especifico (e ja antes existia um diploma de concursos…), portanto, acho que ninguem ainda se apercebeu que as TEIP continuarao na mesma e as outras (onde ainda existia alguma restia de imparcialidade) vao seguir um caminho proximo das TEIP…..

    Obrigado.

    • Barrigana da Silva on 13 de Março de 2012 at 15:11
    • Responder

    SE ACHA CORRECTO QUE OS DOCENTES DO PRIVADO CONCORRAM NAS ESCOLAS PUBLICAS NA PRIMEIRA PRIORIDADE (COMO OS DO PUBLICO), ENTAO NÃO LHE PARECE JUSTO QUE NOS CONCURSOS PARA O PRIVADO, OS DOCENTES DO PUBLICO TAMBEM POSSAM CONCORRER EM PRIMEIRA PRIORIDADE?????

    Muito bem MANUEL…!!!!!!!!!!!!

    • Elisabete on 13 de Março de 2012 at 15:22
    • Responder

    Pessoal, mas o Marcelo já respondeu a essa questão (mais ou menos…) e ele disse que não concordava que o pessoal do privado concorresse para o público no pé de igualdade! Este vídeo também está aqui no blog do Arlindo.

    http://www.youtube.com/watch?v=Fckt7PX1EJU

      • Elisabete on 13 de Março de 2012 at 15:26
      • Responder

      O que quis dizer:
      O Marcelo já respondeu (mais ou menos) a essa questão! Ele disse que não concordava que o pessoal do privado concorressem na 1ª prioridade como o pessoal do público. O vídeo está aqui no blog… (não me deixam colocar o link…)

    • Ana on 13 de Março de 2012 at 15:23
    • Responder

    Como vê colega Patrícia Magalhães…é bem provável que os professores deste blog, achem muito justo aquilo que pelos vistos a colega acha injusto…

    A distância forçada das pessoas que amamos…ano após ano… (provavelmente a colega não sabe bem do que estou a falar…) justificam a nossa posição.

    Para o processo ser mais justo ainda…Concordo com a Laura…Aumentem mais ainda o número de dias mínimo para a 1ªprioridade.

    Conheço muita boa gente nas privadas que já se tem rido com a ideia de passarem à frente muitos de nós.

      • ecpribeiro on 13 de Março de 2012 at 15:29
      • Responder

      Também concordo! E 720 dias até é pouco…

    • Contratada de Longa Duração on 13 de Março de 2012 at 15:28
    • Responder

    Muito injusto para professores que andam nesta “fado” de contratação há imensos anos. Ninguém fala de nós, cada um quer é resolver os seus assuntos.
    Como não bastasse os que cá estão, ainda querem meter mais. Mas atenção a “batalha” nas listas do ME, são muito duras. Nunca pensaram deste “pequeno” entrave, como se não bastasse termos que os enfrentar nas OE´s onde os privados e de contratos de associação, são os “reis” na obtenção dos contratos, só que para obterem um com 365 dias é muito complicado…pois…mas se não ficam no 1º ficam no 2 º ano.
    Está cada vez mais complicado…mobilidade…enfim…
    Digo-vos está tudo muito complicado, principalmente para os professores contratados de longa duração…fartos da “mobilidade forçada”, mas como costumo dizer e todos se esquecem, até os colegas do quadro, infelizmente, não podem ficar lá para sempre e irão sempre ter que ser substituidos.

    • Aires on 13 de Março de 2012 at 15:33
    • Responder

    Eu também estou na situação da colega. Por apenas 94 dias perco a 1ª prioridade que conquistei com o diploma de lei em vigor. Que se mude as regras tudo bem, mas a meio do jogo é totalmente injusto. Infelizmente só no ano passado consegui uma colocação no ensino público (o outro ano foi em 2005/2006 mas fiquei com 2 horas em Vila Real! fruto da aplicação informática!) e saí da escola profissional (ensino particular e cooperativo) em Outubro para conseguir (finalmente) a 1ª prioridade. Contudo, o acordo celebrado retirou-me algo que conquistei por pleno direito..mas a lei muda novamente. Concordo com o arlindo sobre a necessidade de haver uma disposição transitória no diploma de concursos que permita que quem ainda não tem os 365 dias de serviço nos últimos 6 anos e estava em condições de beneficiar da 1ª prioridade por ter trabalhado num dos últimos dois anos no ensino público possa excepcionalmente neste concurso e no concurso de ingresso na carreira em 2013/2014 ser enquadrado na 1ª prioridade. A vida das pessoas não se joga como se estivessemos num casino…

    • Marta on 13 de Março de 2012 at 15:55
    • Responder

    Olá colegas,
    Fico furiosa quando leio aqui que colegas que sempre estiveram perto de casa com todas as comodidades que a isso estão associadas agora se queixem da injustiça dos concursos mas há ainda uma coisa que não compreendo e que me pode deixar ainda mais furiosa. Aqueles colegas que foram despedidos das escolas com contrato de associação no decorrer ou no final do ano letivo anterior também poderão concorrer em 1ª prioridade já no próximo concurso? Já li e reli o diploma e não consigo chegar a uma conclusão. Se a resposta for afirmativa é mau demais para ser verdade.Obrigada. Marta.

    • sandra s. on 13 de Março de 2012 at 17:37
    • Responder

    Para mim, já não há volta a dar a este documento. Desde a 1ª proposta que tem tido vários remendos. E um remendo é sempre um remendo.
    A única solução é atirar o documento para o lixo e FICAR TUDO COMO ESTAVA…. Estamos fartos de mudanças que só arrastam os contratados para mais precariedade. Já alguém disse por aqui que só com uma PARALISAÇÃO NACIONAL DE CONTRATADOS é que seríamos tratados com mais respeito.

    • Laura on 13 de Março de 2012 at 18:46
    • Responder

    Tenho outra sugestão MUITO JUSTA… Se os contratados dos privados (cont. associação) querem passar para a 1a prioridade como nós, então essas escolas devem vir para o concurso nacional!
    1a prioridade igual… então condições de contratação iguais.


  1. situações como esta deviam ter sido acauteladas antes de haver acordo

    acho que os lesados não se devem limitar a lamentar

    acho que devem exigir responsabilidades a quem lhe acenou com umas regras que depois não cumpriu (não me venham dizer que mudou o governo, o estado tem de ser gente de palavra; se quer mudar as regras de concurso, tem de avisar atempadamente!)

    vide tb:
    http://smartforum.educare.pt/index.php?id=231494

    • Maria on 13 de Março de 2012 at 21:40
    • Responder

    Colegas ,

    Eu neste momento já sou professora do ensino público ,mas trabalhei muitos anos no ensino particular e tinha colegas a deslocarem-se 100km por dia . Isso de os colegas do particular trabalhar à porta de casa é mentira.

    • 520 on 13 de Março de 2012 at 21:48
    • Responder

    Tristeza…eu estou na mesma situação que a colega do post.E estou em estado de CHOQUE com os cometários, a falta de amizade, de compreensão e de companheirismo é INCRIVEL. Só não trabalhei mais no público porque não consegui. Por acaso se não tivessem trabalho iriam rejeitar uma colocação no privado?? Tem consciência que também se tapa buracos no privado e pior a recibos verdes, sem subsidio de alimentação, nem de Natal, nem de Férias e com uma carga fiscal IMPLACÁVEL?!?!?!?! Se tivesse contas para pagar e não houvesse lugar no público para vocês não aceitevam o privado?!?! Este país mete NOJO com tanta injustiça e com pessoas com uma mente tão pequena como alguns que redigiram comentários miseráveis.

    • Ana on 13 de Março de 2012 at 22:22
    • Responder

    Colega…Não conseguiu…..? Ou não dava lá muito jeito….?? É que eu desde que me licenciei que consigo trabalhar para o ensino público…Mas tive, claro, que passear pelo país todo!!!!Aceitei horários tão pequenos que paguei para trabalhar!!!E tive, claro, que aceitar horários de 1 mês por doença, e tive, claro, que aceitar substituições de colegas grávidas por 4/5 meses, e tive, claro, que estar muitas vezes a 500 km de casa!!!!!!É verdade!!!500!!!!Aceitar horários que ninguém queria???Também aceitei…O trabalho no público sempre houve cara colega….Não dá é muito jeito a alguns…Sacrifica-se conforto e sacrifica-se família. O meu filho sente bem a minha ausência.
    COMPREENSÃO, AMIZADE E COMPANHEIRISMO colega???Sempre tive bastante. Demasiado até…A questão aqui é de justiça. Por certo que foi despedida do ensino privado…Mas se ainda lá estivesse concerteza que não gostava que eu lhes batesse à porta para lhe tirar um lugar e uma posição conquistada por direito e sacrifício, pois não????
    Os subsídios????Nem os vi….Serviram para pagar portagens, gasóleo, pneus, quartos/casas arrendados, água, luz e alimentação.
    Respeite então os colegas que tão bem conhecem esta descrição. É esta a nossa realidade no ensino público. E a sua??Foi assim??

      • Elisabete on 13 de Março de 2012 at 23:07
      • Responder

      100% de acordo! Já cheguei a não vir a casa durante semanas por falta de dinheiro para a viagem porque senão, não comia ou não pagava a renda do quarto. Isto em Sintra… Alguém acredita? Só quem passa por elas…

      • António Lopes on 14 de Março de 2012 at 10:34
      • Responder

      Colega,
      eu digo: conheço quem não consiga!!
      Portanto, peço encarecidamente que arranje colocação a estes professores que não conseguem, uma vez que diz que só não consegue quem não quer!!
      É um desafio que lhe deixo: arranje então colocação para estes professores! Aceitam 1 hora que seja, em qualquer parte do país!!
      Aguardo endereço da escola onde serão por si colocados…

      • 520 on 14 de Março de 2012 at 14:49
      • Responder

      Mas oh colega quer um prémio pelos seus sacrifícios??? É muito feio tentar adivinhar o que se passa na vida das pessoas e pior do que isso julgar as pessoas..É como eu digo há mentes muito pequenas. Se não percebe o real problema que aqui se está a debater eu explico: alterar as regras do jogo a menos de um mês dos concursos, será que assim percebe??????????????????? As pessoas tomam opções de acordo com as REGRAS, entende??????????????? É que se de uma hora para outra as regras mudassem e se visse que teve anos da sua vida a fazer opções e que essas opções, que até há semanas atrás estavam correctas, lhe mandavam para o desemprego se calhar não responderia da forma arrogante e mal educada. Espero que nunca passe por esta sensação e olhe seja feliz nas suas opções.

      • 520 on 14 de Março de 2012 at 15:01
      • Responder

      Só mais uma coisa, no seu comentário até que diz uma ÚNICA coisa acertada “A questão aqui é de justiça.” Justiça porque as opções que todos tomamos são de acordo com as REGRAS. Mas o que a colega GRITA no seu cometário é beneficiar quem faz mais sacrifícios quem faz menos tem de ser castigado. E repito no mesmo tom que a colega: NÃO FAÇA JUÍZOS DE VALO ACERCA DAS OPÇÕES, OPORTUNIDADES E VIDAS DAS PESSOAS, A QUESTÃO AQUI É MUDAR AS REGRAS DO DIA PARA A NOITE!!!!!!!!!!!!!


  2. Estes colegas não podem perder a 1ª prioridade desta forma, pelo menos NESTE concurso!

    • António Lopes on 14 de Março de 2012 at 10:31
    • Responder

    Bom dia.
    Eu acho que, independentemente das nossas experiencias de vida – que nalguns casos tornam as pessoas muito amargas e tristes, procurando na encontrar na situação da colega uma justiça divida (eu fui para longe, agora pimba, vai tu!!, se conseguires trabalho!!) – os colegas acima não estão a olhar para o fundamental!
    O que importa aqui realçar é que vivemos num limbo!! As decisões são tomadas sem qualquer nexo, a poucos dias da abertura do concurso. A colega que expões o seu caso tomou, com certeza, opções de vida que tiveram em conta as regras do jogo que conhecia e que eram públicas.
    Mas o n/ actual governo – também os antigos e com certeza os futuros – tomam as decisões que mais se adequam aos interesses que querem servir no momento, atropelando todas as regras morais e de bom senso: até um miúdo sabe que não se mudam regras a meio do jogo!!!
    E, se não tomarmos posições concertadas, o circo continua, e hoje é prejudicada a colega que expõe o caso, amanhã quem escreveu o comentário 5, depois o 7 e o 9, etc., etc…
    Podemos concordar com as regras do jogo ou discordar das mesmas! Mas acredito que todos concordam que não é assim que se fazem as coisas e, tomem nota, se se tratassem de PPP’s, Magistrados, Médicos ou Lusopontes, as coisas não eram feitas desta maneira!!!

      • 520 on 14 de Março de 2012 at 14:51
      • Responder

      Muito bom. Espero que com este excelente comentário as mentes pequeninas que existem na nossa profissão fiquem mais esclarecidas!

      • Patrícia on 15 de Março de 2012 at 12:16
      • Responder

      Obrigada colega António pela clara visão do problema e pela objectividade do seu post…é exactamente como diz…brincam connosco, trapaçam-nos, desrespeitam-nos de forma impensável e para meu espanto vejo que há colegas que apoiam essas ideias do governo incentivando-as até. Enfim…

    • Patrícia Magalhães on 14 de Março de 2012 at 15:00
    • Responder

    Todos os colegas que estiveram ou estão longe de casa vivem amargorados por estarem nessas condições. É mais do que compreensível. Também acho que toda esta lógica concursal está errada e que as coisas poderiam funcionar melhor, houvesse essa vontade por parte de quem organiza a logística do concurso. No entanto, parece-me descabido, senão infantil, esse raciocínio de que se eu estou mal quem vier atrás deverá ficar mal como eu ou pior, se for possível. Cada um deu o rumo possível às suas vidas. Eu trabalhei durante 5 anos a 20 Km de casa numa instituição particular (sem qualquer cunha) e não fui despedida, fui eu que me despedi de um lugar efectivo para uma substituição de 1 mês para poder ter tempo de serviço no ensino público. Fiquei 330 dias apenas porque a colega não se apresentou até ao final do ano. Claro que se saí da minha zona de conforto foi baseada nas regras existentes. Cada um é livre de ter as suas opiniões, agora não me venham dizer que mudar as regras do jogo a meio do processo é justo e que as exigências até deveriam ser maiores…porque quando concorreram para longe ninguém mudou as regras a meio, foi um risco calculado e assumido por cada um. Eu também concorri ao país todo e não consegui nenhuma vaga senão lá estaria concerteza porque em nada sou diferente dos demais. Espero que realmente encontrem uma solução para quem está nesta situação porque acho que é o mínimo que podem fazer. Boa sorte a todos os contratados, bem precisamos dela.

      • 520 on 14 de Março de 2012 at 15:05
      • Responder

      Colega entendo-a PERFEITAMENTE!
      E estou consigo para tentar ver o que se pode fazer nestas INJUSTIÇAS!

        • maria pereira on 14 de Março de 2012 at 17:16
        • Responder

        Estou na mesma situação da colega Patrícia e subscrevo cada palavra!!!
        A vida é feita de opções e no momento de as tomar achamos sempre que estamos a fazer o mais correto! Ir para o privado foi uma opção que nos pareceu correta logo ninguém deve apontar o que quer que seja!! Ninguém!! Porque a injustiça que aí se está a expôr está na mudança das regras a semanas da realização do concurso! Aliás eu nem sequer percebo isto das prioridades, porque cada um é livre de concorrer para onde quiser, porque quer no público quer no privado trabalha-se, e trabalha-se para os alunos que é o mais importante! Por isso, a ordenação por graduação e a ordem dos QZP indicada deveria chegar para nos pôr a trabalhar!! Porque todos nós estudamos para ingressarmos no mundo do trabalho!! Tal como todas as outras profissões mas nesta, mais do que nas outras, reina muita inveja e não se entende!!!
        Boa sorte para todos os colegas, porque todos queremos e precisamos, digo eu, de trabalhar!!!

      • Elisabete on 14 de Março de 2012 at 15:31
      • Responder

      Colega, se estava na sua zona de conforto, porque saiu? Sempre concordei com as regras anteriores, mas nunca concordei com as regras das ofertas de escola. Talvez daí conseguiu a tal substituição. Também não concordo com as regras actuais. Estaria de acordo com estas regras se todos os horários fossem para concurso (público + escolas c/ contrato de associação). Aí sim, todos deveriam concorrer na mesma prioridade. E aí sim, a colega não estaria na posição que está.

        • Patrícia Magalhães on 14 de Março de 2012 at 22:12
        • Responder

        Quando digo que saí da minha zona de conforto, refiro-me obviamente à distância casa-escola que de facto era curta. Como é também evidente, tive outras motivações para tomar a atitude de sair. Mas volto a sublinhar que não são as minhas opções pessoais que estão em causa mas sim a alteração das regras a um mês do concurso. É isso que está errado. E aproveito, também, para dizer que não consegui a colocação por oferta mas sim por bolsa de recrutamento. No entanto se a tivesse conseguido por oferta seria perfeitamente igual uma vez que estas são legais e estão previstas. Agora, se concordo com elas? Isso é outa história. Infelizmente ninguém nos pergunta se concordamos ou não e cada um de nós joga com os dados que tem. Porque se a única forma de tentar trabalhar é através de ofertas de escola, é óbvio que concorro a todas quantas posso concorrer.

          • 520 on 14 de Março de 2012 at 23:37

          Claro, a questão central é a alteração das regras a dias dos concursos. Agora as opções que cada um tomou nem sequer são para aqui chamadas! Compreendam o que aqui se está debater! Colega Patrícia, estou na mesma situação e é claro que não concordo com esta selva porque se assim fosse teria tomado outras opções, não se mexe assim com a vida das pessoas do dia para a noite. As regras do jogo não se alteram assim…do nada…

          • Patrícia on 15 de Março de 2012 at 11:35

          Se todos compreendessem o que se pretende debater não teríamos de ler opiniões que em nada ajudam à resolução de um problema que é de todos, a falta de respeito pelos profissionais, alterando as regras em cima do concurso. No fundo, perdem-se a julgar as atitudes dos outros e não são capazes de se focar no que é essencial… é pena, porque num momento ou noutro, o problema pode ser desses mesmos que agora não mostram qualquer tipo de solidariedade para connosco. Bem-haja pelas palavras e vamos acreditar que ainda é possível travar esta injustiça.

    • Anónimo on 15 de Março de 2012 at 12:14
    • Responder

    Desculpem lá este desabafo. Eu por acaso ou não fico na 1ª Prioridade. Agora toda a gente acha justo aquilo que de inicio seria impensável!!!! A colega tem toda a razão,pois optou por aquilo que o sistema lhe oferecia. E mais, todos os colegas que estão contra a esta colega, e pela vossa opinião, então seria mais justo a proposta inicial do governo, 4 contratos anuais nos ultimos 6, assim seria melhor? Por amor de Deus. Como agora já não lhes afecta, está bem assim. Mas eu se tiver 2 anos no publico tb poderia ser assim, não era, caso contrário não assim está bem. Trata-se de espectativas, e a colega teve-as com a lei em vigor na altura, será justo? Eu acho que não, e não sei até que ponto é constitucional…

      • Patrícia on 15 de Março de 2012 at 12:22
      • Responder

      Colega a nossa esperança é de facto, caso eles não se dignem criar algo que proteja quem ficaria agora na 1ª prioridade, se possa provar a sua ilegalidade. Pelos vistos assim é porque não se podem alterar assim as leis de um momento para o outro só porque lhes dá jeito. Obrigada pelas palavras de apoio!! E que tenhamos sempre o descernimento para compreender todas as situações tal como são e não apenas sob orientação dos nossos interesses e o nosso umbigo, como muitos colegas já em situação mais confortável fazem questão de fazer.

      • 520 on 15 de Março de 2012 at 21:44
      • Responder

      Ufa parece que finalmente estão a compreender a nossa situação! Vamos ver o que se pode fazer…


      1. Colega também estou numa situação parecida 25 anos no ensino privado e cooperativo, saí sem indemnizações e sem nada este ano letivo para o público. Fiquei num horário completo a ganhar pelo índice 126 . Segundo a lei em vigor continuava no próximo ano ,porque já tinha dias de serviço do público.Não tenho para este concurso 365 dias. Agora pergunto será justo ir para o desemprego porque as regras mudam de uma hora para outra? As colegas que concorreram como eu e ficaram colocadas ,mas não quiseram sair do colégio , porque não estavam interessadas no ordenado ,vão ter de bandeja agora a primeira prioridade. Também acham justo???

    • Teresa P on 15 de Março de 2012 at 15:03
    • Responder

    A questão para mim é a seguinte:

    Por lei, as empresas são obrigadas a efectivar o pessoal ao fim de um determinado número de anos e/ou contratos, que se não esotu em erro são 2 anos ou 3 contratos. Portanto todas as empresas que contratam legalmente ao fim de dois anos têm que ter os seus funcionários efectivos. No público a história é outra. No meu caso pessoal trabalho há 9 anos no público e já realizei inúmeros contratos. Estou efectiva? Não! se a lei fosse igual à do privado, estava efectiva? Sim! No privado pode-se não renovar o contrato a uma grávida? Não! No público pode-se? Sim! Já me aconteceu 3 vezes! As leis da prioridade são no fundo uma forma de compensar os contratados que andam 10, 15, 20 anos a contrato, sem nunca ficarem efectivos. Se o estado tivesse a mesma lei que criou para os privados, há muito que estariamos efectivas. Se estivessemos efectivas, não havia lugares para concorrer, ou então seriam muito poucos.

    Sacrifícios, existem em todos os lugares. Gente com sorte existe em todos os lugares. A prioridade é uma questão de já que não efectivam quem trabalha durante anos e anos para o estado, ao menos ter mais possibilidades de arranjar um emprego, seja ele perto ou longe de casa.

      • 520 on 15 de Março de 2012 at 21:54
      • Responder

      Colega cuidado com as afirmações que faz. No privado também existem artimanhas para não efetivar. Quer um exemplo?? Dou-lhe o meu, há 6 anos que trabalho no privado a recibos verdes..contrato não sei o que isso é! Licença de gravidez???Isso não existe. Renovação de contrato?? Qual contrato?? Vencimento em Julho, Agosto, Interrupções letivas de Natal, Carnaval e Páscoa, Feriados???Não existe! Ah e não se ganha à hora, faz-se a contagem de 45min em 45min!! ADSE ou outro seguro qualquer???É o sistema nacional de saúde e é para quem quer!!! Contagem de tempo de serviço??Existe mas a formula é bem diferente, para pior óbvio!! Reuniões não são remuneradas!! E claro mal acabam as aulas (Junho) rua e para o ano pode ser que haja mais…Mas insisto não é esta a questão!!!!!!!!

    • Lei on 15 de Março de 2012 at 23:04
    • Responder

    Declaração de interesses: Não sou professor, sou marido de uma professora.

    Dito isto, quero afirmar a minha profunda mágoa pela falta de coesão reivindicativa da classe. Os tempos atuais, são propícios ao presente estado das coisas: individualismo e egocentrismo elevado ao exponente máximo.
    Parece que existem duas classes de professores: os do privado, e os do público. Será assim? Na minha opinião, direi que não, acrescentando que a classe professoral é uma das mais egoístas do mundo laboral. Deveriam exigir, reivindicar, lutar por regras ou normas claras e transparentes no âmbito dos concursos. E o que fazem? Cada qual luta pela sua capelinha! Existe legislação mais labiríntica que a emana do M.E, seja para concursos de professores ou outra? Quando leio a proposta em discussão não a percebo. Uma lei razoável, é aquela que não dá azo a dispares e contraditórias interpretações, pois como sabemos não existem leis perfeitas. E o que fazem os senhores(as) professores (as)? Discutem o lugar, a 1ª, 2ª, 3ª prioridade. Devem fazê-lo? Acho que sim. Mas não basta. O que se exigia, é que de uma vez por todas, a legislação concursal não andasse ao sabor dos interesses políticos e económicos mais imediatos, ou seja, que fosse estável e com futuro. Fará algum sentido, mudarem-se as regras relativas, por exemplo, às prioridades ao meio do jogo? Convidam-se os excelsos professores, os do particular e os do público para opinarem sobre o supra dito.,

      • Patrícia on 16 de Março de 2012 at 14:30
      • Responder

      Completamente de acordo!
      Já noutros comentários salientei o meu espanto pela falta de união num problema que é de todos. Mas parece que é como diz, cada um vai olhando pela sua vidinha e desde que as alterações não o chateiem óptimo. Se os colegas padecem por alterações estapafurdias ainda bem porque eles próprios também já sofreram pela distância de casa e não saímos disto. Enquanto não percebermos que apenas remando todos no mesmo sentido tendo em vista maior respeito pela nossa classe estas situações continuarão a suceder!! É uma pena que nem todos os colegas entendam isso! Mas vamos discutindo, deixando ficar estas ideias…pode ser que vá surtindo algum efeito!!

        • 520 on 16 de Março de 2012 at 19:25
        • Responder

        Concordo perfeitamente!! Somos todos professores!!!! Agora somos nós, amanhã podem ser alguns dos colegas que redigiram alguns dos comentários. Pensem nisto!

Responder a Patrícia Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado.

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: