Esta foi uma garantia dada à FNE na reunião de ontem com o MEC.
O secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, assumiu o compromisso com a FNE de manter os concursos anuais de contratação de professores e que vai ser respeitada a lista graduada dos docentes.
A garantia foi dada hoje, durante uma reunião para iniciar o processo de revisão do atual regime de administração das escolas.
A solução seria simples para que a lista graduada também fosse usada nas OE. Explicarei mais tarde pormenorizadamente, embora já o tenha dito num post anterior de uma forma mais abrangente.
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20 comentários
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Será mesmo?! Quero acreditar que sim mas sinceramente… tenho muitas dúvidas
Devia era abrir concurso interno e externo, mas prefere aumentar a precariedade docente. Na minha opinião, o MEC não faz nada de mais manter os concursos nacionais para contratação. É até um favor “burocrático” que faz às escolas.
Isto do «Concurso Externo» e do «Concurso Interno», que foi uma invenção da hedionda MLR, é mais uma estupidez que não faz nem nunca fez sentido. Só divide uma classe onde a maioria dos profissionais SÃO IGUAIS e devem ser tratados DE IGUAL FORMA, e não INTERNOS E EXTERNOS. Isto é uma vergonha !! Se o Governo não tem a capacidade de meter no Quadro a maior parte dos professores, então que os retire A TODOS dos Quadros (os que lá estão) e proporcione um novo concurso para todos de acordo com o tempo de serviço. Não se admite esta diferença entre profissionais com a mesma formação e tempo de serviço, havendo tantos e há tanto tempo a contrato…
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Mas diz-me uma coisa. Se existem candidatos em contrato com mais tempo de serviço do que alguém no quadro nesse mesmo grupo de recrutamento foi porque esses não arriscaram tanto no concurso, ou não?
Se me permites Arlindo, acontece haver colegas com menos tempo de serviço que eu como contratada no quadro. Como aconteceram essas situações?
É o caso de colegas que no concurso optaram por um distrito em que lhes foi mais favorável. É o caso das grandes zonas habitacionais, como a zona de Lisboa em detrimento de zonas do Alentejo.
Poderei salientar colegas abrangidos com a alinea a) que por exemplo me retirou a hipótese de ficar no quadro no último concurso.
As poucas vagas a concurso.
Enfim…
Por isso quando digo que acabei há tanto tempo e continuo contratada, muito colegas ficaram admirados.
Cumprimentos.
Existem muitos professores a Contrato com mais tempo de serviço do que muitos dos do Quadro. Só por esta situação já se vê o estado em que estamos…
Essa de arriscar ou de não arriscar é uma desculpa da treta, que só pode ser proferida por quem não percebe nada disto (inexperiência inocente…), ou porque tem poucos anos disto, ou porque é malvado e não quer ser justo. A minha situação é parecida com esta e a de muitos: 1) 18 Contratos de um ano cada, sempre a trabalhar (quase quase 6 000 dias de serviço !!); 2) Pelo país inteiro (Portugal Continental), casado e com filhos…; 3) Sempre perseguido pelo estigma «contratado» (já devia estar no 3º escalão).
NOTA: a questão de arriscar ou de não arriscar é subjetiva, já que um candidato, se puder, pode muito bem optar por escolher as escolas mais perto da sua residência, etc., etc. É um direito que lhe assiste e quem não o faria ? O Arlindo não o faria se tivesse a oportunidade ?
A nossa Carreira docente está minada de alto a baixo e permite, entre outras coisas, que COLEGAS COM MENOS TEMPO DE SERVIÇO ESTEJAM JÁ EM QUADRO EM RELAÇÃO A CONTRATADOS COM MAIS TEMPO DE SERVIÇO !! Como é possível ? Em nenhuma empresa se permite isto. O que aconteceu ao longo dos anos é que os Governos não abriram Quadros para determinados grupos, em quantidade suficiente, preferindo mantê-los a Contrato, o que deu nesta confusão.
NOTA (2): já agora, lanço-lhe o desafio, pois sei que gosta de fazer estes estudos, de compor quadros comparativos entre as listas de colegas que estão nos Quadros (por grupos) e os que estão a Contrato. Constatará que muitos daqueles que estão nos Quadros têm menos tempo de serviço do que muitos que ainda estão a Contrato.
Obrigado.
Indica-me os grupos que te estás a referir.
Estou mais por dentro do 2º CEB, línguas: 200 (já agora, por que raio é que os Professores de História dão Português ? É mais uma aberração); 210; 220…
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Mas diz-me uma coisa de novo. Tens pessoas no teu grupo que estão no quadro em escolas que concorreste e com menos tempo de serviço?
Sim, já me aconteceu. Como é óbvio, concorreu em concurso interno e eu em concurso externo. Não tive nenhuma hipótese.
Toda a gente sabe destas coisas, ou só eu é que sei ?
Já alertei os sindicatos para isto, mas ninguém quer saber…
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Se concorreu em concurso interno foi porque anteriormente arriscou para obter lugar no quadro. Tenha sido para as ilhas ou para o 1º ciclo.
Boa noite Arlindovky
A notícia é positiva, mas há alguma garantia para a realização do concurso em 2013? Falo de destacamento, mobilidade (sem descurar a possíbilidade de integrar os quadros, claro!).
E como ficam as reconduções? são para manter?
Esta falta de informação deixa-nos loucos!!
Obrigada pela partilha 🙂
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Ainda não há certezas de absolutamente nada a não ser o que determina a legislação neste momento.
Concurso de contratação, com recondução.
Concurso de DACL.
Concurso de DCE que pode ser alterado para modelo idêntico ao de este ano.
“A solução seria simples para que a lista graduada também fosse usada nas OE”
O problema da lista de graduação ser também utilizada nas ofertas de escola estaria nos colegas recém-formados que ficariam totalmente impossibilitados de concorrer a qualquer oferta.
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Não. Se pudessem concorrer em “março” com possibilidade de durante o mês de Julho atualizarem os dados da candidatura com a data de conclusão e a média do curso.
Os cursos que fornecem habilitação profissional são agora mestrados e implicam a elaboração e defesa de dissertação. Por aquilo que conheço, tem havido muito pouca boa-vontade das faculdades em permitir a defesa antes de setembro… Concordo com a visão que propõe, mas seria necessária uma “concertação” eficiente entre o ensino superior e o Min Edu
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Neste momento não é preciso concertar muitas posições entre o ensino superior e o ME já que estão fundidos no mesmo Ministério.
Onde é que já vai a conversa…
Isso do 1º CEB é uma história de se lhe tirar o chapéu ! Colegas que «arriscaram» lugares para Quadro, longe de casa alguns e que nunca puseram lá os pés, pois obtiveram logo (por sorte, por malandrice…) o tão almejado Quadro. Meteram Atestado Médico e no ano seguinte concorreram ao 2º CEB conseguindo também lugar em Quadro no seu outro grupo (220, por exemplo). Só que muitos não o conseguiram (principalmente os do 210) e ficaram desterrados, porém em Quadro, no 1º CEB. O que se vê hoje em dia muito é que esses chicos espertos conseguiram Destacamentos perto de casa, alegando que estão doentes e outras coisas no género… mas estão rijos, física e mentalmente.
Houve muita gente que nunca alinhou nessas «falcatruas», e noutras, como doenças falsas deles e de familiares, preferindo manter-se sério e firme no seu posto, pois trabalho nunca faltou no 2º CEB, embora como Contratados. Poder-se-á dizer: porque não fizeste como eles ?
É simples: são opções que são tomadas no tempo devido e de acordo com as circunstâncias que eu considero as mais importantes: família e trabalho que tive sempre. e esperança que abrissem Quadros no meu grupo.
O que interessa mais aqui é que o Sistema não pode permitir que Professores andem anos e anos assim, permanentemente a Contrato e agora ainda pior, fora da Carreira !!!! Em Concursos Externos !!!!
E para quando concurso para os professores dos quadros?
:(:(
Estou aposentado, mas reconheço que, se não houver uma lista graduada para colocação de professores a nível nacional, anda a perpectuar-se a injustiça e o compadrio: já há professores contratados, filiados num partido, colocados, por exemplo, em investigação ou em escolas com autonomia para fazer colocações. Fico perplexo com a ingenuidade intencional do ministro, quando permite que algumas escolas tenham autonomia para colocar os seus professores. Assim, não há democracia nem justiça: esta política não interessa a ninguém, ou melhor, só interessa a alguns que, por sinal, são sempre os mesmos.