Acho muito estranho o parecer do Conselho de Escolas ainda não ser público, mas posso afirmar que já o vi, que ele existe e que começa assim.
O Conselho das Escolas reunido em Caparide, no dia 27 de janeiro de 2012, emitiu o seguinte parecer sobre a Revisão da Estrutura Curricular apresentada pelo Ministério da Educação e Ciência, tendo como pressupostos a redução da dispersão curricular existente e a aposta no desenvolvimento gradual da autonomia das escolas que considera de valorizar:
Não percebo porque se esconde este parecer da comunidade educativa.
Entrei com vários números de utilizadores como habitualmente e não encontro estas listas. Agradeço a quem as tiver que me faça chegar, principalmente as do grupo 110.
Termina hoje o período de consulta pública sobre a revisão da estrutura curricular e os pareceres podem ser enviados até final do dia para revisao.estrutura.curricular@mec.gov.pt
Já enviei o meu contributo coletivo elaborado em Departamento e espero que o mesmo tenha sido feito em larga escala por todo o País.
Até ao final do dia irei enviar novo contributo individual associando-me aos pareceres enviados pela FNE e pela APEVT de forma a ampliar o número de posições que defendem a continuação da disciplina de Educação Visual e Tecnológica no currículo do 2º ciclo.
No próximo dia 4, em Guimarães, será realizada uma atividade apelando à sensibilidade e bom senso do governo que tem como objetivo ampliar a defesa desta disciplina. O que se propõe para este dia é pintar em AMARELO EVT um enorme coração de Guimarães, Capital Europeia da Cultura.
Podem acompanhar esta atividade e saber mais pormenores no FB da APEVT
A artista tem a pretensão de ter como convidados especiais, o presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel, para lhes vender esta obra. Mas a qual dos dois? “Ver-se-á!”, poder-se-ia afirmar em tom de sátira velada ou escancarada. Também podem escolher!
Parafraseando o escritor português António Lobo Antunes no livro Os Cus do Judas “(…) os caralhos da puta que os pariu combinados para nos foderem os cornos em nome de interesses que me escapam…”, a artista plástica, desenvolveu a obra intitulada “ATOS (IRRA)CIONAIS SEM ROSTO”, que se traduz num punho à nação e ao estado atual do mundo porque, afinal, é disso que se trata: mostrar o punho.
O Paulo neste post admirou-se do números de contratos publicados em Diário da República pela escola de Benavente no ano letivo 2011/2012 para demonstrar a instabilidade do corpo docente nas escolas trocando-se o trabalho mais bem pago de quem se aposenta pelo trabalho barato dos contratados que ficam em situação precária.
Como tenho números mais interessantes para mostrar relativamente a esta precariedade que se vive nas escolas deixo aqui a lista de horários pedidos para contratação pelo Agrupamento de Escolas do Cerco durante o 1º período.
Terminou hoje a votação do concurso elaborado pelo Aventar em que este blog participou na categoria Educação.
Sendo este concurso abrangente a todos os blogs que pretendessem entrar em concurso ao contrário de outros que entraram em processo de autonomeação é com grande orgulho que este blog passou à 2ª fase do concurso e terminou a final em 2º lugar na categoria Educação atrás do blog correntes do Paulo Prudêncio e um pouco à frente do blog do Ricardo Montes, Professores Lusos.
O agradecimento deste 2º lugar vai por inteiro para os leitores deste blog pois sem eles não seria possível atingir este resultado. Deixo também os parabéns ao Paulo Prudêncio pela vitória nesta categoria e para quem não sabe o correntes nasceu em 25 de Abril de 2004 e é um dos blogs mais antigos da blogosfera portuguesa.
Este é um número apróximado de horários que estiveram em contratação de escola no mês de Janeiro. Visto que por força das experimentações da aplicação da SIGRHE alguns horários mudaram a data de final de candidatura e por isso voltaram a repetir-se e como também não tive a preocupação de verificar quais foram esses horários que se repetiram estes números são aproximados.
O 1º ciclo lidera com 242 horários seguindo-se o grupo 500 (Matemática) com 101 horários e o 300 (Português) com 99 horários.
O maior número de horários são completos 568, seguindo-se o grupo de horários com 14 horas com 138 horários. Curioso este número elevado de horários com 14 horas que traduzem a saturação e o cansaço dos professores que estão perto da aposentação ou que apenas aguardam a publicação da sua aposentação em diário da república.
Depois de os Diretores já terem dado indicações a Nuno Crato da necessidade de se manter a disciplina de Formação Cívica no currículo dos alunos do ensino básico e secundário o Conselho de Escolas vem reforçar essa exigência.
Este Conselho alerta também para a necessidade de o apoio ao estudo ser considerado como componente letiva. Até aqui tudo bem não fossem as 5 horas semanais representarem um acréscimo de cerca de 15% de despesa nas matrizes curriculares apresentadas em 12 de Dezembro.
Gostava de ter acesso a este parecer já que na notícia nada refere em relação às disciplinas artísticas (EVT e ET) prevendo apenas um reforço nas TIC que seriam dadas até ao 8º ano e um reforço na disciplina de Educação Física.
Do parecer aprovado ontem pela FNE sobre a revisão de estrutura curricular é visível que foram tidas em conta a preocupação dos professores desta disciplina para a elaboração do parecer final. Muitos deste princípios foram discutidos no encontro nacional de professores de EVT. Basicamente é sugerida a manutenção da disciplina de EVT com a separação da componente TIC e dando margem de manobra que a disciplina possa ser feita em par-pedagógico ou em desdobramento de turma.
Nas disciplinas de caráter prático deve ser mantido princípio do desdobramento da turma; consideramos que um dos aspetos negativos desta proposta curricular é o seu caráter demasiado teórico e “liceal”. Retirar o espaço de manipulação, experimentação, de aprender com o erro, de construir e desconstruir não é bom para os nossos alunos. Esta proposta aparece manifestamente pobre nestas dimensões. Consequentemente não é possível por razões de segurança, de prática letiva, por razões pedagógico-disciplinares, de rentabilidade e aquisição de competências, que as disciplinas de EVT/ET/EV sejam lecionadas por um só professor e com a turma inteira, assim como numa aula experimental de outra qualquer disciplina, por ex: Fisico-Quimica, Ciências da Natureza.:
Não visionamos as vantagens da desagregação da disciplina de Educação Visual e Tecnológica em duas disciplinas, parecendo-nos mais vantajosa a manutenção do regime anterior, pelas potencialidades que cria o trabalho de equipa na disciplina até agora existente; pensamos que não é positiva a criação de duas novas disciplinas. Estamos a tornar estanques conteúdos onde não é clara a separação das vertentes artísticas/plásticas das vertentes técnica/ tecnológica/cientifica, a avaliar por aquilo que nos sugere a designação destas duas novas disciplinas. Nestes termos, pensamos que a designação EVT é muito mais aglutinadora do conceito, permite melhor gestão e fusão natural dos conteúdos em situação de aula, é mais criativa e flexível. Por oposição, as disciplinas de EV e ET parecem-nos atomísticas, menos criativas, mais centradas na disciplina do que no aluno e por isso mais redutoras. A criação destas duas disciplinas, representa um recuo a currículos de outrora, contrariando aquilo que parecem ser as tendências dos atuais movimentos artísticos que fundem os conceitos plásticos com as técnicas e tecnologias. Pensamos, no entanto, que o programa da atual disciplina de EVT, deve ser alterado ou definido novo programa que não permita a dispersão, que seja mais rigoroso e mais objetivo, sem pôr em causa, a liberdade criativa do aluno.
não nos aparece com nitidez nem a possibilidade nem as condições de no âmbito da Educação Tecnológica prevista para o 2º ciclo do ensino básico se integrar a componente TIC;
As vagas positivas são residuais e as vagas negativas em grande número. Se existir mobilidade no concurso interno não sobrarão vagas para novas entradas.
Para candidatura ao concurso nos açores seguir este link.
O calendário para o concurso ao Arquipelago dos Açores já foi aqui publicado.
Acho esta ideia excelente e faço apenas um aditamento. Não considero que apenas os cursos Científico Humanísticos tenham necessidade desta disciplina como opção no 12º ano. Pela importância deste tema para quem conclui o ensino secundário deveria ser implementada como disciplina obrigatória em todos os ramos educacionais no 12º ano. Por acaso passei ontem todo o dia num workshop sobre empreendorismo e verifiquei a importância de conhecimentos nesta área para a criação do próprio emprego.
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De forma a tentar minimizar a redução que se prevê no grupo 430 para o ano, eu e outros professores da Escola Secundária Júlio Dantas, fizemos uma proposta ao Ministério da Educação, para a criação de uma disciplina de Empreendedorismo e Gestão Empresarial, como opção no 12.º ano.
O texto que enviámos foi o que a seguir apresento, e anexámos também o programa da disciplina, com os seus diferentes conteúdos, metodologias etc.
Podem utilizar o texto que abaixo se segue, apoiando a proposta da Júlio Dantas e reencaminhar para os vossos contactos, para ver se juntos conseguimos fazer um grupo de pressão, pode até não dar em nada, mas se não tentarmos nunca vamos saber não é? Temos até dia 31 de Janeiro!
Sugestão: se não quiserem criar um texto próprio, aproveitem o que segue alterando os dois últimos parágrafo para:
Assim, apoio a criação da disciplina de Empreendedorismo e Gestão Empresarial, a integrar o elenco de disciplinas de opção, da Componente de Formação Específica dos Cursos Científicos Humanísticos, com a carga horária semanal de 3 unidades letivas de 90 minutos, cujo programa foi criado e já enviado pela Escola Secundária Júlio Dantas
No âmbito da revisão da estrutura curricular ao nível do ensino secundário e daconsequente atualização do leque de opções da formação específica, tendo em conta os prosseguimentos de estudos e as necessidades do mercado de trabalho, sentimos a necessidade da criação de uma disciplina transversal que fomente o espírito empresarial de modo a criar uma cultura em que as pessoas se predisponham a arriscar, inovar e a iniciarem os seus próprios projetos, contribuindo, também dessa forma, para melhorar os atuais níveis de desemprego.
Considerando que nos últimos anos, o mercado de trabalho sofreu profundas transformações epassou a exigir profissionais que saibam agir com independência, autonomia, flexibilidade e criatividade, e que as escolas precisam de estar em sintonia com essas transformações/exigências, com o objetivo de estimular/desenvolveruma cultura empreendedora nos alunos como ferramenta de suporte ao desenvolvimento de novas e inovadoras atividades, capacitando-os para que sejam proactivos no cenário de mudança tanto na sua performance pessoal, como na tecnológica e económica do nosso país.Assim, propomos a criação da disciplina de Empreendedorismo e Gestão Empresarial, a integrar o elenco de disciplinas de opção, da Componente de Formação Específica dos Cursos Científicos Humanísticos, com a carga horária semanal de 3 unidades letivas de 90 minutos, cujo programa anexamos.
Este proposta de criação de disciplina e respetivo programa, foi aprovada por unanimidade, em Reunião do Agrupamento Disciplinar 430, e na Reunião de Conselho Pedagógico da Escola Secundária Júlio Dantas.
…para o desempenho de Excelente no ano letivo 2011/2012?
Mesmo que antecipassem o suposto modelo de avaliação de desempenho que ainda não foi publicado a candidata que será escolhida nunca teria atingido os 180 dias necessários para ser avaliada em 2011/2012.
…que identifiquei neste post e levou a esta queixa deixada na caixa de comentários pela Diana.
Esta é a melhor solução para denunciar este casos, porque como diz a Diana se ninguém se queixar parece sempre estar tudo bem.
Esta situação foi dada a conhecer através de correio electrónico ao Gabinete do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar e aos vários Grupos Parlamentares. Dei conhecimento a alguns meios de comunicação, sindicatos, associações de professores, etc., porque já não sei como lidar com tanta trapalhada. Trascrevo o que enviei, talvez não tenha sido a melhor forma de manifestar o meu desagrado mas foi aquela que encontrei…
Fui professora de Matemática até 31 de Agosto de 2011. Este ano lectivo tenho sido ultrapassada por centenas de colegas e, apesar de ter denunciado a situação junto de várias instituições (Ministério da Educação, IGE, Presidência da República), não obtive qualquer resposta.
A situação dos horários”falsos” temporários é já bem conhecida e não é verdade que a situação tenha ficado resolvida. Os candidatos que foram mal colocados estão a acumular tempo de serviço e vão no futuro ultrapassar todos aqueles que, apesar de estarem melhor posicionados na lista de ordenação, não foram colocados por terem apenas concorrido a horários anuais.
Relativamente à contratação de escola, a maioria dos directores revela uma manifesta falta de competência na selecção dos candidatos. A maioria dos candidatos seleccionados tem graduação profissional, classificação académica e tempo de serviço inferiores à maioria dos outros candidatos que continuam em casa. Os directores não querem, ou não sabem escolher, os melhores professores para as suas escolas e ninguém está preocupado em mudar esta situação.
Não se trata de haver menos vagas mas de vagas que estão a ser ocupadas por pessoas com menos experiência e menos habilitações. É frustrante uma pessoa ter investido tanto tempo e dinheiro na sua formação académica e contínua e ver-se ultrapassada por recém-licenciados!
Hoje, dia 24 de Janeiro de 2012, deparo-me com os seguintes critérios para selecção de um docente de Matemática para o Agrupamentode Escolas da Madalena (Vila Nova de Gaia):
· Ter habilitação adequada ao grupo/nível de ensino.
· Ter exercido funções neste Agrupamento comparecer positivo da Direcção Executiva.
· Graduação profissional (nota final de curso +tempo de serviço antes e após profissionalização).
· Nota final de curso.
· Tempo de serviço docente.
· Ter concluído o curso nos últimos 5 (cinco)anos.
O critério relativo ao facto de o docente ter exercido funções no agrupamento já vem sendo habitual (e quem nos governa acha normal!) mas ter concluído o curso nos últimos 5 anos…
Gostava de saber se os senhores governantes também são escolhidos por terem concluído o curso nos últimos 5 anos. É assim que se pretende ter os professores mais experientes? Gostaria ainda de saber se continuam a achar que os directores dos agrupamentos/escolas têm na generalidade competências para seleccionar os melhores professores para as suas escolas. À semelhança desta escola conheço muitas que adoptam critérios ridículos e outras que nem cumprem os critérios que estabelecem e não são penalizadas por isso.
Tentei denunciar mais esta situação para depois não ter de ouvir os nossos governantes dizer que ninguém se queixa. Liguei para a DGRHE (Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação) e disseram-me que teria de entrar em contacto com a DREN (Direcção Regional de Educação do Norte). Na DREN disseram-me que têm conhecimento de várias situações semelhantes, que os “directores fazem o que querem desde que tenham o aval do Conselho Pedagógico” e que um dos Secretários de Estado do MEC (Ministério da Educação e Ciência) incumbiu as Direcções Regionais de entrar em contacto com as escolas e apelar ao bom senso dos seus directores, porque com o decreto 35/2007 de 15 de Fevereiro nem o MEC poderia fazer alguma coisarelativamente a esta situação. “A única solução é alterar o diploma” disse‑me o funcionário da DREN. Tentei entrar em contacto com o Gabinete do Sr. Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar para esclarecer a situação mas a funcionária passou-me para as Informações que, por sua vez, me queriam passar para a DGRHE para onde já tinha ligado e onde me disseram que teria de ligar para a DREN. Voltei a ligar para a funcionária do Gabinete do Sr. Secretário de Estado que me tentou passar para alguém mas não conseguiu, disse-me para tentar amanhã. De facto, como estou desempregada posso passar o meu tempo a fazer contactos telefónicos…
Como é que se consegue melhorar a situação da educação em Portugal se a maioria dos directores de escolas/agrupamento estão simplesmente interessados em satisfazer o interesse de alguns (que não são certamente os seus alunos)? Serão estes critérios de facto analisados pelos Conselhos Pedagógicos? Será que tantos professores consentiram a adopção de critérios ridículos por parte da Direcção do seuAgrupamento/Escola? Terão as Escolas/Agrupamentos já sido inspeccionados no sentido de averiguar esta situação?
É urgente avaliar de forma séria acompetência dos directores e das suas equipas. É necessário fazer inspecções sem aviso prévio! É urgente tirar esta gente da sua zona de conforto onde se movem como se fossem donos das escolas. Acredito que existem directores competentes mas pelo que tenho visto na maioria das contratações de escola (até Dezembropara os Agrupamentos TEIP e para os que têm autonomia e agora para todos osagrupamentos/escolas) é muito complicado encontrá-los! Acredito que a autonomia pode ser benéfica para as escolas mas não acredito que os professores estejam preparados para lidar com ela.