Ficam aqui disponibilizadas as listas da BR6 por grupo de docência e por ordem de entrada de horário.
Faltam ainda as listas de colocações dos grupos 310, 320, 340, 540, 560, 600, 610, 920 e 930. Os grupos 210 e 530 não tiveram colocações e o grupo 350 já não tem candidatos por colocar desde 31 de Agosto.
Este tipo de listas podem apoiar possíveis recursos hierárquicos.
1 – Como é do conhecimento público e sem que nada o fizesse prever, o Ministério da Educação e Ciência alterou os procedimentos da aplicação da lei que regulamenta o concurso de professores, o que resultou numa inversão das colocações, relativamente aos anos anteriores. Habitualmente, nas primeiras Bolsas de Recrutamento havia uma quantidade substancialmente superior de colocações em horários anuais, em contraste com um número significativamente reduzido de horários temporários.
2 – O número de colocações em horários anuais, nas primeiras bolsas, era tão expressivo que um número considerável de docentes concorreu apenas a horários anuais, como era habitual, com uma garantia de colocação, na pior das hipóteses, até à BR4.
3 – Não obstante as circunstâncias excecionais que levaram à existência de um número significativo de professores em Destacamento por Ausência da Componente Lectiva (DACL) e à redução substancial do número de vagas, a alteração da aplicação da lei levou a que os docentes mais graduados, opositores, apenas, aos horários anuais, se vissem ultrapassados na ordenação estabelecida pela DGRHE e não obtivessem a devida colocação a que teriam direito.
4 – Com efeito, a constatação inegável da alteração da plataforma informática que levou as próprias escolas a terem de carregar horários anuais como temporários e noutros casos, a serem carregados como anuais e serem convertidos em mensais, sem qualquer informação prévia no momento do concurso, configura uma situação inaceitável de quem sabia o impacto das alterações produzidas e não alertou em tempo para esta mudança de procedimentos. Não basta argumentar que se está a atuar ao abrigo da lei para justificar a razoabilidade do que aconteceu pois é inequívoco que o Ministério sabia do impacto que as alterações na plataforma iriam provocar.
5 – Em bom rigor, se a aplicação da lei e/ou da plataforma informática não tivessem sido alteradas, os horários temporários, até agora preenchidos, teriam sido, maioritariamente, horários anuais e os restantes é que teriam sido os temporários.
6 – Gerou-se assim, um clima de frustração neste grupo de docentes, por verem goradas as suas legítimas expectativas de não poderem aspirar à colocação a que teriam direito, não fora a alteração operada na plataforma pela DGRHE.
7 – Face à situação criada e no sentido de minorar os efeitos do problema detectado, sugere-se que seja criada a possibilidade de os professores que manifestaram opção pelos horários anuais possam aceder também às vagas temporárias sem interferir com as colocações já efectuadas. Deste modo será reposta alguma equidade, permitindo que os docentes mais graduados não sejam injustamente arredados do sistema de ensino para este ano lectivo.
Se concorda com estes pressupostos, subscreva esta petição.
Os signatários
Penso que não seria necessária uma petição para remediar o que veio a acontecer com uma alteração forçada das regras. O próprio MEC no dia seguinte à BR2 deveria ter permitido que todos os docentes que concorreram apenas a horários anuais pudessem alterar a duração previsível do contrato manifestando interesse nisso.
Só é pena que não exista mais nenhuma informação dos procedimentos a seguir para estes professores de forma a organizarem a sua vida. São necessários alguns procedimentos que têm de ser feitos com alguma antecedência, nomeadamente um plano de vacinas próprio.
Este concurso foi aberto apenas para professores dos quadros com preferência para candidatos em ausência da componente lectiva, no entanto Timor Leste irá apostar na requalificação dos seus docentes e espera contar com o apoio de docentes portugueses comparticipando em conjunto com o estado português os custos dessa parceria. Uma boa oportunidade de trabalho deve surgir nos próximos tempos para os docentes portugueses.
A Federação Nacional da Educação (FNE) manifestou hoje preocupação e “profunda discordância” com as medidas inscritas na proposta de orçamento para 2012, admitindo que podem fazer perigar a escolaridade obrigatória de 12 anos, com o empobrecimento das famílias.
Podemos estar hoje a poupar algum dinheiro, mas criando “uma fatura extremamente pesada para os portugueses no futuro se abandonarmos condições de uma educação de qualidade que acolha todos e promovendo o sucesso de todos”, declarou à agência Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.
“A educação é o setor onde há o corte mais brutal em termos de orçamento, comparativamente a 2011”, sublinhou.
Questionado sobre a viabilidade da escolaridade de 12 anos, Dias da Silva respondeu: “A própria Ação Social Escolar também sofre cortes. Aquilo que contribuía para uma oferta de qualidade pode ser posto em causa por medidas que sejam de mero controlo de despesa”.
Face às dificuldades que enfrentam as famílias, a FNE apela: “Temos de ter uma educação para todos, se começamos a ter uma educação só para alguns é o futuro que está em causa”.
Questionado sobre um alerta já deixado pelas associações de pais sobre esta matéria, Dias da Silva admitiu: “Há todas as formas escondidas de pequeno contributo para o orçamento familiar que retiram os jovens da escola e isso deve ser combatido, não deve ser promovido”.
A FNE discorda das medidas estabelecidas para os trabalhadores da Administração Pública, como os cortes de salários e subsídios de férias e de Natal, mostrando-se particularmente sensível aos pensionistas cujo IRS seja agravado.
“O caminho que se pode seguir não é um caminho de via única, que é este que o Governo escolheu”, disse Dias da Silva, defendendo que se a crise é para todos, os sacrifícios também deviam ser repartidos por todos, através de uma revisão de impostos para a população em geral e em função das possibilidades de cada um.
Para a FNE, o Governo “não preserva condições de equidade e de justiça social”.
A federação considera que há uma incorreta gestão de recursos na Administração Pública e que há alternativa a despedimentos.
No setor que representa, em particular, a FNE diz-se preocupada com a forma “vaga e genérica” como o Governo apresenta o contributo do Ministério da Educação para combater a crise.
“Não entendemos o que é supérfluo na organização curricular, nem como é possível reduzir nas políticas de promoção de sucesso educativo. Achamos que há perigo de estes cortes virem a por em causa elementos fundamentais de garantia da qualidade do nosso sistema educativo”, afirmou.
O Ministério da Educação e Ciência perde 864 milhões de euros, face a 2011, para um total de 8.182,4 milhões de euros inscritos este ano na proposta de lei que o Governo entregou segunda-feira no Parlamento.
Será que os horários pedidos pelas escolas após o dia 13 não tenham vindo a concurso nesta bolsa de forma a permitir a colocação administrativa dos DCE para lugares vagos?
É incompreensível o erro das listas da BR6 se não for essa a justificação, embora nas listas de colocados tenham vindo a concurso horários que terminam o contrato no dia 17/11.
Conforme já tinha feito referência aqui o OE2012 prepara-se para cortar nas ofertas não essenciais do ensino básico.
Estes cortes no valor de 100,2 milhões de euros têm um impacto no PIB de 0,1%.
Para além destes cortes que devem incidir essencialmente no currículo também se prevê um acréscimo de alunos por turma no ensino regular e nos cursos EFA com uma poupança de 87,8 milhões de euros bem como a continuação da racionalização da rede de escolas do 1º ciclo e a continuação da aposta na criação de mega agrupamentos com uma redução de 54 milhões de euros.
Com a redução de 147,4 milhões de euros no ensino superior e ciência mais uma redução de 208,7 milhões de euros que não está discriminada, a redução total no MEC para 2012 irá ser de 600,1 milhões de euros, 0,4% do PIB.
Acrescido os cerca de 600 milhões de euros com o não pagamento dos subsídios de Férias e Natal o corte total que irá afectar a Educação ultrapassa em muito o mil milhão de euros.
Para analisar estes dados amanhã com mais alguma calma. Mas 9,6% são mais do que os 605 milhões de euros que há pouco tempo se falava para cortes no MEC.