16 de Agosto de 2011 archive

Agora é a minha vez – ADD

Depois de muito ler nos vários blogues as análises à proposta de Nuno Crato para a Avaliação de Desempenho Docente eis que me deu para também falar sobre ela.

A avaliação não é um tema que me seduz muito por várias razões, a principal centra-se no facto de que qualquer modelo de avaliação ser pouco aceite e de difícil execução.

Tenho uma ideia mais ou menos clara de como devia ser elaborado o modelo de avaliação docente, já o disse em alguns posts atrasados. Todos os parâmetros de avaliação devem ser claros e mensuráveis, defendo uma avaliação centrada na evolução dos resultados escolares dos alunos.

Para uma avaliação deste género não seriam precisos avaliadores, bastava que para tal alguém lançasse os dados objectivos para uma das grelhas que as escolas tanto gostam de criar e a DGRHE de disponibilizar.

Sinceramente que estou-me nas tintas se o professor toma banho todos os dias, ou se o seu hálito tresanda a qualquer bebida mais esquisita. Se for um excelente professor e for demonstrado no resultado dos seus alunos isso é que acaba por importar, estou a lembrar-me agora do Dr. House, estranho. Por isso acho excelente que tenha desaparecido a dimensão “vertente social, profissional e ética” na proposta de avaliação.

Mas há quem goste de analisar o vestuário e as combinações de sapatos e carteiras, e até aproveitar a ADD para algumas vinganças pessoais, para esses a avaliação deve sempre ser avaliada com parâmetros subjectivos.

Sei que tal não é possível enquanto não se puder medir o desempenho dos alunos com provas externas.

Sendo necessário existir um ou dois avaliadores (mania de grandeza para um pais tão rico como o nosso), que o avaliador interno seja o coordenador de departamento eleito (a forma de eleição devia ser em grande parte pelos seus pares) para um cargo que previamente concorre com um projecto de acção para um mandato de 4 anos (obviamente com qualificações adequadas para o exercício do cargo, qualificações e não idade ou tempo de serviço, ok?).

Também não se justifica neste momento haver 7 departamentos monstruosos, seria desejável desdobrá-los em pequenos departamentos de forma a que na sua maioria o coordenador de departamento fosse da mesma área disciplinar que os docentes desse departamento. Ora vejam lá se assim não seria possível poupar um avaliador externo do mesmo grupo disciplinar para a observação de aulas.

Outra mania, observação de aulas.

Então um coordenador de departamento que seja também o avaliador e que tem como missão coordenar todo o trabalho desse departamento não percebe em 4 anos que trabalho faz o docente avaliado com os seus alunos? (outra mania de grandeza). Se não percebe, sente-se enganado ou tem dúvidas que faça uma proposta de observação de aulas ao docente em questão, esteja ele em que escalão estiver.

Isenções

Para mim é irrelevante este assunto. Há quem esteja muito interessado numa avaliação interna dos docentes que se encontram isentos, mas depois dizem que querem ouvir os professores. Mas vale não ouvir e aceitar já esta proposta, ou então esperam que nessa auscultação alguém vai dizer que afinal quer ser avaliado estando isento?

Acho que esta isenção ao contrário de alguns que pensam que serve apenas para acalmar os contestatários, não encontro o link deste post tantos são os que tem sido escritos pelo Ramiro nos últimos dias, acho que acaba por ser a armadilha para a negociação com os sindicatos, que para ficarem bem vão dizer que a avaliação é para todos. E depois queixem-se de não ser essa a opinião (verdadeira) dos professores do 8º, 9º e dos que ainda esperam chegar ao 10º.

Avaliação dos contratados

Ficou a minha promessa por cumprir sobre a avaliação dos contratados. Não sou daqueles que acham que se é para um é para todos, por isso a minha ausência de opinião nas isenções previstas na proposta. Aos contratados cabe sempre a pior tarefa de, tendo um ano a duração do seu contrato, serem sempre as cobaias de qualquer modelo que apareça. Se porventura desaparecer a bonificação das avaliações de mérito para efeitos de concurso (espero que sim) de nada serve ao docente contratado pedir a observação de aulas nos moldes actuais.

Como neste caso até acho que devia haver uma motivação extra, falo da criação de índices enquanto docente contratado com a duração de 4 anos cada índice, podia ser para uma progressão mais acelerada nos índices que poderia haver essa motivação. Já disse que o índice 151 não devia ser ad eternum o vencimento de um docente contratado com mais de um ano de serviço.

Já estou a achar estranho tanta letra junta, o melhor é mandar publicar já o post, antes que apague tudo.

NOTA FINAL: Quero alertar que defendo uma diferenciação funcional na carreira docente com a atribuição dos cargos hierarquizados de coordenador de departamento e de director. Para tal considero que a carreira docente deve começar o 1º escalão no índice 200 e terminar no índice 300, deixando os índices superiores 340 e 370 para as duas funções hierarquizadas (enquanto se mantiver o exercício do cargo). As questões de transição nesta carreira não me preocupam porque nunca irá para a frente esta ideia. O meu lobbying é fraquinho. 😀

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Ofertas de Escola – Actualização 17 horas

Porque agora já existem horários para grupos de recrutamento resolvi criar novo post.

Clicar na imagem para ver o ficheiro em pdf.

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Declaração sobre a intenção de renovação do contrato

Já fui questionado sobre a necessidade de os candidatos preencherem uma declaração da sua vontade de renovar o contrato.

Ao que parece esta declaração surge em pedido que a DGRHE faz às escolas sobre a intenção do candidato manifestar vontade da sua renovação de contrato.

No forum do educare alguém transcreveu parte de um mail enviado por um director que pedia essa declaração.

“… nas situações em que é possível à escola fazer essa renovação, surge uma mensagem a questionar se o professor manifestou essa vontade formalmente, pelo que vimos solicitar a entrega/envio (nos serviços administrativos, fax, e-mail, etc.)de uma declaração assinada com este teor…”

A minha resposta seria apenas esta.

FORMALMENTE, manifestei a intenção de renovar contrato na aplicação que devia ter saído durante o mês de Julho e só saiu no dia 4 de Agosto.

BOAS FÉRIAS.

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Ofertas de Emprego

O próximo ano lectivo já está anunciado como um ano negro para os professores contratados com reduzida oferta de emprego, por isso é sempre bom estar a par das ofertas de emprego que se encontram no site da DGRHE para as AEC, para as escolas com autonomia e TEIP bem como para as escolas de ensino espcializado.

Na aplicação para a contratação de escola (candidatos) já é possível concorrer a ofertas de emprego para técnicos especializados e áreas de instrumentos de escolas artísticas.

Às 14:00 de hoje encontram-se estas vagas a concurso.

Clicar na imagem para aceder às vagas totais em contratação de escola neste momento.

 

 

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