Xoan Montero, da ADPG, disse anteontem à Lusa que “faz todo o sentido” o Português ser incluído nas opções para segunda língua estrangeira no ensino secundário, lado a lado com o Francês e o Alemão, face “à proximidade e às históricas relações” entre a Galiza e Portugal. “Além disso, nós defendemos que o Português deve ser leccionado por especialistas em língua portuguesa e não por especialistas em galego, como acontece actualmente”, acrescentou.
A ADPG exige, assim, que o Governo da Galiza abra vagas para professores de língua portuguesa e crie também uma lista de substituição com docentes especialistas na mesma disciplina. Segundo Xoan Montero, neste momento haverá cerca de 800 alunos a estudar Português na Galiza, distribuídos por 27 liceus.
Na carta enviada ao Governo regional, os sindicatos referem que há um “aumento constante” do número de alunos que deseja estudar Português, pelo que “é necessário incrementar a oferta” para poder responder às novas exigências educativas. Lembram que a língua portuguesa é falada no mundo por mais de 200 milhões de pessoas e sublinham que a Galiza” tem uma vantagem competitiva nesta área em relação às restantes autonomias”, face à “vinculação histórica e institucional a nível europeu” que tem com Portugal.
Na falta de novas oportunidades de trabalho em Portugal podem-se abrir novas portas no exterior, ainda por cima perto e com um ambiente profissional bastante familiar já que na região existem pelo menos 8 Sindicatos de Professores.