A pressão tem sido feita através da rede do facebook para que a Ministra seja questionada sobre a continuação ou não do par-pedagógico na disciplina de EVT.
Tenho uma opinião pessoal sobre o assunto mas que prefiro não a divulgar antes de ser conhecida pela voz da Ministra da Educação o que consta da alteração na Matriz Curricular do 2º ciclo.
Espero que exista coragem para em directo ser respondida esta pergunta que está a deixar todo um grupo disciplinar em stress.
Entretanto nos próximos dias estarei em marcha lenta com publicações neste blog. A vidinha tem de ser tratada e uma boa notícia que posso dar é que se não tivesse pedido aulas assistidas não teria a oportunidade de as retirar.
A farsa tem sempre um fim, o que é preciso é agir.
Ontem, 27 de Janeiro, realizou-se uma reunião informal, a primeira de outras, assim contamos, na sede do Agrupamento Vertical de Escolas Luísa Todi, em Setúbal. Esta reunião contou com cerca de 70 docentes desinquietos com o rumo que as políticas do trabalho, sociais e da educação estão a tomar. De fora ficaram os “chapéus de cargos”, os vínculos e as organizações; entraram cidadãos com ideias para mostrar que não baixamos os braços e que estamos disponíveis para lutar.
Foram delineadas algumas acções. A proposta é procurar contagiar outras escolas e outros serviços…
Para começar fica o slogan que nasceu nesta reunião:
Cidadão, já começaste a mexer-te? Eu já!!
Fátima Forreta
(docente a quem coube a tarefa de divulgar a iniciativa na blogosfera da educação)
…Entretanto, a vida na escola continua um inferno cada vez mais quente. Esta avaliação não tem ponta por onde se lhe pegue e está tudo a aquecer… Hoje tinha uma colega, com mais dois anos de serviço do que eu, desesperada porque… não conseguia pagar os seus compromissos – está congelada e o companheiro, professor num colégio do Grupo GPS, viu o seu vencimento ser reduzido em 5% e o subsídio de refeição a voar… Estava desesperada uma vez que decidiu “juntar os trapinhos” e fazer casa há uns 3 anos e agora está com dificuldades em pagar as prestações…É muito triste o estado a que chegámos. Parece que só descansam quando nos virem a todos na miséria! Cá por casa… a minha esposa, depois de anos de bastante tranquilidade, num colégio com contrato de associação, em Fátima, onde também eu já leccionei, é abalada com esta investida cega contra o privado. O colégio dela é um projecto que faz 50 anos para o próximo ano, não escolhe alunos (aliás, a zona de Fátima não é conhecida por ter alunos brilhantes…) mas tem conseguido óptimos resultados, sobretudo pela disciplina e pelo rigor que impõe. Não é tanto uma questão de professores, (não há diferenças em relação ao público) é mais uma questão de projecto e de estabilidade… exactamente o que falta nas nossas escolas, onde quem nos “desgoverna”, descarrega legislação e normativos que anula outros de há um ou dois anos, promove mega-agrupamentos ingeríveis… enfim, cria autênticos manicómios onde é difícil sobreviver. Está complicado… Há despedício no privado? Fiscalizem e penalizem quem tenham de penalizar. Agora esta de, ano a ano, negociar projectos, números de turmas, vidas de milhares de pessoas!…
Desculpa o desabafo, mas isto anda complicado. Cada vez vejo os colegas mais em baixo. Pela minha parte, na próxima sexta-feira vou às Caldas da Rainha, participar na vigília promovida pela APEDE. Há que aproveitar esta onda dos pais dos colégios e a onda de insatisfação provocada sobretudo pela ADD, cujo verdadeiro maquievelismo se começa agora a descobrir…
De acordo com a notícia do jornal público, percebe-se que algumas das recomendações do CNE no seu plenário de dia 14 de Dezembro foram tidas em conta no diploma aprovado em Conselho de Ministros do dia 25 de Novembro.
Curioso a forma como se ouve um órgão depois de aprovado um diploma.
Não se sabem ainda quais as recomendações acatadas, continuo esperançado que a contabilização dos professores de EVT tenha tido um efeito dissuasor para a eliminação do par-pedagógico.
II. O Conselho de Ministros procedeu à aprovação final do seguinte diploma, já anteriormente aprovado na generalidade:
Decreto-Lei que estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2011
Tenho sérias dúvidas que as alterações curriculares tenham sido objecto de aprovação na generalidade, nomeadamente no que respeita à alteração do Par-pedagógico na disciplina de EVT.
Mas não encontro mais nenhum comunicado do Conselho de Ministros que faça referência a uma possível aprovação das alterações curriculares que o Ministério afirma terem sido já aprovadas.
Contemplam desde o índice 167 ao 370, ficando por apresentar dentro de dias, os índices que se posicionam abaixo do 167.
As tabelas abordam para as situações Não Casado, Casado 1 titular e Casado 2 titulares (também deficiente), a remuneração base, o vencimento com os cortes previstos no Orçamento de Estado para 2011, a taxa de retenção e valor do IRS, o valor considerado para a ADSE, o valor considerado para a CGA e o valor a receber.