Os professores de Educação Física “devem ver este caso como um alerta”, para “terem os devidos cuidados com alunos que por vezes não estão preparados para executar o salto mortal”, referiu ao DN Felizarda Barradas, professora de Educação Física e dirigente da Fenprof (Federação Nacional de Professores).
O que eu aconselharia à dirigente da Fenprof era reinvindicar medidas de protecção aos docentes pelo desempenho da sua função em vez de lançar um aviso de alerta aos seus colegas de Educação Física.
De há algum tempo a esta parte é costume os interessados serem os últimos a saber das propostas do governo e a não terem conhecimento formal, mas neste caso parece que também informal, das materias negociais que lhe digam respeito. A Associação de Professores de EVT (APEVT) foi surpreendida com a vontade do Ministério da Educação em eliminar o par-pedagógico da disciplina de EVT tendo obtido conhecimento através da Internet e redes sociais.
Espero que a defesa da eliminação do par-pedagógico não se centre pela APEVT na questão da perda de postos de trabalho e com a denuncia economicista ao governo em reduzir os custos na educação como parece estar a ser seguido pela Fenprof. A APEVT deve procurar o seu caminho, justificando-se na especificadade do grupo disciplinar e fazendo uma abordagem histórica das várias transformações a que foi sujeita esta disciplina.
Enquanto professor de EVT estou certo que essas são as respostas necessárias de forma a desmontar esta vontade do governo que não deve ter muitos adeptos dentro do Conselho Nacional de Educação.