Aqui pelo blog tem-se vindo a alertar já há alguns anos da falta de candidatos para determinados grupos de recrutamento e zonas do pais.
A profissão é cada vez mais desmotivadora e as únicas recompensas que os professores vão tendo é sobre a sua qualidade de trabalho em núcleos cada vez mais restritos (dos seus alunos e em muitos casos das famílias). Até mesmo os colegas de trabalho deixaram de ser os mesmos colegas de anos passados e com o regresso da avaliação de desempenho, após período de congelamento, cada colega é em muitos casos um competidor direto para as notas de mérito sendo que em muitos casos o desmérito (na sua maioria das vezes injusto) desmotiva ainda mais para a continuidade de uma profissão cada vez menos motivadora.
Não admira que cada vez existam menos alunos a querer seguir a área da docência. Nenhum professor de seu perfeito juízo também aconselharia esta profissão a um aluno seu.
Apesar da excecionalidade deste ano letivo devido ao aumento de pedidos de horários, existem turmas que desde o início do ano letivo continuam ser ter determinadas disciplinas, algumas delas até sujeitas a provas finais. Agora pergunto se continua a fazer sentido a existência em 2021 das provas de aferição e provas finais de ciclo? Que igualdade vai existir para colocar em aferição ou sujeitos a retenção alunos em desigualdade de circunstâncias?
Imagino o desespero de tantas escolas que têm tido esta falta de candidatos para as suas escolas, o prejuízo que isso acarreta e a falta de soluções que existem da parte do Ministério. Dividir horários de 16 horas por vários conjuntos de horas tem sido uma solução de remendo cada vez mais vista nas contratações de escola para eventuais complementos de horário e assim conseguir-se ter pelo menos uma ou duas turmas com professor.
Mas já não é apenas na zona de Lisboa ou Algarve que a falta de candidatos existe.
Nunca me imaginaria numa escola a norte que não conseguisse ainda no primeiro período substituir para um horário tipo 2 (20 horas) para um grupo de recrutamento que nem é dos piores, mas para lá também caminha (Grupo 400 – História). E assim, não havendo regresso de outros candidatos com contratos finalizados lá terá de ir novamente a concurso para uma reserva que vai certamente continuar ser candidatos disponíveis.
Foi a primeira vez, de muitas que voltarão a acontecer no futuro se nada for feito com alguma urgência.
E valorizar os professores que estão nas escolas é a primeira medida que o Ministério deve fazer porque qualquer outra irá demorar entre 5 e 10 anos e aí será muito tarde.
3 comentários
Primeiro não haviam Professores
Depois emergiram Cursos para a Docência
Não havia Freguesia tão concorrida em todas as Estações e Apiadeiros
Depois esses foram os culpabilizados pelo atraso do País
Massacrado pelo emérito Mérito e pouca exigência veiculada pelas chefias
Transformam-se em Farinha 33 uns por serem do mesmo saco e outro
Ensacados em tretas meritórias sem finalidade alguma que a submissão total e inquestionável do chefe EMERDITO.
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Será que faltam Educadoras de Infancia?
Será que faltam Professores Primários?
Será que faltam Professores de Ginastica/Educação Fisica?
Não!….Não Faltam. Pelo contrário HÁ É EXCESSO DE PROFESSORES. São aos MILHARES INSCRITOS NO CENTRO DE EMPREGO.
Milhares de DESEMPREGADOS com formação em ensino disto e daquilo.
Isto devia fazer pensar os Negacionistas do DESEMPREGO DE PROFESSORES.
Mas se isto é a VERDADE e a Realidade, há uma outra ainda pior que está relacionada com o facto de MILHARES DE TAPA BURACOS (os chamados CONTRATADOS)…..tapam um boraco aqui, depois vão para o DESEMPREGO, depois tapam outro buraco ali……..são MILHARES DE PROFESSORES INTERMITENTES (desgraçados).
É esta a realidade……não há qualquer falta de professores.
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Não há problema volta-se ao modelo dos anos 80…