O Ministro da Educação Francês, Jean-Michel Blanquer, anunciou que todos os exames nos diferentes ciclos, do “bac” e da “patente”, serão substituídos por avaliação contínua.
As avaliações consideradas em cada disciplina serão as obtidas ao longo do ano letivo, incluindo o terceiro trimestre, com exceção das avaliações obtidas durante o período de contenção.
Ora aí está uma decisão controlada… mas Portugal gosta mais de montar a tenda de circo…aulas por tv… ponderação de aulas presenciais em plena pandemia…ora diz uma coisa ora diz outra…ora vamos falar dia 3 de abril…ou então a 9 de abril …ora há aulas mas só poderá ser decidido até 4 de Maio ….TANTA COISINHA …TANTA CONFUSÃO…TANTA FALTA DE PULSO…TANTA MANIA DE QUE SOMOS BONS ….
Por que razão não adotar a mesma estratégia em Portugal?
No 12º ano, por que razão é que a nota da disciplina à qual os alunos fariam exame, não se transforma na nota de acesso ao Ensino Superior?
Que condições terão os discentes para realizar exames? Foram os conteúdos lecionados de forma equitativa no país? E o acesso aos mesmos, foi igualitário?
Mesmo apelando à resiliência, obrigação dos jovens nesta época, parece que a realização de exames está, na opinião de pais e docentes, claramente comprometida .
Os alunos do 12ºano já fizeram o exame das disciplinas específicas o ano passado. Eles já têm exames realizados! Os alunos do 11º podem fazer os exames para o ano. É preciso acabar com esta paranóia!
Considero sensatas as medidas destes dois países. Para o 12 ano , terem aulas presenciais no início do próximo ano, no natal , fariam os exames nacionais e entrariam na Faculdade em janeiro. Aulas presenciais em maio , parece-me cedo atendendo à situação que estamos a viver
Por favor, não traduzam por “patente” o que na realidade é o equivalente das nossas Provas Finais de 9.º ano e que contemplam, em França, provas às disciplinas de Francês (como aqui Português), Matemática, Ciências (Naturais, e Física e Química), História e Geografia e, ainda, uma disciplina de opção.
Quanto à notícia em apreço, não restam dúvidas de que se trata de países mais pragmáticos. No caso da França, contudo, é preciso salientar que o acesso ao ensino superior não depende de médias, pois a triagem dos alunos é feita pelas próprias universidades ao longo do curso.
Esta história de manter os exames, na presente circunstância, não lembra ao diabo, mas lembra ao senhor que faz de ministro da educação. É a paranóia da classificação, em vez de se preocuparem com a avaliação. Por outro lado, uma situação como a que vivemos reúne em si mesma todas as condições para que se não aplique o ensino à distância — para que se não aplique, repito –, o qual não se compadece com improvisos técnicos e sociais. A equidade sairá gravemente ferida, uma casa não é uma escola: temos 2 milhões de pobres directos e mais 2 milhões que, não fossem os apoios sociais, também o seriam — estamos a falar de 40% da população do país! Vamos colocá-los ainda pior com esta aventura do ensino à distância? Ou acha alguém que esta é uma oportunidade para uma “modernice”? Assim, não vamos lá…
8 comentários
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Provavelmente estamos a falar de países nos quais os decisores políticos (ou quem os aconselha) percebem alguma coisa de educação.
Ora aí está uma decisão controlada… mas Portugal gosta mais de montar a tenda de circo…aulas por tv… ponderação de aulas presenciais em plena pandemia…ora diz uma coisa ora diz outra…ora vamos falar dia 3 de abril…ou então a 9 de abril …ora há aulas mas só poderá ser decidido até 4 de Maio ….TANTA COISINHA …TANTA CONFUSÃO…TANTA FALTA DE PULSO…TANTA MANIA DE QUE SOMOS BONS ….
Nesses países há um ministro da educação que tem poder de decisão e sabe pensar.
Por que razão não adotar a mesma estratégia em Portugal?
No 12º ano, por que razão é que a nota da disciplina à qual os alunos fariam exame, não se transforma na nota de acesso ao Ensino Superior?
Que condições terão os discentes para realizar exames? Foram os conteúdos lecionados de forma equitativa no país? E o acesso aos mesmos, foi igualitário?
Mesmo apelando à resiliência, obrigação dos jovens nesta época, parece que a realização de exames está, na opinião de pais e docentes, claramente comprometida .
Os alunos do 12ºano já fizeram o exame das disciplinas específicas o ano passado. Eles já têm exames realizados! Os alunos do 11º podem fazer os exames para o ano. É preciso acabar com esta paranóia!
Considero sensatas as medidas destes dois países. Para o 12 ano , terem aulas presenciais no início do próximo ano, no natal , fariam os exames nacionais e entrariam na Faculdade em janeiro. Aulas presenciais em maio , parece-me cedo atendendo à situação que estamos a viver
Por favor, não traduzam por “patente” o que na realidade é o equivalente das nossas Provas Finais de 9.º ano e que contemplam, em França, provas às disciplinas de Francês (como aqui Português), Matemática, Ciências (Naturais, e Física e Química), História e Geografia e, ainda, uma disciplina de opção.
Quanto à notícia em apreço, não restam dúvidas de que se trata de países mais pragmáticos. No caso da França, contudo, é preciso salientar que o acesso ao ensino superior não depende de médias, pois a triagem dos alunos é feita pelas próprias universidades ao longo do curso.
Esta história de manter os exames, na presente circunstância, não lembra ao diabo, mas lembra ao senhor que faz de ministro da educação. É a paranóia da classificação, em vez de se preocuparem com a avaliação. Por outro lado, uma situação como a que vivemos reúne em si mesma todas as condições para que se não aplique o ensino à distância — para que se não aplique, repito –, o qual não se compadece com improvisos técnicos e sociais. A equidade sairá gravemente ferida, uma casa não é uma escola: temos 2 milhões de pobres directos e mais 2 milhões que, não fossem os apoios sociais, também o seriam — estamos a falar de 40% da população do país! Vamos colocá-los ainda pior com esta aventura do ensino à distância? Ou acha alguém que esta é uma oportunidade para uma “modernice”? Assim, não vamos lá…