9 de Outubro de 2019 archive

Alargado Até 31 Janeiro o Prazo da Observação de Aulas

Não tenho dados do número de professores que solicitaram aulas observadas para o 1.º período, mas acredito que muito dificilmente se consiga dar resposta a todos os pedidos de observação de aulas que deveriam acontecer num espaço de 4 anos e que por força da recuperação do tempo de serviço antecipa em quase 3/4 o tempo de duração de um escalão.

Fica aqui a informação do alargamento do prazo até 31 de janeiro de 2020 para se poder cumprir o que deveria ser feito até ao final do 1.º período. Não me admira que venham novamente a alargar este prazo.

 

A publicação, em 15 de março e em 20 de maio, dos Decretos-Leis que consideram a recuperação dos 2 anos, 9 meses e 18 dias em qualquer uma das suas modalidades, veio antecipar consideravelmente a data de progressão dos docentes.

A Nota Informativa (NI) de 7 de junho de 2019, da DGAE, contempla a adoção de medidas que permitem aos docentes, de acordo com a situação específica de cada um, a recuperação do tempo de serviço nos termos dos Decretos-Leis n.º 36/2019, de 15 de março e n.º 65/2019, de 20 de maio, sem prejuízo do cumprimento dos restantes requisitos de progressão. Deste modo, os n.ºs 4 e 5 conferem aos docentes do 2.º e do 4.º escalão, e apenas a estes, que progridem durante o ano de 2019 e até 31 de julho de 2020,  que não tenham sido avaliados em 2018/2019 com aulas observadas, que cumpram este requisito no primeiro período do ano escolar de 2019/2020.

Considerando que os CFAE têm feito sentir a esta Direção-Geral algumas dificuldades no cumprimento  daquele prazo devido ao elevado número de docentes dos 2º e do 4.º escalões que entregaram o requerimento até dia 30 de junho, nos termos do n.º 4 da NI, informa-se de que por despacho da Senhora Secretária de Estado Adjunta e da Educação o prazo previsto no n.º 5 da NI de 07.06.2019 é prolongado até 31 de janeiro de 2020.

 Com os melhores cumprimentos,

 A Diretora Geral,

 Susana Castanheira Lopes

 Atenciosamente

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Vem Aí Um Esgotamento Nervoso – João André Costa

Vem Aí Um Esgotamento Nervoso 

Um não, dois. Dois esgotamentos nervosos. O primeiro durante o estágio de ensino, aos 21 anos, não sei se por pressão dos alunos, por medo dos alunos do bairro da Musgueira, a pressão do trabalho, a planificação das aulas ao segundo, as expectativas da escola, a vida a sério num repente atirada à cara, toda de uma vez só. Já não há livros para onde fugir, já não há aulas ou professores para me proteger, agora sou eu o professor, só e órfão, a fazer malabarismo com um turbilhão de emoções, as minhas, as dos alunos, as do mundo.

E eu no meio do turbilhão sobre a linha do equador a ouvir para sempre os gritos de dois exércitos ao encontro um do outro no sítio onde estou daqui por três, dois, um e o meu corpo é enrolado para a frente e para trás num inferno de carne e sangue e morte, espadas contra espadas, lanças contra lanças, corpos indiferenciados numa centrífuga permanente e de repente acordo. Todas as noites o mesmo sonho, a ansiedade de quem não quer dormir, o medo de acordar, não quero ir trabalhar, se não dormir também não acordo, o coração a mil na casa de banho a deitar tudo cá para fora antes da primeira aula.

Quando o esgotamento chegou, tive de aprender como se põe uma mesa, ao meu ritmo, sem pressões nem medo, devagar, não está ninguém à espera, não está ninguém a ver: o garfo à esquerda, a faca, e depois a colher, à direita seguidos do guardanapo, a colher de sobremesa ao centro, por cima, a apontar para a esquerda. O médico não quis falar comigo: antidepressivos (benzodiazepinas) e comprimidos para dormir, tão pequeninos, desfazem-se na língua.

Três meses a dormir sonhos sem sonhos, tudo negro, não há libido, não há vontade, não estamos nem vivos nem mortos, andamos para a frente e pouco mais. O estágio chegou ao fim e o curso também e durante um ano não voltei a Lisboa.

Não voltei ao médico para fazer o desmame das benzodiazepinas, deixei de as tomar de um dia para o outro e durante 48 horas vivi dentro e fora do corpo, tudo ao mesmo tempo sem ter muito bem a certeza de mim mesmo.

O segundo esgotamento aconteceu depois da morte do meu avô. Outra vez os antidepressivos e os comprimidos para dormir, a falta de libido e de tudo, um morto-vivo a não dizer coisa com coisa, a querer chegar ao fim do ano. Mas se desta vez não tive de aprender a pôr a mesa, em vez de três tive seis meses de loucura cósmica e o desmame à minha espera no fim. Já não tinha a mesma força.

Desde o segundo esgotamento já passaram 17 anos. De então para cá aprendi a ler os sinais de como está na altura de parar e ninguém é feito de ferro: as gengivas inchadas, os sintomas de gripe, mas sem gripe, o corpo dorido, uma constipação repentina. E como a vida se encarrega de nos afogar num tanque de compromissos e obrigações, começo a cancelar e a pontapear compromissos e obrigações à esquerda e à direita, doa a quem doer. E paro.

 

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Período Probatório – Listas

Listas dos docentes que estão dispensados da realização do Período Probatório e a lista dos docentes que não estão dispensados da realização do Período Probatório no ano 2019/2020

Nota Informativa de 08.10.2019 – Publicação das listas dos docentes dispensados e não dispensados do Período Probatório

Lista dos docentes dispensados do Período Probatório – 2019/2020

Lista dos docentes que realizam o Período Probatório – 2019/2020

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