O Inferno Em Que Transformaram A Minha Profissão – 1 | O Meu Quintal
O Inferno Em Que Transformaram A Minha Profissão – 2 | O Meu Quintal
O Inferno Em Que Transformaram A Minha Profissão – 3 | O Meu Quintal
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Ago 31 2019
Ventos de mudança estão a trazer de volta ecos perigosos de outras épocas encenados por lunáticos e gente pouco recomendável a tomar protagonismo nos destinos dos partidos e dos governos em todo o mundo. Mas o nosso país também faz parte do mundo e, cada vez mais, também parte «desse» mundo.
Infelizmente, sabemos da teimosa dificuldade dos povos aprenderem com os erros que cometeram no passado permitindo que a história se repita e ideologias e correntes de pensamento indesejáveis regressem.
Começa a ser muito preocupante o esforço do governo e dos partidos da oposição em tentar limitar, ou mesmo extinguir, o direito à greve.
Têm intentado nesse sentido em várias classes profissionais num processo que visa impor e proibir.
Um bom exemplo disso tem estado a decorrer no caso das recentes greves dos motoristas de matérias perigosas, em que se tem assistido a um ataque aos direitos dos trabalhadores, impondo serviços mínimos, ameaçando judicialmente e tentando dissolver sindicatos. Tudo isso contando com a conivência de um povo que, unicamente preocupado em ter o “pitróil” para poder ir de férias, esquece-se que os trabalhadores têm estado apenas a travar uma luta recorrendo aos meios legítimos para o fazerem.
Mas isto é a consequência do que aconteceu no verão passado quando o governo e alguma classe política oportunista aplicaram a mesma fórmula virando o país contra os professores.
Fizeram terrorismo psicológico com os professores enviando comunicados e despachos para as escolas ameaçando-os com faltas injustificadas, processos disciplinares, ilegalidades e todo o género de artimanhas para causar medo nos profissionais de educação e desmantelar a greve.
E o país aplaudiu.
Usaram a comunicação social como máquina de propaganda enviando os seus sequazes virar a opinião pública contra os professores que nos passou a odiar sem nos darem sequer direito a expor as razões da nossa luta impedindo-nos de esclarecer a população.
E o país aplaudiu.
Fomos queimados na praça pública sem direito a nos defendermos.
E o país aplaudiu.
Impuseram aos professores serviços mínimos impedindo-os de fazer greve.
E o país aplaudiu.
E o comodismo de quem queria ir de férias e ter as notas dos filhos atribuídas resultou numa enorme perda de poder reivindicativo, não só para os professores, mas para todas as outras classes profissionais; para todos os trabalhadores por conta de outrem.
E o país, sedento de sangue e moldado de um espírito de inveja e maledicência gratuitas, estupidamente aplaudiu.
O mais grave de uma situação preocupante que revela o atropelo dos mais básicos direitos dos trabalhadores está no faco do povo não se aperceber que hoje afeta outras, mas amanhã poderá afetá-los a eles.
Mas como não foi travado o défice democrático desta gente que se diz nossos representantes, uma senda por esta via populista e tirânica continua imparável, permitindo que os monstros vão saindo detrás das pedras.
E assim, não foi espanto algum assistirmos ontem à chegada do último grito deste género de ideias e ideais hediondas propostas, desta vez, pelo CDS para os professores, encabeçada pelo desejo de punir grevistas faltosos.
Punir, ameaçar, perseguir, proibir, tudo palavras matizadas de intenções intimidatórias que não casam bem com a palavra “Liberdade”, as quais julguei não ver regressar tão cedo ao meu país – embora o meu desejo naïf fosse de que nunca mais voltassem. Mas elas estão aí, bem à frente dos olhos apáticos de todo este mar de umbigos desfalcados de valores socias, morais e solidários.
Noutros países a mentalidade é tão diferente da nossa. Nações mais produtivos, porque pensam de maneira diferente. Ali para os lados de mentalidades mais desenvolvidas, não se divide para reinar, antes pelo contrário, soma-se para beneficiar todos. Ali, os trabalhadores são premiados e valorizados pelas entidades patronais. Se a empresa deu mais lucro do que o esperado, parte desse lucro é repartido por quem contribuiu para que isso acontecesse, pelos trabalhadores que são o ativo mais valioso de qualquer empresa ou corporação. Um bom exemplo é o da Autoeuropa, que reparte lucros sob a forma de prémios de desempenho/produtividade, revelando-se um oásis numa terra de gente tacanha e cobiçosa.
Porém, não bastando toda esta alucinação repressora e persecutória pelas mãos de quem tem o poder, não satisfeitos com os (9 anos, 4 meses e 2 dias de tempo de serviço que os professores cumpriram e que não contou para nada nas suas carreiras, porque lhes foi roubado, começam a surgir ideias para impedir que progridam nas suas carreiras e que, de preferência, fiquem a receber pouco mais do que o salário mínimo.
É um pensamento tão típico do povo português e do nosso patronato que sempre investiu numa política dos baixos salários. Não se premeia os trabalhadores, não se incentiva à produtividade, não se valoriza o seu trabalho. Antes pelo contrário, tenta-se por todos os meios que o trabalhador, por mais e melhor que trabalhe, não consiga progredir na carreira nem ver reconhecido o seu trabalho.
Entre outras tentativas de fazer passar a qualidade do trabalho dos professores pelo Ministério das Finanças, agora o CDS conseguiu inventar mais um obstáculo – fazer depender a progressão na carreira dos professores em “provas públicas a prestar em instituições de ensino superior públicas devidamente credenciadas para o efeito” e “assente no mérito “.
Mas eu julgava que o curso – que tanto trabalho me deu a tirar – tinha sido reconhecido como válido pelo estado! Ao fazer isto, o mesmo estado estaria a retirar legitimidade aos cursos que ele próprio certificou, não reconhecendo a sua autenticidade para atestar a qualificação para o qual se destinavam. Uma completa aberração vinda de quem não encontra limites para tingir os seus fins… políticos.
Gente que nem sequer sabe – ou finge não saber – que os professores, mesmo depois de queimar as pestanas a tirar o curso que os habilita à docência, ainda têm formação contínua creditada que frequentam ao longo de toda a vida, o que não acontece em todas as profissões.
E o povo – essa massa que se esconde na cobardia e impunidade de não ter rosto – desconhecendo que, além da formação continua que frequentam anualmente, os professores também têm de participar em projetos e atividades escolares curriculares e extracurriculares, apresentar assiduidade, os relatórios de autoavaliação, sujeitarem-se à observação de aulas (por vezes mesmo depois de 3 décadas de profissão) e sujeitarem-se a cotas para poderem progredir na carreira e auferir mais umas míseras dezenas de euros.
Mas, imersos em sentimentos pouco nobres, ignorando a verdadeira vida profissional dos professores, o país continua a aplaudir.
O mais obsceno de toda esta situação é a proveniência destas propostas insultuosas – vêm de uma classe política pouco muito respeitável.
E quanto ao “Mérito”, a que acrescento “transparência”, já que insistem, vamos lá falar disso.
Não são os professores que tiram cursos ao domingo ou com equivalências de cadeiras que lhes permitem diplomas sem pôr os pés numa universidade, ou falsificam as suas habilitações académicas para aceder a cargos de chefia.
Não são os professores que conseguem o seu posto de trabalho por cunha, por cartão partidário ou por serem familiares de membros governamentais, antes pelo contrário, são obrigados a percorrer o país com a casa e os filhos “às costas” para poderem ter direito a esse tão apetecível trabalhão que mais ninguém quer para não ter de sair da sua zona de conforto.
Não vejo a classe política a prestar provas para justificar os lugares bem assalariados e cheios de regalias que lhes são atribuídos, não por mérito próprio, mas por nomeação direta.
Não os vejo a serem obrigados a ter de prestar provas quando o resultado do seu trabalho é desastroso para o país.
Não os vejo a terem de fazer formação contínua para se atualizarem e melhorarem o seu desempenho profissional.
Não os vejo a despenderem do seu bolso os custos inerentes ao desempenho da sua profissão, como despesas de deslocação e de estadia.
Não os vejo a terem de trabalhar cerca de quatro décadas e meia para terem direito a uma reforma cada vez mais magra.
Eles estão tão preocupados com a avaliação e a progressão na carreira dos professores, mas a mim o que mais me preocupa é as verdadeiras questões que deveriam estar a ser debatidas pelo país:
Quem os avalia a eles?
Quem os responsabiliza pelas más governações?
No meio de tantos escândalos de nomeações de familiares que vão do marido ao periquito – todos a comerem do mesmo tacho – políticos que criticaram e perseguiram os docentes, mas que fugiram ao fisco, esconderam rendimentos, mentiram para receberem indevidamente ajudas de custo de residência e de deslocação, corromperam e foram corrompidos estando a braços com a justiça, deixaram o país em más condições económicas, premeiam-se com reformas chorudas ao fim de uma mera dúzia de anos de serviço, terem o desplante de virem dar lições de profissionalismo e de moral aos professores são a prova acabada da miséria moral que abunda numa classe política povoada pela mediocridade e pelo oportunismo.
Que exemplo dão eles para terem o mínimo de autoridade moral para nos poder criticar?
Só lhes peço que nos façam um enorme favor – não nos confundam convosco e respeitem-nos!
Posto isto, como me é possível não sentir só vergonha da nossa classe política, agora também começo a nutri-lhes um particular sentimento de nojo.
Desenganem-se aqueles que acham que os grandes perigos do mundo estão na loucura e falta de vergonha de políticos no estrangeiro, uma vez que por cá a nossa classe política está longe de ser um exemplo, de tão podre, incompetente e inútil que se afigura.
Não foi por nossa causa que o país já esteve à beira de três bancas-rotas.
Não temos sido nós a encher os noticiários com casos de peculato, compadrio, favorecimentos e corrupção.
Não temos sido nós a nos servimos do país em vez de servir o país.
À imagem do que aconteceu noutros tempos, chegará o dia em que olharemos para trás e diremos “Como foi possível que deixássemos tudo isto acontecer?”.
Infelizmente, estando nas nossas mãos o poder de evitar que chegássemos a esse ponto, atordoados por um estado de sonambulismo e cáustica inveja coletiva, temos a tendência de nos apercebermos quando já é tarde demais.
O povo está longe de ser uma vítima das conjunturas; ele é um resultado das suas escolhas, pois se somos mal representados, é o povo quem os escolhe, pelo quem não é vítima, é cúmplice.
Como um circo a pegar fogo, embalada neste espetáculo populista que leva à perda de direitos e de liberdades, a democracia está a ficar mais pobre… e o povo continua cego a aplaudir.
Carlos Santos
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Ago 30 2019
O próximo quadro apresenta~o número de colocações até à Reserva de Recrutamento 1 desde o ano letivo 2015/2016 por grupo de recrutamento.
Nos anos letivos 2015/2016, 2016/2017 e 2019/2020 existiram renovações ao contrário dos anos letivos 2017/2018 e 2018/2019 por se terem tratado de anos onde existiu o concurso interno (primeiro o ordinário e o segundo para reparar a injustiça da não atribuição dos horários incompletos no ano anterior aos docentes dos quadro que concorriam à Mobilidade Interna).
Dos 34 grupos de recrutamento existentes, este ano e apenas com as listas da Contratação Inicial já existem 18 grupos de recrutamento com mais colocações do que nos anos anteriores com as listagens até à RR1.
O Grupo 120 – Inglês, assim como o 350 – Espanhol, o 910 – Educação Especial 1 dificilmente terão tantos contratados como em 2016/2017, visto que a partir daí entraram no quadro a maioria das necessidades das escolas.
Boas notícias para os contratados que aguardam pela Reserva de Recrutamento 1, em especial dos grupos de recrutamento assinalados a verde no ano letivo 2019/2020.
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Ago 30 2019
Título: “Mezzanotte Di Segni” | Autores: “Marino Guarnieri“
Em uma pequena sala com vista para a baía de Nápoles, um jovem designer, suspenso no tempo e na noite, enfrenta a eterna luta do artista que tenta domar seus instrumentos para usá-los como uma extensão de si mesmo para expressar sua imaginação.
À luz de uma lua mágica, o conflito se transforma em uma batalha real, física e simbólica.
O sonho e a realidade se misturam com a tinta preta e o poder da cor, até a percepção de que sinal como um sinal nos aproximamos cada vez mais para nos tornarmos mestres da nossa imaginação.
Em uma visão onírica de momento encantado em que hoje se torna amanhã.
Até à próxima semana ou todos os dias em facebook.com/cinemasemconflitos
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Ago 30 2019
Nos dias 2, 3 e 4 de setembro encontra-se aberto o concurso para assegurar as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) no concelho. Todas as candidaturas que tenham sido submetidas anteriormente ou posteriormente a estas datas não serão consideradas.
O Aviso da oferta de trabalho para ocupação de 26 postos no mapa de pessoal do Município da Póvoa de Varzim para assegurar as atividades de enriquecimento curricular ensino do inglês e atividade física e desportiva está publicado aqui.
A formalização das candidaturas deve fazer-se através do preenchimento obrigatório de formulário eletrónico disponível na aplicação para apresentação de candidaturas às Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC’s) na aplicação informática disponibilizada on-line pela Direção-Geral dos Recursos Humanos da Educação: www.dgrhe.min-edu.pt.
Ref.ª 01/DECS/1º CEB/AECEI/2019 – 8 técnicos de Inglês (sendo um a preencher por pessoa com deficiência, com um grau de incapacidade igual ou superior a 60%).
Ref.ª 02/DECS/1º CEB/AEAFD/2019 – 18 técnicos da Atividade Física e Desportiva (sendo um a preencher por pessoa com deficiência, com um grau de incapacidade igual ou superior a 60%).
A efetiva contratação irá refletir as necessidades reais, em função dos recursos de Técnicos de cada Agrupamento, razão pela qual o número de Técnicos contratados poderá ser inferior ao atrás indicado.
Os técnicos vão ter como locais de trabalho as Escolas Básicas do 1º Ciclo da rede pública dos Agrupamentos de Escolas de Aver-o-Mar, Rates, Dr. Flávio Gonçalves e Cego do Maio do Município da Póvoa de Varzim.
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Ago 30 2019
Tendo aberto hoje a fase de pedido de horários para a reserva 1, apenas é possível pedir horários de duração anual e superior a 8 horas.
Tal como previ no dia 11 de agosto é muito provável que no dia 6 de setembro a Reserva de Recrutamento 1 seja publicada com este tipo de horários.
Depois continuo a prever que teremos uma RR2 no dia 13 de setembro já com todo o tipo de horários (anuais e temporários).
Os horários para contratação de escola para os diferentes grupos de recrutamento deverão sair apenas a partir do dia 9 de setembro.
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Ago 30 2019
Ministério da Educação justifica distribuição de manuais usados com as recomendações feitas em Maio pelo Tribunal de Contas. Presidente da Confap diz que neste caso as famílias só devem aceitar “manuais que estejam como novos”.
O Ministério da Educação está a atribuir manuais usados a alunos do 7.º ao 12.º ano de escolaridade, apesar de inicialmente ter garantido que aqueles estudantes só iriam receber livros novos em 2019/2020, por ser este o primeiro ano da aplicação da gratuitidade ao 3.º ciclo e ensino secundário.
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Ago 30 2019
Encontra-se disponível a aplicação que permite às escolas procederem à atribuição da componente letiva.
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Ago 30 2019
Encontra-se disponível a aplicação que permite às escolas procederem ao pedido de horários para as Reservas de Recrutamento.
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Ago 30 2019
Qual seria a personagem que representaria na Disneylândia dos cientistas? Por cá nós sabemos bem qual a personagem de que tem vindo a vestir o papel…
Brandão Rodrigues viveu fora muitos anos: deixou Cambridge para aceitar ser ministro. Disse que sim a António Costa e dirá outra vez se o PS ganhar as eleições legislativas e o secretário-geral quiser. “Sinto-me sempre motivado para servir e para fazer serviço público. Estava na Disneylândia dos cientistas e era feliz”. Mas em outubro espera renovar os votos com Portugal: “Não fiquei preso. Ganhei graus de liberdade também por entender este país”.
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Ago 29 2019
Durante toda a entrevista da Catarina Martins, coordenadora do BE, na TVI24, foi feita uma referência sobre os Professores que mereceu uma resposta de uma só frase, rápida e ansiosa por mudar de assunto.
Jornalista – A questão dos professores?
Catarina Martins – Foi uma chantagem que o PS decidiu fazer com a direita criando uma crise artificial.
Será isto um sinal para a futura legislatura?
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Ago 29 2019
Há professores destacados para dar aulas no Algarve que optam por viver em parques de campismo, hostels ou residenciais. A realidade é noticiada nesta quinta-feira pelo “Diário de Notícias” e, não sendo nova, tem-se agravado de ano para ano.
“Temos conhecimento dessa realidade, que aliás é uma realidade que não se esgota no Algarve – eu diria até que acontece na cidade de Lisboa e no Porto também”, refere à Renascença o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
“Particularmente em Lisboa, é um problema grave que no ano passado levou ao não preenchimento de lugares que apareceram com horário completo para efeitos de contratação – por exemplo, já durante o ano – precisamente porque o preço da habitação hoje, em algumas zonas, é superior ao salário líquido de um professor”, acrescenta.
No Algarve, o turismo fez disparar ainda mais o preço das casas e já não é só durante o verão.
Se este cenário se mantiver, alerta Mário Nogueira, poderão surgir problemas no futuro, pois, “convenhamos, para todo o trabalho que tem que ser feito em casa, não é propriamente a [escolha] adequada” e “isto pode até levar a que haja alunos e escolas que não vão conseguir ter professores habilitados”.
O sindicalista defende, por isso, que sejam os municípios a tratar do alojamento dos docentes: “esta, sim, é que seria uma responsabilidade que o Governo deveria transferir para os municípios”, aponta.
Estas questões “são de ordem social” e “aí os municípios deveriam ter a responsabilidade de poder ter uma oferta com custos moderados, garantindo que as escolas do seu concelho têm os professores de que necessitam, para que os seus alunos tenham aulas do primeiro ao último dia”, argumenta.
A Renascença descobriu um professor no Algarve que já passou pela experiência de viver num parque de campismo por incapacidade financeira de sustentar um alojamento.
Paulo Cesário é de Torres Vedras e dava aulas no ensino particular, mas no ano passado ficou desempregado. Ir trabalhar para o Sul do país não o assustou, mas os preços dos apartamentos e dos quartos para arrendar é que não estavam ao alcance da sua bolsa.
“A opção foi o parque de campismo da Fuseta. Falei com a minha mulher e com o meu filho e resolvi ir para lá fazer oito meses seguidos. Eu dava aulas na Fuseta e em Moncarapacho”, conta.
Mas Paulo Cesário é perentório: “Para isto, é preciso gostar de fazer campismo; não é para todos”.
Continua aqui com áudio da entrevista:
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Ago 29 2019
É já no dia 2 de setembro que os 24 mil professores colocados para o ano letivo 2019-2020 terão de se apresentar nas escolas onde foram colocados. Vários deles chegam anualmente ao Algarve, longe de casa, à procura de alojamento numa zona onde o turismo é o principal inquilino – pelo menos até meados de setembro, fim da época alta. Sem alternativas, uns optam por ficar nos parques de campismo, outros em pensões e hostels. Um problema que “tem vindo a agudizar-se, devido ao volume do turismo na zona”, que é também “cada vez menos sazonal”, denuncia a presidente do Sindicato Democrático de Professores do Sul (SDP Sul), Josefa Lopes.
“Apartamento de férias remodelado”, “Casa de férias no Algarve”, “Alugo T1 a 2 minutos a pé da praia”. Basta uma pequena pesquisa pela internet para percebermos a dificuldade que pode ser encontrar uma casa no Algarve que não seja destinada a casais ou famílias em férias. A maioria dos anúncios não deixa para segundo título essa condição. Se, por acaso, até surge um ou outro anúncio de arrendamento a mais longo prazo, não passam de um período que vai de outubro (já um mês após as aulas começarem) a maio (ainda a dois meses do final da época de trabalho dos professores).
A falta de alternativas pode mesmo levar alguns colocados nas escolas algarvias a desistir das vagas, admite a dirigente dos professores do SDP Sul. “Porque têm família e as condições que lhes são oferecidas não são minimamente razoáveis para levar um ou mais filhos consigo”, conta. Mas lembra que o mais comum é “ver professores que já evitam candidatar-se a determinados lugares por más experiências relativamente ao alojamento”.
“Vejo colegas que neste momento estão em grande stress porque entram ao serviço no dia 2 mas o alojamento só está disponível a 15 (na maior parte dos casos)”, escreveu nesta terça-feira Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, no blogue Arlindovsky, do qual é autor.
Como é o caso de Susana Ferreira, de 42 anos, para quem cada início de ano letivo é uma incógnita. “Todos os meses de agosto penso em desistir”, desabafa. Para a semana, a educadora de infância, natural de Braga, terá de se apresentar pelo segundo ano consecutivo numa escola do Algarve. No ano passado, em Albufeira. Neste ano, em Loulé. Está a reviver tudo de novo. E nem as duas décadas a exercer a profissão em modo ambulante, tendo corrido já várias zonas do continente e até a Madeira, a prepararam.
Pelo contrário, Estela Fonseca, de 52 anos, do Porto, só viveu o processo de deslocação um único ano da sua carreira. A professora de Filosofia do ensino secundário conta que concorrer para as escolas do Algarve “era a única forma de se vincular”, pois são instituições “onde há muita falta de professores”. Sujeitou-se àquele que diz ter sido o ano mais difícil da sua vida, deixando para trás, no Porto, dois filhos (na altura, já estudantes universitários) e pais doentes. Mas desistir não era opção. “E o que é que eu iria fazer com esta idade?”, pergunta. Mas, naquele ano, esteve mais perto de o decidir. “Foi um desespero enorme.”
Houve anos em que Susana fez as malas e se aventurou no estrangeiro, em áreas distintas, para combater o vazio de quando não era colocada. “Fui para a Suíça e para Maiorca, trabalhar em restaurantes, trabalhar como ama, mas também em lojas”, lembra. Mas “sempre que era colocada voltava e ia trabalhar”.
A menos de uma semana do primeiro dia de trabalho, Susana continua por Braga a candidatar-se a casas no Algarve. As respostas têm sido, na grande maioria, negativas. E, quando surge uma casa ou quarto disponível, a renda não é suportável para o seu salário. “Liguei agora mesmo para o senhorio de um T2 que pedia 600 euros. Mas isto é mais de metade do meu ordenado”, conta.
Também não tenciona sujeitar-se, mesmo que temporariamente, a “preços de turista”. “Não vou gastar 500 euros numa semana. Não ganhamos para pagar isto. Mesmo num bungalow (num parque de campismo) já é difícil ficar, porque são caros”, conta. Logo em julho deste ano, tratou de assegurar uma casa para setembro, embora só possa mudar-se a partir da segunda quinzena do mês. Pondera, por isso, levar uma tenda para um parque de campismo até ao dia 15.
Conhece casos de colegas que tiveram de recorrer ao acampamento até que a época alta terminasse, em meados de setembro. Mas o tempo de vida do turismo na zona já não é tão previsível como antigamente.“Aqueles que aceitam ficar nesta situação (em parques de campismo) pensam que a situação será transitória. Se calhar é, mas o nosso turismo está cada vez menos sazonal”, conta a sindicalista Josefa Lopes. E o que seria uma alternativa temporária torna-se mesmo uma situação permanente.
Já há muitos anos que a situação é do conhecimento dos sindicatos. O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) lembra um colega de trabalho que “geria um parque de campismo em Lagos e arranjava forma de os professores lá ficarem”. “Infelizmente, é um problema que já vem de longe. E não apenas no Algarve, embora deva estar a sentir-se mais por lá, devido ao aumento do turismo e de casas destinadas a turismo”, reitera.
No ano passado, Susana deambulou entre casas de amigos e apartamentos que estavam disponíveis para alugar por curtos períodos de tempo. “Estive com uns amigos nas primeiras semanas de setembro. Do final do mês de setembro até fevereiro, consegui um apartamento. Depois, fui para outro até junho. Paguei 450 euros, despesas acrescidas, em ambos. De junho até final de julho fiquei novamente na casa de amigos”, recorda. Mas, neste ano, voltar a requisitar a ajuda de amigos já não é a solução imediata em cima da mesa, visto a sua casa estar a mais de uma hora de distância da escola onde foi colocada.
Por esta altura, há dois anos, a professora de Filosofia Estela Fonseca acabava de saber que tinha sido colocada, pela primeira vez, longe de casa: em Faro. Contrariamente ao que aconteceu neste ano, em que o Ministério da Educação publicou a lista de colocações um mês antes de as aulas começarem, naquele ano milhares de professores só souberem o seu destino a uma semana do primeiro dia de trabalho.
“Tive uma semana, desde que soube que tinha sido colocada e o início do trabalho, para arranjar casa. Não conhecia ninguém e fiz todos os contactos pela internet”, recorda. Mas a saga mal tinha começado.
Conta que “muitas das casas que contactava só estariam disponíveis no final do mês”. Noutros casos, “teria de sair no final de maio”. O pior foi mesmo as “propostas surreais” que encontrou. Um quarto no Toledo, Faro, a 300 euros, com dois beliches lado a lado para quatro pessoas. Também um estúdio no centro de Faro, junto à escola onde ia exercer, que era afinal “um quarto minúsculo num 13.º andar, com uma bancada numa ponta, imunda, cheia de gordura, com uma cama onde os lençóis brancos estavam cinzentos e o quarto de banho disponível estava muito sujo”. A 350 euros.
Acabaria por alugar um T1, em Olhão, que partilhava com uma colega de trabalho. Uma dormia na sala, a outra no quarto. Mas “tinha de vir cá de 15 em 15 dias, por ter os meus pais muito doentes” e ainda dois filhos, na altura já estudantes universitários. “Perdi todas as economias que angariei durante a vida”, lamenta. Com a agravante de “não ser possível declarar esta despesa”. “Porque não temos recibo e, se exigimos, o senhorio vai aumentar o preço”, diz.
A professora está de regresso ao Porto para cuidar da mãe, que vive dependente da filha depois de o pai ter morrido. Está atualmente colocada no Porto. Continue a ler
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Ago 29 2019
Hoje, vejo as crianças que têm pais que não sabem que adultos criar para o amanhã. No meio destas crianças, sobressaem aquelas que olham, paradas, com um ar admirado para as atitudes que nunca pensaram poder ter e correm para os braços dos pais quando os chamam.
Por vezes gosto de levar as crianças ao parque infantil. Gosto de os ver deslizar pelos escorregas e saborear o vento na cara enquanto, freneticamente, se balouçam para a frente e para trás. Gosto de os ver criar aquelas amizades momentâneas que parecem ser de toda a sua curta vida e que vão durar para sempre. As nossas crianças têm o dom de nos fazer gostar de, apenas, as observar enquanto brincam, de nos deliciarmos com os seus movimentos enquanto sorriem de satisfação. Ficamos ali, sentados, a olhar para elas e por elas, só isso.
Mas as outras crianças, as que não são nossas, também nos chamam a atenção. Também as observamos a brincar e a relacionar com as nossas e com outras que por lá deambulam entre as brincadeiras e os outros pais e avós que, também, por lá estão. É nesses momentos que nos apercebemos que a sociedade é diversa, as formas de estar, interagir mudaram, as crianças estão diferentes, são diferentes daquilo que foram os que por ali as observam sentados entre conversas casuais e olhares atentos para os dispositivos que carregam incansavelmente consigo para todo o lado. Damo-nos conta que temos mais tempo para estarmos com as nossas crianças, mas não estamos. Damos-lhes os exemplos que defendemos que não devemos dar. Por ali, vemos de tudo.
As crianças são o espelho dos que os criam e de uma sociedade que evolui sem critérios nem filtros. São as crianças que dizem não. Não quero, não vou, agora não, ainda não, já vou, mas não vêm… e gritam com os pais e avós, mandam-nos, ordenam-lhes que esperem, porque agora querem estar ali. São os que amuam, porque a amizade momentânea já não lhes dá atenção ou se foi embora. Os que chutam a bola com toda a sua força contra a parede quando chega a hora de ir, os que levam a bola para, só eles, brincarem com ela. Aqueles que gritam com os pais porque o baloiço está ocupado e se recusam a esperar pela sua vez, os que se deitam ao chão e esperneiam, gritam e insultam quem os tenta fazer voltar a uma posição erecta, até desferindo um ou outro estalo a quem se encontra mais próximo. Falta-lhes a humildade de serem e saberem que são crianças, apenas isso.
Os pais, os avós e os outros que por ali se sentaram ou permaneceram de pé, vestidos com roupas a lembrar as domingueiras, vão aturando e deixando estar, desde que não caiam, magoando-se, gritando por eles. Vão continuando submissos, incapazes de se fazer valer do ser pai e avó, porque a nossa sociedade reprova um certo tipo de autoridade parental em público e muitas vezes até as nossas casas são públicas. Sempre debaixo do olhar reprovador da sociedade que os fez esquecer que para criar um ser humano tem que se lhe ensinar a humildade de aprender, tem que se educar. Nem que seja por eles e através dos seus exemplos de humildade e Educação.
Hoje, vejo as crianças que têm pais que não sabem que adultos criar para o amanhã. No meio destas crianças, sobressaem aquelas que olham, paradas, com um ar admirado para as atitudes que nunca pensaram poder ter e correm para os braços dos pais quando os chamam.
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Ago 29 2019
Ontem no programa “Tenho uma pergunta” da TVI a Professora convidada Carmo Miranda Machado confrontou o Costa com uma pergunta simples e direta. O Costa não respondeu nem direta nem indiretamente. Refugiou-se no discurso de politico oco e bacoco.
“Senhor primeiro-ministro, sabe que há escolas sem papel higiénico nas casas de banho?”
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Ago 28 2019
Conforme aviso, da presente data, publicado na BEP – Açores, no âmbito da Oferta n.º 10778, de 3 de julho de 2019, notificam-se os candidatos à Oferta de Emprego para recrutamento de educadores de infância e de professores dos ensinos básico, secundário e artístico, para o ano escolar 2019/2020, em regime de contrato de trabalho a termo resolutivo, da disponibilização da Lista de Colocações, a partir de 28 de agosto de 2019.
Os candidatos colocados que devem proceder à aceitação da colocação obtida entre 29 e 30 de agosto, através do preenchimento do respetivo formulário eletrónico, disponível em https://concursopessoaldocente.azores.gov.pt, sendo para o efeito utilizados os elementos de acesso à sua candidatura (endereço de correio eletrónico e palavra-passe) e apresentar-se ao serviço na respetiva unidade orgânica, no dia 2 de setembro de 2019.
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Ago 28 2019
A DECO explica:
Face ao elevado número de situações em que os livros são entregues com problemas, o Ministério da Educação esclareceu que, quando os danos “possam comprometer as finalidades pedagógicas a que se destinam, devem os encarregados de educação dirigir-se às escolas e solicitar que este tipo de situações sejam corrigidas”. Ou seja, se os livros não estiverem realmente em condições de serem reutilizados, apresente o caso à escola.
Caso não haja abertura do estabelecimento de ensino para substituir os manuais, pode recorrer à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE). O contacto é feito pessoalmente (entre as 9 e as 17 horas), por correio (morada: Praça de Alvalade, n.º 12, 1749-070 Lisboa) ou por via eletrónica. Aconselhamos a expor o caso por escrito, para haver registo da queixa. Pode até anexar fotografias das páginas danificadas. Note, no entanto, que a escola e a DGEstE não estão obrigadas a cumprir um prazo para dar resposta à reclamação.
Outra opção é apresentar uma reclamação formal através do livro de reclamações. Nesse caso, as entidades têm prazos a cumprir.
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Ago 27 2019
Mais um ano letivo a iniciar e muitos professores a chegar ao Algarve.
Dia 2 é dia de apresentação dos professores por todas as escolas do país. Diferente sensação de quando vimos de férias para o Algarve é a sensação de chegar ao Algarve com a mala às costas mas sem saber onde ficar. Muitos são os colegas que se deparam com uma grande problemática, alojamento para professores durante todo o ano letivo que inicia a 2 de setembro e termina a 31 de julho. No início de Junho começa mais uma temporada turística em que os professores são postos literalmente a mexer das casas que alugaram, para dar lugar aos imensos turistas que ficam até meados de Setembro. Vejo colegas que neste momento estão em grande stress porque entram ao serviço dia 2 mas o alojamento só está disponível a 15 (na maior parte das casas)…
Parque de campismo é sempre uma opção, desabafo de uma colega hoje que é de Braga e ficou no Algarve… Também propus a um t0 se me alugava esses dias e procurei todas as possibilidades, e aguardo respostas e toda a gente tenta ajudar, já estou por tudo, se não aparecer nada, resolve-se na mesma. Fico uns dias entre amigos e até já pensei acampar em último recurso (não é o mais conveniente mas é na boa) Enfim, isto não pode é tirar-me o sono… vamos ver o que o dia de hoje nos reserva.
Esta é a grande problemática do Algarve com que os professores se deparam e merece realmente uma solução digna.
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Ago 26 2019
Desenvolvimento de modalidades nos estabelecimentos de ensino mobiliza o equivalente a 1000 professores.
O Ministério da Educação vai voltar a aumentar o número de créditos horários para os professores que estão envolvidos no programa de Desporto Escolar. No próximo ano lectivo, há mais 200 horas de aulas por semana que podem ser canalizadas pelas escolas para o desenvolvimento de quase 40 modalidades.
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