E agora? O que fazer depois da greve? Mais GREVE…

 

Os números da greve de ontem, pelo menos os disponíveis, são encorajadores. 80% a nível global, e 90% no sector da Educação.

O que acontecerá de seguida? Pede-se uma reunião ao M.E. e mostra-se a percentagem de adesão? Escreve-se-lhe uma carta com as reivindicações dos professores? O que se fará a seguir? Outra Greve?

Que conclusões poderá tirar o M.E. do dia de ontem? Será que estiveram atentos? Foi apenas um dia normal? Pouparam-se uns trocos?

Depois de uma greve ficam sempre umas duvidas no ar sobre o seu real impacto. Não estou a dizer que não vale a pena fazer greve. Só quero saber qual será o próximo passo.

Está encontrado o fator de união (novamente), o que fazer com ele é que ainda não foi esclarecido.

As forças sindicais têm que confluir numa meta comum, mesmo que separadas.

Tenho, quase como certo, que o desgaste dos professores chegou ao ponto de ebulição e se não os puserem em lume brando, pode-se conseguir alguma coisa, outra vez.

Até se pode conseguir uma manifestação monumental pelas avenidas de Lisboa… nunca se sabe!

 

Fenprof fala na “maior greve de professores desde 2013”

Os professores também marcaram uma greve, convocada pela Federação Nacional dos Professores, a Fenprof, em defesa dos direitos, das carreiras, da estabilidade e dos salários.

A greve de professores e funcionários escolares obrigou ao encerramento de 90% das escolas de todo o país, sendo já considerada “a maior greve de professores desde 2013”, segundo a Fenprof.

Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, apresentou os primeiros dados sobre o efeito da greve nacional da Função Pública e da adesão dos professores à paralisação.

“Há 90% de escolas fechadas. Há agrupamentos inteiros encerrados”, disse Mário Nogueira, referindo-se a estabelecimentos de ensino desde o Norte até ao Sul do país.
“Há direções inteiras de escolas a fazer greve”, disse Mário Nogueira, dando como exemplo escolas no Seixal.

“Esta greve é claramente a maior greve desde 2013, altura em que foram feitas três semanas de greve no período de avaliações”, afirmou o líder da Fenprof, alertando o Governo que tem de olhar para estes números como “um sério aviso que não pode deixar de ser tido em conta”.

Na Escola Secundária do Lumiar, em Lisboa, 73% dos docentes fizeram greve, enquanto na Quinta dos Franceses, no Seixal, a adesão foi de 100% e na escola Rainha Santa Isabel, em Coimbra, apenas 7% dos professores compareceram esta manhã, segundo números da Fenprof que revelam que as escolas do primeiro ciclo do concelho de Faro estão esta sexta-feira todas encerradas.

Mário Nogueira voltou a sublinhar que é “absolutamente inaceitável” a proposta do Orçamento do Estado no que toca à carreira dos professores, que são vítimas de uma “discriminação inadmissível”.

Até já há quem fale numa greve de 5 dias… vá-se lá entender porque é que a de ontem só foi de um dia…

 

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12 comentários

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    • Manuel on 28 de Outubro de 2017 at 12:07
    • Responder

    Em Março faz quantos anos desde a grande manifestação? Estou em crer que, a continuar assim, o novo aniversário, vai ser comemorado por nova e estrondosa manifestação! Vamos superar os 100 mil na AVENIDA DA LIBERDADE!!!
    Os professores já chegaram ao seu limite. Já chega!! BASTA.

      • Pois on 28 de Outubro de 2017 at 16:22
      • Responder

      Essa greve dos 100 mil parecia aquela festa do continente… Foi uma palhaçada é por isso não deu em nada.

      Farei greve apenas quando os motivos sejam:
      – aumento de salário, seja por alterações nos escalões ou aumento real;
      – diminuição de alunos por turma.
      – diminuição da burocracia.

      E as manifestações passem a incluir:
      – Cadeados nas escolas.
      – Piquetes de greve.
      – Contestação nas ruas.

      Caso contrário, continuem a contar números de adesão, satisfeitos com um número e mais nada… Lol. Até dá vontade de rir ao olhar para o efeito desta greve: o ministério das Finanças a esfregar as mãos de contente com o dinheiro poupado e nem sequer uma beliscadela na imagem do governo.

      Abram os olhos…

        • Claudia Lago on 29 de Outubro de 2017 at 19:08
        • Responder

        A manifestação dos 100 mil foi uma palhaçada???Foi tb graças a ela, e à dos 120 mil, que se acabou com os professores titulares…Fraca memória…

    • Mafalda on 28 de Outubro de 2017 at 13:37
    • Responder

    Não sei se com mais greves continuará a haver tanta adesão. Por muito que se concorde com elas, os € ao fim do mês fazem falta. Temos que pensar noutras soluções: uma mega manifestação, greve às avaliações, etc. Soluções que façam sentido mas que não nos prejudiquem mais ainda, financeiramente.

      • Pois on 28 de Outubro de 2017 at 16:25
      • Responder

      Piquetes de greve.
      Cadeados nas escolas.
      Manifestações com estradas cortadas.

      Abram os olhos. Estas greves são uma palhaçada. O governo até se ri.

    • Pois on 28 de Outubro de 2017 at 16:19
    • Responder

    Não contem comigo para estas greves sem propósito unificador e sem atitude pró ativa. Faltar ao trabalho para ficar no sofá e esperar que um governo nos dê mais dinheiro… É ridiculo, nunca verão qualquer resultado.

    Farei greve apenas quando os motivos sejam:
    – aumento de salário, seja por alterações nos escalões ou aumento real;
    – diminuição de alunos por turma.
    – diminuição da burocracia.

    E as manifestações passem a incluir:
    – Cadeados nas escolas.
    – Piquetes de greve.
    – Contestação nas ruas.

    Caso contrário, continuem a contar números de adesão, satisfeitos um número é mais nada… Lol. Até dá vontade de rir ao olhar para o efeito desta greve: o ministério das Finanças a esfregar as mãos de contente com o dinheiro poupado e nem sequer uma beliscadela na imagem do governo.

    Abram os olhos…


  1. Grande parte das escolas fechadas?!?!? Claro, com um número de funcionários de ação educativa cada vez menor, basta que faltem dois ou três por agrupamento que a escola deixa de ter condições para abrir portas. Na minha escola poucos fizemos greve, sexta a escola está sempre a meio gás, há muita gente sem componente letiva à sexta. He, he. Só espero que no vencimento deste mês não me venham cortar um dia de greve que não fiz.
    Há muitas maneiras de ler os números, escolas fechadas não quer dizer que a maioria dos professores tenham feito greve, quer dizer que não havia condições de segurança para as manter abertas.

    • Basta! on 28 de Outubro de 2017 at 23:31
    • Responder

    Cada cabeça sua sentença!
    Isto é o que se chama uma classe unida!
    Mas pelo menos acho que todos gostariam de ver o tempo de serviço em que estivemos congelados, contabilizado para progressão na carreira, não?
    Então é melhor concentrarmo-nos nesse objetivo!

    • Alexandre on 29 de Outubro de 2017 at 0:00
    • Responder

    Rui, a greve entre os professores foi fraca em muitas escolas. O que levou as escolas a fechar foi a falta de assistentes.


  2. 丁酉年(鸡)九月初十 2017-10-29到此一游!

    • Claudia Lago on 29 de Outubro de 2017 at 19:11
    • Responder

    Estou disposta a participar numa manifestação SE antes ou em simultâneo se partir para uma greve por 2, 3, 4 dias ou greve às avaliações como já se fez em 2013…

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