Impunidade

Artigo de opinião.

 

 

O ministro da educação afirmou que os recentes acontecimentos em Torremolinos não estavam directamente relacionados com as escolas públicas, embora estivesse a acompanhar de perto os “problemas” causados pelos alunos portugueses.

 

Quem faz uma constatação destas, depois dos dois anos no cargo, ainda não percebeu o  problema de fundo da educação em Portugal que pode ser resumido numa palavra: impunidade.

 

Compreendo que a resolução deste problema não seja fácil. Não compreendo de todo que o mesmo não esteja identificado e que não se esteja a trabalhar na sua resolução.

 

Nos dias que correm, todos os actores educativos já perceberam que as  escolas públicas estão cheias de vândalos e vazias de consequências. Tudo pode ser feito por parte dos alunos, tudo deve ser tolerado  pelos professores, tudo serve de desculpa para os pais.

 

Os mais velhos vão passando pelos pingos da chuva: escolhem as melhores turmas, os melhores alunos, os melhores horários. Ainda assim, estão esgotados e desiludidos. Os mais novos, menos cansados da vida e do sistema, ficam com o que sobra até ficarem cansados, desiludidos e se tornarem “mais velhos”. Tudo se rege num ténue equilíbrio onde os directores, trapezistas, tentam manter o agrupamento fora dos telejornais.

 

Podia apontar casos práticos. Não o farei, pelo sigilo profissional e porque estou demasiado cansado, apesar de ser “dos mais novos”. Não sei se chegarei a velho, não sei se aguento até lá. Resta-me aguentar e contar os dias até ao final das aulas esperando que o próximo ano seja… melhor!

 

pp

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2017/04/impunidade/

23 comentários

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    • Joana Sousa on 14 de Abril de 2017 at 18:58
    • Responder

    Os Directores das Escolas o que querem é o mínimo de ondas possível, ou seja, o mínimo de problemas possível. A maioria das situações de indisciplina ficam dentro das paredes da Escola.

    A Confederação Nacional Independente dos Pais e Encarregadas de Educação (CNIPE) considera que há “falta de acompanhamento” nas escolas. O QUE HÁ FALTA É DE PENALIZAÇÕES A SÉRIO PARA QUEM PREVARICA. Isso sim. Há falta.

    Mudar o Estatuto do Aluno e impor penalizações que tenham CONSEQUÊNCIAS efectivas para quem prevarica. Eu dou exemplos: “Reprovação à Terceira Falta Disciplinar” e “Reprovação por Faltas de Comparência”. Se isto for feito, a BANDALHEIRA que reina dentro das Escolas TERMINA.

    Nas escolas públicas reina a IMPUNIDADE relativamente a actos de INDISCIPLINA.

    Na generalidade das escolas públicas existem “gabinetes” para tratar as questões disciplinares. No fim de cada ano escolar são aos MILHARES as PARTICIPAÇÕES DISCIPLINARES. Papeis que vão direitinhos para o Balde do Lixo, isto é, não serviram para coisa nenhuma.

    Quando um aluno insulta e/ou agride professores, colegas ou funcionários o pior que lhe pode acontecer é ir uns dias para casa (de férias) e depois regressa para continuar as suas “actividades lúdicas”. Dado que as faltas não tem consequência nenhuma porque ninguém reprova por faltas. Tudo numa boa…

    A única hipótese de existirem consequências para actos mais graves de indisciplina é participar o caso na esquadra mais próxima e, posteriormente, accionar os mecanismos judiciais. No caso dos alunos serem menores, respondem civil e criminalmente os paizinhos e as mãezinhas.

    Outra das hipóteses de existirem consequências é o caso vir para a comunicação social e, aí o Ministério Público, está obrigado a proceder em conformidade.

    Os professores e as escolas públicas não possuem mecanismos que permitam castigar de forma exemplar os alunos que prevaricam e, portanto, situações como a da Viagem de Finalistas em que os jovens partiram paredes, atiraram lixo para o chão, incendiaram camas, colocaram televisores dentro das banheiras, escreveram nas paredes, partiram objectos….NÃO SÃO DE ESTRANHAR PORQUE É ISTO QUE SE PASSA DENTRO DO RECINTO ESCOLAR e que muitas vezes é abafado e não salta para a comunicação social.

    É caso para perguntar a razão pela qual o Ministro da Educação não revê o ESTATUTO DO ALUNO.

    Escrevi isto nesta postagem:

    http://www.arlindovsky.net/2017/04/e-quantos-casos-devem-ficar-escondidos/#comments

    É esta a REALIDADE da GENERALIDADE DAS ESCOLAS, mas anda tudo a assobiar para o lado.

      • gerimbeco . on 14 de Abril de 2017 at 19:14
      • Responder

      Colega, concordo INTEIRAMENTE consigo. Mas o grande problema são os interesses dos diretores em ter “clientes” nas escolas para que os “projetos especiais” funcionem.
      Se não fossem os interesses politiqueiros, a educação estaria melhor.

      • Afonso Cruz on 14 de Abril de 2017 at 22:12
      • Responder

      Parabéns pelo seu comentário. Anda tudo a assobiar para o lado até acontecer uma desgraça à americana. Subscrevo inteiramente. Mas o senhor ministro disse que nada tinha a ver uma coisa com a outra.

      • Subscrevo on 15 de Abril de 2017 at 2:26
      • Responder

      Estou totalmente de acordo com o seu comentário. Faço minhas as suas palavras pois esta é a realidade atual e, se nada for feito nos próximos anos, será ainda pior.


    1. Concordo na integra com o comentário.

      Deixo aqui um artigo interessante:

      “Os finalistas do eduquês”

      E vai piorar, porque o ME já desenterrou (só mudaram o século, as tretas são as velhas e vê-se o seu resultado) O Perfil dos Alunos para o Século…XXI.

      https://www.publico.pt/2017/04/14/sociedade/noticia/os-finalistas-do-eduques-1768717

    • MÁRIO Pacheco on 14 de Abril de 2017 at 19:39
    • Responder

    “” Nos dias que correm, todos os actores educativos já perceberam que as escolas públicas estão cheias de vândalos e vazias de consequências. “”
    ´Já em1980 se discutia Torremolinos no Parlamento: “violência gratuita e vandalismo” https://www.publico.pt/…/ja-em-1980-se-discutia… Antes da mais recente polémica envolvendo 1100 finalistas na cidade espanhola de Torremolinos, já há 37 anos, em 1980, se discutia no Parlamento um conflito do mesmo género e na mesma cidade. Duas deputadas pediam que se averiguasse o que tinha acontecido na viagem de finalistas de 1980 a Torremolinos, sendo que a então deputada Rosa Represas falava em “cenas de violência gratuita e vandalismo”. Numa reunião plenária de 8 de Abril de 1980, a deputada do PS Teresa Ambrósio descrevia a situação em Torremolinos, relatando “mobília destruída nos apartamentos da cidade, distúrbios nas ruas e roubos, especialmente nos supermercados onde os portugueses acabaram por ser controlados e impedidos de entrar”

      • MÁRIO Pacheco on 14 de Abril de 2017 at 19:42
      • Responder

      Em 1980, foi a geração dos que hoje dizem ” que vândalos”.É sempre o mesmo paleio.
      … e se fossemos ao seculo 18, a Coimbra ver-se-ia coisas muitos piores. Existia um grupo de estudantes, cujos membros vieram a ser famosos, O Rancho da Carqueja, cujo passatempo era raptar donzelas. Até que uma delas era a sobrinha do reitor e mesmo assim a coisa só acabou com a vinda do exercito de Lisboa

        • MÁRIO Pacheco on 14 de Abril de 2017 at 19:44
        • Responder

        O que o Arlindo pretende é atacar um ministro e um governo que não é o seu e tem todo o direito em fazê-lo.

          • Sem nome on 14 de Abril de 2017 at 19:54

          O que descreve pode realmente ter acontecido mas eram casos pontuais. Não era massificado como agora. Nasci em 1980 e lembrei-me muito bem das chamadas ao Conselho Diretivo. Nunca lá fui, mas colegas meus que o frequentaram vinham de lá sem “hiperatividade”.

          • MÁRIO Pacheco on 14 de Abril de 2017 at 20:07

          Não foram , nunca, casos pontuais. Foram sempre os mesmos rituais, mesmo antes de abril de 1974. Não há Google que o mostre, mas esses atos aconteceram sempre. Por outro lado , gostava de ver imagens da destruição, Torremolnos 20017, tipo DAESH, como foram classificados por Nuno Rogeiro. O que eu vi foi um Buda no chão e nada mais.

          • Rita on 14 de Abril de 2017 at 23:07

          Então antes do 25 de Abril de 1974 a indisciplina na escola era igual aos dias de hoje?

          Claro que não era igual.

          A indisciplina tem vindo a agravar-se (principalmente depois do 25 de Abril) na razão directa da ausência de penalizações reais e com consequências para todos aqueles que praticam esses actos.

          A partir do momento que as faltas deixaram de ter consequências, dado ninguém reprovar por excesso de faltas, a situação de indisciplina agravou-se.

          • MÁRIO Pacheco on 14 de Abril de 2017 at 20:11

          1980??? era , em 1994 , era membro da chamada geração RASCA. Lembras-se? mostraram o rabiote em tantos locais, eram estudantes do ensino secundário e hoje são os que se dizem indignados. https://pt.wikipedia.org/wiki/Gera%C3%A7%C3%A3o_rasca . Agora acha que a sua geração foi melhor do que a atual?

          • António on 14 de Abril de 2017 at 21:34

          Neste momento não se trata de atacar ninguém, mas sim de falar verdade e não ter medo de abordar a realidade escolar e a indisciplina que grassa.

          Não podemos é ver e “assobiar para o lado” como fazem muitos professores.

          Não podemos é conhecer esta realidade e nada fazer.

          Os gabinetes para a disciplina dentro das Escolas Públicas servem apenas para fazer estatisticas muito bonitas e nada mais. Uma Vergonha.

      • Rute on 14 de Abril de 2017 at 21:26
      • Responder

      12 de Março de 2010

      Professor suicida-se por não aguentar alunos

      Docente era vítima de bullying na escola onde leccionava. Ministério da Educação abre inquérito urgente

      Luís, professor de música, escolheu o silêncio no dia 9 de Fevereiro. Parou o carro na Ponte 25 de Abril e atirou-se ao Tejo. Atirou a vida e acabou, dessa maneira, com os problemas que o atormentavam. Luís pôs fim à vida porque era vítima de bullying na escola onde leccionava, a EB2,3 de Fitares, em Sintra.

      «Se o meu destino é sofrer dando aulas a alunos que não me respeitam e que me põem fora de mim, a única solução é o suicídio». Esta frase só foi encontrada no computador de Luís depois da morte. Tarde de mais. Mas os sinais do desespero estavam lá. Colegas e família reconhecem que ele era uma pessoa reservada e frágil. A história de Luís chocou a comunidade docente que fez circular a notícia por e-mail.

      http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/escola/professor-suicida-se-por-nao-aguentar-alunos

      • Rute on 14 de Abril de 2017 at 21:27
      • Responder

      31 de Março de 2010

      Suicidou-se outro professor

      “Não consigo viver neste sofrimento, não suporto ouvir falar de escola. Não vou conseguir dar mais aulas.” Esta frase é extraída da carta que José António Fernandes Martins escreveu à mulher antes de se suicidar. Era professor de Matemática e Ciências da Natureza na Escola EB 2,3 de Vouzela e pôs termo à vida no início do presente ano lectivo. José António era um professor experiente, apaixonado pela sua profissão. Era estimado e respeitado pelos alunos e pelos colegas. Nos seus 19 anos de exercício docente, que um vórtice dramático de desespero interrompeu, José António foi director de turma, delegado de disciplina, coordenador de departamento e coordenador de projectos. Diz quem o conheceu e com ele privou que foi um lutador denodado em prol duma escola que não era a que lhe foi sendo imposta. Esgotou-se nessa luta inglória. Morreu numa espiral de sofrimento anónimo, apenas quebrado quando, depois de partir, lhe devassaram o computador. Referindo-se à anterior ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, José António escreveu durante o prolongado processo de assédio moral que o vitimou: “Não consigo mais continuar a ser um bom professor. Esta ministra conseguiu secar tudo o que havia de bom na profissão docente.”

      https://www.publico.pt/opiniao/jornal/suicidouse-outro-professor-19098985

      • Lurdes on 16 de Abril de 2017 at 0:32
      • Responder

      Esses são os pais destes meninos e meninas de hoje se compreender que a coisa ficou claramente pior. Não trazem nenhuma educação de casa alguns e a escola não tem mecanismos eficazes de castigo para mudança de comportamento (porque de outra forma já não é possível). E temo que com a esquerda no poder fique tudo ainda pior, mais e mais eduquês.

    • MÁRIO Pacheco on 14 de Abril de 2017 at 20:15
    • Responder

    Com o mesmo teor de indignação é considerarem que ” os alunos cada vez sabem menos”. Ouvi pela 1.ª vez essa expressão quando andava há 51 anos no ( atual) 5.º anos. Depois disso ouvi o mesmo consecutivamente. A ser verdade , hoje, os alunos e o ensino estava ao nível do grunhido.

      • Fátima Carvalho on 16 de Abril de 2017 at 18:35
      • Responder

      Concordo com todos os seus comentários. Em geral, a nova geração de adolescentes possui sentimentos nobres, uma sabedoria e rapidez de raciocíneo inigualáveis. Muitos docentes não souberam acompanhar esta evolução e estagnaram no tempo. Contudo, também há muitos arruaceiros, como os há adultos, como no futebol, meia dúzia são suficientes para causar distúrbios e estes deverão ser responsabilizados. Não convém generalizar. Já agora, ouvi falar que nos hôteis em Espanha, os jovens têm acesso a um bar aberto desde as 8h da manhã…, quem decide isto? Não são os adultos? E já agora…Quem não cometeu erros ou excessos na adolescência? Eram menos divulgados. Aconselho a todos os docentes a leitura do livro Mágoas da Escola, de Daniel Pennac, professor, conhecido na área da educação em todo o mundo, galardoado.., as tropelias que cometeu chegando mesmo a arrombar o cofre do colégio onde estudava. Felizmente, os pais eram pessoas cultas, sempre confiaram nele e, graças a eles, a dois ou três professores e ao amor, conseguiu salvar-se.

        • Florinda on 16 de Abril de 2017 at 19:26
        • Responder

        Pobres jovens!

        Um bando de jovens foi de férias a Torremolinos, em Espanha. Só naquele sítio e num hotel, eram umas centenas. Havia mais uns tantos, centenas ou milhares, noutros sítios, noutros hotéis. A percentagem de energúmenos no total é desconhecida. Tratava-se de festas de finalistas do ensino secundário, uma variedade de selvajaria, circo e orgia que se inventou nos últimos anos. Destinam-se a festejar e agradecer aos jovens o esforço despendido a estudar, os sacrifícios que fizeram para frequentar uma escola, a abnegação de quase todos para aprender e preparar-se para a vida ou para a universidade. A determinação em obter saberes e competências merece recompensa. Cada um paga umas centenas de euros, quantia que pode ultrapassar os mil. Estão incluídas as deslocações de avião, barco, autocarro ou comboio, além dos hotéis e refeições, eventualmente entradas em discotecas, lugares de reputação certificada, bares de boa e má fama, quem sabe se também monumentos e centros de diversão. O essencial de toda esta festa reside no “bar aberto”, instituição rainha da juventude. Não vale a pena referir em concreto o que é um “bar aberto”, para o que serve e que resultado tem na vida de um ser humano.

        Em Torremolinos, passou-se a mesma coisa que se passa em dezenas de hotéis, todos os anos. Nem sequer foi a primeira vez, mas talvez tenha sido um pouco mais ruidoso, com algum distúrbio e sobretudo com mais eco junto das famílias e na imprensa. Os vândalos em férias queimaram, destruíram, pintaram, rasgaram, atiraram ao chão, quebraram, rebentaram e sujaram uma portada aqui, uma cortina ali, uns papéis de parede acolá, uma porta, uma televisão, uma janela, uma varanda, uma banheira, um candeeiro e mais uns tantos objectos. Uns estudantes foram expulsos do hotel. Outros foram recambiados para Portugal.

        Pais, jornalistas, agentes de viagem, professores e adventícios de várias estirpes e profissões apressaram-se, em todo o país, nos jornais e nas televisões, a compreender os energúmenos, a explicar estes comportamentos, a perceber os desmandos e a justificar a fúria destruidora dos jovens em maré alcoólica. Todos se transformaram em psicólogos e sociólogos de primeira gema, especialistas em complacência. Os jornais detectaram preconceitos espanhóis contra os portugueses. As televisões depressa tomaram o partido das indefesas criaturas lusitanas que buscavam um pouco de divertimento depois de um ano tão árduo para fazer dois exames. Os hoteleiros espanhóis passaram a ser tratados como abutres exploradores incapazes de cumprir as regras contratuais. Os comentários mais circunspectos perguntavam se então já não era possível, aqui e ali, um pequeno excesso próprio da juventude. Os mais profundos interrogavam-se sobre as razões da solidão contemporânea que leva os jovens a agir desta maneira.

        Do lado português, os pais desculparam os filhos, condenaram os hoteleiros e ameaçaram processar os espanhóis. Juntando forças aos pais, professores, jornalistas, militantes jovens e políticos seniores condenaram os espanhóis, pois claro, e esforçaram-se por compreender. Estes jovens estudantes têm problemas de emprego. Não conseguem arranjar casa. Não se podem casar nem ter filhos. Não têm meios para viver autónomos, sem necessidade de pedir dinheiro aos pais. Não recebem bolsas de estudo em quantidades e valores suficientes. Constituem uma geração infinitamente mais desprezada do que as anteriores. Sentem na pele os efeitos da austeridade e da precariedade. Os adultos têm cada vez menos capacidade para os entender. A sociedade adulta não percebe a alegria deles, nem o sofrimento e muito menos o sacrifício. Ninguém compreende o trauma e a ansiedade em que estes jovens vivem. E ainda há quem se volte contra eles, só porque se embebedaram umas poucas vezes, só porque destruíram uns móveis, só porque assustaram uns vizinhos, só porque fumaram uns charros, só porque iam dando cabo de um hotel…

        António Barreto, 16 DE ABRIL DE 2017

        http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/pobres-jovens-6223496.html

    • Rambo on 14 de Abril de 2017 at 21:22
    • Responder

    A ponta do ICEBERG, ou seja, o que salta para a Comunicação Social

    Jovem suspeito de matar menor com soqueira já se entregou

    Agressões que provocaram a morte a adolescente de 14 anos aconteceram Gondomar.

    O jovem, de 17 anos, suspeito de ter matado com uma soqueira um menor de 14 anos esta madrugada na sequência de agressões, na rua Padre Domingos Baião, em Baguim do Monte, Gondomar, já se entregou à polícia.

    http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/jovem-de-14-anos-morto-com-soqueira

    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/gondomar/jovem-de-14-morre-depois-de-ser-violentamente-agredido-na-via-publica

    Aluno morde professora

    Uma professora de uma escola de faro foi agredida à dentada por um aluno, de 10 anos. A docente vai apresentar queixa nos próximos dias.

    http://www.cmjornal.pt/portugal/imprimir/aluno-morde-professora

    Vigilante de escola morre após desacato de aluno de 15 anos

    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/matosinhos/vigilante-de-escola-morre-apos-desacato-de-aluno-de-15-anos

    E MUITO MAIS….procurem na NET

    Estes “meninos” e estas “meninas” são ALUNOS

    A Escola Pública é Hoje um Território de Impunidade.

    • José Ramos on 15 de Abril de 2017 at 0:32
    • Responder

    “Diários de Uma Sala de Aula” de Maria Filomena Mónica

    O que se passa dentro de uma sala de aula? Que dificuldades enfrentam os professores e alunos, na escola pública? As respostas a estas e outras perguntas estão no livro da socióloga Maria Filomena Mónica, intitulado “A Sala da Aula”.

    Para escrever o livro, a autora pediu a professores e aluno que, sob a forma de diários anónimos, descrevessem o dia-a-dia da escola.

    A autora concluiu que as escolas albergam uma multidão de alunos que tudo fazem para não ir às aulas e, quando vão, tentam boicotá-las. Já os professores estão sobrecarregados com burocracia.

    https://allunos.wordpress.com/2014/03/21/diarios-de-uma-sala-de-aula-de-maria-filomena-monica/

    http://static.fnac-static.com/multimedia/Images/PT/NR/b5/b8/0b/768181/1507-1.jpg

    • Joaninha on 16 de Abril de 2017 at 12:47
    • Responder

    Pobres jovens!

    Um bando de jovens foi de férias a Torremolinos, em Espanha. Só naquele sítio e num hotel, eram umas centenas. Havia mais uns tantos, centenas ou milhares, noutros sítios, noutros hotéis. A percentagem de ENERGÚMENOS no total é desconhecida. Tratava-se de festas de finalistas do ensino secundário, uma variedade de selvajaria, circo e orgia que se inventou nos últimos anos. Destinam-se a festejar e agradecer aos jovens o esforço despendido a estudar, os sacrifícios que fizeram para frequentar uma escola, a abnegação de quase todos para aprender e preparar-se para a vida ou para a universidade. A determinação em obter saberes e competências merece recompensa. Cada um paga umas centenas de euros, quantia que pode ultrapassar os mil. Estão incluídas as deslocações de avião, barco, autocarro ou comboio, além dos hotéis e refeições, eventualmente entradas em discotecas, lugares de reputação certificada, bares de boa e má fama, quem sabe se também monumentos e centros de diversão. O essencial de toda esta festa reside no “bar aberto”, instituição rainha da juventude. Não vale a pena referir em concreto o que é um “bar aberto”, para o que serve e que resultado tem na vida de um ser humano.

    Em Torremolinos, passou-se a mesma coisa que se passa em dezenas de hotéis, todos os anos. Nem sequer foi a primeira vez, mas talvez tenha sido um pouco mais ruidoso, com algum distúrbio e sobretudo com mais eco junto das famílias e na imprensa. Os vândalos em férias queimaram, destruíram, pintaram, rasgaram, atiraram ao chão, quebraram, rebentaram e sujaram uma portada aqui, uma cortina ali, uns papéis de parede acolá, uma porta, uma televisão, uma janela, uma varanda, uma banheira, um candeeiro e mais uns tantos objectos. Uns estudantes foram expulsos do hotel. Outros foram recambiados para Portugal.

    Pais, jornalistas, agentes de viagem, professores e adventícios de várias estirpes e profissões apressaram-se, em todo o país, nos jornais e nas televisões, a compreender os energúmenos, a explicar estes comportamentos, a perceber os desmandos e a justificar a fúria destruidora dos jovens em maré alcoólica. Todos se transformaram em psicólogos e sociólogos de primeira gema, especialistas em complacência. Os jornais detectaram preconceitos espanhóis contra os portugueses. As televisões depressa tomaram o partido das indefesas criaturas lusitanas que buscavam um pouco de divertimento depois de um ano tão árduo para fazer dois exames. Os hoteleiros espanhóis passaram a ser tratados como abutres exploradores incapazes de cumprir as regras contratuais. Os comentários mais circunspectos perguntavam se então já não era possível, aqui e ali, um pequeno excesso próprio da juventude. Os mais profundos interrogavam-se sobre as razões da solidão contemporânea que leva os jovens a agir desta maneira.

    Do lado português, os pais desculparam os filhos, condenaram os hoteleiros e ameaçaram processar os espanhóis. Juntando forças aos pais, professores, jornalistas, militantes jovens e políticos seniores condenaram os espanhóis, pois claro, e esforçaram-se por compreender. Estes jovens estudantes têm problemas de emprego. Não conseguem arranjar casa. Não se podem casar nem ter filhos. Não têm meios para viver autónomos, sem necessidade de pedir dinheiro aos pais. Não recebem bolsas de estudo em quantidades e valores suficientes. Constituem uma geração infinitamente mais desprezada do que as anteriores. Sentem na pele os efeitos da austeridade e da precariedade. Os adultos têm cada vez menos capacidade para os entender. A sociedade adulta não percebe a alegria deles, nem o sofrimento e muito menos o sacrifício. Ninguém compreende o trauma e a ansiedade em que estes jovens vivem. E ainda há quem se volte contra eles, só porque se embebedaram umas poucas vezes, só porque destruíram uns móveis, só porque assustaram uns vizinhos, só porque fumaram uns charros, só porque iam dando cabo de um hotel…

    António Barreto 16 DE ABRIL DE 2017

    http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/pobres-jovens-6223496.html


  1. Infelizmente a esmagadora maioria dos problemas de indisciplina ficam dentro das paredes da escola. Infelizmente é assim. Infelizmente, as escolas públicas estão cheias de alunos vândalos e vazias de consequências. Os alunos que querem aprendem ficam prejudicados, os professores ficam cansados e exaustos, os contribuintes pagam para estes vândalos prejudicarem a escola. Tudo seria diferente se houvesse mudança – eu desejo mudança. Sou contratada e decidi levar os problemas de indisciplina para a policia. POLICIA …

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