“1º Ciclo do Ensino Básico exige respeito!”

As condições de organização e funcionamento do 1º Ciclo do Ensino Básico agravaram-se nos últimos anos, com consequências para o exercício profissional da docência e para as aprendizagens dos alunos.

Aspetos mais significativos: a manutenção de um regime de docência que desrespeita o disposto na Lei de Bases do Sistema Educativo e de um horário semanal de 25 horas letivas; a não consideração dos intervalos na componente letiva, como acontece em todos os outros setores de educação e ensino; um inadequado regime de reduções letivas por antiguidade, que em muitos casos provoca uma sobrecarga de trabalho ainda maior nos docentes; a não consideração, para efeitos de aposentação, do elevado desgaste provocado pelo exercício da profissão…

Como se não bastasse, o Ministério da Educação decidiu agora aprovar, pela primeira vez, um calendário escolar mais prolongado do que o aplicável aos restantes ciclos do Ensino Básico, o que, além de mais uma intolerável discriminação, não tem qualquer fundamento pedagógico ou de outra natureza, parecendo tratar-se, apenas, de mais um castigo imposto a professores e alunos deste setor de ensino.

Face ao exposto, os professores abaixo-assinados exigem do Ministério da Educação:

1. A correção do calendário escolar para 2016/17, devendo a atividade letiva terminar a 16 de junho de 2017, tal como acontece nos restantes níveis do Ensino Básico;
2. A consideração dos intervalos na componente letiva dos docentes;
3. O início de negociações com vista a melhorar as condições de trabalho dos professores, incluindo aspetos como o regime e horário de trabalho e o regime de aposentação;
4. A abertura de um debate nacional sobre o futuro do 1.º Ciclo e a sua reorganização, de forma a que sejam atingidos os objetivos de que o sistema educativo necessita e que a Lei de Bases preconiza.

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12 comentários

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    • Nuno Costa on 5 de Julho de 2016 at 13:19
    • Responder

    E uma manifestação/ greve de proporções épicas, dos professores do 1º ciclo? Ainda somos uns quantos não? Bem sei que haverá quem defenda que não devemos agir separadamente, mas são óbvios os ataques centrados neste nível de ensino.

      • nanda on 5 de Julho de 2016 at 15:01
      • Responder

      Concordo, o 1º ciclo não pode continuar assim parado à espera que lhe resolvam os problemas. De ano para ano em vez de se resolver, a situação agrava-se, no próximo ano, terminamos mais tarde e foi-nos aumentado a componente não letiva para 150 minutos.

        • Engenheiro indignado on 5 de Julho de 2016 at 17:07
        • Responder

        Mesmo assim, há outro problema. São extremamente bem pagos. Devíamos voltar ao tempo do Marcelo Caetano em que os professores primários recebiam bem menos que os outros. Atenção que atualmente há professores primários a receberem mais de 1500 € que é um exagero. Tenham vergonha.

          • oliveira on 5 de Julho de 2016 at 17:31

          Olha o eng. inda..m….
          estes que assim falam, que gostavam muito do Marcelo, são os que tanto medo tinham das aulas assistidas. Devias ganhar em função da tua competência…..
          Venha avaliação de desempenho, a sério, que os do 1º ciclo e pré-escolar não têm medo nenhum.
          Tenho 40 anos disto, conheço-os do pré ao superior e sei bem onde doi a cada um.
          Faz por merecer o que ganhas tu e deixa lá os outros…
          Passem bem !

          • Engenheiro Indignado on 5 de Julho de 2016 at 18:53

          Ó Senhora professora Oliveirinha,
          Parece que lhe doeu, mas se tem 40 anos disso como diz, deve saber que tenho toda a razão. Lá que são muito bem pagos são. A minha mulher cuida de crianças e ganha 590€ por mês. E aparecem estas mal agradecidas e previligiadas a reivindicar sem razão. Vão trabalhar.

          • Silviacon on 5 de Julho de 2016 at 22:44

          Tivesse a sua esposa tirado o curso de professora e também ganharia 1500€. Ainda vai a tempo. As inscrições para as universidades estão a decorrer. Eu quero acreditar que o senhor é uma daquelas pessoas que gosta de fazer comentários deste género só para picar e depois diverte-se a ler as reações.

          • Ribas on 6 de Julho de 2016 at 0:46

          Uma coisa é cuidar de crianças e outra coisa é: cuidar de crianças, ensiná-las, ensinar os pais, educá-las, educar os pais, amá-las, vigiá-las, limpar-lhes o nariz, fazê-las felizes, amigas, críticas, perseverantes, respeitadoras, verdadeiras, …………… aí está a diferença de pelo menos os 900eur q a sua mulher recebe a menos!
          ps: já agora..se é engenheiro..tb pode começar a pagar aos seus subordinados os 2000eur que leva pra casa…de certeza que muitos merecerão mais do que o senhor!

          • Engenheiro Indignado on 6 de Julho de 2016 at 8:46

          Olha esta, ensinar, fica-lhe muito mal. É por estas e por outras que deveriam receber menos salário. Aqueles que realizam o processo deensino/aprendizagem, esse sim são os verdadeiros mestres da educação, não
          uma pessoa que apenas ensina.
          Fique bem .

          • Ribas on 6 de Julho de 2016 at 12:55

          É você percebeu mt bem o que lhe quis dizer.
          Olha este..lá por se auto intitular engenheiro deve pensar que me conhece de algum lado. Vai chapar massa pá! Que falta de educação! Olhe..mais 100euritos são só para educar os maridos das educadoras (sem desprezo para as educadoras).

          • Toninho on 6 de Julho de 2016 at 12:57

          Só dizes asneiras. Cala-te meu!

          • Engenheiro Indignado on 7 de Julho de 2016 at 14:30

          O toninho parece que quer levar no focinho.
          Vai lavar os sovacos.

          • General Sem Medo on 11 de Julho de 2016 at 23:46

          Isso é que vai uma crise…
          Quando não há pão para todos, todos “ralham” e ninguém tem razão!
          É um facto claramente evidenciado, que muitos docentes não merecem sequer 590 euros, pelo (mau) desempenho profissional. No entanto, existem sim, outros…capazes e dedicados à causa, merecendo efectivamente um ordenado digno dos 4 dígitos.

          No entanto… em todas as profissões há bons e maus profissionais e os estabelecimentos de ensino não fogem à regra, para mal da nossa juventude, o futuro deste país!

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