Hooliganismo

(…)

A secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, foi recebida, este sábado, com insultos e protestos na Mealhada.

Cerca de 300 pessoas furaram o cordão policial e rodearam o carro da governante, no qual desferiram vários murros. Durante a confusão, uma militar da GNR sofreu ferimentos ligeiros naquele que foi o primeiro momento de tensão entre populares e membros do atual Governo.

Alexandra Leitão estava no Cineteatro Messias no 7.º Encontro com a Educação enquanto algumas centenas de pais, professores e alunos de estabelecimentos de ensino privados protestavam, no exterior, contra a intenção do Governo de alterar a política dos contratos de associação.

A secretária de Estado saiu por uma porta lateral do Cineteatro e dirigiu-se para o automóvel quando os incidentes se precipitaram. Os protestantes furaram o cordão de segurança montado pelas autoridades e rodearam o carro de Alexandra Leitão, que não ganhou para o susto.

Segundo apurou o JN, o automóvel ainda foi alvo de vários murros antes de arrancar.

A pressão dos protestantes para chegar ao carro fez cair uma militar da GNR, que ficou com ferimentos numa mão, num ombro e numa perna. Recebeu tratamento hospitalar, mas teve alta pouco depois, segundo disse à agência Lusa fonte do Comando Territorial de Aveiro da GNR. (…)

572545d0d2a66img_905x603$2016_04_30_14_28_14_532219

0003DD5008C76C

(fonte:Jornal da Mealhada)

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2016/04/hooliganismo/

10 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • Joaquim Gabriel on 1 de Maio de 2016 at 0:43
    • Responder

    Boa noite a todos….

    Sou Professor.
    Para além da profissão, que exerço, sou, também, Pai e Encarregado de Educação.

    Os meus filhos frequentam uma escola que eu (e minha mulher) escolhemos. Penso que todos os Pais tentam fazer isto: escolher uma escola para os filhos….assim como escolhemos a melhor roupa, a melhor comida, a melhor saúde, a melhor casa ou carro…(virão alguns dizer que casa, carro, roupa, saúde e escola….tudo é subjetivo! Outros dirão que lutaram muito por tudo, que partiram do zero, que são felizes com o que conquistaram e que não tiveram ajudas….PARABÉNS). Não estou aqui para falar disso…
    Costumo dizer que devo dar aos meus o que se enquadra dentro do meu pensamento e das minhas possibilidades. Como o pensamento é livre e as possibilidades são determinadas pelo bolso de cada um, cada um dá o que quer e pode.
    Como professor que conhece bem as realidades diversas do ensino (estatal e particular) olho para este tema que assombra o ensino particular e cooperativo desde 2010 (tempo do Eng. Sócrates) de uma forma muito aberta e, penso eu, com a clarividência que falta a ambas as partes.

    1. Vejo, nesta guerra, o preço pago pelos diretores de algumas escolas que colocaram cifrõ€s à frente de professores/funcionários, liderando pelo terror e insistência da pressão, perseguição e egoísmo. Pessoas mimadas que fruto de uma gestão marcadamente financeira adquiriram muito património e cuja atitude sofre, agora mais uma vez, as arranhadelas das pessoas que, nalguns casos, destruíram ou desrespeitaram.

    2. Vejo Professores e Diretores de escolas do ensino estatal a esfregar as mãos só de pensar nos alunos que irão ingressar nas suas escolas. Vejo-os mais felizes, ainda, por irem arruinar com as escolas do EPC….como já ouvi “Agora é que eles já não mamam mais…” ou “Bem feito para eles”!

    E eis que se instalou aqui a velha tradição do “sei que faz mal mas sabe tão bem” e, mais uma vez defendemos seja o que for com aquele sorriso do “eu quero viver e os outros logo se vê”…

    Em boa verdade sinto que nós, professores do ensino estatal, representamos um pouco mal o nosso lado…podemos falar de custos, da má gestão de alguns, podemos denunciar atitudes contra colegas nossos (pois todos sabemos o que se passa e como se faz) mas devíamos conquistar alunos e não saqueá-los.Será um género de casamento por obrigação. Vejam a dignidade que colocamos nas coisas quando este artigo se intitula de Hooliganismo – não vemos aqui o sorriso orgulhoso do “Toma lá disto”??

    Reconheçamos apenas estes princípios:

    1. Aquele ensino dá mais resposta às famílias do ponto de vista da sua “despreocupação”. Não tem melhores nem piores professores…tem apenas um funcionamento diferente;

    2. Esse funcionamento é tido à custa de ilegalidades/matreirices/desrespeito? Que se combatam esses atos para que não possam ser feitos.
    E não confundamos a luta contra os Diretores (que é apenas do que se trata) com a luta contra o sistema de ensino e, muito menos, contra os nossos colegas do particular que não merecem (na sua generalidade, acreditem) ser tratados assim;

    3. Não deixemos que nenhum tipo de defesa de opinião se coloque entre colegas de uma Profissão se queremos que ela (profissão) seja, verdadeiramente, uma profissão (mais do que ensino) de exemplo.

    4. Duvido que algum de nós (professores do público/particular) saiba, de facto, qual o sistema mais vantajoso (financeiramente falando) para o erário público.

    Conclusão: Gostava de continuar a escolher a escola dos meus filhos: Seja ela pública ou particular….gostava de visitar projetos, pessoas, ideologias…gostava de poder competir saudavelmente com outros ritmos, partilhar ideias e avançar.

    Cortemos com o que está mal mas, vejamos antes, o que é que está MESMO MAL.

      • Catarina on 1 de Maio de 2016 at 2:51
      • Responder

      Quem quer uma educação com determinadas caraterísticas põe os seus filhos no particular e paga do seu bolso.Eu não tenho obrigação nenhuma de pagar duas vezes colégios:uma com os meus impostos para meninos cujos pais tem mais do que eu, e o colégio das crianças da família.Pretendo apenas pagar aquilo que gasto : o colégio que escolhi para as crianças da minha família.Não me importo de pagar a escola pública tal como o serviço nacional de saúde.

      • zé do telhado on 1 de Maio de 2016 at 3:20
      • Responder

      Pois se lhe estão oferecer calças da marca x, mas quer é calças da marca y, a sua escolha, claro que terá de as pagar, se as preferir.
      Não é uma disputa entre professores, mas entre ensino público, democrático, livre e universal, e um ensino que visa o lucro, que teve/tem espaço onde e apenas a oferta do ensino público não satisfaz as necessidades, temporárias por vezes. Mas a ânsia do lucro levou a negócios pouco claros muitas vezes assente em compadrios e trafulhices levou a um crescimento desmesurado e desnecessário, a uma concorrência desleal ao ensino público. Claro que agora, quer devido à demografia e a esse crescimento trafulha, o estado terá de reduzir, como é natural, o número de turmas subsidiadas.

      • Isabel Silva on 3 de Maio de 2016 at 13:03
      • Responder

      Boa tarde, quero dar-lhe os parabéns pelo seu comentário!
      Sou uma das “trezentas” que no passado sábado foram acusadas de serem “arruaceiras” pelo simples facto de defenderem o seu direito de livre escolha da escola para os filhos. Não tenho qualquer ligação à política, não uso roupa de marca e não escolhi a escola dos meus filhos com base em ranting ou por ser frequentada por boas famílias, ou mesmo pelo facto de ser privada, do EPC ou púbica.
      Escolhi porque, para mim, é a escola que tem o projecto educativo mais adequado à família.

    • Silviacon on 1 de Maio de 2016 at 9:33
    • Responder

    Não conheço a realidade das escolas privadas, apenas das escolas públicas, mas seja lá qual for o motivo que estas pessoas têm para protestar, nada, mas nada justifica esta violência.

      • Emanuel Jacinto on 1 de Maio de 2016 at 16:30
      • Responder

      Mas que violência? O direito à manifestação não nos assiste? Leiam o comunicado da GNR que refere o acidente da militar. Por amor da Santa…

        • Livresco on 1 de Maio de 2016 at 23:24
        • Responder

        A argumentação de treta:
        (…)

        “Querem por fim às escolas com contrato de associação e
        assim encher as escolas públicas do Estado. É ridículo não darem o direito aos
        pais de escolherem o sitio onde querem que os filhos estudem”, declarou, ao
        Jornal da Mealhada, Sandra Strecht, docente no Centro de Estudos Educativos de
        Ançã, em Cantanhede. “Nós só queremos três coisas: Que o Estado cumpra os
        contratos que assinou; que dê continuidade às turmas; e que dê liberdade aos
        pais de puderem escolher”, acrescentou a docente, que leciona numa escola com
        seiscentos alunos e “onde todos os pais se têm manifestado descontentes com
        esta medida”.

        Também Jorge São José, membro da Associação de Pais do
        Colégio de Nossa Senhora da Assunção – Famalicão, em Anadia, se manifestou, ao
        nosso jornal, descontente. “Esta medida condiciona a escolha dos pais e obriga
        a que cada aluno se tenha que inscrever na zona onde reside”, lamenta o
        encarregado de educação de duas alunas, do sexto e décimo primeiro anos no
        Colégio de Famalicão, que ainda acrescenta: “Isto desenraíza as crianças das
        escolas e dos colegas com quem sempre se relacionaram. Vamos tirá-los à força,
        no meu caso, de um sitio onde estão desde o Infantário”.(…)

        http://www.jornaldamealhada.com/noticias/show.aspx?idioma=pt&idcont=5136&title=pais-fazem-espera-a-secretaria-de-estado-da-educacao-na-mealhada

        • Livresco on 1 de Maio de 2016 at 23:25
        • Responder

        !!??
        “(…)Querem por fim às escolas com contrato de associação e
        assim encher as escolas públicas do Estado (…)”

    • Emanuel Jacinto on 1 de Maio de 2016 at 16:12
    • Responder

    Hooliganismo – comportamento caracterizado por atos de vandalismo e violência, especialmente em competições desportivas; vandalismo ( in Dicionário da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico: Porto Editora, 2003-2016). Poderia discorrer aqui numas palavras menos simpáticas uma defesa perante a ofensa deste título. Poderia também voltar a repetir que o ensino não é privado, é público, não se paga, não se escolhem alunos, não se inflacionam notas… Mas o que mais lamento é que num blog de educação se chame hooligans a quem defende um estado social com iguais direitos para todos. Sou professor e também sou encarregado de educação. Onde devia ver união vejo ataques, muitas vezes desonestos, desinformados quase sempre, sobre o EPC. Há boas e más escolas, todos sabemos. Não venham é dizer a um pai que entre duas escolas em que uma é melhor que outra escolha a pior. Será que escolhem? No dia em que me derem um cheque com o dinheiro que custa cada um dos meus filhos ao Estado quero ver quais são as escolas que vão ter alunos. As privadas, que não é disso que se trata, são pagas com o dinheiro de cada um, os alunos são escolhidos, são colégios de elite. O EPC não. Vejo tanto professor por aqui a esfregar as mãos de contentamento porque vão ter finalmente as turmas com 30 alunos. Vejo tantos outros que debitam opiniões ofensivas como esta, de resto. Que classe miserável que não se une para lutar pelo dever de ensinar sem prejuízo dos interesses das famílias. Para mim o Blog DeArlindo acabou. Convido também quem quiser a vir visitar a minha escola, sim sou professor do EPC, para ver com os seus próprios olhos este hooliganismo.

    • Filipe Tuga on 2 de Maio de 2016 at 10:41
    • Responder

    Se os professores do ensino público se comportassem assim nós teríamos sofrido menos cortes e estaríamos com uma situação profissional bem melhor!

    Mas as professoras da metafísica irão contrariar-me e defender as suas teses de dar a outra face quando maltratados…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: