2 de Novembro de 2014 archive

Sinto-me Numa Verdadeira Requalificação

… porque se é a primeira vez que estou no 1º ciclo também me ajuda que não seja com turma atribuída e por isso o apoio acaba por ser recíproco.

E esta experiência faz com que perceba de facto como é difícil trabalhar neste nível de ensino.

E só quem não passe por aqui é que nunca vai perceber o nível de desgaste que os professores do 1º ciclo têm ao longo do ano letivo.
Porque para além de um horário superior em 400 minutos letivos semanais aos restantes níveis de ensino não há artigo 79º que permita aliviar o esforço do tempo de trabalho a partir dos 50 anos. E não deve ser fácil que alguém chegue de perfeita sanidade mental aos 60 anos para passar a usufruir de 5 horas semanais dessa redução, mesmo que existam dois anos em que se possa pedir a dispensa total da componente letiva para fazer outras coisas que muitas vezes exigem mais esforço do que a própria componente letiva.

Podia não ter arriscado este nível de ensino e tinha logo na primeira reserva obtido colocação no meu grupo de recrutamento, mas como gosto de desafios novos…

 

dn eu

Diário de Notícias (02-11-2014)

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O Número Em Causa

… são as “mudanças de cadeira” dos docentes dos quadros mais os recolhidos pelo DN sobre as mudanças da primeira BCE.

E a maior parte deles por não terem componente letiva na sua escola de colocação.

 

Mais de cinco mil professores já entraram na dança das cadeiras

 

Erros na bolsa de contratação e mudanças obrigatórias por falta de turmas já totalizam mais de cinco mil mexidas, que só prejudicam os alunos, dizem pais e diretores.

Desde que as aulas começaram, pelo menos 5140 professores já mudaram de escola. E a dança das cadeiras parece estar longe do fim: ainda está a decorrer o prazo de 30 dias em que os últimos contratados podem rescindir e mudar de sítio e também já começou a fase das permutas entre docentes. Uma rotatividade que, dizem os pais e diretores, não traz estabilidade às escolas e prejudica os alunos.

A maior parte dos professores que já tiveram de mudar de lugar (4360, segundo as contas feitas pelo professor Arlindo Ferreira, do blog Arlindovsky) são do quadro e ficaram sem turmas na escola onde estavam colocados, tendo que concorrer a outras escolas, ou então queriam mudar para ficar mais perto de casa. Os restantes 780 são aqueles docentes que segundo o Ministério da Educação e Ciência (MEC) estavam colocados na primeira Bolsa de Contratação de Escola, perderam o lugar e mais tarde acabaram colocados noutro local.

A Associação Nacional dos Professores Contratados (ANVPC) admite que os números não são claros: “Nem sei dizer quantos professores foram colocados”, aponta o presidente, César Israel Paulo. Mas uma coisa é certa, “quase todos os dias há professores a mudar de escola”.

Esta mobilidade constante ao longo do ano letivo não agrada nem a pais nem a diretores, que pedem alterações na legislação. “Não conheço outra carreira da função pública onde os profissionais possam andar sempre à procura da oferta que mais lhes interessa”, aponta o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap). Jorge Ascenção critica o modelo atual por “permitir a instabilidade nas colocações, que não é nada boa nem para as escolas, nem para os professores e muito menos para as crianças”.

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