Não sei até que ponto podemos classificar a situação como anormal…esta situação demonstra 2 coisas:
1- os profs classificadores evitam atribuir notas entre os 90 e os 94…o que já nos podia levar a uma gde conversa sobre critérios de avaliação…mas não me apetece perder mais tempo c isso…
2- Existe uma grande quantidade de alunos que se inscreve no exame de matemática sem fazer ideia que disciplina é essa…
E é só isto…
sempre que um classificador tem como resultado 9 vai dar as voltas necessárias ao exame para que ele passe para 10 ou para 8, ninguém quer ter reapreciações.
Maria José Andrade on 12 de Julho de 2014 at 16:39
Se bem entendo este gráfico,
– 474 é o nº de alunos que tem entre 0 e 4 (ou será 5?) pontos, o que corresponde a 0 valores e
– 453 é o nº de alunos que tem entre 90 e 94 (ou será 95?) pontos, o que corresponde a 9 valores.
No entanto, também a barra antes desta última corresponde a 9 valores, pois 2232 é o nº de alunos que tem entre 85 e 89 pontos (9 valores). Se for assim, há mais alunos com 9 valores do que com 0 valores.
Do ponto de vista de rigor, este gráfico deixa muito a desejar … a “legenda horizontal” é ambígua.
A baixa frequência da nota 9 não acontece só a matemática, é geral. Tal acontece porque os classificadores são medricas, evitando a todo o custo as reapreciações. Isso mostra pouco profissionalismo e também mostra que uma grande parte das notas 10 são falsas, correspondendo, de facto, a nota 9. Deste modo, os resultados ficam adulterados, sendo a média oficial mais elevada do que a média real. Se a isto juntarmos a catrefada de falsos 10 que são dados em conselho de turma, a mentira aumenta. E ainda falta aqui a mentira das notas do 9º ano e muitas outras mentiras.
Bem, se for atribuída classificação de 9 na pauta, facilmente o avaliador indigitado para o processo de reapreciação do exame poderá ‘encontrar’ argumentos para o resultado ser 10. Ou seja, há quem diga que é trabalho acrescido para o Sistema.
Apesar de haverem casos específicos, em que a classificação real esteja entre 8,5 e 9. A probabilidade de subir 1 valor, para os 9,5 (com o arredondamento para 10), é mais remota, mas ainda assim, possível.
Para todos os efeitos, isto chama-se ‘manipulação de classificações’ e é tecnicamente considerado Fraude.
Mas já sei que a ‘pequena fraude’ faz parte da cultura do Português, que sempre gostou de assumir o romântico papel de Robin dos Bosques…
Obviamente que esta atitude, quando praticada em altos cargos de governação, toma outra escala. A ‘pequena fraude’ irá continuar. Entre 8,5 mil euros e 10 mil euros, é pouca coisa. E ninguém repara.
9 comentários
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Não sei até que ponto podemos classificar a situação como anormal…esta situação demonstra 2 coisas:
1- os profs classificadores evitam atribuir notas entre os 90 e os 94…o que já nos podia levar a uma gde conversa sobre critérios de avaliação…mas não me apetece perder mais tempo c isso…
2- Existe uma grande quantidade de alunos que se inscreve no exame de matemática sem fazer ideia que disciplina é essa…
E é só isto…
sempre que um classificador tem como resultado 9 vai dar as voltas necessárias ao exame para que ele passe para 10 ou para 8, ninguém quer ter reapreciações.
Depende dos pontos que vão dar esse 9 (valores): se for 85 pontos dificilmente vai conseguir mais 10 pontos para chegar aos 95 pontos …
Se bem entendo este gráfico,
– 474 é o nº de alunos que tem entre 0 e 4 (ou será 5?) pontos, o que corresponde a 0 valores e
– 453 é o nº de alunos que tem entre 90 e 94 (ou será 95?) pontos, o que corresponde a 9 valores.
No entanto, também a barra antes desta última corresponde a 9 valores, pois 2232 é o nº de alunos que tem entre 85 e 89 pontos (9 valores). Se for assim, há mais alunos com 9 valores do que com 0 valores.
Do ponto de vista de rigor, este gráfico deixa muito a desejar … a “legenda horizontal” é ambígua.
A baixa frequência da nota 9 não acontece só a matemática, é geral. Tal acontece porque os classificadores são medricas, evitando a todo o custo as reapreciações. Isso mostra pouco profissionalismo e também mostra que uma grande parte das notas 10 são falsas, correspondendo, de facto, a nota 9. Deste modo, os resultados ficam adulterados, sendo a média oficial mais elevada do que a média real. Se a isto juntarmos a catrefada de falsos 10 que são dados em conselho de turma, a mentira aumenta. E ainda falta aqui a mentira das notas do 9º ano e muitas outras mentiras.
Bem, se for atribuída classificação de 9 na pauta, facilmente o avaliador indigitado para o processo de reapreciação do exame poderá ‘encontrar’ argumentos para o resultado ser 10. Ou seja, há quem diga que é trabalho acrescido para o Sistema.
Apesar de haverem casos específicos, em que a classificação real esteja entre 8,5 e 9. A probabilidade de subir 1 valor, para os 9,5 (com o arredondamento para 10), é mais remota, mas ainda assim, possível.
Para todos os efeitos, isto chama-se ‘manipulação de classificações’ e é tecnicamente considerado Fraude.
Mas já sei que a ‘pequena fraude’ faz parte da cultura do Português, que sempre gostou de assumir o romântico papel de Robin dos Bosques…
Obviamente que esta atitude, quando praticada em altos cargos de governação, toma outra escala. A ‘pequena fraude’ irá continuar. Entre 8,5 mil euros e 10 mil euros, é pouca coisa. E ninguém repara.
Verdade?
Só quem nunca foi professor corretor é que acha estranho isso. Quem foi sabe perfeitamente o porquê.
Certo AC Só quem nunca foi professor corretor é que acha estranho isso. Quem foi sabe perfeitamente o porquê.
Então digam lá porquê, ou é segredo de estado?