Levantado o Véu do Suspense Criado pela ANVPC

ANVPC recebida no dia 5 de março no Parlamento Europeu em Bruxelas


 

A ANVPC – Associação Nacional dos Professores Contratados estará no próximo dia 5 de março, em Bruxelas, em reuniões no Parlamento Europeu, para discutir, com vários responsáveis, a situação de precariedade laboral a que os Professores Contratados portugueses estão há muito sujeitos e a não aplicação da Diretiva 1999/70/CE pelo estado português no que respeita ao exercício de funções públicas. Durante essas sessões serão apresentados, entre outras considerações, vários casos exemplares que espelham a situação profissional concreta de docentes ao serviço do MEC, detentores de muitos contratos sucessivos com esta entidade, e aos quais nunca foi possibilitada a entrada em quadro. Serão ainda expostas as alterações efetuadas nos últimos anos, pela tutela, no sistema de Ensino Público, destacando as implicações das mesmas na abrupta redução do número de docentes contratados, assim como as implicações do último modelo de concurso de vinculação extraordinária.

Aproveitamos o momento para convidar todos os interessados, assim como toda a comunicação social portuguesa e estrangeira, para a presença numa sessão pública a realizar pela ANVPC no Parlamento Europeu (Bruxelas), no próximo dia 5 de março (entre as 12.30h  e as 13.30h), a decorrer na Sala  ASP A1G2.

No momento em que o estado português publicita uma medida que pretende legislar, a partir o próximo ano, um mecanismo de vinculação automática de todos os docentes que detenham 5 contratos sucessivos (à data da sua sexta colocação), a ANVPC estranha que o cumprimento da Diretiva 1999/70/CE não seja aplicado de imediato, permitindo a vinculação direta de todos os professores, de todos os grupos disciplinares, que, desde 2001, tenham obtido o número de contratos sucessivos definido por esta regulamentação europeia. 

A ANVPC continuará a realizar todos os esforços ao seu alcance, nacionais e internacionais, para reposição da justiça, na tentativa de dar solução a um dos maiores problemas profissionais da classe docente – a manutenção da precariedade laboral em milhares de docentes, que vão sendo contratados ano após ano, sem qualquer vínculo laboral, satisfazendo as necessidades permanentes do sistema de Ensino Público português.

A direção da ANVPC  

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2014/03/levantado-o-veu-do-suspense-criado-pela-anvpc/

18 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • maria on 3 de Março de 2014 at 21:49
    • Responder

    Só posso dizer muito obrigada pelo trabalho efetuado.
    contratada 15 anos

    • mestrejorge on 3 de Março de 2014 at 22:10
    • Responder

    entram todos para o quadro… depois de entrarem saem os que lá estão… é o mais correto???

    quem já está colocado no quadro é porque fez pela vida e não teve tachos para ficar na terrinha.. agora queixam-se que têm mais tempo de serviço e não estão no quadro.. sejam inteligentes..
    att jc

      • Marta on 3 de Março de 2014 at 23:05
      • Responder

      Que mentezinha mais tacanha! Ainda não percebeu que se você está nos quadros foi porque conseguiu apanhar os anos das vacas gordas e não porque “fez pela vida”? E sim, eu tenho mais tempo de serviço do que muitos dos que entretanto efectivaram com base no DL 29/2001. E sim, desde 2000 que concorro para TODAS as escolas do país, estrangeiro inclusivamente, excepto quando havia os miniconcursos, em que optava pelos confins do Baixo Alentejo.

    • tecas on 3 de Março de 2014 at 22:41
    • Responder

    Força ANVPC!
    Denunciem em Bruxelas a manutenção da injustiça que se vai perpetuar com uma vinculação de apenas 2000 professores!
    Denunciem em Bruxelas a preparação da entrada para os quadros de professores que lecionaram quase toda a vida no ensino privado deixando pelo caminho professores cujo tempo de serviço foi integralmente no ensino público!
    Denunciem em Bruxelas os vencimentos dos professores contratados com 10, 15 e 20 anos de serviço!
    Obrigada ao Jorge Costa que continua a alertar para todas estas questões e que lutou para a concretização deste concurso extraordinário!
    Um abraço!

    • NUNO on 3 de Março de 2014 at 23:02
    • Responder

    ???? Pode ser que obriguem o estado ao menos a colocar a concurso o número real de vagas existentes……
    Quanto aos colegas de quadro que se estão a “morder todos” com a possibilidade de serem ultrapassados nos concursos, pensem um pouco, pois enquanto alguns colegas preferiram ser contratados para trabalharem perto de casa, outros tantos tiveram de correr país, pois o seu grupo de recrutamento há muitos anos que celebra poucos contratos…

    • Marques on 4 de Março de 2014 at 0:00
    • Responder

    Não há nenhuma tese que diga que quem concorreu para longe de casa deva ter qualquer tipo de beneficio em relação a quem não fez. Se ficaram longe de casa foi porque quiseram concorrer para lá, ou então comprem uma casa ao lado da escola que foi aquilo que eu e a minha mulher fizemos quando ela efectivou a 200 km das nossas famílias.

    • Full on 4 de Março de 2014 at 11:38
    • Responder

    Estas pessoas do entra e sai dos quadros ou é burra ou tem um défice qualquer de compreensão. Não sabem que neste momento temos menos um terço de professores do que tínhamos há uns anos atrás ? Se entrarem 12 mil mesmo assim ainda ficávamos aquém do número anterior

    • Jorge Costa on 4 de Março de 2014 at 12:02
    • Responder

    http://www.porteduca.blogspot.pt/2014/03/quem-tem-medo-disto-um-diploma-de.html

    Desta forma o problema das injustiças tão apregoadas pelos professores do quadro ficará sanado!

      • Correia on 4 de Março de 2014 at 12:29
      • Responder

      Exatamente, quem sempre concorreu a todos os lugares do quadro e não efetivou e que agora possa efetivar deveria ser enquadrado na mesma prioridade dos colegas que já pertencem ao quadro. Quem não o fez seria enquadrado noutra prioridade.

      • Zé Manel on 4 de Março de 2014 at 15:32
      • Responder

      “Estes últimos, para se enquadrarem nesta prioridade, terão de ter concorrido em todos os concursos externos realizados até à data, a todas as vagas de todos os grupos de recrutamento para os quais possuíam habilitação. Caso não tenham concorrido nestes moldes, serão igualmente enquadrados nesta prioridade caso se constate que mesmo que o tivessem feito não tinham obtido lugar de quadro.” – E considera mesmo ser possível comprovar tal coisa?

    • HUMILHADOPOR MAFIOSOS on 4 de Março de 2014 at 14:06
    • Responder

    Estes gajos que são a classe mais imbecil do país:os professores que não ensinam os alunos só tem direitos.Os outros desempregados acabam no rendimento de inserção.Todos os advogados que acabam o curso automaticamente deviam ter emprego.Mas que tem os professores mais que os outros?Vão todoa arranjar emprego porque vai ser :1 aluno=1 professor.Formaram professores primários e educadore de infância a mais, porque como não tinham notas para ir para outros cursos foram todos para as escolas superiores de educação privadas.Cambada de pulhas.

      • Marques on 4 de Março de 2014 at 15:27
      • Responder

      Realmente você teve mesmo maus professores!!!

      • Maria on 4 de Março de 2014 at 17:55
      • Responder

      A sua ex-mulher deve ser professora primária, só pode!


    1. Caro sr. por favor de-me os avultados exemplos de direitos que os professores têm a mais do que as outras classes trabalhadoras deste país. Não ensinam os alunos? Como sabe? Por acaso é professor? Está em todas as salas de aula do país todos os dias? Porquê que todos os advogados, quando acabam o curso automaticamente deveriam ter emprego? São mais ou menos do que os restantes cidadãos portugueses que investiram tempo e dinheiro na sua formação? Parece-me que todos os que acabam um curso deveriam ter acesso imediato ao mercado de trabalho, porque se o curso (seja ele superior ou não) que frequenta não está de acordo com as reais necessidades do país, o mesmo (curso) não deveria estar em funcionamento. Quanto à questão de “1aluno=1professor” lembro-o que muitas das noticias que marcaram este ano letivo dizem respeita a iniciativas levadas a cabo pelos alunos e seus encarregados de educação, que vêem os filhos integrados em turmas com mais de 30 alunos (o que é ilegal) onde não há condições de aprendizagem. Quantas noticias viu o senhor de pais que fecharam a escola ou ameaçaram fechá-la devido ao facto de os seus educandos não terem ainda professores quando o ano letivo já tinha começado? Sabe que há programas a cumprir? Sabe que se o programa não for cumprido tem de ser justificado o motivo de tal acontecimento? Se por acaso estiver, o sr., a sugerir que o professor deve e pode dar corda às mãos e à mente e preparar e dar uma quantidade de matéria superior àquela que daria em condições normais, eu respondo-lhe que até podia, mas os alunos aprendiam alguma coisa? Muito provavelmente não é pai, ou não paga os devidos impostos, caso contrário, não gostava, seguramente, de ver o seu filho integrado numa turma de 30 ou mais alunos, em salas de aula frias, sem aquecimento, sem material informático operacional, ao mesmo tempo que o dinheiro dos seus impostos eram canalizados para colégios com contrato de associação onde as turmas financiadas pelo MEC chegam a ter menos de 20 alunos e há diretores proprietários de 70 carros topo de gama.
      Quero ainda dizer-lhe uma coisa…bons e maus profissionais há em todas as áreas. Eu como não o conheço não vou tecer considerações sobre o seu profissionalismo, agora uma coisa é verdade, a boa educação passou por si e andou sempre!!!!!

    • zabka on 4 de Março de 2014 at 16:38
    • Responder

    Esta dos contratos sucessivos só serve para beneficiar os das cunhas nas TEIP e autonomias e os sortudos das renovações. Muita gente com mais tempo de serviço vai ficar a ver navios e não se esqueçam que neste ano lectivo ninguém entrou a 1 de Setembro o que na prática indica que o contrato não foi consecutivo.


  1. Relativamente aos contratos sucessivos, completos e anuais…considero esta situação muito perigosa agora e no futuro. Na minha opinião, daqui para a frente, os horários lançados a 1 de Setembro serão ainda menos e na esmagadora maioria incompletos, os completos saem posteriormente, assim ninguém tem condições para vincular. Uns tem interrupção de contrato, outros tem horário incompleto. Sinceramente, colegas penso que estabelecer um número de anos de serviço prestado em escolas públicas seria o mais justo. Eu sei que estabelecer um número de dias/anos de serviço também não seria consensual e que o MEC iria estabelecer um número elevado, talvez 10/11 (ou até mais), mesmo assim haveria neste momento e futuramente mais colegas a reunir as condições de acesso e todo o tempo de serviço prestado em escolas públicas quer fosse em substuições, quer fosse em horários incompletos contava.

    • Carlos on 4 de Março de 2014 at 19:50
    • Responder

    Quem paga a viagem?


  2. Força ANVPC!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: