Março 2011 archive

GAME OVER

 

SÓCRATES

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Assim também se baixa o défice

Governo não entrega Prémio Nacional de Professores

O Prémio Nacional de Professores não foi este ano atribuído devido à ausência de candidaturas que reunissem os «requisitos considerados necessários», anunciou hoje o Ministério da Educação.

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Onda Amarela no campo pequeno

 

Fotografias de Mónica Coutinho

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Adeus Sócrates!

O dia de hoje está marcado pelo anúncio do chumbo por parte do PSD do PEC IV.

Também o dia está marcado pelas várias manifestações que vão ocorrer em Lisboa e Porto.

É caso para dizer:

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Defesa da Honra

 COMUNICADO DA APEVT

“DEFESA DA HONRA DOS PROFESSORES DE EVT”

 

Sobre as declarações do Senhor Primeiro Ministro relativas à disciplina de Educação Visual e Tecnológica (na Assembleia da República, 10/03/2011)

 

Face ao que foi afirmado pelo Senhor Primeiro Ministro, na tarde do dia 10/03/2011, relativamente à importância curricular e socioeducativa da área de Educação Visual e Tecnológica e do seu modelo de docência – aquando da discussão da Moção de Censura ao Governo – e tendo em conta as graves consequências de desinformação da sociedade de que as mesmas comportam, particularmente chocante as referencia à disciplina de EVT e seus professores considerando que o currículo nacional “…comporta disciplinas supérfluas e desnecessárias com consequências negativas …” a APEVT informa todos os pais e a comunidade social portuguesa, do seguinte:

A disciplina de EVT nasceu num contexto específico, faz 20 anos, fruto da fusão das disciplinas de Educação Visual e Trabalhos Manuais, assumindo-se como uma nova área curricular, integrando as áreas da educação artística e educação tecnológica, solução singular no contexto internacional.

Estas áreas, também alicerçam as competências essenciais e o Currículo Nacional do Ensino Básico, ME (2001) e as Metas de Aprendizagem, ME (2010) que sustentam a abrangência destas áreas e componentes curriculares e da necessidade do par pedagógico.

Estes os documentos apontam as razões pelas quais é necessário que se mantenha docência da disciplina pelo par pedagógico. Aliás, estas saem reforçadas com a publicação, pelo Ministério da Educação, no início deste ano lectivo (2010/11) das Metas de Aprendizagem pois a determinada altura encontra-se o seguinte excerto:

“…tenta-se cruzar as competências definidas para as duas áreas, Educação Visual e Educação Tecnológica, tendo em vista uma efectiva integração e aplicação em contexto escolar, uma vez que a disciplina é leccionada por dois professores em simultâneo

Pergunta-se: que sentido tem o próprio Governo publicar um documento com determinadas orientações e, em poucos meses, fazer tábua rasa do mesmo?

– Segundo palavras da Senhora Ministra da Educação é possível realizar as aprendizagens contempladas no programa e orientações curriculares da EVT APENAS COM 1 PROFESSOR! Nada mais errado. E perguntamos: porque razão a EVT, que sempre foi leccionada por dois docentes dadas as suas metas educativas, o seu carácter prático/experimental e agora, querer-se atribuir a docência da disciplina a apenas um docente? Que questões pedagógicas estão subjacentes a esta medida? Começa a ser claro que são meramente financeiras…

– A afirmação do Senhor Primeiro Ministro (também já repetida pela Senhora Ministra da Educação) que noutros países europeus (e do mundo) não existem dois professores mas apenas um a leccionar EVT é FALSA.

Esclarecemos que o modelo curricular de EVT apenas existe em Portugal e em mais nenhum país da Europa ou do mundo. É fruto da integração das áreas da educação artística e da educação tecnológica e que, noutros países, se mantêm nos currículos estas áreas disciplinares, autonomamente. Cada uma dessas duas áreas em separado no currículo, ora na componente artística ora na componente tecnológica, com currículo próprio e CADA UMA DELAS COM UM PROFESSOR. Naturalmente se deduz que existem DOIS PROFESSORES. Um por cada área.

Assim, é ERRADA a afirmação da existência de apenas um professor: EXISTEM 2 PROFESSORES – um na área da educação artística e outra na área da educação tecnológica. Assim se passa na Espanha (áreas da educação visual e plástica e da tecnologia), França (áreas da educação artística e da tecnologia), Itália (áreas da arte e imaginação e da tecnologia) ou na Inglaterra com as áreas de Art and Design e Design and Technology, entre muitas outras que podíamos aqui destacar.

Todas estas áreas disciplinares estão presentes no currículo, cada uma com o seu professor, e com uma dotação horária específica. Ora, em Portugal, integram-se as duas áreas, daí a existência dos dois professores, do seu par pedagógico.

– Ainda relativamente à questão da melhoria da qualidade do ensino da EVT passando o modelo de leccionação de par pedagógico para apenas um professor, a mesma é totalmente errada e traduz-se num perfeito erro e engano que se tenta transmitir para a sociedade. Pelo contrário, estamos convictos que o carácter prático e experimental seria seriamente posto em causa e consequentemente o potencial educativo da EVT.

– Finalmente, salientamos ainda o facto da leccionação da disciplina de EVT em modelo de par pedagógico nada tem a ver com a formação inicial dos docentes desta área mas sim com a sua concepção metodológica e das necessidades pedagógicas. São mais de 20 anos (desde 1991) de cursos ministrados nas Escolas Superiores de Educação em que a prática pedagógica supervisionada foi ministrada SEMPRE por par pedagógico. Foi sempre esta a orientação.

A APEVT lamenta o profundo e manifesto desconhecimento por parte do Senhor Primeiro Ministro (bem como da Senhora Ministra da Educação) daquilo que é a EVT no currículo, da sua importância na sociedade e da vida das escolas e da impossível leccionação da disciplina de EVT apenas por um professor.

A APEVT repudia veementemente as afirmações do Senhor Primeiro Ministro sobre o lugar e o papel da disciplina de EVT no currículo do ensino básico e o seu contributo para uma educação integral dos alunos, quando divide o currículo em disciplinas de primeira (fundamentais) e de segunda (supérfluas…). O Senhor Primeiro Ministro relembra os pressupostos educativos do antigo estado novo “… ler, escrever e contar …”, lamentável!…

A APEVT recusa também que a governação do país se baseie na mentira e na desinformação, pelo que trazemos esta informação a todos os portugueses

APEVT

10 de Março de 2011

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Vai-te catar

httpv://www.youtube.com/watch?v=sf2oYDzeByI&tracker=False

Uma boa resposta:

httpv://www.youtube.com/watch?v=aLb9RvrKQGw

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Foi o fundo?

A partir de hoje mais não resta a José Sócrates que aguentar-se até onde for possível. O XVIII Governo encontra-se a prazo e não fosse a palavra assumida pelo PSD a favor da abstenção da moção de censura do BE até podia ser hoje o fim do ciclo de José Sócrates.

Tenho como opinião que a mais ninguém interessa que o governo caia com excepção do próprio PS.

O discurso de Cavaco Silva arrasa com as políticas seguidas ao longo dos últimos anos e dá o  mote para que surga um novo ciclo político a breve prazo.

No final do mês Isabel Alçada vai apresentar justificações na Assembleia da República sobre a Avaliação dos Professores. Isabel e “sus muchachos” vão defender o indefensável. Só será possível uma avaliação de desempenho que retire a carga burocrática e que elimine das ordens de trabalho dos Conselhos Pedagógicos e do debate entre professores, através das diversas reuniões que ocupam cada vez mais demasiado tempo, o tema em si com a construção de papeis e papelinhos.

A Avaliação de Desempenho deve decorrer como algo paralelo ao serviço lectivo e que não ocupe um tema central dentro de uma escola, apresentei já o que considero ser essencial numa avaliação de desempenho.

Sinto que batemos finalmente no fundo do poço e que de agora em diante nos iremos levantar.

Irá demorar…

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Esta audição promete

Isabel Alçada vai à AR explicar avaliação de professores

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Blogosfera – Profblog

Alunos do Colégio de Penafirme em defesa dos professores de EVT

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Alçada, o frango sem cabeça

Ministra diz que reorganização do ensino básico foi apenas adiada

Uma história verídica que me faz lembrar os momentos que estamos a viver.

Em 10 de setembro de 1945, o fazendeiro Lloyd Olsen, de Fruita, Colorado, recebeu sua sogra para o jantar, e foi procurar um frango para sua esposa preparar. Olsen não decapitou completamente a ave, de cinco meses e meio, que veio a chamar de Mike.

Não completamente certo sobre o que fazer com a sua cabeça, Olsen na primeira noite após a decapitação, deixou que Mike dormisse com ela sob sua asa; diante do fato, Olsen resolveu suspender aquele jantar.[carece de fontes?]

Apesar do trabalho mal feito por Olsen, Mike, agora sem cabeça, podia ainda se balançar em uma vara e andar desajeitadamente. Como a ave não morreu, Olsen decidiu continuar a cuidar dela, alimentando-a com uma mistura de leite e água usando um conta gotas, foi alimentado também com pequenos grãos de milho. Infelizmente, ocasionalmente Mike ficava afogado em seu próprio muco, que a família Olsen removia usando uma seringa.

Quando se acostumou com seu novo e incomum centro de massa, Mike podia facilmente alcançar os poleiros mais elevados sem cair. Seu cantar, entretanto, consistia em um som gorgolejante feito em sua garganta.

O fato de não ter cabeça não impediu Mike de ganhar peso; quando perdeu sua cabeça, tinha pouco mais de um quilogramas de peso, e quando morreu, já pesava três quilogramas.

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A portaria inútil

Foi publicada hoje a Portaria 95/2011 que regulamentaria o funcionamento do Estudo Acompanhado.

Fiquei a saber que a solução apresentada pelo Ministério de Educação era colocar o Estudo Acompanhado no final do horário lectivo dos alunos, podendo estar em acompanhamento de um professor alunos de mais do que uma turma.

O curriculo de muitos alunos do 1º ciclo ficaria reduzido a 23 horas e 30 minutos.

Ainda bem que as alterações curriculares foram chumbadas, pois iriamos pela primeira vez desde que há memória ter um currículo não universal que violaria os princípios constitucionais.

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Bom fim-de-semana

Quando uma governante não aceita a decisão democrática da Assembleia da República e acusa a oposição de boicotar sistematicamente a contenção de despesas, só merece uma resposta deste género.

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Num País digno…

… e depois de uma larga derrota no parlamento só existe uma saída para a Ministra da Educação.

Pedir a demissão do cargo que ocupa.

A conferência de imprensa que está marcada para hoje na DREN tem esse objectivo?

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EVT VENCEU

Porque…

… se fez o que ainda não tinha sido feito.

EVT pode vencer (27 de Fevereiro)

EVT VAI VENCER (3 de Março)

EVT VENCEU (4 de Março)

Parabéns a toda a “malta bestial” que participou nesta luta.

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Espero que a digestão corra bem

Lá para os lados do Porto.

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A Confirmação do CDS

 CDS vai viabilizar revogação do diploma para o ensino básico

O CDS-PP não vai travar a cessação de vigência do diploma sobre a reforma curricular do ensino básico, que será votada amanhã, indicou ao PÚBLICO fonte do grupo parlamentar.

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A lista clandestina de encerramentos

Via blog adduo.

//

Listas de escolas a fechar em 2011

São muitas, mesmo muitas.

Há quem diga que fazem falta centros de dia nas localidades pequenas para os que “conquistaram a liberdade”.

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EVT VAI VENCER

E os que acharam que a luta dos professores de EVT era muito fraquinha e que precisavam da força de uma grande estrutura por trás vão ter de engolir um sapo.

Mas como se vão encavalitar na vitória dos professores de EVT, esse sapo não vai ser engolido em público.

Eu sei que a irritação tem sido grande nas últimas semanas, mas por amor de deus, não deem tanto nas vistas, tá bem?

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Sobre A Reorganização Curricular – CDS

De: Henrique Borges <Henrique.Borges@cds.parlamento.pt>
Data: 17 de Fevereiro de 2011 12:34
Assunto: EVT : Correio do Cidadão – Manifesto sobre reorganização curricular EVT
Para: “manuela.rolao@gmail.com” <manuela.rolao@gmail.com>

Exma. Professora
Manuela Rolão

O Grupo Parlamentar do CDS/PP agradece a Vossa comunicação e pede desculpa pela demora na resposta.
A reorganização curricular agora plasmada no Decreto-Lei n.º 18/2011, vem realizar alterações que consideramos preocupantes para algumas áreas do nosso curriculum.
Desde que foi conhecida a proposta do Governo para esta revisão curricular, o CDS recolheu informação, reuniu com Associações de Professores de Educação Visual e Tecnológica e com sindicatos. Recolhemos inúmeros contributos o que nos possibilita agora a trabalhar sobre este Decreto-Lei. De salientar os pareceres conhecidos do Conselho Nacional de Educação e de algumas Instituições de Ensino Superior que se dedicam à investigação e estudo dos programas e currículos.
O CDS/PP sempre considerou adequado suprimir o Estudo Acompanhado e Área Projecto dos planos curriculares de alguns níveis de ensino integrando a sua carga horária nas  disciplinas de Português e de Matemática.
Já relativamente ao par pedagógico, cientes da origem desta disciplina, não podemos concordar com a sua extinção, pois sem alterar o Programa, é impossível faze-lo cumprir com um único professor, já que o par pedagógico não é a soma de dois professores, mas sim a complementaridade dos dois professores. Não podemos deixar de notar que a actual equipa do Ministério da Educação, que tanto defende a abertura da Escola à Comunidade, venha agora cortar no fio de ligação que existe, pois temos consciência que é no âmbito da Educação Visual e Tecnológica que preferencialmente se realiza esta ligação. Só quem não conhece o funcionamento de uma escola pode ignorar isto.
Depois de conhecido que é o Decreto-Lei, vai agora o Grupo Parlamentar trabalhar no sentido de corrigir erros graves do diploma.

Atentamente

Henrique Lobo Borges
Assessor do Grupo Parlamentar do CDS/PP
Palácio de S. Bento 1249-068 Lisboa
Tel: 21 391 75 60
hborges@cds.parlamento.pt

httpv://www.youtube.com/watch?v=xXy0eF_CGdo

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Agora toca a fazer uma carta aberta ao CDS

Decisão nas mãos do CDS-PP

PSD, PCP e BE vão requerer anulação das alterações curriculares no básico

PSD, PCP e Bloco de Esquerda vão requerer no Parlamento a cessação de vigência do decreto-lei que introduz alterações curriculares no ensino básico, ficando nas mãos do CDS-PP o destino do diploma aprovado pelo Governo.

O grupo parlamentar do PSD irá propor a cessação de vigência do decreto-lei nº 18/2011 de 02 de Fevereiro, incentivando o Governo a que, de imediato, inicie um processo de reorganização curricular do ensino básico que, desta feita, se caracterize pelo envolvimento dos diferentes agentes e parceiros educativos, pela razoabilidade nas medidas a propor e, não menos importante, pela fundamentação pedagógica das soluções a apresentar”, afirma o partido, num texto assinado pelo deputado Pedro Duarte, a que a Lusa teve acesso.

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E os professores querem mesmo acabar com esta ADD?

Candidataram-se mais de 600 docentes a avaliadores

Vinte e cinco professores do ensino não superior iniciaram ontem um curso de formadores especializados em avaliação de desempenho docente. Os docentes terão mais de 300 horas de formação, adiantou o secretário de Estado Alexandre Ventura.

Prevê-se que em Abril um segundo grupo inicie uma formação idêntica. Para frequentarem estes cursos, os docentes têm de ter no mínimo o grau de Mestre. Serão estes professores que, depois de concluídos estes cursos, irão dar formação “aos formadores dos relatores”.

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Agradecimento pela Referência

 

10 blogues sobre educação em Portugal (primeira parte)

 

Apesar de ultimamente estar muito centrado num tema que me está muito próximo, espero em breve voltar a alargar o campo para outros temas que necessitam de tratamento informativo na blogosfera.

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SE NÃO FOSSE DRAMÁTICO…ATÉ ERA CÓMICO!

Porque este comentário do António Domingos merece um post.

Exactamente três semanas depois de publicado o Decreto-Lei nº 18/2011 de 2 de Fevereiro no qual, laconicamente, através de uma alínea do Anexo II, página 662, se refere que a disciplina de Educação Visual e Tecnológica a partir do próximo ano lectivo passará a “competir a um professor”, o mesmo Ministério responsável (?) por esta “reorganização do desenho curricular” envia às escolas, através da Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular uma comunicação, acompanhada de cartaz a afixar na Sala de Professores, relativa ao projecto Metas de Aprendizagem.

Nessa comunicação a Directora – Geral, Alexandra Marques, apela à participação dos “agentes educativos” , “através da partilha de ideias, experiências e propostas”, o que deverão fazer no sítio das Metas de Aprendizagem (http://www.metasdeaprendizagem.min-edu.pt), onde, inclusivamente são solicitados a participar num inquérito a decorrer durante o mês de Março…

Acedendo ao referido sítio, ficamos a saber que este projecto, cuja coordenação foi entregue pela Ministra Isabel Alçada a Natércio Afonso em finais de 2009, foi realizado por nove equipas de peritos coordenadas por docentes do ensino superior das respectivas áreas de especialização científica e didáctica, estando previsto o seu desenvolvimento em quatro fases, até 2013, e” o acompanhamento da sua utilização em escolas por equipas de consultores curriculares. A sua operacionalização foi objecto de um contrato firmado entre o Ministério da Educação, através da Direcção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa”.

Se entrarmos agora na secção referente ao 2º ciclo, encontraremos uma Introdução onde pode ler-se “(…)a Educação Tecnológica (ET) do 2º Ciclo, que surge definida separadamente no Currículo Nacional do Ensino Básico, foi integrada com a Educação Visual neste ciclo de ensino, uma vez que constitui uma única área disciplinar. Neste sentido, faz-se uma articulação com os eixos estruturantes referenciados para a área da Educação Tecnológica, designadamente: Tecnologia e Sociedade, Processo Tecnológico, Conceitos, princípios e operadores Tecnológicos. Assim, tenta-se cruzar as competências definidas para as duas áreas referidas, tendo em vista uma efectiva integração e aplicação em contexto escolar, uma vez que a disciplina é leccionada por dois professores em simultâneo. Enfatiza-se, ainda, nesta opção, a ideia que a Educação Visual e a Educação Tecnológica podem proporcionar uma «exploração integrada de aspectos estéticos e científicos com vista ao desenvolvimento de competências para a fruição, a criação e a intervenção dos aspectos visuais do envolvimento».

No mesmo sítio é ainda referido que “No processo de elaboração das Metas de Aprendizagem, o Ministério da Educação, realizou um processo de consulta junto das associações profissionais e sociedades científicas que visou recolher contributos que permitissem o aperfeiçoamento dos documentos produzidos pelas diferentes equipas. Para o efeito houve duas reuniões alargadas e a recolha de contributos que foram tomados em consideração nos documentos finais divulgados neste sítio”. Apesar de desconhecer quais as “associações profissionais e sociedades científicas” consultadas parece-me ser de louvar a iniciativa do Ministério.

Estranho é que ao resolver, em contradição com os pressupostos avançados pela sua própria equipa relativamente à disciplina de Educação Visual e Tecnológica, acabar com a presença na sala de aula de dois professores – com a qual se pretende assegurar o apoio necessário dentro das duas áreas que a constituem – o Ministério não tenha tido o mesmo cuidado em procurar a opinião avalizada de quem está em contacto directo com a realidade das escolas.

Pelo contrário, ignorou por completo o parecer do Conselho Nacional de Educação – (que refere que “A redução de um professor na leccionação da Educação Visual e Tecnológica, no 2° ciclo, representa uma alteração significativa no cumprimento do programa, sobretudo se forem considerados os apoios de que os alunos necessitam no uso de materiais diversos, quer pela perigosidade que trazem na sua utilização, quer pela individualização desses mesmos apoios, podendo acentuar o predomínio das aulas teóricas sobre as aulas práticas, o que será contrário à “natureza eminentemente prática” desta área curricular disciplinar.”) e também o parecer da Unidade Técnico – Científica de Artes Visuais da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, onde pode ler-se: “Deste modo, a proposta apresentada parece não ter em consideração documentos como o Currículo Nacional do Ensino Básico (2008), as Metas de Aprendizagem (2010), o Roteiro para a Educação Artística, que resultou da Conferência de Lisboa em 2006, ou o Estudo de Avaliação do Ensino Artístico (2007).”

Seria interessante conhecer a opinião das equipas de consultores curriculares atrás referidas bem como o parecer do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, parceiro da DGIDC no lançamento e operacionalização do projecto Metas de Aprendizagem acerca desta matéria.

Seria importante também conhecer a posição de Natércio Afonso, coordenador do projecto bem como da responsável pela área das Expressões Artísticas – Elisa Marques.

Se não estivesse em causa “a qualificação dos portugueses e o desenvolvimento da tecnologia (…) factores essenciais na criação de valor na economia portuguesa”, para utilizar as palavras do Conselho de Ministros nº 101-B/ 2010 ou, para não ir tão longe, “o desenvolvimento de competências para a fruição, a criação e a intervenção nos aspectos visuais e tecnológicos do envolvimento» esta situação, de tão ridícula, seria motivo de riso. Assim, aquilo a que assistimos é deveras…dramático!

Porto, 28 de Fevereiro de 2011

António Domingos, professor de Educação Visual e Tecnológica …

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Seminários FNE – Avaliação de Desempenho

A FNE prossegue com os seminários temáticos relacionados com temas educativos.

Depois do Seminário sobre “Alterações Curriculares” com a presença do relator do Conselho Nacional de Educação, José Augusto Pacheco, realizou-se um novo seminário sobre “Concursos” onde esteve presente o Director-Geral dos Recursos Humanos da Educação, Mário Pereira.

O 3º Seminário realiza-se no Porto, na sede do Sindicato dos Professores da Zona Norte e conta com a presença de Rosário Gama e tem o seguinte tema – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO – AVALIAR A APLICAÇÃO PARA CORRIGIR O MODELO

As inscrições podem ser feitas utilizando esta ficha e estão limitadas às primeiras 80 inscrições.

Estão já agendados outros seminários a realizar com a presença dos oradores David Justino no dia 17 de Março e Ramiro Marques no dia 30 de Março, ambos em Lisboa.

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Ordem do Dia

Reúne hoje pelas 15 horas a Comissão de Educação e Ciência que volta a ter como pontos da ordem de trabalhos o Par Pedagógico de EVT.

13 – Projecto de Resolução 391/XI/2ª (PCP), Manutenção do Regime de Par Pedagógico no modelo de docência de EVT

Apreciação da informação resultante do debate

14 – Projecto de Resolução 406/XI/2ª (CDS-PP), Recomenda a manutenção da docência em Par Pedagógico em Educação Visual e tecnológica

Apreciação da informação resultante do debate

15 – Projecto de Resolução 410/XI/2ª (PEV), Manutenção do Regime de Par Pedagógico no modelo de docência da disciplina de Educação Visual e Tecnológica (EVT) no 2º ciclo do Ensino Básico

Apreciação da informação resultante do debate

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Também não se esqueçam dos retroactivos

Os docentes que adquiriam o direito à mudança de escalão em 2010, nomeadamente os que mudaram para o índice 272 e viram consecutivamente adiada a sua progressão por “dificuldade de interpretação do Decreto-Lei 75/2010″ e só viram essa mudança acontecer durante o mês de Dezembro de 2010, receberam rectroactivos no mês de Fevereiro de 2011 desde 1 de Julho de 2010.

Foi aplicada a taxa de redução remuneratória ao vencimento que seria devido em 2010. Assim, é de toda a justiça que não seja aplicada a taxa de 2011 referente aos abonos de 2010, conforme vai acontecer com as horas extraordinárias referentes a 2010.

Espero que não seja esquecida esta situação para abonos dos docentes referentes a 2010 e fica por perceber quem a partir de hoje decretou Greve às horas extraordinárias não tenha tido qualquer acção para esta situação ilegal.

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